Resenhas - A Cidade e as Estrelas

Giovanna.Figueiredo 28/05/2024

Futuro distante
Para começar, achei este livro bem diferente de 2001 e Encontro com Rama. Ele tem um desenvolvimento bem lento, é arrastado, acaba deixando alguns acontecimentos um pouco soltos ou escritos de forma mais genérica, o que impediu que a leitura fosse fluida e fez com que eu me sentisse perdida em vários momentos.
Mesmo assim, o livro é bom, então vamos lá…
A história se passa num futuro distante, em que da humanidade sobrou apenas Diaspar: uma cidade protegida do mundo exterior por uma cúpula. Nela, todos os habitantes vivem cercados de tecnologia, numa espécie de imortalidade, sem necessidades básicas como comer e dormir. Todos relegam a curiosidade sobre a realidade fora da cidade, devido a um medo intrínseco do diferente e do novo. Todos menos Alvin, um personagem inicialmente arrogante e egoísta que não se contenta com a realidade que o cerca, acreditando haver algo a mais fora da redoma.
Com certo esforço, Alvin consegue sair de Diaspar - deixando seus governantes em estado de alerta por um feito que se imaginava impossível. Ele acaba descobrindo que estava certo ao encontrar a cidade de Lys, em que os habitantes se comunicam telepaticamente e vivem de forma muito diferente do que estava acostumado.
No novo lugar, Alvin se torna amigo de Hilvar, com quem eventualmente segue numa jornada exploratória pelo universo. Conhecer um grande sistema sem encontrar outras civilizações, e perceber que Diaspar e Lys podiam aprender uma com a outra, faz com que o personagem principal decida interferir no destino de ambas as cidades, que haviam se perdido em meio a lendas e medos.

Vivi 07/05/2024

Diaspar é uma cidade da terra que possui sua cúpula protetora protegendo dos perigos do mundo exterior, pois no passado vieram os invasores que destruíram o mundo obrigando-os a viver sob essa redoma.

Diego55 30/04/2024

O tédio da imortalidade
Clarke constrói uma narrativa cheia de surpresas, mostrando que, mesmo no futuro mais futurista de todos, ainda queremos mais do que apenas uma eternidade de segurança. Uma história cheia de questões filosóficas profundas relacionadas ao desejo humano por exploração, evolução, identidade e liberdade. Ele nos desafia a considerar se a busca pela segurança e imortalidade pode, de fato, nos tornar prisioneiros de nossa própria criação, e ele faz isso com uma escrita tão suave que você nem sente a nave decolar.

day 15/04/2024

Imbigo ???
Eu gostei da amizade do hilvar e do alvin, deu pra perceber que até o final do livro alvin conseguiu amadurecer, só o que eu não gostei muito foi praticamente terem apagado da história os amigos do alvin, o autor esqueceu deles, e sem contar que deixou esse final meio aberto. Enfim, foi uma leitura um pouco complicada porque é muita enrolação, mas apesar disso é legalzinha

fubies 03/04/2024

Legal, i guess
Ao ler esse livro é muito importante entender que a cidade, Diaspar, é um personagem tanto quanto Alvin. Alvin é nosso personagem principal e, diferente de todos os outros habitantes da cidade, se encontra sempre inconformado com a realidade de estar trancado na cidade para toda a eternidade. Diaspar é totalmente futurística, com a tecnologia sendo a mantenedora de toda a cidade e de todas as vidas. Não existe mais morte ou nascimentos, e não existem crianças, não existe mais curiosidade ou necessidade de trabalhar para prover o próprio sustento. A cidade guarda as lembranças de todos os moradores e, de tempos em tempos, decide quem vive ou ?morre? (a morte, neste livro, é quando a pessoa é colocada novamente na memória da cidade e fica ?dormindo? para ressurgir/renascer no futuro).

Não sabia bem o que falar sobre o livro e, sinceramente, acho que li o livro errado ou não entendi de fato o que todos os outros entenderam. Sabe quando algo se encerra e você tem aquela sensação de que não entendeu tudo? É ainda pior perceber que todos em volta estão adorando e entendendo. Me sinto assim com o livro principalmente porque quase todas as resenhas que leio são super positivas: as pessoas amaram, desejaram, esperaram algo e receberam até a última página tudo o que queriam. Eu só sinto que: é, li o livro! E ok, ele foi legal (?), mas não foi tuuuuudo isso.

Saí de Fahrenheit com uma sensação muito semelhante, de que não entendi algo que todos estavam entendendo, pois nesse outro caso odiei o personagem principal. Neste livro aqui, pelo contrário, simpatizo com Alvin e meditando sobre todas as suas decisões controvérsias, infantis ou quase ingênuas, consigo compreender porque faz as coisas como faz, sendo fruto total do ambiente que vive e das coisas que ocorrem.

Há sentido, ao menos, nos seus desejos doidos, aventureiros e inconsequentes.

Ainda assim a história passa rapidamente por pontos que eu gostaria de ficar mais tempo, como a religião antiga rapidamente citada na metade do livro, a destruição de todo o resto da terra que torna a sobrevivência de Diaspar tão interessante ou até os outros planetas presentes na narrativa do livro. Cada vez havia mais interrogações na minha cabeça e eu sabia que o livro tinha páginas insuficientes para desenvolver tudo o que eu esperava, mas talvez eu só esteja mal acostumada por causa de Duna (Frank H. me contava até mesmo porque a areia era de tal e tal cor e poderia passar páginas me explicando como os trajes funcionavam).

Estou, sim, acostumada com livros que nos jogam informações relevantes junto com as irrelevantes e não nos explica nada, é quase normal quando falamos de ficção científica e clássicos, mas sinto que perdi algo nesse aqui.

Enfim, a nota reflete esse ?Ok, mas não extraordinário? que senti. Espero ler outros livros do autor!

Raphael Santos 12/03/2024

Grandes reflexões sobre a humanidade
O livro é uma metáfora sobre nossa situação atual e o possível futuro se continuarmos do jeito que estamos, destacando a diferença entre ser um consumidor indulgente e ser autossuficiente. Fala sobre como a vida fácil pode ser ilusória e a importância de equilibrar as coisas para aproveitar a vida ao máximo. Apesar de ter partes fantásticas, também aborda questões como inteligência artificial muito antes de se tornarem relevantes. Com o diretor certo, poderia virar um filme incrível.

Rafinha76 08/03/2024

Enfim
Essa foi uma leitura que particularmente achei difícil de me inserir na história, de entender o mundo e algumas explicações e acontecimentos.
A história em si após o desenrolar achei interessante e, apesar de um livro antigo, muito atual. O principal mostrando sua posição e sendo rejeitado pelos seus semelhantes por conta de um pensamento conservador, a dificuldade de outros a encarar o futuro diferente daquilo que sempre viveram, a necessidade de fugir do novo por medo e insegurança.
O final não me surpreendeu, pois ja imaginava que iriam abrir novamente os horizontes para se encontrar com outros povos.

Um livro complexo, de linguagem um pouco filosófica. Achei complicado o entendimento, mas isso deve ser uma limitação minha KKKK

Tehani 06/03/2024

Motivos para ler este livro
?A cidade e as estrelas? é uma ficção científica com uma narrativa maravilhosa, do mesmo autor de ?2001: uma odisseia no espaço? Arthur C. Clarke. Os personagens Alvin, Jeresac, Hilvar, Alystra e o Bufão (Kedron) tem uma conexão interessante. Também achei incrível a conexão das cidades Diaspar e Lys.

A obra é de 1956, mas tem trechos que são super atuais, com temas filosóficos e até psicológicos.

Uma história muito interessante e para quem curte ficção científica é uma ótima opção de leitura. Lembrando que tem um plot twist bem interessante no final.

PS: a ilustração da capa do livro já tem um spoiler da leitura também.

Guilherme 22/01/2024

Ótima obra de ficção científica!

Foi o primeiro livro que li do Arthur C. Clarke e achei muito bom. O autor escreve um futuro que parece tão abstrato, mas ao mesmo tempo palpável graças a sua escrita excelente. Existe alguns mistérios no livro que faz você não parar de ler. Além disso a descrição do mundo e das tecnologias são muito criativas.

Os pontos negativos que tiram a quinta estrela do livro são um personagem principal que não cativa e um final apressado, sendo basicamente um relato histórico que tira um pouco do ritmo de aventura que a existia até o momento. Mesmo assim recomendo!

Luiza 22/01/2024

Não tenho o costume de ler distopias, porém essa me prendeu e me cativou, queria muito saber o que ele iria encontrar quanto mais destemido e corajoso fosse, e não imaginava que a jornada dele seria para tão longe, a história realmente se mostra bem surpreendente ao descobrirmos a verdadeira história do universo deles, e fiquei curiosa para saber o que as forças maiores tinham ido lutar contra, e me surpreendi no final com a decisão de Alvin

Laura 10/01/2024

Fascinada como leitora comum e estudante de biologia
Acredito que leitores não-ligados a ciência não serão tão impactados quanto a gente. Esse livro carrega uma imensidão de riqueza (detalhes), tanto pelas mensagens que querem ser passadas do C. Clarke, quanto de informação científica; Perspectiva de futuro com muito zelo quanto a sociedade, mas também nas possibilidades e recursos.

Não posso deixar de falar também o quanto eu me via no Alvin e o quanto eu sentia que deveria aprender com ele.

?Alvin nunca cresceria, sempre encarando o universo inteiro como um brinquedo, um quebra-cabeça a ser desvendado para entretenimento próprio.?

Com o ?espírito? explorador. Sempre a procura de algo, de saber o porque, de entender como e mais importante: não desistir e se agarrar sempre em oportunidades que as vezes tinham o mínimo de chance de contribuir para objetivo dele, mas que essa chance já valia de tudo pra ele.

Essa frase do Jack Finney define bem tudo o que eu falei e o que passa no livro:

"Pode ser que o instinto mais forte da raça humana, mais forte que sexo ou fome, é curiosidade: a necessidade absoluta de saber.?

?

Hayð§ââï¸ 04/01/2024

ótimo livro para se ler em um fim de semana
"Há uma tristeza peculiar na realização, na compreensão de que um objetivo desejado há muito tempo enfim se concretizou e que o planejamento da vida deve ser norteado por novas finalidades."

li esse livro em um dia e fiquei impressionada em como um menino singular de apenas 20 anos conseguiu mudar um pensamento enraizado por milhares de anos em duas culturas completamente diferentes em apenas alguns meses.
ler livro sobre a humanidade do futuro é algo que eu estou gostando muito ultimamente e esse livro cumpriu com tudo que prometia. espero encontrar livros tão bons que tratam sobre esse assunto quanto esse.
esse foi o meu segundo livro do ano e espero que a qualidade continue assim.

Jojo 04/01/2024

Bom livro de ficção científica!
A Cidade e as Estrelas me lembrou muito Fundação, apesar de suas diferenças (e de Fundação ainda ter uma trama mais complexa). É um livro muito bom que discute o passado e futuro possível para Diáspar, uma cidade que vive isolada e fechada para as estrelas, e a própria Terra. Alvin, um singular, veio para abalar as estruturas da história e trazer novos fatos. Confesso que achei que haveriam mais problemas com a forma que Alvin mexeu no sistema e seus comportamentos egoístas, mas ele sempre se safou bem das situações. Por isso, senti que foi um personagem que cresceu pouco do começo para o dim. Além disso, a história não tem um clímax demarcado, de forma que ela acaba se arrastando em algumas partes . Mas, de forma geral, é um livro muito bom de ficção científica e que recomendo para quem curte robôs e aventuras espaciais.

Dhalila 27/12/2023

Arthur C. Clarke é um dos meus escritores preferidos.
Adoro como ele constrói mundo é sobre o que trata cada enredo.
Mas infelizmente esse livro não me pegou como os outros deles. Não consegui me conectar com a história. Tinha uma momentos não ditos que, não vou mentir, me irritaram.
Não culpo o livro, acho que não estava no mood de esse tipo de livro. Uma pena.
Talvez leia novamente e tenha outra visão. Quem sabe?

Mariana 26/12/2023

Não sei dizer se gostei ou não do livro. É uma narrativa MUITO visual e no começo é muito difícil visualizar mentalmente as tecnologias e os cenários de Diaspar. De qualquer forma, tem aquele aspecto de reflexão sobre o papel da raça humana no Universo que eu amo, e traz uma discussão enorme sobre a teoria da floresta negra