Luan 26/04/2020
Reencontros
Finalmente ocorre o duelo entre Yoshioka Denshichiro e Miyamoto Musashi. O resultado do embate já nos é revelado no volume 21, contudo, o caminho percorrido entre os personagens e seus desfechos, não. Á percepção e os detalhes da luta são evidenciados nesse volume. Denshichiro, tenso e angustiado, percebe que não será capaz de vencer o ronin peregrino, então, abre mão da vitória e foca apenas em matar seu oponente para vingar a morte de seu irmão, mesmo que isso lhe custe a vida, mas, além da derrota seu adversário sai ileso.
Denshichiro deixa uma carta destinada a Ueda, antes de partir para o duelo. Nela, expressa à readmissão do samurai ao clã, caso morra, mas não apenas como membro, e sim responsável pela academia e dojo. Dá-se início à caçada de Ueda e seus homens pela morte do algoz dos Yoshioka. Abrindo mão de valores como honra e integridade, pilares básicos de um samurai.
Musashi, reencontra Matahachi, o Augustinho Carrara nipônico tentar correr, porém, logo é alcançado. Acabam bebendo juntos, mas Matahachi, maguaçado e frustrado pela vida que leva e afetado pelo sucesso de seu amigo, descontrola-se e acaba apanhando de Takezo. O então Musashi, antigo Takezo, fica triste e conturbado com o caminho deplorável de seu amigo.
Musashi acaba descobrindo o plano sórdido que busca o seu fim. E, após um reencontro numa situação peculiar com o monge Takuan, decide fugir, pois julga impossível vencer. Ao colocar à fuga em prática, o samurai caipira decide dar meia-volta e lutar contra tudo e todos que visam sua queda em Kyoto
Takehiko Inoue é um gênio da arte, tanto no aspecto imagético como narrativo. Ele nos mostra o desfecho, contudo, o clímax está presente nas consequências de cada situação e na jornada vivenciada pelos personagens. É incrível. A arte nesse volume é sublime.