Esaú e Jacó

Esaú e Jacó Machado de Assis...




Resenhas - Esaú e Jacó


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Rosangela.Chaves 11/04/2021

Dualidade conquistada
Gostei do livro. Há algo eternamente atual que nos prende à história, sempre há aqueles que amam e que sofrem, mas quem deve ficar com a pessoa amada?
Vale a pena ler com carinho e paciência.
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Sabriss 02/04/2021

Natividade engravida e vai até a cabocla ela quer saber o futuro dos seus filhos.
Serão grandes.E sim a previsão da cabocla está certa se tornam grandes homens,mas se odeiam.
E no meio disso tudo tem Flora que ama ambos e ambos a amam,quem ficará com seu coração?
Pela visão de Aires o conselheiro vemos o desenrolar desse triângulo amoroso e o cenário político da época.
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Amanda Zanella 30/03/2021

Foi uma leitura totalmente arrastada. O livro é bom, mas não me envolvi com história, não simpatizei com os personagens. Enfim, para mim foi uma leitura ok, pouco interessante.
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Moacir 04/03/2021

Trata-se de uma história de amor, o qual não sabemos para que lado pendeu.
A primeira metade da história eu achei por demais enfadonha, mas pode ter sido por questões de momento. Neste livro, como acontece com Memórias Póstumas de Brás Cubas e Quincas Borba, há um entrelaçamento entre histórias, ainda que seja somente o citar o personagem da história anterior. Acredito, ser ainda o preâmbulo para o Memorial de Aires; em breve descobrirei, ao ler este.
Machado de Assis eu sempre irei indicar, ainda que eu não me apaixone tanto pela história (sempre há uma segunda chance).
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Thiene Morais 15/02/2021

Bom mas...
A ideia do livro é legal, mas a leitura se tornou arrastada em determinados momentos, em que a queda do império é minuciosamente elucidada ?.

O enredo tomou um rumo que eu não esperava e me surpreendi positivamente. Gostei bastante das alusões ao comportamento humano que Machado traz a tona e apesar de ter gostado mais de Dom Casmurro, foi uma boa leitura.
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Raquel 31/01/2021

Coisas futuras...
Essa é a predição dada aos gêmeos Esaú e Jacó quando ainda são crianças. Nesse romance de Machado de Assis, os irmãos travam brigas e inimizades desde o útero, sendo o seu auge a luta pelo amor de Flora. O livro não conta só com a inimizade dos irmãos, mas traz como pano de fundo os anos finais do Império e o início da República.

"Não alçando unificá-los, como os via em si, preferiu fechar os olhos." (P. 273)
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Lívia 27/01/2021

Esaú e Jacó
?Se com uma tristeza não dorme, muito menos com duas.?

?Não é a verdade que vence, é a convicção.?
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Hannah Andressa Delgado 21/01/2021

A ironia Machadiana
Não farei uma grande resenha ou análise de obra só pretendo conceder algumas de minhas reflexões esparsas.
Apesar de achar o romance fraco em detrimento às demais obras do autor, também notei uma imensa riqueza literaria e a aguda ironia tão comum em Machado. Começando pelo título que, apesar de anunciar os nomes Esaú e Jacó, refere-se aos gêmeos, cujos nomes são Pedro e Paulo. Os irmãos que, psicologicamente, eram mais semelhantes aos rixosos personagens bíblicos, Esaú e Jacó, que ao apóstolo e ao discípulo de Cristo (Pedro e Paulo), caminham na iminência de uma cisão que é sempre impedida pela mãe.
Não obstante, ainda, o notório cunho historicista, evidenciado não apenas pela ambientação política, mas também pela figura de Flora que, além do teor sentimental, também representa a própria pátria e o governo; a obra, como todo clássico, continua, apesar do tempo, a transmitir uma mensagem.
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Júlia 15/01/2021

Machado é um escritor único!
A narrativa dele é coisa de outro mundo, ele tem total domínio sobre a mesma.
Lirismo e melancolia.
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Marinafreire 11/01/2021

Enfim
Uma leitura custosa e um dia eu quero entender o por quê, já que vinha de uma fase em que devorava livros.
Não lembro muito de esperar por algo que se resolveria em alguma página, tampouco fiquei curiosa em saber quem sairia vitorioso naquela guerra do amor. As coisas aconteciam sem nenhuma espera, mas isso não significa que eu não me surpreendi durante a leitura. A escrita do Machado, rindo da gente toda - do antes e de agora -, é sempre de um sarcasmo muito fino. Sinto que ele joga na cara que ninguém passa de mais-do-mesmo. Acho que senti muito isso no momento em que Custódio se preocupa com o nome da sua confeitaria, e também em como descreve o momento do início do Império. É um relato histórico bem interessante, acho que mais até que o triângulo amoroso.
Machado mostra que qualquer coisa cotidiana pode ser fonte de páginas e páginas de ironia e reflexões, e como que momentos que se imaginam grandiosos na verdade não rendem nem um capítulo.
Marinafreire 11/01/2021minha estante
início da república***********




Lucas 09/01/2021

Esaú e Jacó: Uma obra com o padrão sem rótulos de Machado de Assis
A literatura universal apresenta uma infinidade de símbolos que trazem uma identificação imediata ao leitor: quando se fala em Dostoiévski (1821-1881), logo se lembra de drama psicológico; Victor Hugo (1802-1885) denota romance digressivo; o nome Gabriel García Márquez (1927-2014) logo traz no leitor a sensação de nostalgia... São inúmeros os exemplos de identificações particulares que os grandes patriarcas da literatura causam de imediato.

Mas e quando se fala de Joaquim Maria Machado de Assis (1839-1908), o que prevalece? Talvez seja o realismo, que ele praticamente fundou no Brasil a partir da década de 1880... Mas o romantismo que o definiu nos seus primeiros anos de escritor (na década de 1870) não é tão facilmente ignorável assim... Este hipotético dilema está atrelado ao seu gênio: o maior escritor brasileiro de todos os tempos era multifacetado, capaz de misturar drama, romance, ironia e comicidade em seus trabalhos sem deixar rótulos unificados. Ele simboliza não um estilo ou uma sensação específica que seus escritos causam, mas uma grandiosidade que é só sua dentro da literatura nacional do Brasil.

Explicar essa grandiosidade é complicado em palavras, mas um único livro do "Bruxo do Cosme Velho" é preciso em prover esse encanto: o romance Esaú e Jacó, lançado em 1904. Seu penúltimo trabalho, e o primeiro escrito após o absolutamente eterno Dom Casmurro (1899), reúne em si todas as nuances que definiram sua obra, seja no romantismo como no realismo, que o consolidou como expoente maior.

Machado de Assis aqui trata de uma questão com alcance universal, que envolve lendas e mitologias: a rivalidade entre irmãos. O título do livro é um claro símbolo disso: Esaú e Jacó eram filhos de Isaac, e, portanto, netos de Abraão, todos eles importantes personagens do Antigo Testamento da Bíblia Sagrada (do livro de Gênesis, mais precisamente). Nas Escrituras, os irmãos brigaram (Jacó fugiu de casa e, após uma conversa com Deus, teve seu nome alterado para Israel), mas no fim da vida, reencontram-se: Esaú perdoou o irmão por ele ter recebido, em seu nome, uma bênção com a primogenitura dada pelo pai de ambos. Contudo, o título do livro simboliza de forma universal a rivalidade entre os irmãos, não possuindo apelo religioso algum.

Esaú e Jacó do título são Pedro e Paulo, filhos gêmeos de Agostinho Santos e Natividade Santos, membros da aristocracia carioca da segunda metade do século XIX. A semelhança física contrastava com as diferenças: enquanto Paulo formou-se advogado, liberal e era mais impulsivo, Pedro entra para a medicina e era mais racional, conservador e contido em termos emocionais. As brigas eram frequentes, mas não são o foco da narrativa: Machado de Assis é criativo o suficiente para abordar essa rivalidade sob ângulos diversos.

Dois elementos traduzem em cores mais vivas essa rivalidade entre Pedro e Paulo. O primeiro deles se refere à política. Os gêmeos nasceram em 1870 e eram praticamente adultos quando, em 15 de novembro de 1889 houve a Proclamação da República. Ocorre que Paulo era republicano, e essa diferença de ideais com Pedro, se não rendeu nenhuma escaramuça mais significativa quando o Império caiu, já tinha sido a razão para muitas desavenças físicas entre eles quando crianças. Outro ponto da rivalidade é Flora Batista, a protagonista feminina da história, também de família aristocrática que, como o próprio narrador sugere antecipadamente (de forma hilária), é quem vai protagonizar a rivalidade dos irmãos Santos em termos passionais. Cabe aqui um adendo acerca da construção de Flora como personagem: ela possui um viés vago em seu caráter, que não é necessariamente negativo (os famosos "olhos de cigana oblíqua e dissimulada", que descrevem a inesquecível Capitu de Dom Casmurro também podem ser adequados à Flora dentro da obra).

Basicamente, Esaú e Jacó em sua narrativa é isso: os dois irmãos brigando, na maior parte das vezes de forma inconsciente, pela atenção e aprovação de Flora. Há um mistério nisso que envolve a escolha por um deles (Pedro e Paulo se complementavam em muitos momentos, e somente Machado de Assis é capaz de fazer na literatura nacional uma análise oculta nas entrelinhas dos aspectos psicológicos de Flora nessa avaliação dos irmãos), que prende a atenção até quase as últimas páginas. No mais, o livro não apresenta grandes desdobramentos familiares desse permanente conflito, ora velado, ora exposto. Difere também de outras obras do autor no que tange ao materialismo, aos matrimônios sem amor e à hipocrisia, grandes componentes da aristocracia carioca da época e que aqui não são debatidos ou expostos de uma forma depreciativa (pelo menos não de uma forma incisiva).

O que o livro não destoa das outras grandes obras de Machado de Assis é em sua contextualização histórica. Aliás, aqui o leitor terá diante de si uma exacerbação daquilo que o autor tem de melhor, ao meu entender: a habilidade ímpar de contextualizar sua narrativa dentro da época. Machado de Assis transporta o leitor para a cidade do Rio de Janeiro do final de século XIX com uma facilidade instantânea que deve(ria) ser estudada. As "conversas" que o narrador onisciente mantém com o leitor (especialmente a leitora mais ávida por romance) trazem uma cor palpável a essa característica. Na narrativa, o símbolo dessa ambientação é o conselheiro Aires, espécie de "bon-vivant", ex-diplomata aposentado, que, tendo boas relações com as famílias dos gêmeos e de Flora, acaba se envolvendo no imbróglio que vai se criando entre os três. Aires é tão fascinante e comicamente sofisticado que o leitor acabará tendo a impressão de que o conselheiro tem mais tempo de páginas que os próprios protagonistas. As menções ao livro de memórias que ele estava escrevendo (e que correspondem ao Memorial de Aires, lançado por Machado de Assis em 1908, sua derradeira obra) trazem certas situações hilárias. O "drama" que Aires compartilha com o padeiro seu vizinho no contexto da Proclamação da República, onde se explica de uma forma genialmente metafórica os impactos posteriores desse acontecimento, sintetizam muito dessa singularidade narrativa do autor.

Este aspecto de "fascínio distanciado" que Esaú e Jacó traz em relação aos personagens e núcleo principal não são decisivos à obra em sua ficção: o desfecho possui traços de imprevisibilidade e compensa o certo marasmo com que a narrativa se desenrola em seu último terço. O fato do encanto da obra estar nas nuances, na contextualização, no pano de fundo, simboliza o sacrifício da narrativa que Machado de Assis fez para realçar o seu estilo em detrimento do enredo principal (como uma amiga leitora disse sabiamente em uma das resenhas do livro aqui postadas). Mas é interessante acompanhar esse processo, e de como ele o fez com maestria, sem causar nenhum desgaste na relação íntima e fundamental entre leitor e livro, que é a essência do prazer de ler.

Esaú e Jacó cumpre muito bem o seu papel nessa relação. De leitura breve, leve, com pitadas de drama e de cômico nas horas certas, ele corresponde a tudo aquilo que Machado de Assis tem de melhor, sendo, assim, totalmente indispensável a quem ama ler.
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Angelica 08/01/2021

O melhor livro que li nos últimos anos, incrível como Machado consegue trazer pontos importantes para o cotidiano da época do fim da monarquia e principalmente da escravidão em poucas palavras, somente com litras, rastros.
Nunca tinha lido um livro que entrasse tanto na mente como esse, a cada frase é como se uma surpresa e algo relacionado a história do Brasil surgisse e nos desse mais instrumentos de pesquisa e vivência.
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Raquel 06/01/2021

Machado sendo Machado
Em "Esaú e Jacó", Machado nos relata as vidas desde o ventre de dois irmãos gêmeos idênticos: Pedro e Paulo. Após uma gravidez conturbada, a recém-mãe dos gêmeos, tomando todas as precauções exigidas por uma dama da sociedade, fora a uma vidente consultar a respeito do futuro dos seus rebentos. Saiu de lá com apenas uma promessa de seriam grandes homens e que "cousas boas eram esperadas". Nota da autora do post: desde que li o livro não consigo mais falar "coisas". Adicionei o "cousas" ao meu vocabulário cotidiano.

A infância e adolescência dos irmãos é retratada em meio à agitada vida social da família, nas mais altas classes da sociedade carioca do Império. Desde sempre, fica claro ao leitor que, apesar de gêmeos idênticos, Pedro e Paulo têm personalidades quase opostas. Um é combativo, outro pacificador. Na fase adulta, um se torna médico, outro advogado. Na política, um é conservador e outro revolucionário. E na época retratada da história, quando da dissolução do Império e da proclamação da República, esta última distinção não foi apenas causa de rixas entre os irmãos, mas de verdadeiros entraves entre a tradicional família e a sociedade carioca.

Com o passar dos anos, vemos que a similaridade entre os dois passa a não se restringir apenas ao campo físico, pois começam a amar também a mesma mulher. Flora, uma jovem retratada como confusa e dissimulada, não consegue se decidir qual dos irmãos ama mais, pois vê em um tudo o que falta no outro, e vice-versa.

Li alguns comentários de que essa obra de Machado deixou a desejar, pois o enredo é bastante batido. Vejam, nem tem como discutir esse ponto. O próprio título do livro faz referência a uma história bíblica de dois gêmeos que também travam batalhas entre si em busca de amor e aprovação. Mas o que mais me fascina nas obras de Machado de Assis não é o enredo das histórias, é a narrativa. Muitas vezes, o autor usa o narrador como um personagem, tão importante quanto aqueles dos quais as histórias ele relata. Se utilizando da não onisciência do narrador, Machado nunca deixa certeza sobre o que de fato aconteceu ou o que as pessoas sentiram, deixando a cargo do leitor interpretar apenas os sinais e expressões captados pelo narrador. A irreverência das suas obras é gigantesca e envolvente. Sou muito fã do Machado, essa é só mais uma obra que li e amei.
Júlia 07/01/2021minha estante
Aí nossa, acabei de ler. Machado é único só posso dizer isso.


Raquel 07/01/2021minha estante
Ele é maravilhoso!




Dani 30/12/2020

Provavelmente eu não peguei a essência do livro
Não achei o livro tão interessante.
Ler alguns clássicos nem sempre é uma experiência completa se você não tem a bagagem necessária. Vendo os comentários de outros skoobers sobre o livro reconheço minha ignorância. Certamente vou dar uma segunda chance para essa obra um dia.
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Denise Ximenes 14/12/2020

Uma aula de estilo machadiano
Os gêmeos Pedro e Paulo divergem desde o nascimento. Na política e nas mínimas opiniões. Disputam até mesmo o amor da mesma mulher - Flora. Pronto, é isso.

Na minha opinião, esse foi o livro em que Machado se dedica especialmente ao estilo. Em detrimento, inclusive, do enredo.

Para alguns leitores, isso pode soar como um defeito, pra mim não. Acho delicioso "presenciar" o espetáculo da escrita e, como todos sabem, Machado é hors concours nisso!

A utilização de recursos diversos, a ironia tão típica, a elaboração de mulheres fortes e de homens inseguros e a crítica às crenças religiosas fazem de Esaú e Jacó uma obra digna de apreciação, ainda que o enredo não seja lá tão atrativo assim.
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