Uma Mentira Perfeita

Uma Mentira Perfeita Lisa Scottoline




Resenhas - Uma Mentira Perfeita


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Willy 01/02/2022

No começo achei o ritmo meio lento e confesso que quase desisti mas gostei muito de história e principalmente dos plots.
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Lívia Gusson 11/01/2019

UMA MENTIRA PERFEITA - 4/5
Imaginem um livro que muda totalmente de viés do meio para o final? Sim, foi esse.
Chris é o pseudônimo de Curt Abboutt, identidade verdadeira do novo professor e treinador de baseball da escola de ensino médio de Central Valley.

O inicio é intrigante, sabemos que por trás desse plano existe algo tenso e com isso julgamos Chris vilão, esperando sua atitude horrível e o motivo pelo qual está na escola. Tudo muda quando seu real motivo é contado, a história toma outro rumo, o que era para ser um thriller, vira uma história de ação (bem parecido com filmes de crimes e perseguições) com direito a mocinhos, suspeitos e claro vilões.
Cito também o romance, que foi uma surpresa e totalmente inesperado, mas gostei. Acho que vale a leitura se você estiver em um momento despretensioso e que só está buscando entretenimento.
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Fábbio @omeninoquele 13/12/2018

❝O padrão nunca muda. Por quê? Porque o padrão é excelência e a excelência é a única coisa que consegue vitórias.❞
A vida de Chris Brennan é uma mentira. Movido no intuito de conseguir uma vaga como professor e treinador numa escola de ensino médio em Central Valley na Pensilvânia ele forja um currículo impecável, e constrói a imagem de um homem perfeito mais tudo não passa de um plano.

O plano é a princípio audacioso e para ser bem sucedido ele tem que ficar de olho no time de beisebol, com a missão de encontrar garotos maleáveis para ajudá-lo na sua misteriosa missão. E tornar-se o treinador é tudo o que ele deseja e conseguirá.

Brennan logo conhece três garotos que pareciam ideais para o que ele estava procurando: Raz Semantov, o arremessador, um garoto geralmente alegre que acabara de perder o pai e passava por momentos difíceis; Evan Kostis, o rico e mimado e sensação do time e Jordan Larking, o novato tímido e reservado.

Vamos acompanhar a vida desses três garotos e suas mães mais de perto e descobrir o porquê de Chris os ter escolhidos.

Heather é a mãe de Jordan, que não tem marido e faz de tudo para criar o filho no caminho certo. Susan é a mãe de Raz e Ryan que acabara de perder o marido Neil e se vê na dura missão de tomar as rédeas da casa e educar os filhos agora sozinha, tarefa um tanto difícil mas que vai servir para uni-los cada vez mais. E Mindy é a mãe de Evan, o garoto rico, mimado e problemático. Ele tem tudo o que quer e parece que foi estragado pelos pais.

São três famílias diferentes que estão ligadas ao time de beisebol da escola e que estão de uma forma ou de outra também envolvidos numa conspiração de terrorismo doméstico ao qual Crhis está intrinsecamente ligado.

Não sabemos o que Chris realmente quer ali naquela cidade e até onde ele vai para conseguir o sucesso. Mas de fato muita coisa vai mudar com sua chegada àquela cidade.

Preciso dizer que esse é um livro com uma narrativa lenta que me deixou um tanto cansado, mas venho lendo livros desse gênero que são muito parados no começo, mais que depois de umas páginas a história começa a ganhar vida e é o que aconteceu nesse livro.

Não tem grandes reviravoltas que fizeram com que eu me surpreendesse, e mesmo que eu tenha matado o mistério no meio do livro eu curti bastante depois que as coisas começaram a acontecer.

Recomendo muito para todas pessoas que querem adentrar nesse gênero mas não sabem por onde.

Li com o Gabs @done.em ✨

#UmaMentiraPerfeita #HarperCollins

site: https://www.instagram.com/p/BrV1WhWA5zC/
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Marcela Mello 18/11/2018

Poderia ser bem melhor...
De início, nessa trama, somos apresentados a um homem de conduta suspeita e logo depois aparentemente nociva, e tememos o que ele pretende fazer ao se mudar para Central Valley, na Pensilvânia em busca de uma vaga como professor substituto e treinador de beisebol na escola de ensino médio. Quando decidimos que realmente queremos assistir o que estiver para vir, a autora muda o jogo completamente. E a expectativa antes desse momento era tão intensa que o plot twist beira à decepção, por se esperar mais do que Lisa Scottoline nos entrega.
Isso até poderia ser irrelevante se na maioria dos diálogos ela não esfregasse em nossa cara tudo o que o personagem está pensando – ou sabe – no instante em que diz alguma coisa; e na maioria dessas vezes, não necessitamos de “desenhos”. Somos leitores inteligentes, sabe? A escritora realmente se esforçou em trair as nossas perspectivas, em algumas situações ela foi bem sucedida, em outras deixou a desejar (como a dispensabilidade de certas frases). Na variedade de personagens, levamos um tempo para distinguir quem é quem, atrasando a nossa intenção de absorver todas as emoções contidas nas páginas, mesmo sabendo que todos eles, de alguma forma, estão interligados por algo em comum.
Ao avaliar o contexto, “Uma Mentira Perfeita” possivelmente pode atrair gostos de leitores no início de suas experiências literárias. Ele não se encaixa no nível dos ruins, mas dificilmente alcançará o patamar dos excelentes; um meio termo parece soar mais adequado para essa trama, porém com cenas salteadas que, vale enfatizar, mereciam uma nota maior. Absolutamente, há a probabilidade de pessoas lerem e odiarem esse enredo, enquanto de outras concordarem com o meu ponto de vista, e de demais lerem e favoritá-lo. Ah, essa agradável distinção de gostos!
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EstanteColoridadaIsis 16/11/2018

#ResenhadaColorida
📖Em "Uma Mentira Perfeita" conhecemos o misterioso Chris Brennan, que acaba de ser contratado como professor de Política Avançada e assistente do treinador de Beisebol na escola de ensino médio na pequena cidade de Central Valley. Algo normal, não? Nem tanto, pois Chris está mentindo. Ele não é professor e seus planos dão a entender que são, no mínimo, obscuros. Agora que conseguiu ser contratado, ele está em busca de um garoto, que tenho o perfil ideal para ajudá-lo a dar seguimento ao que planeja. Algo terrível está para acontecer e a dúvida que fica é, estamos lidando com o mocinho ou vilão nessa história?
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🗨Um bom thriller precisa ter vários elementos que prendam a atenção dos leitores: mistério, segredos, mentiras e claro, a ilusão de que é só mais uma história previsível, #sóquenão. "Uma Mentira Perfeita" tem todos eles. Acompanhamos a história de Chris, um recém chegado na cidadezinha de Central Valley, que veio para seguir com um plano para lá de misterioso. A autora joga uma peça do quebra-cabeça aqui, outra lá, mas quando você percebe, está encaixando tudo de forma errada. Será que o protagonista é um psicopata? O que ele pretende fazer? Essa é a grande questão.
A narrativa é em 1ª pessoa e intercala entre Chris e as mães dos garotos "involuntários" que participam do plano misterioso sem saber. Claro que tem uma grande reviravolta, como todo bom thriller e após isso, o livro ganha velocidade e tem grandes revelações, além dos capítulos curtos, que deixa a leitura mais fluida. O tema abordado, gira em torno de algo muito delicado para os Estados Unidos: o terrorismo, que infelizmente, acontece com frequência por lá. Bom, não posso me estender mais, sem dar spoilers, só digo uma coisa: Leiam! É muito bom. .
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🔖"Acredite em mim, não quero ofender você, mas às vezes não sabemos o que acontece na nossa própria casa."

site: www.instagram.com/estantecoloridadaisis
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Coisas de Mineira 26/09/2018

Jean-Jacques Rousseau, filósofo do século XVIII, afirmou que difícil e muito raramente uma mentira seja completamente inocente. E a autora Lisa Scottoline não se fez de rogada nem na escolha do título, nem na sinopse, e muito menos na frase de capa que nos diz que “A mentira perfeita é aquela que você conta a si mesmo.” O que esperar de um livro com um tema desses? Garanto que muitas emoções rolam no decorrer dessa história.

Chris Brennan acaba de se mudar para Central Valley (Pensilvânia), e busca uma vaga como professor substituto (de Política Avançada e Justiça Criminal) e Treinador Assistente do time de beisebol na escola de ensino médio local. Seu currículo é impecável, possui boa aparência, bons modos, e demonstra ser uma pessoa muito agradável para se ter por perto. Só que tudo que sabemos sobre Chris é uma mentira.

Ele usa esse pseudônimo (seu nome não é realmente Chris), e seu currículo é simplesmente todo construído, falso. O motivo ele ter ido para Central Valley faz parte de um plano, que pelo que parece, é perfeito. Sua obrigação é estar de olho no time de beisebol, principalmente em três meninos cujo as vidas, bem como a de seus familiares, têm a ver com o time. Então vamos conhecer um pouco mais sobre essa história que de perfeita mesmo, foi a junção de suspense com drama em doses equivalentes.

“Mentir para nós mesmos está mais profundamente arraigado que mentir para os outros.”
~ Fiódor Dostoiévski

Confesso que não conhecia esse gênero no qual o livro de Scottoline se enquadra: o Thriller Emocional. Mas, me surpreendi em ler um que conseguiu prender minha atenção e atiçar minha curiosidade. Porém, aqui tenho mais uma confissão... O plot twist que veio no Segundo Passo me fez perceber o quanto a autora brincou com a minha cara e me fez de trouxa na primeira parte da história. Lisa é uma autora super-reconhecida e muito publicada, e não estava dando para acreditar que ela iria entregando o ouro sobre toda a história nos primeiros capítulos, onde quase, fiquei muito desanimada pensando que o enredo não era pra mim.

Ela nos conta que Chris na verdade é Curt Abbott, e que a grande maioria das histórias que ele contou durantes as entrevistas para o emprego e para seus novos colegas professores, são partes de uma grande e bem arquitetada mentira. Ele está agora na cidade e têm alguns dos adolescentes como alvo para algum plano que inicialmente ficamos muito na dúvida do que se trata. Não conseguimos entender quão psicopata ou terrorista Chris possa ser, e passamos a temer pela vida dos rapazes que ele acaba por enlaçar em uma rede de bons conselhos, festas em sua casa, aulas interativas, e seu rosto de bom moço.

É interessante a forma que a autora nos apresentou as personagens de seu 'Uma mentira perfeita', uma vez que tanto Chris, quanto os adolescentes nos quais ele demonstra um interesse exacerbado, sendo eles Raz, Jordan e Evan (como também suas famílias), têm suas histórias destrinchadas ao passar dos capítulos. Ficamos íntimos desses jovens e começamos a nos simpatizar com as dificuldades que os adolescentes convivem nessa fase de ensino médio onde precisam sempre estar com seus pensamentos além: em uma boa faculdade, nas condições de conseguir uma bolsa, em não perder seu prestígio no time de beisebol, por exemplo.

“Chris procurava uma oportunidade de solidificar seu relacionamento com Jordan e acabar com Raz.”

Raz perdeu seu pai recentemente, e parece ainda não ter vivenciado o luto por completo. Neil era um pai presente e que deixou Susan viúva e muito perdida na convivência com seus dois filhos. Jordan não tem pai, e sua mãe Heather se mata de trabalhar em uma lanchonete, nunca conseguindo acompanhar um jogo se quer do filho, e olha que agora ele está no time principal. Isso acaba com ela... Já Evan é um rapaz rico, sua família possui status, ele desfila com uma BMW nova que ganhou de seus pais Paul e Mindy, e tem muitas meninas a seus pés.

E é através da relação que o ‘treinador’ desenvolve com esses adolescentes que Uma Mentira Perfeita acontece. Uma história envolvente onde podemos nos deparar com diversos dilemas da natureza humana, como frustrações, decepções, amores proibidos, amores correspondidos, e algumas mortes, porque não tem como faltar cadáveres em um bom thriller. Contudo, Immanuel Kant, que é considerado como principal filósofo da era moderna, defendia que aquele que mente (seja por qual motivo for, e por mais que suas intenções sejam as melhores), tem que lidar com as consequências de sua mentira. Uma vez que Chris vive mentindo, e às vezes até mesmo acreditando em suas próprias mentiras, basta-nos acompanhar a cada página como essa história irá terminar, já que sabemos que mentiras corrompem e definham os relacionamentos.

Ao virar das páginas iremos perceber que muitas mentiras permeiam a vida das personagens desse thriller. Chris não merece levar todo o crédito por tanta mentira e enganação nessa trama. Muitas outras personagens escondem segredos, contam mentiras, e se envolvem em uma rede de confusões por isso. Outra coisa que achei bem interessante foi que durante o livro, mesmo que saibamos a verdadeira identidade de Chris (o tal Curt Abbott), a autora continua o chamando por Chris, e ele mesmo pensa em si como Chris. Um tanto dessa personalidade parece ter tomado conta de Curt durante as semanas que viveu em Central Valley.

“O exercício em sala de aula era insignificante perto do que os aguardava pela frente, e Chris não podia confiar em um garoto que desmoronasse quando as coisas ficassem difíceis. E letais.”

Será que ele conseguirá se desvencilhar dessas pessoas e dessa personalidade? Esse livro merece uma continuação, pois nos apegamos demais aos personagens? Essas são algumas das questões que fiquei ansiosa até descobrir as respostas, ou não. E se você ficou interessado ou curioso, eu avaliei esse thriller com 4 estrelas em 5. Ou seja, foi uma excelente leitura e que não tenho medo de recomendar aos amigos.

Aprendi também que por ser um thriller emocional, temas mais dramáticos e que nos faz deparar com situações reais – como terrorismo, troca de nudes entre adolescentes, relacionamentos impróprios, fraudes, desequilíbrio psicológico, etc. – são os principais componentes que dão corpo à história, trazendo assim além de interesse pela leitura, momentos de reflexão sobre como vem acontecendo diversas dessas situações no nosso dia-a-dia, conosco, com nossos amigos, com nossa família, e com nossos filhos.

“Não se abra tanto para completos estranhos. Não conte suas coisas mais pessoais. Não poste todos os detalhes sobre sua vida particular. Você não faz ideia de quem está por aí, querendo ser seu predador, usando essas informações para a vantagem deles. Como eu.”

Sobre essa edição, a editora HarperCollins apostou na simplicidade. Uma edição de 400 páginas em brochura, onde na capa temos o título e a imagem de um corredor típico de escola americana, com armários em estilo escaninho – e que tem tudo a ver com o clima do enredo. No interior a editora propôs uma diagramação despretensiosa, com diagramação em fontes bastante confortáveis à leitura, e com folhas amareladas – o que a maioria dos leitores prefere. A história nos é contada pelo protagonista e a narração é feita em terceira pessoa.

A respeito da autora, Lisa Scottoline tem hoje 63 anos, é norte-americana nascida na Philadelphia, teve mais de 20 livros na lista dos best-sellers, e seus titulo já foram publicados e traduzidos para mais de 30 países. É advogada, escreve uma série de livros com sua filha, e continua morando em Philly a Cidade do Amor Fraternal.

Por: Carol Nery
Site: http://www.coisasdemineira.com/2018/09/resenha-uma-mentira-perfeita-lisa.html
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Carol Nery 24/09/2018

Mentindo pra si mesmo...
Rousseau, filósofo do século XVIII, afirmou que difícil e muito raramente uma mentira seja completamente inocente. E a autora Lisa Scottoline não se fez de rogada nem na escolha do título, nem na sinopse, e muito menos na frase de capa que nos diz que “A mentira perfeita é aquela que você conta a si mesmo.” O que esperar de um livro com um tema desses? Garanto que muitas emoções rolam no decorrer dessas páginas. Nosso protagonista consegue nos deixar em um verdadeiro dilema: ele é realmente quem diz ser, ou tudo faz parte de uma mentira perfeita? Venha comigo conhecer alguns pontos dessa história.
Chris Brennan acaba de se mudar para Central Valley (Pensilvânia), e busca uma vaga de emprego como professor substituto em aulas de Política Avançada e Justiça Criminal, e outra de Treinador Assistente do time de beisebol na escola de ensino médio local. Seu currículo é impecável, possui boa aparência, bons modos, e demonstra ser uma pessoa muito agradável para ser um colega de trabalho ou vizinho. Mas, assim, logo de cara, a gente descobre que tudo que sabemos sobre Chris é uma mentira muito bem arquitetada.
Ele usa esse pseudônimo e seu currículo é simplesmente todo construído, falso. O motivo dele ter ido para Central Valley faz parte de um plano, que pelo que parece, perfeito. Sua obrigação é estar de olho no time de beisebol, principalmente em três meninos cujo suas vidas, bem como a de seus familiares, têm relação com o time. Então vamos conhecer um pouco mais sobre essa história que de perfeita mesmo, foi a junção de suspense com drama em doses equivalentes. A velocidade que a narrativa “pega ritmo” é incrível. Não vi o tempo passar quando estava com o livro nas mãos.

“Mentir para nós mesmos está mais profundamente arraigado que mentir para os outros.”
~ Fiódor Dostoiévski

Confesso que não conhecia esse gênero no qual Uma mentira Perfeita se enquadra: o Thriller Emocional. Mas, me surpreendi em a cada página lida e foi fantástico ter minha atenção e minha curiosidade atiçadas. E eu tenho mais uma confissão... O plot twist que veio no Segundo Passo me fez perceber o quanto a autora me fez de boba no primeiro capítulo. Senti-me muito trouxa quando comecei a entender o que Scottoline armou! Ela é uma autora super-reconhecida e muitíssimo publicada, e não estava dando para acreditar que ela iria entregando o ouro sobre tudo e todos nesses primeiros capítulos, onde por pouco, fiquei muito desanimada pensando que o livro não conseguiria ser tão bom – eu não poderia estar mais enganada.
Ela nos conta que Chris na verdade é Curt Abbott, e que a grande maioria das histórias que ele contou durantes as entrevistas para o emprego e para seus novos colegas professores, são partes de uma grande e bem arquitetada mentira. Ele está agora na cidade e têm alguns dos adolescentes como alvo para algum plano que inicialmente ficamos muito na dúvida do que se trata. Não conseguimos entender quão psicopata ou terrorista Chris possa ser, e passamos a temer pela vida dos rapazes que ele acaba por enlaçar em uma rede de bons conselhos, festas em sua casa, aulas interativas, e seu rosto de bom moço.

“Chris procurava uma oportunidade de solidificar seu relacionamento com Jordan e acabar com Raz.”

É interessante a forma que a autora nos apresentou as personagens de seu livro, uma vez que tanto Chris, quanto os adolescentes nos quais ele demonstra um interesse exacerbado – sendo eles Raz, Jordan e Evan (como também suas famílias) – têm suas vidas destrinchadas ao passar dos capítulos. Ficamos íntimos desses jovens e começamos a nos simpatizar com as dificuldades que os adolescentes convivem nessa fase de ‘ensino médio’ onde precisam sempre estar com seus pensamentos além: em uma boa faculdade, nas condições de conseguir uma bolsa, e em não perder seu prestígio no time de beisebol, por exemplo.
Raz perdeu seu pai recentemente, e parece ainda não ter vivenciado o luto por completo. Neil era um pai presente e que deixou Susan viúva e muito perdida na convivência com seus dois filhos. Jordan não tem pai, e sua mãe Heather se mata de trabalhar em uma lanchonete, nunca conseguindo acompanhar um jogo se quer do filho – e olha que agora ele está no time principal. Isso acaba com ela... Já Evan é um rapaz rico, sua família possui status, ele desfila com uma BMW novinha em folha que ganhou de seus pais Paul e Mindy, e tem muitas meninas a seus pés.
E é através da relação que o ‘treinador’ desenvolve com esses adolescentes que Uma Mentira Perfeita acontece. Uma história envolvente onde podemos nos deparar com diversos dilemas da natureza humana, como frustrações, decepções, amores proibidos, amores correspondidos, e algumas mortes, porque não tem como faltar cadáveres em um bom thriller.
Contudo, Immanuel Kant, que é considerado como principal filósofo da era moderna, defendia que aquele que mente (seja por qual motivo for, e por mais que suas intenções sejam as melhores), tem que lidar com as consequências de sua mentira. Uma vez que Chris vive mentindo, e às vezes até mesmo acreditando em suas próprias mentiras, basta-nos acompanhar a cada página como isso tudo irá terminar, uma vez que é notório como mentiras corrompem e definham os relacionamentos.

“O exercício em sala de aula era insignificante perto do que os aguardava pela frente, e Chris não podia confiar em um garoto que desmoronasse quando as coisas ficassem difíceis. E letais.”

Vamos lendo e nos dando conta que muitas mentiras permeiam a vida das personagens desse thriller. Chris não merece levar todo o crédito por tanta mentira e enganação nessa trama. Muitas outras personagens escondem segredos, contam mentiras, e se envolvem em uma rede de confusões por isso. Outra coisa que achei bem interessante foi que durante a leitura, mesmo que saibamos a verdadeira identidade de Chris (o tal Curt Abbott), a autora continua o chamando por Chris, e ele mesmo pensa em si como Chris. Um tanto dessa personalidade parece ter tomado conta de Curt durante as semanas que viveu em Central Valley.
Será que ele conseguirá se desvencilhar dessas pessoas e dessa personalidade? Esse livro merece uma continuação, pois nos apegamos demais a alguns personagens? Essas são algumas das questões que fiquei ansiosa até descobrir as respostas, ou não.
Aprendi também que por ser um thriller emocional, temas mais dramáticos e que nos faz deparar com situações reais – como terrorismo caseiro, vingança, troca de nudes entre adolescentes, relacionamentos impróprios, fraudes, desequilíbrio psicológico, etc. – são os principais componentes que dão corpo à história, trazendo assim além de interesse pela leitura, momentos de reflexão sobre como vem acontecendo diversas dessas situações no nosso dia-a-dia, conosco, com nossos amigos, com nossa família, e com nossos filhos.

“Não se abra tanto para completos estranhos. Não conte suas coisas mais pessoais. Não poste todos os detalhes sobre sua vida particular. Você não faz ideia de quem está por aí, querendo ser seu predador, usando essas informações para a vantagem deles. Como eu.”

Sobre essa edição, a editora HarperCollins apostou na simplicidade. Uma edição de 400 páginas em brochura, onde na capa temos o título da obra e a imagem de um corredor típico de escola americana, com armários em estilo escaninho – e que tem tudo a ver com o clima do livro. No interior a editora propôs uma diagramação despretensiosa, com diagramação em fontes bastante confortáveis à leitura, e com folhas amareladas – o que a maioria dos leitores prefere.
A minha nota foi de 4 em 5 estrelas, o que significa que adorei passar esse tempo com Chris e os demais personagens, e recomendo para aqueles leitores que se identificam com esse gênero literário. Essa forma que Lisa desenvolveu os acontecimentos e fez com que o fato da perspectiva dos personagens seja mais valorizada do que a perspectiva policial me ganhou. O relato dos fatos nos é contado pelo protagonista e a narração é feita em terceira pessoa. Porém, personagens secundários também ganham voz e autonomia com suas histórias que nos comove e envolve. Tudo muito importante para nos preparar para o clima que o enredo tece.
A respeito da autora, Lisa Scottoline tem hoje 63 anos, é norte-americana nascida na Philadelphia, teve mais de 20 livros na lista dos best-sellers, e suas obras já foram publicadas e traduzidas para mais de 30 países. É advogada, escreve uma série de livros com sua filha, e continua morando em Philly, a Cidade do Amor Fraternal.


site: http://www.coisasdemineira.com/2018/09/resenha-uma-mentira-perfeita-lisa.html#comment-form
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Natalia.psico.literatura 30/07/2018

Resenha publicada no blog O que tem na Nossa Estante
Este é meu primeiro livro de Lisa Scottoline e definitivamente não será meu ultimo. A escrita foi uma ótima mistura de mistério e suspense e foi impossível parar com a leitura.

?Mentir para nós mesmos está mais profundamente arraigado que mentir para os outros.? (Fiódor Dostoiévski)

A autora de best-sellers Scottoline tem todos os ingredientes de uma história ?perfeita? em seu novo livro Uma Mentira Perfeita. Há um personagem misterioso que parece estar em uma missão do mal em uma pequena cidade da Pensilvânia. Há uma sugestão de um romance com uma das mães solteiras nesta cidade. E há também várias famílias que escondem segredos obscuros em seus armários. Esse é o material sobre o qual histórias incríveis são escritas.

Central Valley, Pensilvânia é uma cidade pequena como tantas outras, com ricos e pobres, panelinhas sociais, agricultura, indústria, comércio e segredos sombrios.
Chris Brennan é aparentemente perfeito. Ele é alto e bonito, está trabalhando como professor substituto e treinador de beisebol. Desde o inicio, os leitores estão cientes que Chris tem um segredo potencialmente mortal que envolve os estudantes e residentes desta pequena cidade. Mas qual é o segredo, e quem sofrerá com as consequências?

Chris tem três principais interesses - Raz Sematov, Jordan Larkin e Evan Kostis. Raz ainda está lutando com a recente perda de seu pai; Jordan não conheceu o pai e vive com sua mãe solteira trabalhadora; e Evan, um filho do privilégio, tem tudo o que quer e quando quer. No entanto, Scottoline concentra-se em suas mães, e então os leitores passam a conhecer as histórias de Susan Sematov, Heather Larkin e Mindy Kostis.

Logo percebemos, porém, que Chris não é a única pessoa com algo a esconder. Cada um dos três rapazes também abriga uma decepção que tem potencial de afetar o futuro da cidade. Depois de uma morte inesperada e chocante em sua cidade, a corrida para descobrir o que realmente está acontecendo começa. Foi uma morte inocente, ou algo muito mais nefasto? Ele é o treinador leal e confiante que ele finge ser, ou suas intenções são bem piores?

Resenha completa no blog!
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Notas.Literarias 19/07/2018

A mentira perfeita é aquela que você conta a si mesmo.

Quando o grande Harlan Coben diz que Scottoloni escreve thrillers emocionantes e com enredos cheios de reviravoltas, ele está certíssimo!

Essa história começa muito devagar, com informações sobre os personagens. Um começo bem chato, sonolento até. Mas a medida que o personagem principal, Chris Brennan, vai se enredando na vida de alguns moradores dessa pacata cidade, Central Valley, na Pensilvânia, as coisas vão ficando mais interessantes.
OS MOSQUETEIROS FAZEM DA EMPATIA UM HÁBITO.
SEJA A MUDANÇA: OBSERVE, ESCOLHA, AJA.
ENCORAJE OS OUTROS
A cidade é pacata, e os moradores são como os de qualquer outro lugar do mundo. Todos tem problemas, que aliás é o que torna a história o que ela é.

A história acontece basicamente em torno da vida de três jovens estudantes e jogadores do time de basebol da escola e de suas famílias que querem viver suas vidas da melhor forma possível, porém se veem no meio de acontecimentos que jamais poderiam imaginar.

Interessante que em alguns momentos a escrita da Scottoline me lembrou Harlan Coben, ela teve o poder de me deixar perdida assim como ele em algumas histórias suas.

Sabe quando você acha que o personagem é uma coisa, que vai seguir por um lado e de repente ele não é nada daquilo e você fica meio "ué??", então, é desse jeito! Você não vai conseguir parar de ler.
_ Acredite em mim, não quero ofender você, mas às vezes não sabemos o que acontece na nossa própria casa...
Quando começam acontecer as coisas, e são várias, e tudo vai se desenrolando e os personagens vão se mostrando, e você fica acelerado, por que são muitos acontecimentos importantes que vão desvendando os mistérios.
(Ai meu Deus, não posso contar!!!!)
UFA!!!

O que posso dizer é que se você gosta de uma história intrigante leia Uma mentira perfeita!


site: http://www.notasliterarias.com/2018/05/resenha-uma-mentira-perfeita.html
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Silvana 02/07/2018

Chris Brennan acaba de de mudar para Central Valley, na Pensilvânia. Ele veio se candidatar para a vaga de professor substituto de Política Avançada e para a vaga de treinador-assistente de beisebol. Aparentemente ele é o candidato perfeito para as vagas, ele tem um currículo impecável, boa aparência e se porta como um homem de boas maneiras, e sem muito esforço ele consegue o emprego. Mas na verdade tudo sobre ele é uma mentira. Seu currículo é falsificado e, seu nome verdadeiro é Curt Abbott. Ele veio para a cidade com um plano em mente e para realizá-lo ele precisa ter acesso ao time de beisebol.

Antes de mais nada ele tem que conseguir alugar um caminhão grande o bastante para caber a bomba ANFO. A bomba que tem o poder de matar milhares de pessoas. E ele consegue isso facilmente com um morador local. Mesmo deixando claro que quem vai dirigir o caminhão é um menor de idade. Dando continuidade ao plano, ele precisa virar amigo de um dos garotos, de preferência algum garoto quieto e inseguro e que não tenha uma boa relação com o pai e, se não tiver pai, melhor ainda. Ao comparar a lista de alunos que frequentam as aulas de política avançada com o time de beisebol, Chris chega a três nomes: Raz Sematov, Evan Kostis e Jordan Larking.

Dos três, Evan parece ser o menos provável a ser escolhido, já que seu pai está vivo. Mas ele é a estrela do time de beisebol, bonito, rico e mimado por sua mãe Mindy, a abelha rainha das mães do time. Raz é a incógnita, parece ser alegre e bem-humorado, mas ele e sua mãe Susan estão de luto pelo adorado pai e marido que acabou de falecer. E Jordan é o mais tímido e reservado e parece ser a melhor escolha já que é filho de Heather, uma mãe solteira que faz de tudo para que seu filho tenha uma chance na vida. Qual dos três amigos será o escolhido? E qual é o plano de Chris, e porque ele precisa de um dos três para conseguir realizá-lo?

Em abril recebi dois livros em parceria com a HarperCollins, esse e A Outra Sra. Parrish. Eu li AOSP primeiro e foi o melhor livro que li até agora do gênero nesse ano, como disse na resenha, e talvez por isso Uma Mentira Perfeita não me empolgou tanto quanto eu achei que empolgaria. Mas isso não quer dizer que o livro não é bom, pelo contrário, ele é muito bom, só não gostei tanto quanto o outro. E outra coisa que me fez não gostar tanto, foi porque a sinopse me prometeu uma coisa e encontrei outra dentro do livro. Esperava um mistério enorme envolvendo o personagem principal e acabei encontrando uma história onde os personagens secundários cresceram tanto que acabaram roubando a cena do protagonista. Mas de novo, não é por isso que o livro não é bom, pelo contrário, foi isso que me fez devorar a história.

Não sei se essa foi sempre a intenção da autora, ou os personagens foram crescendo conforme ela escrevia, mas o certo é que os três alunos e principalmente as mães deles foram os verdadeiros protagonistas da história. E dentre as três ainda destaco a Mindy, que ganhou minha atenção com seu drama familiar e, como os capítulos eram divididos entre as três famílias e o Chris, foi ela quem me fez virar as páginas, porque eu precisava de respostas, assim como ela. E também eu queria saber o que cada uma das famílias, tão diferentes entre si, tinham a ver com o Chris, porque ele precisava dos garotos e, como a autora ia ligar todos os personagens e o time de beisebol.

O grande mistério de quem era o Chris eu acabei matando logo no começo, acho que quem é acostumado a ler livros do gênero já vai desconfiar de algo parecido, mas o resto da história foi uma verdadeira incógnita. E as paginas finais me deixaram tensa. E confesso que precisei ler o final antes porque não me aguentei. Por isso tudo recomendo o livro. E com certeza vou querer ler outros livros da autora. A edição da HarperCollins está muito bem feita e a capa combina com os livros do gênero. Se você gosta de livros de suspense com bastante ação, esse é um livro para você.


site: https://blogprefacio.blogspot.com/2018/06/resenha-uma-mentira-perfeita-lisa.html
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Jeff.Rodrigues 02/05/2018

Resenha publicada no Leitor Compulsivo.com.br
Lisa Scottoline é bastante conhecida pelos seus thrillers de suspense de tribunal, ou suspense legal. São obras que se passam no universo dos escritórios de advocacia, sendo que as mais famosas envolvem a advogada Bennie Rosato (a maioria absoluta de seus livros é publicada no Brasil pela Editora Record). Para além disso, Lisa publica também algumas obras que, segundo seu próprio site, são classificadas como thrillers emocionais – já são 14 livros nesta temática, sendo que o penúltimo deles, é Uma Mentira Perfeita, recém-publicado no Brasil pela HarperCollins.

Como a classificação da obra deixa claro, Uma Mentira Perfeita se equilibra entre o suspense e o drama. O ponto principal da história é entregue já no primeiro parágrafo e o leitor fica ciente que a intenção do livro não é necessariamente desvendar um mistério, mas sim mostrar como se atingir um objetivo. Nós acompanhamos, portanto, um plano sendo executado. Há segredos, assassinatos, pequenas cenas de ação, mas nada que constitua um mega foco de curiosidade para os leitores. Se inicialmente Lisa consegue nos envolver facilmente com a narrativa em primeira pessoa do protagonista Chris, à medida que o livro avança, essa mesma narrativa vai ficando cansativa e se arrasta em alguns pontos. Precisamente nas partes em que o drama se sobrepõe.

Os caminhos da trama não fogem à tradição de conduzir o leitor para pontos que não necessariamente são verdadeiros. É complicado identificar se temos vilões e mocinhos, e as reviravoltas nesse sentido surpreendem facilmente. A partir do momento que o suspense perde força para o drama, o livro segue o curso da previsibilidade e vai desaguar num final pra lá de melodramático. Somem as surpresas e entram em cena as emoções.

Nas entrelinhas de Uma Mentira Perfeita, porém, se escondem temas caros à sociedade norte-americana atual como o terrorismo e a forma como as famílias, principalmente de adolescentes, lidam com a tecnologia, as amizades, e mais precisamente “o que seus filhos fazem quando não estão sob suas vistas”. Estes são os pontos fortes da história e que podem passar despercebidos para nós, brasileiros, justamente por não termos tanta identificação com questões como essas. Mas é bem interessante notar o desenvolvimento dos três garotos que protagonizam a história e como as ameaças podem estar mais próximas do que se imagina.

Se a Uma Mentira Perfeita faltam as características de tirar o fôlego que já vimos em outras obras de Lisa Scottoline, o livro se segura, porém, tranquilamente enquanto um bom drama. Há história de sobra para envolver, entreter e causar algumas coceirinhas de curiosidade com relação à postura de alguns personagens. É uma leitura válida e fica como porta de entrada para quem decidir se aventurar pelo restante da obra da autora. Vale a pena!

site: http://leitorcompulsivo.com.br/2018/05/01/resenha-uma-mentira-perfeita-lisa-scottoline/
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@blogleiturasdiarias 29/04/2018

Recomendadíssimo!
Para meu primeiro thriller — exatamente, não sou de ler o gênero — saio feliz com o que encontrei. Cheio de reviravoltas do início ao fim, a leitura fluiu muito bem, além de deixar aguçada a curiosidade com o que sucederia. Questionando na totalidade e todos, Uma Mentira Perfeita é aquele livro que torna os personagens inesquecíveis.

Chris Brennan é treinador de beisebol e professor substituto na escola de ensino médio de Central Valley. Tudo que o define e o levou a ser o que é na cidade é mentira: seu nome, seu currículo, sua trajetória. Com um objetivo em mente ao ir para Central Valley, ele precisa ficar de olho no time de beisebol, principalmente em três meninos: Raz Sematov o arremessador e de temperamento forte; Jordan Larking o novato do time e Evan Kostis o rico e sensação da equipe. Os três passam por momentos turbulentos na vida pessoal, e podem ser alvos perfeitos para o plano de Chris. O que passa na mente dele e qual a motivação de todo esse segredo? Quem ele realmente é?

Depois de criar mil teorias, de pensar em diversos caminhos que poderiam ser tomados, escolhidos, terminei a leitura chocada. Nada do que imaginava aconteceu, e é simplesmente fantástico. O objetivo com certeza foi atingido e a cada virada de página me via mais interessada no desfecho da trama. É aquele enredo que as peças vão encaixando aos poucos, mas sem perder o ritmo de inserir o cotidiano, a ambientação de fundo. Temos uma introdução detalhada, conhecendo aos poucos os possíveis culpados, de quem irá participar da história como um todo, sendo a obra dividida em três passos.

Praticamente no meio do volume temos uma virada que me pegou desprevenida. Esperando algo, Lisa Scottoline nos conduziu em um caminho em que a resposta é totalmente o oposto do que imagina. Foi um elemento que a autora usou com maestria. Acredito que poucos consigam acertar qual será o plot twist que encaminha a história para um rumo diferente. E a partir deste elemento temos desdobramentos que mexem todo instante no desenvolvimento.

"O exercício em sala de aula era insignificante perto do que os aguardava pela frente, e Chris não podia confiar em um garoto que desmoronasse quando as coisas ficassem difíceis. E letais." pág. 105

Confesso que por não conhecer os gêneros suspense e thirller, senti que seria mais o primeiro citado do que propriamente thriller. No entanto quando ocorre o plot twist, o lado thriller emocional fica mais presente. Não deixa pontas soltas, o que me agradou bastante, e as perguntas e questionamentos inseridos como informação, tem a sua explicação elaborada. É uma narrativa fechada.

Falando em personagens, acompanhar Chris Brennan foi uma aventura. Ver as situações pelos seus pensamentos nos deixa com "pontos cegos" em vários quesitos, ao mesmo tempo que nos antena para as suas estratégias. Por somente ter esta visão, fica-se confuso e assim elaboramos várias justificativas, várias teorias do que esperar mais a frente. Talvez este seja um dos maiores atrativos que me faça ler mais thriller, porque foi fundamental para a movimentação do romance — o estilo de narrativa.

Acredito que se eu falar mais possa acabar soltando spoilers, e o ideal para Uma Mentira Perfeita é você descobrir e ficar de queixo caído como tudo que se conecta. Eu demorei em torno de 2 dias para terminá-lo — porque tinha faculdade, trabalhos para fazer — mostrando o quanto ele te capta. Não paramos a leitura até descobrir o que de fato está transcorrendo. Aliás, adorei uma leve pitada de romance que está de plano de fundo.

De uma forma geral para um primeiro contato, me instigou a conhecer mais exemplares assim. Acredito que para quem curte ou já leia será uma ótima opção. Completo e interessante, é um prato cheio para qualquer leitor. Recomendado!

"Ele sentia que estava conectado ao time de beisebol, mas não conseguia ligar as coisas. Faltava uma peça do quebra-cabeça e ele tinha fé de que iria encontrá-la; só não a tempo." pág. 273

Na parte física a capa é totalmente condizente com o conteúdo. A escolha do título igualmente. Apesar dele deixar uma leve desconfiança do que veremos na parte interna, ainda seremos surpreendidos. A diagramação é espaçada, então por mais que aparente ser grande a leitura pode acontecer mais rápido do que imagina. Não vi nenhum ortográfico ou de gramática. Como falado anteriormente, a narrativa é feita em terceira pessoa pelo ponto de vista do protagonista.

Pela recomendação na parte de trás do tão aclamado Harlan Coben e pelo que consegui captar, irei procurar mais sobre a autora. Foi algo que me tirou da zona conforto e agradou. Confesso que não me via fazendo este tipo de leitura tão cedo, entretanto acabou que foi positivo. Pretendo me aprofundar mais. Espero que tenham gostado!

site: http://diariasleituras.blogspot.com.br/2018/04/resenha-uma-mentira-perfeita-lisa-scottoline-thriller-harpercollins-brasil.html
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Ivy (De repente, no último livro) 28/04/2018

Resenha do blog "De repente no último livro..."
Uma mentira perfeita é um daqueles thrillers cheios de suspense, que conseguem agradar o leitor, instigando quem segue a trama a ler mais e mais páginas sem parar, pois é aquele tipo de história tão cheia de surpresas que queremos descobrir de imediato toda a verdade por trás de Chris Brennan e também de seus alunos, os até então pacíficos jovens da pequena de Central Valley.

Quando Chris Brennan chegou a Central Valley ele já tinha seu objetivo em mente, já havia previamente planejado um plano para aproximar-se de seus alvos e, de maneira perspicaz e metódica, vai cumprir passo a passo do que se propôs a fazer, sem permitir que nada ou ninguém se coloque em seus caminhos. Quem é Chris Brennan e o que ele realmente pretende é a pergunta chave durante pelo menos a primeira metade do livro. Esse é aquele tipo de protagonista impossível de se prever, porque nunca conseguimos antever suas atitudes, e seus sentimentos parecem ser sempre uma incógnita já que Chris é uma espécie de homem intocável, inabalável e inalcansável. Desde as primeiras páginas já sabemos que Chris não é realmente Chris, e que tudo é uma farsa, uma mentira elaborada por ele e fielmente interpretada para convencer os habitantes da pequena cidade de que, esse novo forasteiro misterioso é um pacato homem proveniente de Wyoming, um novo cidadão acima de qualquer suspeita.
Eu adorei a maneira como a autora Lisa Scottiline conduz a história, demonstrando ao leitor que não há nada mais perigoso do que a sensação de falsa segurança que, muitas vezes, conduz pessoas de bem a agir com um excesso de confiança que, pode ser usado, mais adiante, contra elas. O perigo sempre pode estar à espreita, e geralmente as maiores ameaças acontecem quando somos pegos desprevenidos.
Dessa maneira segue a trama de Uma mentira perfeita, uma trama que é dinâmica e cheia de detalhes, com personagens que se revelam cheios de facetas e um lado obscuro que, ao longo da trama, o leitor testemunhará transparecendo em cada personagem à medida que atravessam por momentos cruciais de suas histórias.

Embora Chris Brennan seja o protagonista de maior importancia na trama já que tudo oque ocorre estará relacionado à este personagem, os outros personagens que atuam ao seu redor também exalam carisma, e eu gostei da maneira sucinta, mas completa, com que a autora nos narra cada uma de suas vidas, fazendo do leitor alguém íntimo da rotina de seus personagens. O maior trunfo de Uma mentira perfeita é justamente contar com um rol de personagens necessários à trama. Nenhum deles está ali por acaso, todos possuem uma importancia vital no desenrolar dos fatos e é bem interessante a maneira como pouco a pouco suas vidas vão se tornando conectadas, seja em razão de Chris Brennan, ou seja em razão de outros fatores que vão surgindo.

Acredito que a sinopse do livro já está bastante completa, ao ponto em que não há nada mais à se dizer sobre a trama sem correr o risco de soltar um spoiler desnecessário, portanto, prefiro me ater em dizer o quanto o livro me agradou e praticamente me arrastou a este universo meio suspeito de Central Valley.

Ao longo da leitura houveram personagens que se destacaram mais que outros e, óbvio, tendo um grupo de personagens distintos, sempre há aqueles com os quais o leitor se identifica mais, ou simplesmente conecta de maneira especial. No meu caso quem brilhou durante a leitura foi Mindy Kostis, a mãe de Evan, um dos garotos do time de beisebol de Chris.
Mindy começa a história como a dona de casa socialite perfeita. Bonita, simpática, rica e popular, assim como seu filho. Porém, ao longo da leitura, a vida da personagem começa a desmoronar, ao mesmo tempo em que ela se torna mais forte, mais corajosa e pronta para tomar à frente diante das adversidades que aparecem em sua vida. Mindy representa a mulher que persevera, que luta, e suas atitudes são coerentes, tomadas de um realismo e de uma emoção que, ao meu ver, o papel de mãe está muito bem representado por Mindy e também por Heather, outra das mães da história, a mãe de Jordan Larkin, uma jovem mulher solteira que se divide entre criar um filho adolescente sozinha e trabalhar para o sustento do lar, carregando sobre si a responsabilidade de jamais se deixar abalar.
Ambas as familias, os Kostis e os Larkin, aos poucos adquirem importancia grande na trama, e acompanhamos estas mães e seus filhos, em sua rotina e também em seus conflitos mais inesperados.
Há um terceiro grupo, a familia Sematov, encabeçados por Raz e Susan, sua mãe, porém, talvez porque eu tenha sentido um carinho especial por Mindy e Heather, Susan acabou adquirindo uma importancia secundaria para mim. Mesmo assim achei que o personagem retrata bem o drama da mulher recentemente viúva, que deve lidar com a perda de alguém querido e com a criação de seus filhos, antes meninos exemplares, agora garotos perdidos e tomados pela dor do luto.

Eu não sou grande fã de livros narrados na terceira pessoa. Sempre prefiro quando está em primeira pessoa, porque sou daquelas que gosta de se sentir "na pele" do personagem que conta a história mas, no caso de Uma Mentira Perfeita a narrativa em terceira pessoa funciona perfeitamente, pois é a maneira mais certa de nos trazer um panorama geral da vida de todos esses personagens sem tornar a leitura cansativa ou enfadonha com um punhado de reflexões pessoais dos próprios personagens (algo que poderia acontecer se houvesse sido narrado em primeira pessoa).
Os capítulos são curtos, algo que adorei, porque faz a leitura ser mais ágil e como há esse intercâmbio de personagens, cada capitulo nos traz um pouco de cada um, o que deixa a trama mais dinâmica pois além do conflito chave que desencadeia a história, também veremos algumas outras situações paralelas que farão o leitor se sentir ainda mais imerso na leitura.

Em síntese, Uma mentira perfeita é um excelente suspense, que consegue manter desde o princípio uma atmosfera cheia de dúvidas e incertezas que instiga o leitor a praticamente não largar o livro até o final, ávido por respostas e tentando desvendar por si mesmo todas as elaboradas farsas de Chris Brennan e de outros personagens da aparentemente pacata e inofensiva cidade de Central Valley.


site: http://www.derepentenoultimolivro.com/2018/04/review-189-uma-mentira-perfeita.html
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douglaseralldo 22/04/2018

10 CONSIDERAÇÕES SOBRE UMA MENTIRA PERFEITA, DE LISA SCOTTOLINE, OU SOBRE FARSAS NECESSÁRIAS
1 – Uma Mentira Perfeita é um bom thriller que tem em seu plano de fundo uma preocupação atual da sociedade americana, o terrorismo, mas no caso específico da narrativa, instigado e influenciado por antigos comportamentos humanos como o desejo de vingança e a noção enviesada de justiça que podem causar milhares de mortes inocentes;

2 – Dito isto, obviamente rompemos com a possível expectativa inicial dos leitores, que a princípio, tanto pelo título, como pela forma que é apresentado o livro, podem imaginar uma outra espécie de condução da narrativa, que converge inicialmente com a primeira parte do romance, jogando luzes de suspeição sobre o protagonismo-antagonismo de sua personagem principal, para a completa inversão de perspectiva nas partes posteriores, quando enfim parte do suspense se elucida, e a partir disso iniciando uma verdadeira corrida contra o tempo;

3 – Tal suspense inicial está centrado na figura principal da narrativa, o misterioso Chris Brennan que chega à pequena cidade de Central Valley assumidamente no papel de um mentiroso que necessita de uma colocação numa escola para concretizar seu plano (obscuro), durante a primeira parte da narrativa, mantido o segredo de suas intenções dificultando inicialmente a posição deste na narrativa, se como herói ou como o vilão, com claramente a tentativa do texto de levar-nos para esta segunda opção;

+ : http://www.listasliterarias.com/2018/04/10-consideracoes-sobre-uma-mentira.html

site: http://www.listasliterarias.com/2018/04/10-consideracoes-sobre-uma-mentira.html
Crica 24/04/2018minha estante
O tópico 2 da sua resenha pra mim ficou extremamente confuso de entender...desculpe o comentário sincero mas não resisti rsrsrs.




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