><'',º> 23/02/2018
A obra original, intitulada “In the Amazon jungle: adventures in remote parts of the Upper Amazon river, including a sojourn among cannibal indians”, foi publicada no ano de 1912, contendo 86 fotografias tiradas por Algot Lange, um sueco radicado nos Estados Unidos. É o relato de sua viagem ao rio Amazonas e alguns de seus afluentes em que registra o seu cotidiano em terras “remotas”, bem ao estilo testemunhal, sobre “acontecimentos fantásticos”, como o seu convívio com os seringueiros de Remate de Males (Atalaia do Norte/AM) e com “índios canibais”, os Mayoruna, a morte de uma anaconda com tiros de pistola ou os acessos de febre malárica que quase lhe tiraram a vida.
Agora, a obra de Lange vem a público em sua primeira versão em língua portuguesa, traduzida pelo professor Hélio Rocha, cuja experiência em estudos e tradução de relatos de viagem tem possibilitado o contato do público com obras que versam sobre as “Amazônias”. Portanto, o grande público poderá atribuir sentidos ao texto de Algot Lange, especialmente pela escolha e negociações do tradutor ao utilizar expressões e palavras reconhecidas no mundo amazônico e em outras partes do Brasil, tais como “jabá”, “embira”, “picada”, “emborcar”, “coriscar”, “rebuliço”, “caroçuda”, “olhar de través”, “a torto e a direito”, dentre outras.
Hélio Rocha destaca que a tradução foi dedicada a Miguel Nenevé, professor de Literaturas na Universidade Federal de Rondônia, “como forma de homenageá-lo pelo seu trabalho incansável nos cursos de graduação e pós-graduação, em que tive a honra de tê-lo como professor e espelho para minha carreira acadêmica”.
Fonte: newsrondonia.com.br