Vidas Secas

Vidas Secas Graciliano Ramos




Resenhas - Vidas Secas


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Juliana3338 08/06/2024

A deriva
Li este livro por causa da recomendação de uma professora, dizendo que era bom pro repertório. Durante a leitura fiquei perdida na maior parte do tempo. Apesar da trama do livro ser a mais simples e seca possível, não consegui compreender muitas partes - pode ser por ser uma escrita mais antiga, com palavras que não uso no cotidiano. Enfim, para leitores iniciantes - como eu - não é um bom livro, pois é necessário identificar muitas coisas nas entrelinhas para que o livro seja grandioso como muitos dizem.
A história trata-se de um vaqueiro que foge da seca do sertão com sua esposa, dois filhos e a cachorrinha baleia. Na época das chuvas se instalam provisoriamente em uma fazenda, até que chegue a próxima seca, quando voltam a perambular no sertão para sobreviverem. Fabiano parece bicho, se sente bicho. Não fala, não sente amor, matou a própria cachorra a sangue frio, seus filhos e sua esposa nunca ouviram uma palavra de carinho. Por causa se não saber falar direito e por não entender, muitas vezes seus patrões lhe passavam a perna, quem sabia um pouco era Sinhá, sua esposa, ele o alertava, mas como não sabia argumentar sempre ficava no prejuízo
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Sabrina758 08/06/2024

Particularmente tenho tendência em gostar de livros melancólicos. No entanto, ao ler vidas secas encontrei mais que isso, talvez muito mais miséria do que melancolia. O livro retrata a vida de uma família sertaneja que passa por dificuldades vivendo no sertão. Sempre gosto de trazer temas em que pode se empregar para repertórios de vestibulares, visto que literatura brasileira é muito recomendado e acessada para esse fim. No presente caso, ele é ideal para temáticas de fome, estrutura familiar, desigualdade social e falta de acesso à educação. Enfim, embora o livro seja miserável ao todo, em pequenos momentos o autor tem a decência de dar um pingo de esperança para essas pobres ?vidas secas?, pois como título, é isso que se deve esperar do texto.
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08/06/2024

O livro se chama "Vidas Secas" porquê te deixa seca de tanto chorar. A vida é uma desgraça mesmo viu.
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Marcelo Duarte 08/06/2024

O livro é muito cru. Achei bem triste, me deu muita angústia. É muito triste saber que essa é a realidade de muitos brasileiros
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Clara 07/06/2024

Nota de acordo com a minha experiência de leitura*
Não tenho muito o que falar e procurei bastante antes de fazer qualquer tipo de comentário.
A história faz um retrato sobre a questão das questões climáticas e da submissão aos poderes do Estado, de forma a retratar perfeitamente a situação política da década de 1930.

O que me prendeu mais a atenção foi as partes em que os personagens sonhavam com situações melhores, a esperança eterna de uma vida melhor e condições melhores, além da busca eterna, a reiniciação da vida. Ps.: recomendo um lencinho ao lado no capítulo de Baleia.
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Joyce585 07/06/2024

Não tem jeito, é um dos meus livros favoritos
Tudo o que sinhá Vitória mais queria era uma cama confortável. Uma cama de couro cru, como a de seu Tomás da bolandeira. Já Fabiano tem um desejo gigante de ser respeitado, ou ao menos de não se sentir enganado por quase todos que o cercam, que parecem sentir que ele não compreende todas as linguagens do mundo como deveria. E assim seguimos a história dessa família de retirantes, composta por sinhá Vitória; Fabiano; dois filhos; a cachorra Baleia e ao menos ao princípio, um papagaio; que não fala quase nada, já que a família nunca foi muito de se expressar com palavras verbalizadas. A escrita de Graciliano Ramos consegue nos apresentar uma complexa trama de tantos personagens, aspirações e calamidades em um pouco mais de 100 páginas. Gosto demais desse livro. Essa é a segunda vez que leio e ainda assim, em muitos momentos me peguei refletindo sobre muitas coisas, como se fosse a primeira vez que eu visitasse essa obra.
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Nicole 07/06/2024

"A primeira coisa que nos diz uma obra de arte é que o mundo da liberdade é possivel, e isso nos dá força para lutar contra o mundo da opressão"
Vidas secas foi o primeiro contato que tive com a escrita de Graciliano Ramos, e me supreendi bastante com a forma que ele abordou temas tão recentes em um século diferente do nosso.

O livro em si tem pouca comunicação entre os personagens, que, em meu ver, não se falavam muito devido a luta diária para sobreviver na seca. A história começa quando os cinco membros da familia: Sinhá Vitoria, Fabiano, a cachorrinha Baleia e o Filho mais velho e o mais novo (cujos nomes não são ditos no livro), procuram alguma sombra no meio da seca, famintos e cansados. Por sorte acham um pequeno sitio, onde moram de favor e ,em troca, Fabiano se oferece a ser Vaqueiro do local para o proprietário.
Durante todo o livro, é perceptível o sofrer dessa familia, sendo eles submetidos a fome, escassez de água, desprezo e enganação, tornando o enredo um baque para o mundo literário idealizado que a maioria consome.

"...mas como vivia em terra alheia, cuidava de animais alheios, descobria-se, encolhia-se na presença dos brancos e julgava-se cabra. Olhou em torno, com receio de que, fora os meninos, alguém tivesse percebido a frase imprudente. Corrigiu-a murmurando:

— Você é um bicho, Fabiano."

O trecho acima mostra Fabiano se autodenominando de ´bicho´. Isso nos mostra que Fabiano passava por uma insegurança habitacional, morava de favor e, por esse motivo, era um bicho, pois era incerto quando iria possuir ou não uma moradia digna para o conforto de seus filhos e sua mulher.
Fabiano sonhava em dar uma vida digna para sua familia; Sinhá Vitória sonhava em ter uma cama igual a do Seu Tomás da Bolandeira, pois dormiam desconfortavelmente em uma cama de taipo; O Filho mais velho era muito interessado em palavras, e o Mais novo queria ser vaqueiro igual o pai; Baleia sonhava em um mundo cheio de preás, os quais poderiam encher sua barriga esquelética.
E durante todo o livro é assim, uma familia esperançosa tentando sobreviver à seca e a fome, com sonhos e desejos igual todo ser humano, porém, sem o direito basico de uma alimentação garantida e uma vida digna.


“Pois não estava vendo que ele era de carne e osso? Tinha obrigações de trabalhar para os outros, naturalmente, conheciam o seu lugar. Bem. Nascera com esse destino, ninguém tinha culpa de ter nascido com um destino ruim. O que fazer? Você poderia mudar uma espécie? Se você dissesse que era possível melhorar a situação, espantar-se-ia. Tinha vindo ao mundo para amansar brabo, curar feridas com rezas, retornar cerca de inverno a verão. Era sina. O pai vivera assim, o avô também. E para trás não existia família. Cortar mandacaru, ensebar látegos — aquilo estava no sangue. Conformava-se, não pretendia mais nada. Se você dissesse o que era dele, estava certo. Não davam. Era um infeliz, era como um cachorro, só recebia ossos. Por que seria que os homens ricos ainda lhe tomavam uma parte dos ossos? Fazia até nojo pessoas importantes se ocuparem com porcarias semelhantes.”
― Graciliano Ramos, Vidas secas
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Ray 06/06/2024

Criei muitas expectativas em relação ao enredo desse livro e acabei me decepcionando um pouco. Tendo em vista que, o período da seca e a peregrinação dos personagens só é explorada nos primeiros capítulos, sendo relatada depois apenas por meio de flashbacks. Além disso, os capítulos quase não apresentam ligação entre si e os devaneios de Fabiano são sempre sobre os mesmos assuntos, o que torna tudo meio monótono. No entanto, gostei da criação imagética e de como o narrador consegue passar a angústia que acompanha a família a cada minuto do dia por causa da seca. A abordagem sobre o uso da linguagem e a importância da escolarização como forma de ser e estar no mundo também é um ponto alto na obra. Enfim, é um bom livro, mas sinto que faltou desenvolvimento.

"Chegariam a uma terra desconhecida e civilizada, ficariam presos nela. E o sertão continuaria a mandar gente para lá. O sertão mandaria para a cidade homens fortes, brutos, como Fabiano, sinha Vitória e os dois meninos."
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Jorge 05/06/2024

Vidas Secas (Graciliano Ramos)
Vidas Secas é um retrato árido e cruel do sertão nordestino.
O livro tem sua narrativa em volta de uma família que vive na miséria, com fome, sede, e o autor descreve isso da forma mais cruel e dolorosa possível, mas mesmo assim querendo alimentar as esperanças de seus personagens.
A cachorra Baleia foi o que mais me marcou, a persistência dela chegando à um trágico fim é terrível, sendo um dos momentos mais tristes do livro.
A história contém uma linguagem típica da região, que me deixou um pouco confuso, embora não há como negar, é um grande clássico da literatura brasileira.
NOTA 4,5
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BArbara.Petry 05/06/2024

Estiagem do intelecto
A questão climática como algo palpável para chamar a atenção da vida vazia, sofrida e sem perspectivas.

A falta de intelecto dos persongens é retratada de uma maneira cômica. A desconfiança de Fabiano que sempre está sendo enganado pelos outros e os filhos que tem menos vocabulário que o ex papagaio da família.

O capítulo da Baleia toca profundamente a relação dos animais como membros da família. É momento que você fecha o livro para pegar uns lenços e só volta a ler no dia seguinte.
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AmyLivros 04/06/2024

Resenha @Amylivros I Bookgram e Booktok
A crueldade da seca e a vida miserável fazem com que uma família de retirantes sertanejos seja obrigada a se deslocar de tempos em tempos para áreas menos castigadas do sertão brasileiro nordestino.

Fabiano e Sinha Vitória, seus dois filhos, "o menino mais novo" e "o menino mais velho", e a cachorra Baleia tentam fugir de uma situação de extrema pobreza e carência.

Esse é um livro bem cru, eu que ainda não conhecia a escrita do Graciliano Ramos fiquei fascinada sobre como ele consegue passar a aridez do lugar e a tristeza e ignorância da família de forma tão clara durante a escrita do livro. }

Antes de começar a ler, me disseram que a Baleia é a melhor personagem do livro e de fato, ela é. A cachorrinha tem tanta personalidade, é pra mim a alma da história, não é atoa que o autor começou a escrever o livro pelo capítulo que mais foca na cachorra.

Esse é um livro triste, que de certa forma ainda me arrancou algumas risadas, mas é realmente de cortar o coração. Me arrependo de não ter feito essa leitura antes e quero te convencer agora a não cometer o mesmo erro. Vidas Secas merece realmente a relevância que tem e é um livro muito bom.
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Gabi 04/06/2024

Vidas secas ...
Esse livro me surpreendeu de uma forma genial , o livro que narra a história de uma família composta principalmente pela mãe Vitória, pelo pai Fabiano , por seus dois filhos e a cachorrinha Baleia , que vivem no sertão nordestino e enfrentam problemas como a fome , a pobreza e , como o próprio nome do livro diz , a tão temida seca , mas não apenas secura física , mas também secura moral dos personagens, que não conseguem se expressar e se comunicar direito , a secura local , leva a secura por dentro...
Eu gostei muito do livro , e sim , ele surpreende no final (do começo ao final , eu dia kkk) .
Eu particularmente amei o livro e recomendo demais!
*Aviso : ter um lencinho junto ler o capítulo da Baleia kkk ?
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Junior 04/06/2024

Obrigatória a Leitura
Graciliano escreve uma obra seca, assim como a vida dos retirantes que, seca após seca, se deslocam e com fé buscam um futuro melhor para si e para seus filhos.
A forma da escrita é um tapa na cara, pois, embora seja uma ficção, milhares de pessoas passaram por isso nas secas do Nordeste. Com um futuro incerto, seus sonhos se tornam coisas tão banais para nós que muitas vezes esquecemos de agradecer por coisas simples, como uma cama, e pelo fato de que nossos filhos podem estudar.
A terminologia linguística da região em que se passa o livro às vezes me deixou sem entender muito, porém é isso que faz dessa obra um marco na literatura brasileira.
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