Resenhas - Lembra Aquela Vez

Andy Silva 28/07/2018

Sem chão é pouco para descrever esse livro
O romance de estreia de Adam Silvera é tudo que se pode esperar de um autor que veio para mostrar o que tem. Confesso que antes de escrever minha resenha, li outros comentários e vi fóruns que falam a respeito do livro para saber se alguém mais sentiu o que eu senti.
Diferente de outros livros que abordam o tema LGBT, esse sem dúvida foi o que mais me emocionou em todos os sentidos. Ao começar a ler, achei que veria mais dos mesmos clichês de obras do mesmo segmento, mas esse me surpreendeu, pois não esperava encontrar uma história tão marcante: nunca me senti tão agredido e indefeso, e quando você pensa que tudo vai tudo vai mudar e que as coisas enfim vão dar certo, Adam vai lá e te soca no estômago novamente.
Nunca um final me tocou tanto, e espero que todos estejam preparados para essa obra, pois ela não tem como não deixar sua marca.

Leo Oliveira 04/08/2017

"Lembra Aquela Vez" é o primeiro livro do Adam que leio e não poderia estar mais feliz por conhecer a história de Aaron. O que mais me chamou a atenção nesse livro foi a sua narrativa crua e certeira. Adam sabe muito bem como cativar o seu leitor e mostrar os mais diferentes pontos de vista de uma situação. Confesso que me emocionei com o final e acredito que esta história ficará por um bom tempo na minha mente. Em alguns momentos me coloquei no lugar de Aaron, é aquela típica mania de leitor de tentar compreender os sentimentos do protagonista e, meus amigos, eu jamais deveria ter feito isso.

O início do livro demorou para me prender, a velocidade da narrativa não estava me agradando muito mas com o passar das páginas acabei me acostumando e estou ansioso para ler mais livros do Adam. Acredito que este é o tipo de livro que todo mundo deveria ler ao menos uma vez na vida, afinal muitos de nós gostaríamos de esquecer algumas coisas (mesmo que elas englobem algo muito maior).

não se esqueça de mim.

Fael.Souza 27/08/2020

No ranking de melhores desse ano!
Posso dizer que já sou muito fã de Adam Silvera só de ler o primeiro livro dele?
Não criei nenhum tipo de expectativa ao começar livro, primeiro porque ouvi falar muito dele e do autor, então logo fiquei muito surpreendido com todo o desenrolar.
Acho banal falar que Adam é um autor de histórias juvenis, quando em um só livro ele consegue trazer à tona assuntos tão importantes como desigualdade social, homossexualidade, suicídio e etc. O quero dizer é que a história é rica em detalhes, sentimentos e forma uma trama completa. Vale muito à pena, li o livro em poucos dias.
Fico triste pelo fato do Adam não ter conquistado as editoras brasileiras ainda, já vi is que ele tem vários outros livros publicados lá fora, enquanto aqui no Brasil apenas dois deles, um pela Rocco e outro pela Hoo. Espero que outros títulos deles seja publicado aqui, para conhecermos ele melhor.

evy 09/07/2021

Tenho jogado muito Lembra Aquela vez
"Eu, tipo, meio que definitivamente nunca dei valor aos ontens. Mas os ontens são tudo o que me restou. Pelo menos alguns deles."

Amanda Thais 28/08/2017

A narrativa é chata com uns dialogos toscos,não me prendeu nem um pouco. Foi dificil terminá-lo.
Não me apeguei ao protagonista e nenhum dos outros personagens.
Não entendi esse hype todo nesse livro deprê.

K.G | @kennedy guedes 20/09/2017

NAO TINHA MOMENTO MELHOR PRA PUBLICAÇAO DESSE LIVRO NO BRASIL
DEVASTADO, JOGADO NO CHAO, EM PEDAÇOS é assim que eu estou com o fim desse livro. NAO IMAGINAVA QUE A HISTORIA IA TOMAR O RUMO QUE TOMOU! se eu tivesse um coração ele estaria em pedaços. SIM ESSE LIVRO E MUITO MAIS FORTE DO QUE PARECE NO INÍCIO.
Temos a princípio uma narrativa, mais leve, mais divertida, até excitante( a barraca ficou armada algumas vezes não vou negar)
Onde conhecemos o Aaron e sua namorada maravilhosa Genevieve ( GENEVIEVE EU TE VENERO) E o relacionamento entre os dois e muito legal, até que ela viaja, e o Aaron começa a se aproximar mais do seu melhor amigo, que até então ele achava que era homossexual. Com a volta de Genevieve ele começa a ter uns sentimentos conflituosos, e a história se desenrola.
Esse livro é muito pesado, no sentido emocional, o psicólogico do personagem principal é completamente abalado pelo suicídio do pai, e diversas outras coisas que descobrimos durante a leitura, QUE TOMA UM RUMO ABSURDAMENTE IMPREVISIVEL.
O Aaron e um personagem que eu queria poder guardar no bolso PRA QUE NINGUEM PUDESSE MACHUCAR ELE.
O livro trata de descobrimento, de aceitação, DE HOMOFOBIA, DE VIOLENCIA, Do quão abalada a nossa mente pode ficar por não conseguirmos nos aceitar como somos, por perdermos o amor familiar, o apoio dos amigos por ser quem a gente é. UMA PUTA CRITICA, A TUDO ISSO, de uma forma que me deixou devastado.
AMEI AMEI AMEI

Agnaldo 20/03/2022

Viver a dor é a única solução
Foi emocionante do começo ao fim. O preconceito faz do mundo um lugar muito triste de se viver, e talvez por isso, mesmo com toda a evolução que tivemos na sociedade, muitas pessoas não sentem confiança em demostrar que realmente são, pois o julgamento alheio sempre é algo terrível de se conviver. E explorando muito desses elementos o autor consegue nos mostrar a que ponto podemos chegar para tentar nos enquadramos nos parâmetros aceitáveis da sociedade. Viver sem nosso eu real é muitas vezes amedrontador e pode acabar nos sufocando com a máscara que usamos diariamente. Gostei muito da forma que a situação foi abordada e demostrada em seu enredo.

zoni 24/09/2017

"A felicidade não deve ser tão difícil".
Por que eu sinto que fui golpeado no estomago com toda a força do mundo? Porque é isso que esse livro faz com você, ele te soca com muita força no estomago e lhe deixa totalmente sem ar. Quando o peguei pra ler, eu já sabia que ele não seria mais um dos livros LGBT com narrativas super felizes e românticas, porque já tinha visto o Vitor Martins falando que era um livro triste, mas gente, muito triste mesmo.

O livro trata de assuntos como depressão, suicídio, homofobia, crushs impossíveis e até perdas. A história gira em torno de Aaron, um garoto que já sofreu muito e viveu tentando fugir de seus sofrimentos, mas tem um porém, toda vez que ele tenta fugir, ele sofre ainda mais. Esse foi o primeiro livro do Adam que li, e eu não poderia estar mais feliz por conhecer a história de Aaron, essa história apesar de muito triste, me encheu de esperança.

O Adam com certeza sabe cativar seus leitores e sabe jogar com eles também, porque até metade do livro eu achava que sabia onde a história iria chegar, já estava me preparando para um sofrimento e então ele foi lá e "hmmm bobinho, você está enganado", nos dando uma reviravolta e outra razão para sofrer. Fácil? Não. Houveram momentos em que eu me coloquei no lugar de Aaron, tentando compreender os sentimentos, pensando no que eu faria no lugar dele, e uma certeza jamais deveria ter feito isso. Chorava horrores, ou sentia raiva, ou dor. Não foi legal. Não indico.

A escrita dele me cativou logo de cara, vi pessoa que disseram que acharam ela arrastada no começo, ou muito parada, mas pra mim, ela fluiu muito rápido. Eu amei a maneira como ele trata os conceitos e os sentimentos, adorei os trocadilhos e principalmente como ele escreve a mente de um adolescente tão preocupado e conturbado como Aaron.

O livro é uma crítica muito forte, e nos dá a mensagem de que querer apagar quem somos nunca é o melhor caminho, porque isso pode trazer muitas dores posteriores. O livro é lindo, da esperança, causa dor e nos mostra o lado não tão feliz de ser gay, mas também nos mostra o lado bom de ser gay. Ai sei lá. Eu to confuso, porém, apaixonado. Eu não vejo a hora de ler mais coisas do Adam.

"Happiness shouldn't be this hard."

Ari 21/03/2022

I'm more happy than not. Don't forget me.
"Se os cegos são capazes de encontrar a alegria na música, e os surdos podem descobri-las nas cores, eu vou me esforçar ao máximo para sempre encontrar o sol em meio à escuridão, por que minha vida não é um final triste, mas uma série interminável de começos felizes..."

O Adam nunca decepciona, socorrooo.
"Lembra aquela vez" é um livro que começa de boa, você vai vendo o amadurecimento do Aaron e quando menos percebe, tudo tá de cabeça pra baixo e só vai ficando pior.
Eu achei o livro beemm pesado... quando terminei fiquei um bom tempo olhando pro nada e raciocinando o que tinha acabado de acontecer.
O plot me surpreendeu bastante.
Não sei se foi a intenção do Adam, mas o livro me deu uma moral de vida gigante que vou levar sempre comigo.
Mais um favoritado ?

ElvisHenri 17/12/2017

Doloroso, destruidor e dificil
Que livro doloroso de se ler. O livro é dividido em 5 partes. As partes 1 e 2 são MUITO desinteresantes e foi muito arrastado de ler, apesar disso essas partes são super importantes. A parte 0 é onde tudo é revelado e é a melhor parte e também a mais dificil de ler. São muitas reviravoltas e é cada tapa na cara. Senti meu coração sangrar a partir sa parte 0. Tudo se revela e se encaixa. A parte 3 são as consequências das partes anteriores e também tem tantos acontecimentos tristes que chegam a ser crueis. E finalmente a parte 4 onde a gente realmente é destruido. O final é incrivel, triste, cruel e necessário. O Aaron é um cara inicialmente muito confuso pra mim. Mas depois ele me surpreende muito. Até a metade do livro a história estava extremamente chata, mas da metade pra frente eu li em um dia. Vão acontecendo coisas que nos fazem não querer largar o livro. O Thomas foi uma icognita e ainda é pra mim. Apesar de tudo o que o Collin faz eu entendi ele, e até gosto desse personagem. A Gen... os amigos do Aaron, sem palavras.

souza263 22/07/2022

Happiness shouldn't be this hard!
Eu li esse livro em Inglês, na versão deluxe que possui uma "continuação do final" feita pelo autor. Então eu vou dividir essa review em duas partes, a primeira que é onde acaba o livro e a outra que é aonde tem esse final extra.

Primeira review:

A crítica de que devemos nos aceitar é muito bem apresentada. Há uns anos atrás surgiu até uma "cura gay", a empresa do livro, a Leteo, me fez lembrar bastante dessa "cura". Eu achei que todo o desenvolvimento de auto-descoberta e auto-aceitação foram muito bem feitos e muito bem escritos. O Aaron tinha conflitos com ele mesmo, e sem ele saber -ou lembrar.
Gostei da maioria dos personagens mesmo achando as atitudes de todas muito erradas, senti que também faltou um pouco de construção pra família do Aaron e deixaram alguns amigos dele bem de pano de fundo mesmo.
É um livro difícil, mas que fala muito bem das dificuldades enfrentadas por jovens lgbt -não dúvido que algum jovem já tenha passado pelo o que o Aaron passou.
Achei que o livro passou rápido e achei ele muito pequeno também pro tanto de coisa que ele queria falar. O Adam se aprofundou muito em algumas coisas e outras ficaram meio vagas.
Eu achei também que faltou AQUELE toque final do livro, ele só acaba. Você termina de ler e fica "Ué? foi isso? Depois de tudo que aconteceu esse livro acaba assim?" É um final MUITO simples, o autor escolheu a saída mais fácil. Tem gente que gostou, eu fiquei com uma sensação de vazio e que poderia ter mais coisa depois da última página.


Segunda review:

Esse final extra era exatamente o que o livro precisava. Todo o vazio que o final oficial tinha deixado era porque a gente sentia que o Aaron tinha passado por tanta coisa que merecia um final melhor, mas a gente sabe que não é todo mundo que tem um final feliz.
Fiquei satisfeito com esse final que o Adam fez pro Aaron, achei digno.

Yan Viktor 04/03/2023

"A felicidade existe onde consigo encontrar"
Acho que esse foi o primeiro livro em que eu não gostei do final. Não é ruim, obviamente não, eu só estava torcendo para que não terminasse assim. Achei que foi triste demais, mas ser feliz nunca foi a intenção do livro, então...
"Lembra Aquela Vez" me fez ter várias reflexões ao longo da leitura. Se eu tivesse a oportunidade de esquecer algo, o que será que eu esqueceria? O que é um problema na minha vida que seria mais fácil viver sem lembrar? Imagino que não seria tão diferente do Aaron. Ele fez muitas coisas que fiquei "hmmm por que?", mas me identifiquei em outras partes, alguns pensamentos que ele tinha.
O motivo das quatro estrelas é porque eu acho que o livro começou muito parado e até o Thomas aparecer e a história se desenrolar demorou um pouquinho. Além disso, acredito que o livro tenha decaído em algumas partes e isso deixava a leitura meio tediosa, além do final ter sido um pouco corrido, gostaria que os capítulos das despedidas fossem mais longos.
Apesar desses pontos, o livro não deixa de ser bom. Eu fiquei triste pelo Aaron quando soube que o Thomas era realmente hétero, mas o que importa é que no final eles continuaram amigos. E que o Thomas o ama, ainda que não romanticamente. Gostaria que o livro terminasse com eles juntos e todos os problemas resolvidos, mas como o próprio Aaron disse, "A vida nem sempre oferece o final que esperamos".
Eu sei que tudo isso não passa de uma ficção, de uma história inventada, mas não posso deixar de pensar em como ele está agora. Será que ele conseguiu se curar da amnésia? Será que encontrou alguém? Será que achou o caminho pra felicidade? Bom, ele disse que queria escrever sobre a vida dele e intitulou a obra de "Lembra Aquela Vez", então vou apenas assumir que se ele escreveu é porque se lembra. E que o livro que li agora, é o Aaron do futuro, curado, escrevendo sobre quando tinha muitos problemas. Aposto que ele deve estar mais feliz do que triste.

joaoost 19/10/2023

Não se esqueça de mim
Essa é uma das histórias mais tristes e marcantes que já conheci. O início do livro parece ser muito simples, e até normal demais, mas tudo que vem depois é de tirar o fôlego e muitas lágrimas.

O Adam sempre sabe como criar personagens cativantes, e não é diferente com o Aaron. Tudo que eu quis durante todo o livro foi abraça-lo e desejar que ele fosse mais feliz. Não é justo alguém passar por tanta coisa como ele passou, e a realidade é que muitos passam pela tristeza a vida toda.

Como "Os Dois Morrem no Final", eu termino mais uma história desse autor levando comigo aprendizados para uma vida inteira. Devastador e especial. Que o mundo possa sempre lembrar de você.

"Se os cegos são capazes de encontrar a alegria nas músicas, e os surdos podem descobri-la nas cores, eu vou me esforçar ao máximo para sempre encontrar o sol em meio a escuridão, porque minha vida não é um final triste, mas uma série interminável de começos felizes."

Dan 18/10/2022

O livro mais devastador que já li
"Aprendi que não podemos sempre escolher quem queremos ser."

Adam Silvera é viciado em escrever sofrimento e a única surpresa que tenho é como esse é pior do que os dois seguintes juntos, mesmo sendo a estreia dele.
Tenho um sentimento muito contraditório quando se trata dos livros dele: eu não recomendaria pra qualquer um e definitivamente não releria nenhum, mas qualquer um que esteja a fim de ler um livro que vai destruir suas emoções pode mergulhar neles sem medo. De preferência, não um atrás do outro, claro.
Dito isto, Lembra Aquela Vez é um livro repleto de gatilhos de todos os tipos e qualquer um que queira ler deve procurar saber quais antes. É pesado demais e me lembra casos reais de vidas destruídas para sempre pelo ódio.
No mais, um livro que me fez refletir sobre várias coisas. A única coisa que resta é a esperança de que, um dia, não precisaremos sofrer tanto por sermos quem somos.

Key 21/04/2018

Aaaaa que hino!
Acabei de ler, estou extremamente feliz cm o resultado final. Apesar de se tratar de um narrador personagem que só se ferra, o livro em si não traz a sensação de tristeza.

Faz com que você queira ler cada vez mais pra saber se algum momento na vida desse "fudido" ficará tudo bem...
Esse final foi maravilhoso! Não estou em plena consciência, volto depois para fazer uma resenha digna.
Enquanto isso, LEIAM!