Resenhas - O VOTO FEMININO NO BRASIL

Marcia.Cruz 22/01/2022

O livro retrata a luta para o direito do sufrágio universal.

E mostra como tivemos ancestrais fortes para brigar por esse direito.
Depois dessa leitura o meu voto agora tem muito mais valor.

Caroli 27/05/2020

Leitura fácil. Trouxe informações sobre os personagens que produziram alterações nas cartas constitucionais e também sobre a vida e atuação das sufragista brasileiras, com a consequência de sua luta e implicações sobre os direitos da mulher brasileira. Mulher já deu valor ao seu voto hoje? Tiveram que penar muito pra conseguir.
Mas, o que me chamou atenção foi o capítulo final:

"1930: na África do Sul, mulheres brancas podem votar a partir de maio. Em março de 1984, mulheres de cor e de origem indiana passam a votar. Apenas em 1994 mulheres negras têm o direito de votar."

"1917: no Canadá, as mulheres que fossem parentes de combatentes na guerra poderiam votar em eleições nacionais. No ano seguinte, a medida foi estendida às demais mulheres com mais de 21 anos, exceto às indígenas. Essas só puderam votar a partir de 1950."

Isso me fez questionar sobre o tal fiminismo branco, agora consigo compreender o porquê mulheres negras e indígenas e outras minorias raciais no movimento feminista denunciarem o feminismo como um movimento não representativo da realidade e opressões de todas as mulheres. Preciso ler sobre a perspectiva dessas mulheres, urgente!

Gustavo195 11/02/2023

Relevante, mas problemático.
Essas mulheres na capa representam você?

É importante, e necessário, conhecermos a história de luta na conquista feminina pelo seu direito ao voto. O livro traz um panorama resumido do processo de conquista do sufrágio feminino - mas não universal -, intercalando resumos biográficos de personalidades que colaboraram nesse processo.
Não é um livro ruim. Não foge ao tema a que se propôs, mas é um livro incompleto e pobre. O livro menciona uma série de ativistas que participaram do movimento sufragista, dentre elas Olympe de Gouges, Mary Wollstonecraft, Nísia Floresta e Bertha Lutz - todas brancas. A autora prefere dar espaço até mesmo para homens brancos como José Bonifácio, Manuel A. Branco e John Stuart Mill em vez de ceder o espaço para mulheres indígenas e negras que também contribuíram com a luta de emancipação, como Antonieta de Barros, primeira mulher negra eleita no país, ficando Almerinda Farias a única mulher racializada mencionada nesta obra, servindo à Síndrome do Negro Único. São falhas como essa que fazem com que Bertha Lutz seja tão associada ao sufrágio brasileiro enquanto Almerinda Farias é esquecida.

A socióloga Najara Costa destaca que a onda feminista não tratava das pautas de luta das mulheres negras, que no Brasil de 1932, viviam em situação de extrema dificuldade, sem qualquer política de integração nem participação. 
Enquanto as mulheres brancas lutavam pelos seus direitos, as mulheres negras estavam limpando para elas. A Dra. Katiúscia Ribeiro ressalta que essa igualdade que as mulheres brancas buscam não inclui as mulheres racializadas. "Eu quero buscar uma perspectiva de minha mãe que é Ewá, não quero buscar uma identidade performática construída por Simone de Beauvoir que depois eu pego, dou um corte e pinto de preto", menciona a professora. Sônia Guajajara, primeira ministra indígena do Brasil, também menciona a importância de que, além de políticas indigenistas, existam também políticas indígenas. Ambos os excertos demonstram a importância da atuação e representatividade de todas as mulheres na participação política.
Luiza Trajano, presidente administrativa do Magazine Luiza, chegou a ter uma fortuna equivalente a R$ 28 bilhões, enquanto que centenas de mulheres empregadas da empresa trabalhavam em jornadas exaustivas, sem tempo de ver os filhos, para gerar lucros para a corporação. Isso responde à pergunta: seu Feminismo inclui a sua empregada?
A luta feminista teve e continua tendo papel essencial no progresso da sociedade, mas enquanto o movimento não se associar ao movimento social pela emancipação das mulheres da classe trabalhadora e mulheres negras, indígenas e mulheres trans permanecerem negligenciadas, o movimento não será legítimo.

Reagindo a um video em que uma mulher branca caminha a frente de sua empregada negra, encarregada de carregar sozinha a bagagem e o bebê de sua patroa branca, Katiúscia Ribeiro destaca:
"Quando as mulheres brancas atingirem tudo que almejam na luta contra o patriarcado e chegarem a um lugar de igualdade com os homens brancos as mulheres pretas ainda estarão limpando para elas. Uma luta de gênero [Feminismo] é insuficiente para dar conta das violências que o racismo promove."

Vanessa Assalim 19/06/2020

Grandes mulheres!
Esse livro nos mostra histórias incríveis de mulheres, que não tiveram medo em lutar pelo direito ao voto.

annacsfraccaro 06/08/2023

Conhecer para entender
É um livro extremamente necessário e relevante.
O livro é um breve resumo de como o voto feminino no Brasil for alcançado. Obviamente há fatos que faltam, há falta da representatividade negra, e muitas vezes foca muito nos homens que ?ajudaram? nessa conquista.
Mesmo com essas problemáticas sua leitura ainda é relevante.

Mayara 05/05/2020

Livro importante demais
É um livro pequeno, mas que conta a trajetória de mulheres que lutaram anos pelo nosso direito de voto e inclusive, me fez ficar em choque ao saber que nem em todos os países atualmente, as mulheres tem esse poder. Gostei muito da leitura, da narrativa, apesar de muitas vezes, assim como hoje, elas terem que ter lutado tanto para ter suas vozes ouvidas, sendo ignoradas, que me entristece, de alguma forma me inspira a acreditar que toda a luta vale a pena. A luta continua, hoje e sempre.

clichesliterarios 21/08/2020

um reconhecimento para as feministas brasileiras!
Eu gostei bastante deste livro! Eu acabei comprando ele na seção "Ebooks grátis" do meu Kindle e não me arrependi!
Ele é um livro super objetivo que se baseia principalmente em apresentar fatos históricos sobre o voto feminino no Brasil e um pouco do mundo.
A parte que eu mais gostei dele é que ele trouxe diversas figuras feministas pouco conhecidas. Então sim, ele menciona Mary Wollstonecraft, mas traz diversas figuras brasileiras, tanto homens mas especialmente mulheres, que também foram importantes para a conquista do voto feminino.
E uma triste conclusão, é que infelizmente apesar de muita luta poucas foram as conquistas. A representatividade política feminina brasileira ainda é muito baixo, então leia esse livro para entender a política brasileira hoje!

taissa 22/09/2022

Muito bom
É um leitura que retrata os fatos, ótimo para entender de uma forma geral como foi o processo do voto feminino no Brasil.

Porém, como se trata de um livro de junção dos fatos e pesquisas, é muito importante que os dados e as informações estejam corretas. O que não acontece no caso do José de Alencar, citado quase na metade do livro, que diz que ele nasceu em 1829 e "presidiu a província do Ceará" em 1834, ele governou um estado aos cinco anos de idade? Kkkkk?
Esses dados errados, ou a má escolha de palavras para se referir à biografia do escritor, não fazem diferença no contexto do livro, foi mais como um exemplo, mas e se fizessem?
É sempre bom - além do escritor - o leitor conferir todas as informações presentes, fazer pesquisas antes de confiar convictamente em tudo que vê ou lê, pois as pessoas cometem erros, normal.

De modo geral, é um livro muito bom e muito importante de ser lido para ter um contexto sobre como foi a luta das mulheres na política. Recomendo!

????

Heros Pena 25/04/2021

Sempre é bom conhecer a História, principalmente aquela história que, por não atender aos interesses da classe dominamte, não é ensinada nas salas de aula, recomendo a leitura.

Natasha Viana 04/12/2020

"Não é realmente justo que quando se dá ao homem inculto o direito de votar, de intervenção nas coisas públicas, se negue a mulher esse mesmo direito."

A conquista por direitos foi dada a passos lentos, bem lentos.
É revoltante saber os argumentos dos homens que eram contra o voto feminino. Como em outros direitos tbm.
Mas é fantástico e impressionante ver que muitas mulheres continuaram sua luta e não desistiram.

Jonatas Costa 12/07/2020

livro maravilhoso, cita muitas personalidades femininas que fizeram diferenças na história política brasileira

Clara_Galaxia_ 18/07/2021

Muito interessante, pra quem tem curiosidade eu recomendo muito, o e-book é de graça pela Amazon, então qualquer um pode ler.

Celly 20/04/2021

Necessário
Li este livro com o objetivo de obter conhecimento para o meio acadêmico. Precisava encontrar informações para formular teorias em que eu acreditava que realmente resultando na desigualdade feminina atual, e este livro nos traz uma ampla situação da história desta época onde as mulheres lutaram por tantas décadas para conseguir o seu direito e ainda assim, mostra outros personagens desta luta que nem sabíamos que tinha feito parte. Alguns até me surpreendi ao saber que acreditava nas mulheres e no seu direito e tentou ajudar e lutou para que fosse aprovado! Se você - mulher - que hoje não valoriza o seu direito ou até mesmo não sabe nada sobre o Voto Feminino, acredito que você deva ler esse livro!

rafsbel 11/09/2022

O voto feminino no Brasil
As mulheres demoraram muito pra conseguir o
direito do voto, simplesmente porque os homens não
achavam-nos capazes de tomar essa decisão (de
voto). E ainda em 2022 temos o "representante do
Brasil" que sempre que pode, agride as mulheres de
todas as formas possíveis. Nessas eleições, vote
conscientemente! Falo com a maior certeza do
mundo que o Bolso**** não é opção para nós
mulheres. Talvez seja para os empresários brancos e
esses agrotops por ai. Mas falando como mulher, ele não é opção? ele nos compara, nos
humilha.
Fala
"não te estupraria porque você é feia"
"você quer dar o furo"
"quem quiser vir aqui fazer sexo com uma mulher,
fique à vontade"
"Entre um homem e uma mulher jovem, o que
empresário pensa? 'Poxa, essa mulher está com
aliança no dedo, daqui a pouco engravida, seis meses
de licença-maternidade'
?a quinta eu dei uma fraquejada e veio mulher",

portanto, fora bolsonaro!

kezya araujo 24/05/2024

Muito interessante, principalmente por trazer a linha do tempo, de como a luta pelo direito ao voto se deu no Brasil e no mundo.
Mas, senti falta de uma maior profundidade no assunto.