Eu sozinha

Eu sozinha Marina Colasanti




Resenhas - Eu sozinha


14 encontrados | exibindo 1 a 14


Samuel.Lino 02/08/2020

Melancolia
De longe uma das melhores leituras que já fiz, me surpreendi muito com esse livro...Por muitas vezes nas falas (que tem um tom absurdo de melancolia) me senti de certa forma mais próximo da autora, passando por vivências que a mesma cita e que são vivências do nosso cotidiano, esse livro de traz o reflexo da realidade dura e solitária.
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Wal - Ig Amor pela Literatura 01/02/2019

Solidão
Esse livro foi escrito no início da carreira da Marina Colassanti e recentemente foi relançado pela Global Editora. Pequenos textos que muitos críticos chamaram de crônicas, mas a autora não aceita essa denominação. Possui estrutura diferente, segundo ela. Os capítulos pares falam de momentos do presente, da época em que os escrevia, e os capítulos ímpares são autobiográficos, seguem uma ordem cronológica, desde quando nasceu na África.

É um livro que fala sobre a "solidão"...todas elas. Marina observa a vida no prédio em que mora, nas ruas, nas cenas vistas de dentro de ônibus. O estar sozinho independente do lugar que abriga o momento, o silêncio que reverbera mesmo no barulho ensurdecedor de uma metrópole. Nada nos afasta da solidão que acompanha nossa alma e Marina dá voz a esse sentimento em relatos perfeitos. Uma mulher que caminha sozinha, mesmo quando existe a ilusão de muitas companhias, e que sabe transformar tudo isso, todas essas ausências, em uma Literatura cheia de poesia.

No capítulo 9, meu preferido, ela diz: "um dia, as flores entraram em minha vida. Não lembro bem como foi, sei que, antes, só existiam os oleandros".
Sabemos que os oleandros são venenosos e entendo que no texto ela fala de todas as alegrias que encontrou pelo caminho depois de passar por um período pouco florido. Não sei se, realmente, fez disso uma metáfora ou se talvez falasse mesmo só das plantas, mas eu vi poesia nas linhas e entrelinhas.

Super recomendo esse pequeno livro que se agiganta dentro de nossa alma e nos faz refletir sobre essa tal "solidão" às vezes tão temida, mas outras vezes tão desejada...tudo vai depender do que se passa dentro de nós.

site: https://www.instagram.com/amor.pela.literatura/?hl=pt-br
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Lia 22/03/2021

Não recomendo
Esse livro estava como paradidático da escola, então não esperava muito dele, e realmente foi o que aconteceu. O livro é muito parado e a solidão dela é abordada da mesma maneira todos os 46 capítulos, quase morri de tédio. A narrativa não tem um objetivo em específico, o que me irritou muito, são apenas fatos do cotidiano da vida de uma pessoa sozinha, deprimente e monótona. Só não dou 0 estrelas porque a escrita é muito boa, mas mesmo assim não gostei nada da temática.
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Karini.Couto 03/04/2024


Em seu primeiro livro, publicado em 1968, Marina Colasanti deixa sua marca ao nos transportar através de suas palavras desbravando territórios do pensamento, numa prosa onde temos contato com a solidão e tudo que vêm junto. Falo do sentir, do ar melancólico ao descrever algo ou a si mesma, de emoções que transbordam através de suas páginas e nos faz refletir sobre aspectos das relações humanas, sentimentos, vulnerabilidades e sobre nós mesmos.

"... há uma mulher jovem que caminha só,  que viaja só, que trabalha só,  mesmo quando há ao lado a ilusão dolorosa de outras proximidades, a sensação pérfida do afago fugidio. Em tudo a frustração constante do que fica enquanto vamos ou do que morre enquanto teimamos em existir."

O tom da obra é melancólico, estar cercado de muitos e ao mesmo tempo estar só, alguém já se sentiu assim, ou ouviu de outro essa sensação?

Nessa obra temos uma divisão clara entre o presente (da época de sua escrita) e partes autobiográficas seguindo desde seu nascimento na África. Um livro que deixa claro a solidão ao observar tudo ao redor e o estar só em meio ao farfalhar de pessoas. Uma obra curta e tão carregada de emoções. 

Lindamente escrito e descrito, poderia falar da jornada da autora ou da estrutura da obra, mas escolhi falar sobre os sentimentos e sensações. Sobre como me vi em algumas linhas... Como me sinto por vezes cercada de pessoas e ao mesmo tempo tão só. Como a solidão nos transforma, como muitas vezes ela é necessária, mas existe uma diferença gritante entre solidão e solitute, e as vezes essa solidão é sufocante!

"Sei que a tarde esteve agradável, porque, mesmo no sono, ouvi gritos alegres de crianças na rua. Se chegasse à janela, e me desse ao trabalho de afastar as cortinas pesadas, veria, na certa, um princípio de noite tênue e clara... Mas estou cansada e chateada, não tenho vontade de olhar paisagens lindas que me façam sentir ainda mais só; estou com vontade de ouvir bater na porta, abrir, sentar numa poltrona, e ficar conversando a esmo, sem pressa, nem hora, com outra pessoa, outra pessoa qualquer."

Me despeço dessa obra com muitas reflexões pessoais. O que é solidão para você?

site: https://instagram.com/alempaginas
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Thales 02/04/2021

O que achei de ?Eu Sozinha?
?Mas não posso corrigir o mundo; não posso, sequer, corrigir a mim mesma.?
Não foi uma leitura que me agradou ou me tocou em algum aspecto, mesmo depois de 46 capítulos e 112 páginas eu ainda não consegui ver algum objetivo para tal leitura. A escrita realmente boa e os capítulos curtos me fizeram prosseguir com a leitura, mas não foi um livro que adicionou nem tirou algo da minha vida.
rafaa 02/04/2021minha estante
??????




SocorroBaptista 20/03/2024

Uma palavra descreve este livro: solidão. Em vários momentos eu me vi em suas páginas, por isso posso dizer que me identifico bastante com a narradora/protagonista. Gostei bastante.
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Nana 02/04/2024

Livro nr 68 do projeto "A volta ao mundo através dos livros"
País sorteado : "Eritreia"

Que livro chato! Não me tocou em nenhum momento e infelizmente nem cumpriu com o propósito de me apresentar um pouco sobre o país de origem da autora.
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umtetoparaana 08/02/2022

A solidão pode ser boa.
''Gostaria de ser como os outros me veem. Ou o que os outros me vissem como sou. Haveria, assim, uma única pessoa.''

Conheci o trabalho de Marina em 2019, por causa do vestibular da UERJ. Depois disso, não tive mais contato com a sua literatura, mas lembro que quando li ''Hora de alimentar serpentes'' foi uma experiência definitivamente interessante. Esse ano estou com a meta de ler mais literatura nacional, e do nada acabei lembrando da escrita da Marina então decidi pegar seu primeiro livro para ler (visto que ele é um livro extremamente premiado e aclamado), e, sinceramente não me arrependo.
Não há erro em afirmar que esse livro é o livro da solidão da Marina. Já que temos aqui uma escrita que vem e que vai, que brinca com a linha tênue do sentimento de solidão no tempo em que o livro foi escrito e nas lembranças do passado. É incrível como essa solidão se mistura e as vezes parece a mesma. É incrível como a vulnerabilidade da Marina adulta é bem similar a dela criança. É incrível que a Marina dê espaço e aceite um sentimento que foi por muito tempo tão mal visto. É um texto simples, mas que se mantem atual.
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Maíra Marques | @literamai 05/05/2024

? ?O dia está no início. Eu, separada do mundo.?
?
?? "Eu Sozinha" de Marina Colasanti é uma obra poética, não raramente confundida com crônicas, já que seus textos nada mais são do que relapsos de sua própria existência, de sua rotina tão monótona. Li como se minha vida dependesse disso, devorando cada página com exasperação, parando para refletir apenas quando o texto me fisgava a alma.
?
Como nem tudo são flores, houveram passagens que me incomodaram: Colasanti é maravilhosa em cada colocação, mas ao tratar do que é "feio" (e feiura é algo bem singular, devo dizer), ela sempre refere-se ao corpo gordo. Ninguém é obrigado a amar o diferente, mas como uma pessoa gorda, foi difícil não se entristecer com a maneira que a autora se referia a isso, quase como uma aberração.
?
Apesar desta exceção que foi o que, de fato, me impediu de favoritar essa leitura, é inegável o quanto Colasanti consegue ser melancólica e tão profunda em cada frase. Por vezes me reconheci em sua solidão. Neste livro acompanhamos uma rotina tranquila e, por vezes, tediosa. É curioso como a autora consegue transmitir alegria e angustia, tudo ao mesmo tempo e por este mesmo motivo.
?
No prólogo desta 2a edição, Marina relata que enviou estes textos para Rubem Braga, a fim de ter uma opinião sincera antes de publicar. Este retornou dizendo que- apesar de serem muito bons- não eram comerciais. Bom, preciso concordar. Não é o tipo de literatura que vira um best seller, diria que esse livro possui um público-alvo bem específico. No entanto, estamos falando de Marina Colasanti, uma escritora que já marcou seu nome na literatura nacional. Sendo assim, o que é comercial agora? haha
?
No geral, gostei muito dessa leitura. Fluida, intensa e repleta de muitas reflexões sobre a vida, sobre VOCÊ.
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Isabelabenedetti 04/03/2021

Eu não gostei
Esse não é um livro q eu escolheria para ler, só li ele pq era o livro literário do bimestre, mas eu odiei, não sinto que tirei nada dele, nada que daqui a uns anos serão úteis. Não recomendo!
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Amanda.Contiero 18/08/2023

Poético , de muitas nuances.
A roupagem é de uma linguagem aparentemente simples? Mas esse livro tem muitas camadas. Um livro que incomoda por desnudar a solidão e melancolia com tanta transparência ao leitor.
Emoções humanas comuns, mas tão difíceis de se aceitar como inerentes à nossa condição de vulnerabilidades .
Aqui, é possível tecer a solidão como o estado companheiro ao ser , independente da presença ou ausência do Outro.
Refletir sobre as formas de percepção do Eu de uma mulher sufocada pelas lentes da melancolia.
Como desfrutar da Vida?
Quando tudo parece tão limitado e inundado pela própria introspecção? Os próprios pensamentos podem por vezes ser aprisionantes? Ora , magicamente heróis libertadores. Quantas vezes não nos reinventamos , não? Por prazer, ou por necessidade.
Recomendo.
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kemii-18 13/11/2023

Que construção linda sobre como a solidão nos acompanha em diversos momentos da vida. É um livro muito bem pensado, eu só acho ele meio grande na formação física que página
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Naiara.Martins 02/11/2022

Por que não gostei?
A temática "Solidão" abre caminho para explorar muitas coisas, mas a autora fica sempre na mesma... relatos de dias pacatos e mesmisse.
Gostei de algumas "crônicas" da época da infancia, mas não o suficiente para dizer que gostei do livro.
Agora me ajudem: só eu percebi nuances de racismo e gordofobia?
Peguei tanto ranço que acredito que não leio mais nada dessa autora.
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sleepyintgarden 30/11/2022

muito proveitoso
esse livro é daqueles em que ao mesmo tempo que você passa grande parte do tempo sem entender o que está acontecendo,você também é tentado a sair grifando tudo de tanto que você se identifica. a linguagem exige atenção.consegui estabelecer muitos paralelos entre marina e clarice lispector,principalmente a respeito da abordagem e da linha de raciocínio das duas. me identifiquei demais(mas tenho me identificado o tempo inteiro,com qualquer coisa,de todo jeito,nos últimos dias). pra finalizar,é regido de crônicas(?), algumas sem sentido e outras muito legais,cheias de sentimentalismos e frases com uma beleza complexa,que fazem você ler,achar coisas que você já tinha pensado ou sentido mas nunca tinha conseguido verbalizar e dizer É ISSO.
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