spoiler visualizarJenni Pradera 11/06/2022
2,5 estrelas: Esperava mais.
Estou indecisa sobre esse livro. A escrita é boa também, mas tudo que aconteceu ao longo da estória foi muito perfeito e no final dava certo.
Mas sinceramente li esse livro pensando tempo inteiro em Outlander. A diferença é que o mundo e o enredo de Oulander é superior a esse. A construção, os personagens são mais vívidos (já conheceram o Jamie?)
Neste livro conhecemos Beatrice, uma neurocirurgiã de Nova York de ascendência italiana cujo irmão faleceu em Siena e ela viaja para lá para resolver as pendências de seu irmão. Algo inesperado acontece, ela viaja acidentalmente para Siena medieval meses antes do início da Peste Negra.
Por um acaso acaba tornando-se uma escriba de um hospital e assim conhece um artista que está pintando a fachada do hospital onde fica o seu escritório.
Resumindo:
1. Viagem no tempo.
2. Romance impossível que rompe as barreiras do tempo.
3. História italiana.
4. História italiana durante a Peste.
Se você me conhece, este é o cenário perfeito, por mais mórbido que seja.
O que deu errado?
1. O livro é a versão paraguaio de Outlander. A personagem principal é uma médica. O personagem principal, Gabriele, também é um bom homem em que coisas ruins aconteceram e é caçado pela sua honestidade. Ela também tem problemas com a lei e precisa ser salva. Ela é criada por um parente e não pelo seus pais.
Detalhes após detalhes e a semelhança é grande.
2. A Beatrice é uma personagem tão sem sal e senti que a autora não conseguiu decidir a sua personalidade. E além disso, ela é super capaz e consegue fazer tudo perfeitamente. Gosto das minhas heroínas imperfeitas.
3. Gabriele não é o Jamie. Jamie é um personagem complexo e é um homem que luta pela sua moralidade. Já Gabriele é um cara alto, supostamente bonito, que pinta e fala sem jeito. Não há nenhuma percepção de seus pensamentos e sentimentos reais.
4. Sou uma grande fã de história. Quanto mais horrível e assustadora a história, melhor. Poucos eventos globais podem superar a Peste. Imaginar uma peça histórica bem escrita sobre Siena infestada de peste parece incrível. O que temos é uma tentativa meia-boca de um romance histórico (falhou, estava entediada), uma tentativa de um thriller no estilo O Código Da Vinci e uma tentativa igualmente ruim de um romance (os personagens pareciam uma combinação forçada.)
E é isso ai.