Resenhas -

Emanuel 23/03/2022

Hellboy no México.
Em 1956 hellboy é enviado para uma missão no México onde encontra com lutadores mascarados que largaram sua carreira para combater entidades malignas. Rapidamente o Vermelho faz amizade com eles e entra em uma sequência de caçada sobrenatural e bebedeiras sem fim. Após a morte de um dos lutadores, o qual era mais próximo, Hellboy acaba afundando sua tristeza na bebida e resolvendo as mais estranhas missões pelo médico durante uns cinco meses.

Com Richard Corben junto a Mignola nas histórias desse volume já podemos ter uma noção de que é material ótimo. A arte de ambos é sensacional e deixa as histórias perfeitas. Aqui também temos participação dos incríveis Fábio Moon e Gabriel Bá, artistas e autores brasileiros. A felicidade de ler uma história do Hellboy com os gêmeos Moon e Bá não tem comparação. Quanto ao roteiro não tem muito que falar, é a qualidade que costumamos ver nas melhores histórias do Hellboy, algumas tão boas que geraram mais personagens e histórias derivadas.

Um ótimo encadernado. Acredito que o correto deveria ser pertencente à série Hellboy e o BPDP e não sei porque a Mythos gerou um encadernado diferente, mas mesmo assim a edição está muito bem feita.

Gárgula 03/02/2021

Hellboy no México, de Mike Mignola
Como pegar uma boa história e estragar em um filme
Hellboy no México, de Mike Mignola e publicada no Brasil pela Mythos Editora era uma das últimas revistas do Hellboy que me faltavam. Engraçado, pois não tinha lido essa revista quando vi o novo filme do Hellboy (que desgraçadamente é uma bosta), mas logo no início acontecem coisas bem nítidas para mim que estariam nesse encadernado.

Eu não estava errado e, realmente estavam. Até aí tudo bem, mas eles pegaram um momento incrível do Hellboy para transformar em nada. Agora que li posso falar de cadeira: eles fizeram uma cagada enorme no filme, então siga meu conselho: nem perca seu tempo vendo, pois é um desserviço ao personagem.

Amnésia alcoólica
Mas voltemos ao quadrinho que é muito melhor. Neste volume, Hellboy é mandado ao México para resolver um caso, desaparecendo por um período de cinco meses. Isso tudo surge de um desenho do Mignola onde ele coloca o Hellboy ao lado de um lutador mexicano mascarado e anota uma data abaixo.

Exatamente nesse período o autor percebe um espaço em branco na vida do personagem. O que a princípio era apenas um simples desenho, se tornou uma enorme oportunidade de argumentos. Nos cinco meses em terras mexicanas, Vermelho (apelido do personagem) ficou completamente embriagado e por isso tudo o que possui são vagas lembranças do que viveu. De uma brincadeira entre Mignola de Richard Corben, o criador do personagem então reúne um time de desenhistas e cria outras histórias que aconteceram nesse curto período de tempo.

Os nomes chamados, além do próprio Corben foram Mick McMahon (Sláine, Juiz Dredd), os gêmeos brasileiros Fábio Moon e Gabriel Bá (B.P.D.P. Origens: 1946-1947, que terá resenha por aqui em breve), além do próprio Mike Mignola! Para o leitor fica o prêmio de ter reunidos em um único volume as histórias de Hellboy no México e A Casa dos Mortos-Vivos (publicadas originalmente em 2012 e 2015) além das histórias inéditas A Múmia Asteca, O Casamento do Hellboy, O Saqueador de Cadáveres e O Saqueador de Cadáveres: A Revanche. Todas, tão divertidíssimas quanto ricas em detalhes.

Mas porque comentei no início que o filme estraga uma das grandes histórias do Hellboy? Porque ele não mostra como a vida de Hellboy foi marcada por estar no México. Quem ler o encadernado perceberá que os fatos vividos pelo personagem foram bem pesados, respondendo o porquê de ficar de porre por cinco meses!

Muito legal ver que Mignola gosta de buscar as referências mitológicas e folclóricas para a criação de suas histórias, mas também se inspira em nomes atuais como o Zé do Caixão e costumes de povos como ele fez com os mexicanos, utilizando os lutadores mascarados e outras entidades astecas.

Conclusões finais
Como de costume, o material da Mythos Editora é rico em informações. Esse detalhe agrega demais para o leitor, sendo a revista citada em inúmeras outras edições e histórias do Hellboy. Vale muito à pena ter lido ele em algum momento.

Como fã de Hellboy tinha essa falha no currículo, a qual foi devidamente acertada! Sem dúvida uma boa revista, divertida e que precisa estar presente nas coleções do nosso demônio preferido!

Boa leitura

Resenha publicada no blog Canto do Gárgula.

site: https://cantodogargula.com.br/2020/05/07/hellboy-no-mexico-de-mike-mignola/

Julião 06/01/2020

Apesar da história "Hellboy no méxico" ter sido publicada em outro encadernado, essa compilação se faz necessária do começo ao fim.
Em resumo: O Hellboy foi para o méxico e lá ficou 5 meses de sua vida mas ele não se lembra de absolutamente nada que aconteceu, assim sendo, muita coisa aconteceu. MUITA COISA.

Esse encadernado se propõe a narrar esses cinco meses em um 'compiladão' de diversas histórias perdidas na Darkhorse em uma ordem cronológica estável. Puta que pariu! Vale muito a pena. Tem até brasileiro (Fábio Moon, Gabriel Bá e Zé do Caixão) em duas histórias. Enfim.

Ao ler os comentários e resenhas do Mignola, pra notar que ele realmente se empolgou nessa fase e se apaixonou por cada acontecimento na vida do vermelhão, tanto que trouxe essa adaptação para o começo do filme do Hellboy (2019), então, caso você tenha assistido o filme e ficou um pouco perdido com os acontecimentos do começo e aquele chororô nas primeiras cenas, leia esse encadernado.

A última história é "A casa dos mortos-vivos" que também aparecerá em outra compilação, mas se torna um ítem quase indispensável quando você é -assim como eu- um fã de carteirinha do Hellboy e se propõe a entender todo o Mignola-Verse.

site: http://www.guiadosquadrinhos.com/edicao/hellboy-no-mexico/he062118/127979