Regis 22/08/2022
Mandamentos da Arte Militar
O livro é recomendado como uma bíblia de comportamento que deve ser constantemente consultado.
Miyamoto Musashi (1584 a 1645), viveu no período de unificação do Japão, foi um espadachim, Ronin (samurai sem patrão), criador da técnica de espadas Niten Ichi Ryü, e considerado o maior dos samurais, nunca perdeu uma luta. Enfrentou seu primeiro duelo aos 13 anos e venceu os 60 combates que travou na vida.
Aos 60 anos, vivendo isolado de forma precária na caverna de Reigando e vendo a proximidade da morte, decidiu escrever um livro sobre os Mandamentos da Arte Militar da escola chamada Niten-Ichi', o mais importante tratado sobre estratégia japonês e um verdadeiro tratado sobre artes marciais.
Os historiadores japoneses acham, que ele não teve tempo de polir as arestas de sua obra, e isso de modo algum diminui a importância e esplendor do livro, que Musashi pretendia que fosse aplicado como uma maneira de viver.
O livro é dividido em 5 capítulos pelo autor, entitulados: Terra, Água, Fogo, Vento e Vácuo. Durante a leitura ele faz paralelos entre as classes hierárquicas de: samurais, lavradores, artesãos e mercadores com a arte militar, enriquecendo a escrita e simbolismo da obra.
Achei a leitura um ótimo complemento para a A Arte da Guerra e com certeza será também para O Príncipe de Maquiavel (A leitura dos três são sugeridas juntas).
"Na estratégia, é importante ver as coisas distantes como se estivessem próximas e observar de longe as coisas próximas."
Esse tom durante a leitura torna, Impossível não enxergar paralelos com o livro do chinês Sun Tzu, afinal ambos são "manuais" de estratégias militares antigos.
Achei o livro um pouco menos ordenado que o outro acima citado, mas não é de difícil entendimento e com certeza possui ensinamentos preciosos e úteis que são aplicados ainda hoje no mundo dos negócios.
A leitura foi proveitosa e com certeza importante para quem gostou do livro de Sun Tzu.
Recomendo com certeza.