Isabella.Wenderros 08/08/2022Três autoras, três romances e três recomeços. A proposta da editora é interessante: unir três autoras de romance para criarem narrativas curtas e envolventes. É uma leitura rápida e um bom passatempo, mas não consegui me conectar com nenhum dos contos.
A obra que abre o livro, intitulada de “Doce Reencontro”, é de autoria de A. C. Meyer. Jade e Alex tiveram um namoro rápido na adolescência, mas seguiram caminhos diferentes. Apesar disso, ficam profundamente marcados por aquela relação e quando se reencontram 5 anos depois, percebem que o sentimento ainda existe. O que mais gostei aqui foi o fato de sentiam saudade, mas não ficaram lamentando o que não deu certo – eles amadureceram, trabalharam pelos seus sonhos e quando seus caminhos se cruzaram novamente, eram adultos prontos para unirem suas vidas com confiança.
Em “As Cartas que Trocamos”, de Brittany C. Cherry – a única autora que eu já tinha tido contato – o leitor é apresentado à Jake, que está voltando para sua cidadezinha natal depois de receber o convite de casamento de sua ex-namorada com seu antigo melhor amigo. O relacionamento não terminou da melhor maneira possível, mas nunca foi realmente superado. Quando Jake e Ana se reencontram depois de tantos anos, fica nítido para todo mundo que ainda existe algo ali e conforme o antigo casal conversa, percebem que tem alguma coisa errada na percepção sobre seu passado em comum: ambos escreveram cartas um para o outro, mas nunca receberam nenhuma. Depois de tudo esclarecido, a cerimônia é suspensa, mas os protagonistas decidem aproveitar o clima matrimonial e trocarem alianças. Dos três contos, como já conhecia a Brittany, era o único que tinha alguma expectativa, mas achei bem morno; em 3 dias tudo vira de cabeça para baixo e os personagens principais acabam no altar.
Para fechar, “Além das Cores”, de Camila Moreira. Em único dia, Alice perde o emprego, encontra sua melhor amiga com seu noivo na própria cama e ainda recebe como projeto de conclusão de curso a tarefa de escrever sobre um famoso pintor conhecido por ser extremamente recluso. Quando esse encontro acontece, fica claro que Leandro é ainda mais irascível do que os boatos sugeriam, mas, além de conseguir a entrevista, ela conquista uma vaga como assistente pessoal. A atração que surge é impossível de ignorar, mas o artista é uma pessoa muito complicada e seu passado, misterioso e muito bem guardado. Apenas com o tempo, paciência e vontade, é que Alice consegue quebrar as barreiras para conhecer o verdadeiro homem por baixo de todo o senso de autoproteção. Para minha surpresa, foi minha história favorita. É um pouco maior do que as outras e a vida do Franz me cativou, então senti que tive mais tempo para me conectar com os protagonistas e até mesmo me importei com eles.
Como eu disse antes, é uma leitura boa e que fala bastante sobre recomeços. Talvez quem aprecie contos ou novelas tenha uma experiência mais positiva, porém, recomendo.