Mari 02/04/2023
Encerrando a trilogia
Finalmente terminei a trilogia. Demorei para ler o último porque havia lido comentários dizendo que o livro era fraco.
Comecei a ler com receio, mas logo a narrativa cativou. Não acho que o livro seja fraco, embora não seja cheio de frases marcantes como os outros dois, ele revela um outro lado da relação de pai e filho.
No primeiro, vemos João lutando para deixar marca na vida da Bia, antes que seja tarde.
No segundo, Bia descreve as memórias bonitas construídas ao lado do pai e como foi difícil perdê-lo.
No último, temos a versão do Mateus, o filho mais velho do João, que teve uma vida de ausências. Ausência do pai, que via pouco, e ausência do filho, também João, com quem teve uma relação restrita aos finais de semana de visitação.
Achei um ponto de vista interessante e bastante triste. Em alguns pontos é perceptível que Bia teve uma relação muito mais estreita com o João (pai), enquanto Mateus foi marcado pela ausência paterna, a qual reflete na relação com o filho.
Sabendo o quanto é doloroso ser um filho-pai que acumula ausências e saudades, ele tenta aproveitar ao máximo a viagem de peregrinação ao lado do João (filho).