O Castelo

O Castelo Franz Kafka




Resenhas - O CASTELO


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Giuliano.Behring 09/07/2020

Kafka em mais uma crítica à burocracia
Outro dia eu ouvi meu pai falando que eu em breve entenderia que uma situação "kafkiana" era quando a burocracia naquilo se extendia para além do útil e se tornava algo que na verdade ao invés de organizar e simplificar as ações das instituições de poder acaba por impossibilitar o uso das mesmas. E acredite, "O Castelo" é um romance que retrata exatamente isso, assim como "O Processo". Eu acredito que "O Castelo" porém, se enquadra em uma crítica com um corte nas instituições executivas, abordando classes sociais que muitas vezes não tem contato entre si.
Para além da crítica que o autor faz, o romance enquanto forma acaba sendo muito denso, apresentando por vezes páginas inteiras sem um parágrafo, o que pode se tornar prejudicial à leitura do romance.
Por fim, julgo esse romance uma leitura confusa e pesada, e acho muito mais interessante "O Processo" do mesmo autor.
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Instagram: @leitor_eduardo 11/07/2023

O Castelo
- Título: O Castelo
- Autor: Franz Kafka
- Ano: 1926
- Nota: ???

Que livro chato e arrastado! Mas...

... #OCastelo é uma das obras mais conhecidas do escritor #FranzKafka. Publicado postumamente em 1926, o romance é uma narrativa complexa e enigmática que mergulha nas profundezas da alienação e #burocracia (e bota burocracia nisso aí), características distintivas da escrita de #Kafka.

A história se desenrola em torno de K., que chega a uma pequena aldeia dominada por um misterioso castelo. K. busca estabelecer contato com as autoridades do castelo para exercer sua função como agrimensor, mas encontra inúmeras barreiras e obstáculos. Ele é recebido com desconfiança pelos habitantes locais e enfrenta a resistência das figuras burocráticas que controlam o castelo.

A narrativa acompanha as frustrações e lutas de K. enquanto ele tenta, em vão, desvendar os segredos do castelo e encontrar seu lugar naquela sociedade opressiva.

Uma das principais características de O Castelo é a atmosfera opressiva e claustrofóbica criada por Kafka (e esse livro me deixou assim mesmo). O castelo em si representa uma força inatingível e impenetrável, simbolizando o poder e o controle que a burocracia exerce sobre os indivíduos. A alienação de K. é acentuada pela sensação constante de estar perdido e deslocado em um mundo onde as regras são arbitrárias e incompreensíveis.

Kafka utiliza uma linguagem precisa e detalhada, explorando a complexidade dos pensamentos e emoções de K. ao longo da narrativa. Os diálogos são frequentemente interrompidos e as falas são extremamente compridas, as respostas são evasivas e as informações são escassas, intensificando a sensação de estranheza e confusão.

Embora "O Castelo" permaneça inconclusivo e aberto a interpretações, a obra de Kafka oferece uma reflexão profunda sobre a condição humana e a busca por significado em um mundo absurdo.

É um pouco complicado recomendar a leitura: eu tenho quase certeza que você também acharia o livro chato e arrastado.
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Bielzin 26/06/2022

Estranheza
Kafka é isso.
Começa numa banalidade, entra num caminho circular que a cada volta se entranha e complicada mais e mais.
Toda a vila e seus habitantes é confuso, sem sentido, estranhos, e a simples presença de uma pessoa de fora, o K., mostra como eles agem.
Eles quase não são pessoas e sim, puros papéis sociais que assumem para tentar de alguma forma chegar mais perto do Castelo ou de alguém que esteja conectado diretamente ao Castelo.
A história toma um rumo muito imprevisível, mas tenho que admitir que a parte final teria tudo pra ser algo incrível. E foi frustrante. Ok, eu já sabia que Kafka era assim.

Mas as perguntas são tantas. E nunca terão respostas.
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Rayhan Chamoun 25/08/2020

Pra mim, não deu...
Muitos podem se assustar com a nota que eu dei para este livro, e com ela, não quero em nenhum momento taxar tanto o autor como a premissa da obra em si como ruim, esse não é o meu intuito. ¨O Castelo¨ foi publicado postumamente, ou seja, Franz Kafka não terminou a história, mas, ainda assim, muitas coisas me desagradaram e vi algo com potencial sendo desperdiçado por uma construção precária da narrativa.

¨O Castelo¨ conta a história de K; um agrimensor que vai até um vilarejo após receber uma carta e que supostamente o emprega em um trabalho para um castelo. Ao chegar no vilarejo, e na verdade, ao longo de todo o livro, K. tenta entender o sistema burocrático que envolve os moradores e sua chegada que passa desapercebida pelo sistema, e que apesar de quase sempre ser justificável por um meio formal, nunca é consagrado através de alguma presença ou encontro.

A prosa de Kafka me agradou e muito, sua escolha por desenvolver muito mais a argumentação em prol da narrativa também é algo que observei positivamente, porém, o autor trabalha muitos elementos secundários e que tomam grande parte da narrativa, justamente para confirmar a burocracia do castelo, e, mesmo utilizando-o como ferramenta para desenvolver os personagens, logo as linhas se perdem por acontecimentos passados e que não possuem qualquer influência direta na trama do protagonista (o melhor exemplo são os capítulos referentes a senhoria da Pousada da Ponte e a família de Barnabé).

Como se não bastasse, o autor usa e abusa do fato do ¨Castelo¨ e de algumas autoridades, como Klamm, serem praticamente citadas por terceiros como artifício de escrita para nos locomover de um lado para o outro. Este exemplo ilustra bem (e sem qualquer spoiler, claro): Quando o personagem vai descobrir ou desenvolver alguns dos vários elementos apresentados pelo autor, ele recebe uma carta, um documento, é chamado por uma pessoa que até então desconhecíamos, somente para desenvolver outros elementos que contribuem pouco com a história que acompanhamos e, novamente, são deixados de lado por eventos imediatos e repetitivos que refletem muito mais as relações sociais de K do que o ¨Castelo¨ propriamente (e que falham igualmente em sequer contribuir de maneira indireta para a trama).

Algumas pessoas levantaram isto como um ponto forte, já que uma das intenções de Kafka era mostrar uma realidade burocrática e como isso impacta (ou não) nosso cotidiano, mas na minha opinião, nem por isso a narrativa precisa se ausentar de conflitos. Os problemas relacionados ao castelo nunca são imediatos, tudo é futuro e incerto, mas, o ¨Castelo¨ por si só não impõe qualquer risco para K, a maior parte deles (os conflitos) são criados na mente do próprio protagonista (em seus pensamentos igualmente burocráticos e processuais).

Uma obra que perde-se desnecessariamente em uma construção cansativa de personagens que não chegam a lugar nenhum, e cujo potencial avassalador é desperdiçado por decisões questionáveis, tanto por parte do autor, como por parte do protagonista, e que quando chega em seu ápice, prova-se mais uma vez pouco esclarecedora para o protagonista, e consequentemente, para nós, leitores.

site: https://www.instagram.com/rayhan_chamoun/
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Vevê 14/06/2020

Kafka! Melhor não lê-lo, mas se não ler, como saber?
Angustiante, aflitivo, opressivo e todos os seus sinônimos possíveis definem esse livro. Assim como em 'O processo' e 'A metamorfose', Kafka consegue nos conduzir em 'O castelo' como o próprio personagem principal, o que me levou a uma crise entre querer lê-lo novamente e nunca mais ler um livro de Kafka, não que seja ruim, mas em certo ponto é frustrante ser levado pelas emoções do personagem, sobretudo quando este nunca consegue atingir os objetivos, sentimento que é potencializado pela parada brusca na narrativa porque 'O processo ' e ' O castelo' são livros inacabados e publicados postumamente. No mais, entre os três citados, O castelo foi o que mais demorei para ler, pois é um pouco mais denso que os outros porém, tão bom quanto. S2
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Lara.Emanuelle 18/08/2020

Amor e ódio
Apenas senti vontade de ter um tabuleiro Ouija e buscar Franz Kafka pelo plano espiritual. Por qual motivo? O livro, por todo momento, causa angústia e quando você acha que as coisas irão se resolver: catapimbas! Solução não é uma palavra do dicionário de Franz Kafka :)
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Kronecker 26/04/2021

Angustiante do início ao fim como todos os livros de Kafka
O início nós trás um sentimento de esperança dada a astúcia de K porém com o desenrolar dos acontecimentos o sentimento de incapacidade e a ânsia para que ele apenas desistisse foram aumentando cada vez mais , ver as atitudes tomadas pelo protagonista que acabam só complicando a situação. No meio do livro só queria que o protagonista desistisse pra por um fim nessa situação complicada. Muitas vezes durante o livro me perguntei até mesmo se o castelo realmente existia e ou era apenas alguma construção inalcançável e imutável que os moradores apenas começaram a adorar. Melhor livro de Kafka na minha opinião.
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ana rafaella 01/06/2023

Terror Psicológico
Uma desilusão sem fim. Literalmente, sem fim. O livro é bom, porém não chega aos pés dos outros do Kafka.
Assn 01/06/2023minha estante
Quero ler A Metamorfose, o que achou da escrita do autor?


ana rafaella 02/06/2023minha estante
A leitura de metamorfose é rápida, prática e maravilhosa. Recomendaria um milhão de vezes se possível. @8496333 @Assn




mfnpr 26/07/2020

Do inalcançável
"O Castelo" apresenta algumas críticas semelhantes àquelas presentes na obra "O processo", mas, diferente desta última, nessa narrativa os planos da existência humana se mesclam.

Não é possível ter certeza de qual é a intenção do autor ao contar a história do agrimensor K. e a sua constante luta por entrar no castelo. Em resumo, acho que o livro intenta trabalhar com essa busca pelo inalcançável, ironizando o absurdo dessa inacessibilidade.

Pra mim, seria singelo demais restringir a interpretação do livro como uma crítica à burocracia sem considerar que a narrativa consubstancia algo mais profundo, ligado ao íntimo do ser e, também, relacionado a sua construção.

É um livro que me exigiu um pouco mais de atenção, pois a leitura me era cansativa. Entretanto, não é complexo ou difícil de ler.

Por fim, cito um trecho do livro, última frase do capítulo 8:
"(...) Mas, ao mesmo tempo, - e esse sentimento era muito forte-, ele sentiu como se não houvesse nada mais sem sentido e desesperador do que essa liberdade, essa espera, essa invulnerabilidade".
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jessicapdss 14/03/2021

Interessante
O Castelo (1926) apresenta uma situação absurda semelhante ao O Processo, em que um inspetor, também chamado K. ( a inicial autobiográfica de Kafka para personagens angustiados), chega a uma cidade para realizar trabalhos alegadamente autorizados, por quem manda no castelo do título. Quando parece ter havido uma confusão e seus serviços não são necessários, ele tenta se comunicar com alguém responsável no sombrio castelo, que os aldeões aceitam como autoridade absoluta, e a quem jamais ousam questionar ou se aproximar. As resposta nunca estão disponíveis; acusações são feitas com base em informações espúrias, e erros burocráticos abundam, apesar da insistência do Castelo, e da crença dos aldeões, em sua infalibilidade. K. foi levado à aldeia devido a um erro burocrático que ele nunca consegue endireitar. Kafka, desta forma, leva a ficção (enredo e premissa) a um lugar aonde ela nunca havia ido. Aí está a beleza desta obra.
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Lia 30/04/2022

Durante todo livro me senti confusa e confesso que ainda estou ... Vou ter que pesquisar mais sobre e descobrir se há um sentido ou não.
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marisa13 01/01/2021

Kafka sendo Kafka
Esse livro é a definição de burocracia... Definitivamente não é um livro para os fracos, quem lê pensando apenas no entretenimento se decepciona. Demorei para terminar devido aos
parágrafos compridos, a trama repetitiva e não são características ruins, é o estilo do Kafka, mas ás vezes se torna cansativo. Após ter lido o Processo já sabia o que esperar do autor e pela sinopse já sabemos o que acontece no livro, o personagem principal nunca alcança seu objetivo. Considero o final impactante, apesar de não ter tantas reviravoltas. É um livro que vale a pena ser lido e analisado, abre espaço para vários debates filosóficos. Apesar de ter sido desafiante ler as obras do Kafka, não me arrependo e pretendo ler o resto.
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Renata 18/02/2022

Burocracia, frustração e status
Kafka consegue unir o romance a diferentes críticas sociais da época com alegorias elaboradas e um pouco confusas. Conforme acompanhamos a história de K., Sentimos sua agonia e busca por algo inatingível e como as pessoas do vilarejo levam a sério a posição social, a ponto de aumentar o status de alguém só por ser associado a alguém do castelo. Ficamos frustrados com as atitudes injustas dos outros personagens e simpáticos a outros. Cada um tem uma motivação, mas é difícil dizer com certeza quem está com a razão (quando nem eles mesmos sabem). É uma leitura mais, um pouco confusa e "sem um final". Interessante para conhecer um pouco do autor.
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