Lincoln no limbo

Lincoln no limbo George Saunders




Resenhas - Lincoln no Limbo


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Daniel432 27/05/2023

Caixa de Doente
Pode se dizer que esse não é um livro tradicional! Não por seu conteúdo, mas por sua forma!! Suas 407 páginas poderiam ser condensadas em cerca de 150 páginas dada a diagramação utilizada.

O livro é dividido em duas grandes partes que se mesclam ao longo da narrativa. Uma histórica, relatando os fatos da Guerra Civil, do governo de Abraham Lincoln e da repercussão da situação mortal do filho e os pais em jantar festivo. A outra parte é a criatividade do autor expandida e liberada retratando um limbo onde fantasmas não têm consciência de sua situação!!

Na parte histórica o autor faz uso de extratos de textos de diversas fontes históricas, ou seja, o livro não é “escrito” por ele, mas por ele selecionado e sequenciado de forma a fazer sentido. Esse é a novidade do livro!! O autor deve ter feito uma pesquisa bastante intensa para identificar e selecionar partes de textos/artigos distintos que colocados na sequência certa apresentam ao leitor um texto coerente.

Na parte ficcional o autor cria um mundo – o limbo – onde a importante criança falecida se depara com uma miríade de personagens que representam a sociedade estadunidense à época da Guerra Civil. Vale lembrar que todos são fantasmas e como tal estão limitados a um determinado ambiente – o limbo – onde uma simples cerca exerce todo o poder de restrição de seus inesperados habitantes.

Nesse cenário encontram-se o filho falecido de Abraham Lincoln, um padre, um senhor que morreu antes de consumar o casamento com uma jovem mulher e que, por isso, anda “armado” o tempo todo, um homossexual que enfrenta o desprezo do parceiro que não quer encarar a sociedade puritana, a escrava que era submetida a todo tipo de abusos, o militar que tinha por função manter os negros em seu lugar, dentre outros.

Uma parte bem interessante que demonstra a criatividade do autor é a descrição do julgamento onde alguns habitantes do limbo são direcionados ao céu e ao inferno. A porta que se abre ao condenado é a mesma que se abre ao celestial, porém o ambiente que cada um encontra é bem diverso e detalhado.

O autor, ou melhor, os fantasmas utilizam-se de expressões diferentes para nominar coisas conhecidas. Por exemplo, a mor... é retratada como doença, o cai... é conhecido como caixa de doente e a sepul... é tida como montinho do doente.

Curioso para saber como termina o livro?? O que acontece com os habitantes do limbo?? Leia o livro e descubra!!
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Rejane Melo 02/11/2022

Lincoln no limbo é um dos livros mais diferentes que eu já li.
Na verdade, não lembro de ter lido nada remotamente parecido. Ele é narrado de uma maneira única e já vale ler só por isso. No entanto, o enredo também é tão inusitado que te cativa logo no primeiro capítulo.
Ganhador do prestigioso Man Booker Prize 2017, Lincoln no limbo é uma narrativa original e emocionante. Baseado em acontecimentos de 1862, que em meio à Guerra Civil Americana, morre, aos onze anos de idade, Willie Lincoln, filho do lendário presidente Abraham Lincoln. A tragédia leva a um luto desesperado o homem que daria fim à escravidão nos Estados Unidos. Com a morte do filho, Abraham Lincoln, o presidente mais importante da história da democracia, vê seu mundo desmoronar. Em plena Guerra Civil, Lincoln esquece o país em conflito para lamentar, no limite da loucura, a morte do filho. Noite após noite, dirige-se à capela do cemitério para abraçar o cadáver do jovem Willie.
A partir desse acontecimento histórico, Saunders abandona as convenções literárias realistas e tece uma narrativa parte passada no além — no limbo do título, no bardo (no original) do budismo tibetano, estágio intermediário entre a morte e o renascimento - , parte passada no lado de cá. Lá no além, acompanhamos a jornada do jovem Willie, narrada por ele e, principalmente, por três fantasmas que já estão há algum tempo por ali. Alternando esse registro metafísico, temos documentos históricos - verdadeiros? Nunca saberei - em que o autor aborda questões existenciais, históricas e políticas, criando assim uma obra única.
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Caroline Vital 30/08/2022

Adorei!
Uma história de fantasmas, em meio a guerra civil Americana, bem existencialista.

A forma de narrativa é diferente de tudo que já li. Muito interessante. Muitas vozes, muitos relatos, muito bom.
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Soliguetti 24/07/2022

Diferente de tudo que já li
Comecei a ler "Lincoln no Limbo" estranhando um pouco a estrutura do livro, que alterna vozes dissonantes e aparentemente sem conexão. No decorrer da leitura, porém, vai-se entendendo que as "vozes" são espíritos no limbo, nenhum deles realmente ciente de sua situação. Todos eles evitam pensar na morte (referem-se a seus caixões, por exemplo, como "caixas de doente"), sempre na expectativa de que logo retornarão à vida.

Essas vozes do limbo são alternadas com registros históricos do local e período em que a história é narrada - os Estados Unidos da Guerra Civil. Willie Lincoln, filho do então presidente Abraham Lincoln, morre de uma gripe em plena noite de festa, e sua alma é então transportada ao limbo de George Saunders. Cabe a ele, com a ajuda de outras almas, dar-se conta de sua situação para seguir em frente, libertando-se daquele lugar.

Apesar de poder ser complicado se acostumar com a narrativa, uma vez que o leitor ultrapasse esse obstáculo terá em mãos histórias emocionantes dos mortos do limbo, com todos os seus remorsos e a vida que poderiam ter tido, se dela não houvessem se retirado precocemente.

Mais que um livro muito memorável, "Lincoln no Limbo" é um lembrete de como a vida é cheia de pequenas belas coisas que devem ser apreciadas antes que seja tarde demais. Afinal, nunca sabemos quando essa breve centelha que é nossa vida se apagará.
Regis 04/05/2023minha estante
Ontem li essa resenha e fiquei completamente tentada a ler imediatamente esse livro. Vou colocá-lo na lista. ?




Marcelomff_ 08/01/2022

O estado de passagem, o limbo.
Já citava a grande Isabel Allende "tal como no momento de vir ao mundo, ao morrer temos medo do desconhecido. Mas o medo é algo interior, que nada tem a ver com a realidade. Morrer é como nascer: apenas uma mudança"

É isso George Saunders trabalha em Lincoln no limbo. Ele mostra que o medo da morte é algo bastante particular e comum. Porém, é necessário aceitar a morte, além de compreender a mudança que ela provoca, para quem fica e possivelmente para quem parte.

É uma leitura bem diferente. Uma história contada de uma forma bem peculiar.
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Sofia136 09/06/2021

Lincoln no Limbo
meio sem gracinha, não consegui acreditar no luto do Lincoln pai, não senti nada o livro inteiro. as revelações emocionais e as reviravoltas etc parecem um filme da disney, tipo viva a vida é uma festa, com pseudo-aprendizados morais incitados por uma contemplação superficial da vida e da morte. no fim ficou parecendo um autoajuda tipo tenha força para lutar, trabalhe e vc vencerá etc. mas gostei dos personagens bevins e vollmann. gostei da capa :) é um livro curtinho (tem muita página pra pouco texto), bom pra se distrair.
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Italo 09/03/2021

Na introdução do livro Ulysses de James Joyce, Declan Kiberd nos conta uma anedota: certa vez, um amigo de Joyce foi em sua casa e perguntou como andava a escrita do Ulysses, no que Joyce respondeu que havia passado o dia todo com duas frases ? não nas palavras necessárias, e sim na sua ordem. 

Ei-la:

Perfume de abraços o todo assaltou. Com carne faminta e obscuramente, por adorar ardia mudo.

Logo após, Kiberd nos presenteia com uma linda (e sagaz) observação: "É só às vezes que um artista consumado alcança um tal triunfo, quando faz com que palavras familiares soem como novas." 

Não tô querendo dizer que George Saunders esbanja estilismo como o Joyce e extrai êxtase de palavras. Pelo contrário, não tem nada de profundamente poético em sua prosa. Olhando sob essa perspectiva, Lincoln no limbo não tem nada de inventivo. 

O núcleo narrativo é movido por um personagem real icônico abundantemente documentado. Dentro do próprio livro há inúmeros registros históricos reais de biógrafos, políticos, historiadores, mordomos, empregadas, cocheiros, vigias, jornalistas, militares etc. O pai que perde o filho não é nada novo. Uma história de espíritos que não conseguem seguir em frente é menos ainda. 

Tantos temas familiares, tantas situações familiares; tudo muito comum, batido, porém soam como novas. Saunders é capaz de, assim como Joyce, ordenar esses temas de tal forma que soa inventivo e por sua vez de uma inventividade tamanha que toca pelo seu teor compassivo. 

É sobretudo uma história sobre o que nos faz humanos e a perda da humanidade. As circunstâncias da morte dos personagens e sua recusa em seguir em frente, não se dá pelo gosto férreo da vida em sua totalidade, mas sim pelo desejo presente na hora de suas mortes, de forma que os faz sentir-se como incompletos, uma história inacabada. 

Tudo que é de mais faz mal, já dizia sua avó. Em um discurso de paraninfo (Isto é água), David Foster Wallace nos alerta que não existe ateísmo no cotidiano, todo mundo venera algo, e se você escolhe uma religião ou uma filosofia para veneração é porque outro objeto de veneração vai te devorar vivo. "Quem venerar o dinheiro e extrair dos bens materiais o sentido de sua vida nunca achará que tem o suficiente. Aquele que venerar seu próprio corpo e beleza, e o fato de ser sexy, sempre se sentirá feio ? e quando o tempo e a idade começarem a se manifestar, morrerá um milhão de mortes antes de ser efetivamente enterrado." 

Os espíritos acabam por esquecer toda a sua humanidade ao focar excessivamente nos seus desejos quando mortos, o que se torna uma objeto de veneração que os prende à realidade e os devora não-vivos. 

O que nos faz humanos? Em suas existências solitárias, compulsivas, ignorantes por vontade e devoção, o terrível destino do jovem Willie Lincoln os desperta para o que perderam. Ao salvar o outro se salva a si mesmo. Empatia, empatia nos faz humanos. 

No seu esforço conjunto um personagem suplica a todos: "Digam que estamos cansados de não sermos nada, de não fazermos nada, de não termos a menor importância para ninguém, vivendo num estado de medo constante". 

A quantas pessoas (vivas) estas palavras também cabem! É nesse esforço conjunto, quando todos se unem que cada um, do seu modo, recupera a sua humanidade e se lembra. O contato (não-)humano é responsável por isso. 

Sozinhos não somos nada, apenas espíritos de uma vida fragmentada, compulsiva e neurótica. Somos humanos porque nos importamos com os outros, porque amamos, porque nos preocupamos, porque rimos, porque ajudamos, porque torcemos, porque sofremos. 

Numa das últimas 50 páginas mais lindas de toda a literatura nos é exposto que todos nós sofremos, o mundo está cheio de sofrimento. Você não deve prolongar o sofrer porque assim você não ajuda ninguém, o nosso papel como humano é ajudar cada um nesse momento. 

A renúncia, a desconstrução, a perda é importante por nos mostrar como somos fracos sozinhos, como a vida é frágil. Não à toa a renúncia é importante em inúmeras religiões e filosofias a fim de se obter plenitude. A renúncia e a compaixão. 

Em Nomadland, a personagem segue sua vida depois de contemplar tudo que perdeu, tudo que está enfim deixando pra trás, abandonando o que a prendia naquela existência etérea para poder buscar vida de verdade, para seguir em frente. É contemplando o vazio que se percebe que só a partir do nada pode-se construir tudo. 

Saía daqui destruído, perplexo, humilhado, diminuído. (roger bevins iii) 

Pronto para acreditar em qualquer coisa deste mundo. (hans vollman) 

Tornado pessoalmente menos rígido por causa dessa perda. (roger bevins iii) 

Por isso mesmo bastante poderoso. (hans vollman) 

Somos tão espíritos presos em obsessões sem importância quanto os espíritos do livro, e precisamos a todo momento sermos lembrados do que importa, de como viver com sentido. Esse livro faz isso. 

Em outro paralelo com Ulysses, no fim do livro, nos últimos instantes de um dos personagens ele relembra da bela grandeza da vida: um grupo barulhento de crianças, dois amigos acendendo um cigarro numa única chama, um relógio parado, uma camisa encharcada pela chuva de verão de junho sendo seca por uma toalha. Pérolas, farrapos, botões, tufo de tapete, espuma de cerveja...

Tudo parece tão ordinário, tão simples, mas são coisas tremendamente importantes por serem a substância majoritária das nossas vidas. O que Bloom faz é ordinário, uma vida comum, tarefas ínfimas, mas é extremamente importante que ele as faça para poder justamente fazer a vida progredir.

A beleza está nas pequenas coisas, nos detalhes. 
Marina 09/03/2021minha estante
De uma visão mais universal, esse seu texto é desses pra ler toda vez que a gente precisar se sentir amparado.

Individualmente, faz um mês que alguém tornou a solidão um conceito quase incompreensível pra mim.

(Dez de dezembro em março, se o outro livro deixar).


Italo 09/03/2021minha estante
O livro é bem isso: ampara.

O que você também faz, sereia. Você me faz mais humano.

Dez de dezembro em março, e 25 de janeiro todos os dias.




Dávila 20/05/2020

Um livro surpreendente.
Inesperado, genial e um exemplo magnífico do que é a literatura adulta contemporânea.
O enredo não é facilmente explicável.
E nem vou tentar.
Coloque o presidente mais querido(possivelmente) dos EUA numa tragédia familiar e veridica em meio a sangrenta Guerra da Secessão.
Temos também a história na ficção e a ficção na história.
Brilhante.
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jota 10/10/2019

O que aconteceu na noite de 25 de fevereiro de 1862 em Washington, D.C.?
Porque nunca havia lido antes nada nos moldes de Lincoln no Limbo não achei essa uma experiência literária lá muito fácil. Mas que, no final, revelou-se altamente compensatória. Mais de um ano atrás eu buscava informações sobre este livro quando me deparei aqui mesmo com outra obra de George Saunders, Dez de Dezembro (Companhia das Letras, 2014). E sobre ela escrevi um comentário pouquíssimo entusiasmado depois de finalizar o volume com seus dez contos: dei apenas duas estrelas pela minha leitura, então um tanto frustrante. Desse modo, mesmo tendo lido muita coisa boa sobre o romance que narra a morte do menino William Wallace Lincoln (o Willie), onze anos, filho do presidente Abraham Lincoln (1809-1865), dei um bom tempo antes de iniciar sua leitura.

Com todas as críticas e resenhas positivas na cabeça (aqui mesmo no Skoob temos várias), também a correta sinopse da Companhia das Letras, sabendo que se tratava de ficção histórica, conhecendo um pouco os personagens e o que iria encontrar nas quase quatrocentas páginas do volume, reconheço que mesmo assim a experiência com o texto de Saunders desta vez foi surpreendentemente boa, valeu muita a pena. Algo assim como, guardadas as devidas proporções, mergulhar em Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, narrativa além-túmulo escrita há muito tempo, em 1861 (um ano antes da morte de Willie Lincoln e 156 anos antes deste livro de Saunders), que causou estranhamento nos críticos e leitores daquele tempo, claro.

Se se pensar apenas nos dois personagens principais, Willie e seu pai, o presidente Lincoln, numa perspectiva histórica, o texto vai parecer que tem início, meio e fim, como nas narrativas tradicionais. Mas nessas páginas Lincoln vai estar mortificado pela perda trágica do filho e muito pouco preocupado com a guerra civil (1861-1865), que se desenvolvia então e que acabou ceifando milhares de vidas jovens também. Não apenas isso: a coisa vai bem longe quando a Willie (e ao pai) se juntam três personagens fictícios, tão defuntos quanto o garoto e que, digamos assim, estão encarregados do desenvolvimento de sua história, melhor, de expandi-la para outros domínios além daquela realidade passageira, o limbo que os situam entre a morte e o aguardado (por eles) renascimento.

Esses defuntos narradores são o marido quarentão Vollman, morto acidentalmente enquanto trabalhava, o jovem homossexual Bevins III, que se matou por amor, e um velho reverendo assustado, Everly Thomas. Mais à frente são incorporados outros personagens peculiares, todos muito falantes. No meio de citações históricas verificáveis, que permeiam todo o livro, também há muitas que são pura criação de Saunders. E aí a coisa pode ficar complicada para o leitor, ficar confusa, contraditória mesmo. Teria Willie morrido mesmo por descuido dos pais, se eles eram tão amorosos e cuidadosos? Lincoln era alto (1,93m, um gigante), mas era um homem pavorosamente feio como narram alguns ou, ao contrário, era muito bonito, como afirmam outros? Não há sequer concordância quanto à cor de seus olhos, descritos de diversas cores. Por sorte os capítulos são curtos (alguns são curtíssimos) então podemos nos recuperar um pouco da avalanche de sentimentos que Saunders provoca com seu texto diferenciado...

Temos aqui, grande parte do tempo, uma história criativa, inventiva, emocionante, bastante diferente daquelas a que fomos acostumados a ler nossa vida inteira, e isso certamente pesou bastante na escolha do livro para o Man Booker Prize de 2017. Mas Lincoln no Limbo traz também muitos trechos em que o leitor pode ficar meio (ou bastante, depende) perdido com as reviravoltas, com a polifonia, as muitas vozes narrativas presentes, conforme apontei antes. E aí é impossível não lembrar de outro livro premiado (mas com o Pulitzer), A Visita Cruel do Tempo, de Jennifer Egan, que também não trazia uma narrativa convencional, com seus diversos personagens, capítulos fora de ordem etc. Nisso os dois livros se parecem bastante...

Machado e as memórias de Brás Cubas são de 1861, o livro de Egan foi publicado aqui em 2012, o tempo passa rapidamente, melhor, como dizia Nietzsche, o tempo está aí o tempo todo, nós é que passamos por ele, os personagens também. Como aqueles dois livros, Lincoln no Limbo não deixa o leitor indiferente de modo algum, pode provocar reflexões sobre outros livros, sobre a passagem do tempo, sobretudo sobre viver e morrer, perder alguém que se ama muito, desesperadamente. Como devem se sentir pais que perdem filhos, como se sentiu Lincoln perdendo seu Willie. E isso tudo pode fazer você ficar com um nó na garganta e os olhos marejados algumas vezes...

Lido entre 02 e 10/10/2019. Minha avaliação: 4,7.
Tulio Costa 10/10/2019minha estante
?tima resenha!


jota 11/10/2019minha estante
Grato, Tulio.




Bruna.Paixao 29/05/2019

Meta Man Booker Prize livro 1
Planejo ler todos os livros do Man Booker Prize, pois até hj só li verdadeiras obras de arte. Esse é o ganhador de 2017. Livro incrível. Triste, muitas vezes... e escrito de um jeito inovador. Só não acho o livro perfeito porque ele da uma barrigada lá no meio. A história não anda tanto. Mas caramba, é uma coisa bem louca imaginar o mundo do lado de lá, imaterial, e levarem conta o que as almas no limbo pensam para que não abandonem aquele lugar onde estão presas. Faz todo o sentido do jeito que p autor coloca. As almas não querem sair de lá, cada uma por um motivo. E as histórias de cada alma tocam o leitor. Eu gostei muito mesmo ??
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Henrique.Sulzbach 16/04/2019

Maravilhoso e original
Emocionante, divertido, magnético!
A originalidade de sua construção faz com que não consigamos parar de ler. Capítulos curtíssimos de parágrafos idem, numa polifonia de narradores e personagens fascinantes, trazendo um drama universal comovente (a perda de um filho ainda jovem) e suas prováveis implicações perante o famoso personagem histórico. Uma leitura imperdível!
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Bruno.Dellatorre 14/04/2019

Por mais que seja precipitado, digo que esse é o melhor livro que li nesse ano.
O livro começa muito bom e vai só melhorando. A cada página eu me senti mais conectado. O estilo de escrita é bastante inovador mas é envolvente e você não quer largar esse livro de jeito nenhum. Não recue por conta das quatrocentas páginas, elas passaram voando para mim em três dias, e eu ainda terminei mais comovido do que nunca. Um livro maravilhoso. Maravilhoso. Alterem a definição no dicionário de maravilhoso e coloquem como significado Lincoln no Limbo. Não deixe de ler.
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Higor 28/03/2019

'Lendo Man Booker': sobre o que nos impede de prosseguir
As primeiras 50 páginas de ‘Lincoln no Limbo’ foram o suficiente para que eu chegasse a conclusão de que esta seria uma das melhores leituras da vida. Vencedor do Man Booker de 2017, e escolhido para representar o livro da década no Golden Man Booker, conquistou logo de cara o meu coração, e eu só precisaria de um empurrãozinho para que ele se tornasse também um dos meus favoritos da vida.

Com uma premissa aparentemente simples, mas que aterrorizou o autor, George Saunders, por décadas, ‘Lincoln no Limbo’ apresenta o icônico Abraham Lincoln fora do seu posto de Presidente, sendo, ao invés disso, um simples pai. Um pai enlutado. Seu filho, William ‘Willie’ Lincoln, de 11, falecera e o poderoso chefe de Estado vive seu momento de dor, deixando o país em plena Guerra de Secessão.

Podendo muito bem caminhar por um território confortável e previsível, Saunders embarca no inesperado, proporcionando ao leitor a surpresa de uma história por um prisma inesperado: o limbo, local dos esquecidos, segundo o catolicismo. O autor, no entanto, define o local em que a história se passa, como o bardo, um estado intermediário entre a morte e o renascimento, presente na filosofia budista.

A originalidade não se restringe apenas em trazer um contexto histórico tão especifico e pouco explorado, como a morte de Willie, ou de apresentar tal cenário sem um contexto religioso, mas se faz presente na narração, composição de personagens, entre tantas outras coisas que fazem o livro se destacar, brilhar os olhos de quem o encara.

O favoritismo que era tido como certo não aconteceu, o que não fez com que eu me decepcionasse. Algumas cenas foram particularmente embaraçosas, que não tiraram a força do limbo, mas me fizeram ser cauteloso e justo com a pontuação. No entanto, o simples fato de a leitura empolgar, como não acontecera há anos, é louvável, digno das maiores pontuações.

Sincero e triste sem ser apelativo, ‘Lincoln no Limbo’ mexe com o leitor, em uma espécie de convite a refletir e sobre alguns pontos. Quem somos e o que poderíamos ser, talvez, ou até mesmo o que nos impede de prosseguir, de avançar na vida. Um livro para várias releituras!

Este livro faz parte do projeto 'Lendo Man Booker'. Mais em:

site: leiturasedesafios.blogspot.com
Bruna.Paixao 29/05/2019minha estante
Tb to lendo os Booker Prize, partindo agora pro ?Breve História de sete assassinatos?!


Higor 29/05/2019minha estante
Bruna, eu tive que pausar a leitura do Booker, mas boa sorte! Depois comenta o que achou. A propósito, já li Breve história...




Solange.Campos 10/06/2018

Bem criativo
O autor utiliza de uma ficção para criar o limbo, local em que os espíritos interagem, mas o interessante são as várias reflexões trazidas pelos mortos sobre seus erros terrenos.
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