Prisioneiras

Prisioneiras Drauzio Varella




Resenhas -


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Andressa.blopes 19/12/2022

Uma leitura impactante
Um livro necessário, uma leitura que deveria ser obrigatória. Drauzio mostra a verdade por detrás dos muros dos presídios brasileiros. Independente de serem culpadas por seus crimes ou não, é impossível não se comover com a realidade vivida por elas. Abandono, sofrimento, doenças, pobreza, e inúmeras dificuldades que poderiam ser amenizadas se o poder público cumprisse o seu papel corretamente.
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amanda 15/04/2020

relatos verossímeis e militância no final, amei
voltando a ativa depois de esperar por 2 semanas meu novo Kindle chegar kkkk resolvi que vou começar a pontuar algumas coisas nos livros concluídos, então:

escrita - 4
personagens - 5
andamento - 4
premissa - 5
final - 4,5
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Andreia515 28/12/2023

Trilogia Sistema Prisional
Drauzinho é muito humano em trazer essas mulheres (muito vulneráveis, esquecidas, rejeitadas por suas famílias) que em sua maioria, se tivessem oportunidades oferecidas não estariam na prisão.
Recomendadíssimo!
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Caio 29/04/2020

O que é que a gente tá fazendo como sociedade?
Se o cotidiano dos presídios masculinos é obscuro para quem está fora desse mundo, imagina a vida em presídios femininos, muito menos abordada em novelas, filmes e noticiários. Em “Prisioneiras”, o médico Drauzio Varella conta um pouco da sua experiência de mais de uma dezena de anos como voluntário na Penitenciária Feminina da Capital, em SP.

Uma importante descrição do presídio é feita e ajuda a nos ambientarmos. Com sua observação fantástica e escrita bem detalhada, o autor nos conduz pelos portões de ferro, corredores, galerias e altos muros onde as histórias se dão. A comparação entre penitenciárias paulistas masculinas e femininas nos trazem a ideia das características, relações, afinidades e distinções que existem entre esses dois mundos do cárcere.
Por fim, histórias com mais semelhanças do que diferenças. Mulheres, em sua maioria jovens, negras e pobres que, em boa parte das vezes, não deveria estar ali (ou poderia não estar ali).
Histórias de solidão, trabalho duro (sim, trabalho duro!), abandono, violência, estupros, vingança, prazer, amor e ódio servem como fio condutor para o debate sobre o problema do sistema carcerário no Brasil!

O autor nos faz refletir para, além das causas dos problemas sociais que levam nossas cadeias (masculinas e femininas) à superlotação e ao fracasso em seu objetivo e para além das histórias de miséria, ódio e sofrimento que colocam as pessoas em situações de vulnerabilidade. Coloca o leitor para refletir sobre "onde queremos chegar com isso?". "Qual é a utilidade do nosso sistema prisional hoje?", "Para que ele realmente serve?", "Ele está servindo?". São perguntas que precisamos fazer se queremos um mundo diferente.

Leitura fácil, capítulos pequenos, rápidos. Isso facilita muito a vida lê na correria do dia-a-dia e de quem não consegue parar de ler antes de terminar o capítulo (meu caso, rs).

PS: Embora seja um livro que te impacta, te assusta, te desconstrói, te abre para o desconhecido e, possivelmente, te fará pensar diferente, é importante ressaltar alguns pontos:
1) Trata-se de uma única experiência e em um único presídio. Não podemos generalizar e pensar que todos os presídios são exatamente daquela forma.
2) O autor, por diversas vezes, incide em frases carregadas de preconceito que não contribuem para a compreensão do universo carcerário feminino.
3) Para uma crítica mais incisiva sobre essas questões, recomendo a leitura: https://www.justificando.com/2017/07/06/caro-dr-drauzio-vamos-conversar/
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Ju Harue 24/03/2022

Foi meu primeiro contato com a escrita em livros do Dr. Drauzio, mas eu fiquei completamente rendida.
De uma forma que oscila entre a sutileza e a crueza dos relatos e reflexões, a narração dos anos trabalhados em penitenciária e do convívio com as pessoas reclusas e trabalhadores do sistema, são de dar nó no estômago, de embargar os olhos, de causar revolta e ver como a vida pode levar a tantos caminhos (e que muitos, não fazemos ideia).
Já fiquei curiosa para ler os outros livros e continuar aumentando cada vez mais a admiração pelo Dr. Drauzio.
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Fernanda 01/06/2020

No livro é descrito com detalhes a realidade de detentas no presídio feminino em São Paulo e as vivência do doutor junto à elas.
O autor usa uma linguagem fácil e juntamente com o enredo, faz da leitura curiosa e rápida.
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Yasmin 27/02/2021

Sensacional! Um livro incrível, de leitura fluída e de inúmeras descobertas. Amei a escrita de Drauzio e a forma como ele fala sobre a penitenciária. Gostei de como ele expõe os diálogos e o seu ponto de vista sobre. Fez um excelente trabalho ao escrever esse livro. Dou 5 estrelas porque não posso dar mais, pois esse livro merece o máximo de estrelas possível.
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Bia 11/06/2020

Que livro maravilhoso! Eu já gostava do Dráuzio Varella, mas pelo livro vi como ele é sensato, realista e empático. Ele dá voz a esse grupo tão esquecido, das mulheres brasileiras que estão presas, mostrando o contexto que as levou ao cárcere. Recomendo para todos que querem aprender mais sobre essa realidade, desde a rotina lá de dentro, até sobre a atuação do PCC e relações afetivas entre as prisioneiras. Depois da ótima experiência, com certeza lerei Estação Carandiru em breve.
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anabi 08/05/2022

Como falar desse livro sem falar de Drauzio Varela? Que ser humano é esse?? Livro perfeito! Nos torna mais humano.
Eu terminei a leitura com a seguinte pergunta, como podemos quebrar esse ciclo? E a resposta que veio na minha cabeça foi a seguinte: cuidemos das crianças dessas mulheres.
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rdgsrafael 21/07/2020

"Graças a Deus eu fui presa"
Drauzio Varella tem um olhar único, livre de julgamentos em sua convivência com presidiários. cada história presente nesse livro é extremamente marcante de uma maneira humana em todos os sentidos da palavra. sua crítica ao sistema prisional brasileiro é explícita: expõe a quantidade de vidas destroçadas por um sistema defasado e ineficaz.

todas as histórias são fascinantes: desde as leis impostas dentro da cadeia até o comando do PCC, bem como todas as suas legislações invisíveis. a frase que coloquei no título foi a que mais me chamou atenção, quando uma presa afirma que só largou o crack porque foi tirada da sociedade, caso contrário, teria se afundado completamente. uma viagem à diversas histórias de pessoas que parece que eu conheço à tempos.
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@literatoando 26/08/2020

com erros e acertos segue drauzio...
A trilogia do cárcere, do doutor Drauzio Varella, encerra seu ciclo falando sobre a penitenciária feminina na qual foi voluntário por muitos anos. Semelhante aos outros dois livros, possui uma estrutura que se inicia relatando as condições físicas do ambiente prisional, seguido da organização interna e, por fim, contando as histórias pessoais de algumas das mulheres encarceradas. O encarceramento, em minha opinião, é um método punitivista que claramente não soluciona problema algum, na verdade, gera muitos outros. Por isso, ler sobre essa temática é muito importante para mim, para compreender mais como ele funciona na prática e ter ainda mais certeza do que acredito ser o caminho sensato: o do abolicionismo penal.

O início da leitura foi difícil para mim, porque o autor faz muitas comparações, algumas que considerei desnecessárias, entre a penitenciária feminina e masculina. Existem momentos em que essas comparações são interessantíssimas e se fazem necessárias, como por exemplo quando vai falar sobre o PCC, mas em outros reforçam estereótipos sexistas, como quando Drauzio afirma que as cadeias masculinas são mais calmas pelo fato das mulheres produzirem um ?falatório ininterrupto?. Para mim, isso evidencia mais um grave processo de silenciamento dos homens, em grande maioria negros, aprisionados, ao invés de crer no falacioso estereótipo de que as mulheres são todas faladeiras. Foi difícil me desvencilhar do pequeno ranço que criei de cara, mas extremamente importante seguir a leitura, pois além dessa fase passar, o livro traz informações e histórias extremamente relevantes.

Uma diferença crucial entre a penitenciária masculina e feminina ressaltada pelo autor é a solidão e o abandono enfrentado pelas mulheres, em detrimento de uma realidade completamente diferente dos homens. (Card 1) Tem narrativas muito pesadas relacionadas a abandono, já que muitas vezes as mulheres encarceradas recebem um pé na bunda de homens que as puseram na situação em que estão, deixando apenas a destruição psicológica, esta difícil de superar. Outro tipo de perda comum às mulheres que são aprisionadas é a do convívio com os filhos. O autor relata que a grande maioria delas tem mais de um filho e passam pela dor de não ter mais contato com eles, que são muitas vezes espalhados pelas casas dos parentes, podendo passar anos sem vê-los. (Card 2) Sobre as mulheres que têm filhos dentro da penitenciária, Varella fala pouco, principalmente se compararmos ao livro ?Presos que Menstruam? da autora Nana Queiroz e tem resenha por aqui.

Aspecto importante que o livro aborda e com propriedade, já que Drauzio é médico, são as questões de saúde pública. Tanto ao tratar sobre gravidez na adolescência (Card 3), quanto do uso de drogas o autor é implacável, trazendo visões interessantes dos problemas sociais que as causam, muito além do senso comum que põe a culpa na mulher e afirma que se não se protegeu foi porque não quis. A respeito das drogas, relata os efeitos ocasionados pelo uso dos entorpecentes mais populares na penitenciária com propriedade médica e pelos anos lidando com usuários, trazendo estudos sobre o vício, bem como o poder aditivo que causam e as consequências da abstinência. (Card 4) Pelo fato destas mulheres, que são usuárias, estarem encarceradas e o tratamento requerer o distanciamento da droga e das pessoas que possam influenciar os abstinentes, é quase impossível se livrar dos vícios na prisão, por motivos óbvios.

O trabalho dentro do cárcere é uma temática trazida pelo autor, porém ao falar sobre ele, embora seja importante, fiquei me questionando sobre o porquê de não haver as críticas a esse sistema também, já que os empregadores que contratam as oficinas de mulheres encarceradas não arcam com encargos trabalhistas garantidos por lei, o que é praticamente trabalho escravo. Por que não remunerar com um salário mínimo? Claro que essa estratégia foi utilizada para atrair empregadores, mas é justa? Elas não são cidadãs como todos nós? Cabe refletir, principalmente quando vemos os relatos de desumanidades, comandadas pelo próprio Estado, no tratamento dessas mulheres.

As contradições sociais são evidenciadas no decorrer da obra (Card 5). O autor tece críticas a respeito da superlotação das penitenciárias e explica detalhadamente o funcionamento e organização do mercado interno comandado pelo PCC, como ele contribui para a pacificação do ambiente prisional e essa é uma das partes mais interessantes do livro. (Card 6) Neste sentido, aborda o nascimento, os objetivos, as características, a organização hierárquica e econômica, as regras, as benesses e os prejuízos de participar dessa organização que movimenta MUITO dinheiro. Ao falar sobre o sistema prisional feminino, o autor relata a predominância de relacionamentos amorosos entre as detentas, destacando, inclusive, que as relações homoafetivas, dentro da cadeia, são comuns e a homofobia é repreendida, tendo até categorias específicas utilizadas pelas aprisionadas para classificar as mulheres lésbicas e bissexuais lá dentro, que o autor dedica um trecho considerável para explicar (Card 7).

O abuso sexual e as violências de todas as formas ganham destaque no livro também. Sempre contemplado por relatos reais, Drauzio narra histórias em que a violência gera traumas e consequências que produz impacto no futuro das vítimas. Passando por transtornos que vão desde a ideação suicida a abortos inseguros e situações de quase morte. Estes trechos são cheios de gatilhos e não recomendo que leiam sem que tomem cuidado com o impacto que as histórias dessas mulheres podem te causar.

Para finalizar, no epílogo, o autor tenta trazer com mais solidez suas opiniões e críticas. Porém, na minha concepção, existem pontos ESSENCIAIS para a discussão a respeito do encarceramento em massa que são deixados de lado, tanto nessa parte final, quanto no desenvolvimento. O primeiro deles é o fato de que as mulheres negras são as mais encarceradas. Não falar sobre isso durante todo o livro simplifica demais a análise sociológica que é feita utilizando os fatos abordados. O racismo e como ele está introjetado na estrutura do sistema que nos rege - capitalismo - é um fator importantíssimo para discutirmos a respeito do sistema prisional brasileiro e uma única frase de 4 linhas não é suficiente para contemplar o assunto. O segundo ponto é que, embora o autor traga tópicos e dados ao final do livro que geram reflexão nos leitores, eu senti que não abarcou a complexidade estrutural do problema como deveria, fazendo análises sociohistóricas que discordo por serem muito rasas. Ele não busca produzir soluções, talvez evidenciar os problemas, e se contém quando não deveria, reproduzindo algumas vezes o sexismo e racismo entranhados na nossa sociedade em algumas descrições durante o livro. Superando estes pontos, me ajudou a refletir sobre as condições desumanas que a realidade impõe às pessoas que estão em situação de cárcere. 4 estrelas de 5.
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Beatriz 10/06/2021

A massa que não conhecemos
Particularmente eu gosto muito de livros que me tragam ensinanentos, livros que podem adicionar alguma coisa em meu conhecimento e com certeza esse é um deles.
Eu tenho gosto muito forte pela área criminal e isso não é novidade. Isso me faz sempre recorrer a leitura de artigos, livros, ver documentários e filmes sobre este tema sempre que posso.
Acredito que mesmo sendo um livro de tema delicado e histórias sangrentas, é sim muito necessário a leitura para pessoas que não sabem nem 1% desse universo. A maioria esmagadora da sociedade ignora os seres humanos que estão trancafiados em celas minúsculas dentro de prédios espalhados pelo mundo.
Prisioneiras é um verdadeiro tapa na cara, onde você conhece realidades muito diferentes da sua e consegue enxergar um pouco o motivo pelo qual mulheres chegaram a fazer coisas tão ruins, que desceram níveis tão baixos. E o absurdo é que boa parte delas só chegaram a situação em que estão por culpa do Estado.
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Manu 16/01/2023

"A separação dos filhos e a solidão são os castigos mais duros" (p.270).
Apesar da escrita boa e fluida, esse é um dos livros mais difíceis que já li, por conta do seu conteúdo.
O autor, como observador e médico de muitas mulheres encarceradas, relata como se escrevesse um diário histórias que vivenciou e ouviu dentro da penitência feminina, onde trabalhou por mais de uma década.
Mesmo partindo da perspectiva de um homem, o livro trás com muita sensibilidade histórias que elucidam um pouco porque mulheres são presas e como é para elas estarem nessa situação.
Ressalta principalmente o abandono e a diferença de tratamento da sociedade e dos familiares quando a infratora é uma mulher.
Recomendo muito a leitura. É, sem dúvidas, uma forma de enxergar um pedaço da realidade que muitas vezes é ignorado, escondido e estigmatizado.
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Rayssa 27/05/2023

Necessário!!!
Drauzio, aqui, entra na realidade carcerária feminina através de várias histórias curtas e marcantes!

É triste, mas muito engrandecedor para qualquer um que queira discutir, com alguma propriedade, prisões no Brasil.

Leitura fácil e envolvente, mas forte.
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Isadora 19/08/2020

Recomendo a leitura!
Leitura muito boa, traz uma realidade que não conhecia e me fez ver algumas questões com outros olhos. Histórias muito impactantes.
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