Guilherme Dehon 28/01/2024
Ravensbrück...
A edição que tenho de Ravensbrück, possuí 924 páginas, e destas, 850 páginas são de história e as demais, divididas em notas, Bibliográfia e Índice.
"Quando conversamos, muitas mulheres tiveram crises de choro. Muitas vezes houve risos. Nenhuma estava amargurada. Mas tampouco acho muitas delas perdoaram; certamente, nenhuma esqueceu."
Foi o único campo de concentração nazista construído para mulheres;
Sua história de crimes hediondos e coragem das vítimas, é quase desconhecidos;
Aberto em 1939 e operacional até o final da guerra, cerca de 130 mil mulheres passaram por lá, onde foram exploradas, torturadas, assassinadas, não necessariamente judias.
A princípio a maioria das prisioneiras eram alemãs que se opuseram às ideologias de Hitler - comunistas, testemunhas de Jeová; Prostitutas, criminosas, desabrigadas, ciganas, doentes mentais...
No início, o único objetivo dos campos de Hitler era esmagar a oposição interna alemã e só depois disso outros objetivos - a tal da purificação racial - seriam perseguidos.
Seja pela dificuldade de obter provas principalmente após o início da Guerra Fria, ou por algum motivo específico ou mesmo por desinteresse, Ravensbrück ficou praticamente no limbo do esquecimento...
Após finalizar essa obra magistral de investigação histórica, é difícil adjetiva-lá...
Surreal talvez? Sinceramente não sei...
Só sei que Sarah Helm foi realmente detalhista ao descrever com clareza, e trazer à baila, os horrores perpetrardos pelo Partido Nacional Socialista (Nazismo), nos campos de concentração/extermínio, e também pelos Soldados do Exército Vermelho após as libertações dos vários campos inclusive o de Ravensbrück.
Sarah também relatou com maestria, o quanto muito dessas mulheres, mesmo com todo o sofrimento sem medidas, não parecendo nem mais seres humanos, tiveram coragem para resistir...
Apesar de realmente ter um conteúdo muito denso, pesado, angustiante, a leitura é de fácil entendimento.
É uma obra que todos que puderem deveriam ler.