Resenhas - O CASTELO

danbelmont 15/02/2024

K.
É realmente interessante como o protagonista aos poucos (ou ao menos é como interpreto) sucumbe a burocracia do castelo, contudo não é uma leitura tão envolvente ou assiduamente crítica como os outros livros da coleção.

Tainara.Carvalho 05/10/2023

Kafkiano
Como já havia lido outros títulos de Kafka, não comecei O Castelo com expectativas de um final quem me trouxesse qualquer tipo de resposta.
Mas, apesar dos diálogos longos e muitas vezes desnecessários, o livro é repleto de personagens com personalidades fortes e únicas, cada um com sua bagagem, o que faz com que o leitor continue o interesse apesar da forma arrastada com que a história se mantém.
Na minha opinião, o ponto alto desse livro é a forma com que os pontos de vista são expostos. Cada personagem conduz o leitor a acreditar fielmente na sua versão, até que chega uma próxima versão tão fundamentada que mudamos de lado imediatamente.
Infelizmente, nunca saberemos qual das versões é a correta. E talvez esse seja o objetivo.

Carol 28/07/2023

Na minha segunda tentativa de leitura, consegui.
A escrita é simples, porém as falas das personagens se estendem muito em alguns momentos, o que torna a leitura cansativa.
Entretanto a história é bem interessante e envolvente.

Instagram: @leitor_eduardo 11/07/2023

O Castelo
- Título: O Castelo
- Autor: Franz Kafka
- Ano: 1926
- Nota: ???

Que livro chato e arrastado! Mas...

... #OCastelo é uma das obras mais conhecidas do escritor #FranzKafka. Publicado postumamente em 1926, o romance é uma narrativa complexa e enigmática que mergulha nas profundezas da alienação e #burocracia (e bota burocracia nisso aí), características distintivas da escrita de #Kafka.

A história se desenrola em torno de K., que chega a uma pequena aldeia dominada por um misterioso castelo. K. busca estabelecer contato com as autoridades do castelo para exercer sua função como agrimensor, mas encontra inúmeras barreiras e obstáculos. Ele é recebido com desconfiança pelos habitantes locais e enfrenta a resistência das figuras burocráticas que controlam o castelo.

A narrativa acompanha as frustrações e lutas de K. enquanto ele tenta, em vão, desvendar os segredos do castelo e encontrar seu lugar naquela sociedade opressiva.

Uma das principais características de O Castelo é a atmosfera opressiva e claustrofóbica criada por Kafka (e esse livro me deixou assim mesmo). O castelo em si representa uma força inatingível e impenetrável, simbolizando o poder e o controle que a burocracia exerce sobre os indivíduos. A alienação de K. é acentuada pela sensação constante de estar perdido e deslocado em um mundo onde as regras são arbitrárias e incompreensíveis.

Kafka utiliza uma linguagem precisa e detalhada, explorando a complexidade dos pensamentos e emoções de K. ao longo da narrativa. Os diálogos são frequentemente interrompidos e as falas são extremamente compridas, as respostas são evasivas e as informações são escassas, intensificando a sensação de estranheza e confusão.

Embora "O Castelo" permaneça inconclusivo e aberto a interpretações, a obra de Kafka oferece uma reflexão profunda sobre a condição humana e a busca por significado em um mundo absurdo.

É um pouco complicado recomendar a leitura: eu tenho quase certeza que você também acharia o livro chato e arrastado.

ana rafaella 01/06/2023

Terror Psicológico
Uma desilusão sem fim. Literalmente, sem fim. O livro é bom, porém não chega aos pés dos outros do Kafka.

Nestor14 14/02/2023

Certamente não é sobre o castelo
Maior parte da obra é dedicada a controvérsias entre pontos de vista entre os personagens - dado, provavelmente, pela sua classe social - sobre os diversos acontecimentos no vilarejo rodeado por um castelo com mistérios maiores que suas funções. Ao decorrer, pode-se dizer que apenas a existência e autoridade do castelo são reais, mas como ele se impõe através de seus servos é confuso, inconstante e irônico.
A parte digna de gerar irritação, é parte da personalidade da personagem Frieda, que apresenta comportamentos controversos ao que se diz respeito entre seus pensamentos, falas e reações. O leitor pode concluir que Frieda, embora pense de maneira muito audaciosa, não passe de uma mulher inocente arrancada das garras da Senhoria pelo protagonista, K.. Ao final, lendo o relato do ponto de vista de Pepi, é apresentado a natureza manipuladora e medíocre de Frieda - que cabe ao leitor acreditar ou não - para manter ou quem sabe subir de posição na Pousada do Castelo.
O que reforça minha ideia de que a obra "O Castelo" se trata muito mais do conflito de funções na região do que de fato se entender o que se passa e como K. irá cumprir o que de fato foi requisitado a cumprir. Todos os personagens não sabem o que ocorre no universo de algum personagem cuja função seja diferente da sua. Parte da ideia apresentada à Pepi por K.
Normalmente, eu daria um 4 para "O Castelo", por conta da ausência de parágrafos e erros de continuação, certamente oriundos da editora, decidi abaixar para 3.

Italo 08/02/2023

É um livro pesado, mas é O Livro
Kafka, nesse livro, escreve sobre um estrangeiro que fora contratado para trabalhar de agrimensor num condado, (O Castelo). K., o protagonista, não tem nome - muito provavelmente para lê-lo com o nome que quisermos. Ele chega ao condado na esperança de que, o que ele recebesse pelo trabalho, pudesse se sustentar e voltar para casa. Mas, assim como em "A Metamorfose", tudo o que acontece é apenas uma grande metáfora.

O livro tem várias interpretações mas, para mim, e considerando a vida de Kafka, o livro fala sobre a burocracia, sobre a luta contra um inimigo tão poderoso mas que, ao mesmo tempo, não existe. Um inimigo que talvez nao seja um, mas vários - ou, pior: as vezes nem outra pessoa, mas ele próprio. Um inimigo que ao mesmo tempo que aparenta ser fraco, se mostra poderoso, dual. Contado pelo narrador aparentemente após tudo acontecer, nem o seu nome importa mais. Ele tenta ser o primeiro a conseguir fazer contato com O Conde e O Castelo, vindo de fora, mas acaba como mais um plebeu. Como quem tenta fazer a diferença - mudar um país, a cidade, o Estado ou qualquer coisa, e acaba frustrado e se reconhecendo parte de uma massa. Ele, de início, era o agrimensor; mas acabou apenas como K.: nem mesmo um sobrenome completo, apenas uma inicial no meio de tantas outras.

Evy 16/01/2023

Uma leitura enigmática
O início do livro não e daqueles que te predem com extrema facilidade, a leitura na maior parte foi aos trancos, tive que me esforçar para não largar o livro, porém após a metade do livro foi causando interesse pois muitas coisas foram tendo respostas, mas mesmo ao fim várias perguntas e indagações ficaram sem respostas. Não consigo compreender porque o agrimensor continuava naquele vilarejo mesmo depois de tudo que vinha acontecendo.
Acho que o fim do livro poderia ser melhor desenvolvido pois deixou muito em aberto, de uma forma que não fica agradável ao leitor tentar pensar em finais para a história.

Rani.Silva 06/08/2022

Sem dúvidas essa obra é marcante. Não esperava menos. Um homem K. que desafia o sistema de um pequeno vilarejo, questionando, e até mesmo ficamos em dúvida se o protagonista só faz as coisas por interesse. Em muito momentos fiquei com preguiça de K. e seus enormes diálogos.

Bielzin 26/06/2022

Estranheza
Kafka é isso.
Começa numa banalidade, entra num caminho circular que a cada volta se entranha e complicada mais e mais.
Toda a vila e seus habitantes é confuso, sem sentido, estranhos, e a simples presença de uma pessoa de fora, o K., mostra como eles agem.
Eles quase não são pessoas e sim, puros papéis sociais que assumem para tentar de alguma forma chegar mais perto do Castelo ou de alguém que esteja conectado diretamente ao Castelo.
A história toma um rumo muito imprevisível, mas tenho que admitir que a parte final teria tudo pra ser algo incrível. E foi frustrante. Ok, eu já sabia que Kafka era assim.

Mas as perguntas são tantas. E nunca terão respostas.

Andrea.Rodrigues 31/05/2022

Um livro que causa estranhamento
A leitura do livro as vezes lembrou aqueles sonhos em que vc parece perdido e nunca consegue encontrar/chegar onde realemnte quer.
As pessoas tem discursos contraditórios, seguem regras sem nem saber direito o porquê. E coisas simples são complicadas pela burocracia.
K. é o personagem principal, um estranho que chega na cidade e tenta lutar contra o sistema e ao mesmo tempo se integrar à sociedade.
Quando ele se vê cansado e apático em relação aquilo que não consegue mudar parece enfim ser aceito pela sociedade.

Carol749 20/05/2022

Sou muito fã dos textos do Kafka, e não é atoa que é uma referência para grandes autores, porém em o castelo fica claro que as vezes a vontade de um falecido deve ser levada em consideração.
O livro abre com um evento comum, um homem é convidado a trabalhar em uma vila, porém Kafka nos enlaça com sua narrativa fantástica e crítica, e logo nos vemos ansiosos para descubrir mais sobre o tal castelo.
Nesse livro ele faz uso da narrativa para criticar os processos judiciários como é feito em outros livros, mas também abre espaço para questionamentos existenciais, do silêncio de uma sociedade em frente a um individuo.
O que me desagradou neste livro foi em como nos últimos parágrafos o texto parece menos refinado, faltando desenvolvimento, como se fosse um rascunho que seria aprimorado ( o que acredito que era mesmo), além do fato de que a história termina bruscamente sem conclusão nenhuma.
Mas num geral é sempre uma boa experiência ler Kafka.

Lia 30/04/2022

Durante todo livro me senti confusa e confesso que ainda estou ... Vou ter que pesquisar mais sobre e descobrir se há um sentido ou não.

Renata 18/02/2022

Burocracia, frustração e status
Kafka consegue unir o romance a diferentes críticas sociais da época com alegorias elaboradas e um pouco confusas. Conforme acompanhamos a história de K., Sentimos sua agonia e busca por algo inatingível e como as pessoas do vilarejo levam a sério a posição social, a ponto de aumentar o status de alguém só por ser associado a alguém do castelo. Ficamos frustrados com as atitudes injustas dos outros personagens e simpáticos a outros. Cada um tem uma motivação, mas é difícil dizer com certeza quem está com a razão (quando nem eles mesmos sabem). É uma leitura mais, um pouco confusa e "sem um final". Interessante para conhecer um pouco do autor.

Rafaela.Cruz 31/12/2021

Quase um ano lendo.
E ainda não sei como consegui terminar? certamente pulando alguns trechos. Livro crazy, que vou levar uma vida pra digerir e entender.