Thaisa 06/06/2024
Alphonse e Edward Elric são irmãos alquimistas que trabalham para o Exército afim de tentarem localizar a Pedra Filosofal, o único elemento capaz de restaurar seus corpos, destruídos depois de um ritual que realizaram ter falhado miseravelmente.
Agora, após fascinantes e chocantes informações serem reveladas no sétimo volume de "Fullmetal Alchemist", Alphonse e Edward finalmente estão reunidos, tentando buscar respostas após se depararem com um grupo de quimeras (humanos com características de animais) e saberem da existência dos impossíveis homúnculos (pessoas criadas pela alquimia).
Os irmãos, que são Alquimistas Nacionais, já se tornaram lendas vivas e, agora, são procurados por diversas pessoas: o terrível Scar, que quer destruir todos os alquimistas; os Homúnculos, que estão sempre perseguindo os Elric; May Chang, uma garotinha que percorreu o deserto para conhecer seus ídolos; Ling Yao, príncipe de Xing que, junto de seus servos, procura uma forma de encontrar a imortalidade...
Enquanto isso, a oficial Hawkeye, que faz parte do Exército e é o braço direito do Coronel Roy Mustang (o Alquimista das Chamas), se vê cara a cara com Barry - um serial killer cuja alma foi transmutada para uma armadura e que enfrentou os Elric em um laboratório subterrâneo que escondia um grande segredo. É assim que o Coronel Mustang descobre, enfim, que algo está errado e que alguém, infiltrado na hierarquia do Exército, está por trás das diversas tragédias e batalhas que tem ocorrido na vida dos personagens de "Fullmetal Alchemist".
É verdade que esse volume está abarrotado de novas informações e novos personagens, o que tornou a leitura, vez ou outra, esmagadora e confusa - o que me fez não amar totalmente o oitavo volume... Mas também sei que tudo isso é importante para a trama e acredito que será desenvolvido ao longo da narrativa. Portanto, esse trecho da história foca muito mais nos novos conhecimentos que podem parecer até cansativos no momento, mas servirão para contar o enredo que a mangaká deseja, pois desde o primeiro volume Hiromu já parece ter em mente toda a trajetória dos personagens, os acontecimentos que se desdobrarão, a mensagem que ela deseja passar.
Arakawa mantém um traço firme e bem expressivo, conseguindo capturar perfeitamente as emoções dos personagens, assim como trazer muita fluidez entre os quadros.
Gostei de como esse volume levanta muitos questionamentos e instiga o leitor que, ao se deparar com complicações que só aumentam na vida dos protagonistas, procura respostas em meio à um caótico mundo apresentado por Arakawa, que é capaz de balancear, de maneira única, uma história dramática com muita comicidade!
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