Bia 15/08/2018Já tinha me apaixonado antes mesmo de lerAntes de tudo, precisamos falar sobre a capa desse livro, que capa, que arte, assim que eu vi essa capa eu fiquei apaixonada, na verdade eu ainda estou apaixonada.
Quando eu vi que o livro se passava na segunda guerra e era narrado por uma criança eu percebi que eu precisava colocar ele na frente de todos os outros e foi exatamente o que fiz.
Não me arrependo nenhum pouco disso.
Essa é uma daquelas leituras únicas, e que cada pessoa entende de um jeito diferente.
A Emmaline é uma garota em um hospital cinza, em um mundo cinza que está passando pela guerra, onde as pessoas vivem com medo.
Mas ela é diferente, e não só por ter água paradas ou por estar em um hospital distante da família, ela é diferente porque pode ver cavalos alados nos espelhos.
Não posso negar que a construção da Emmaline é muito bem feita, eu me apeguei a personagem logo nas primeiras páginas e uma ou duas vezes ela foi um pouco teimosa mas isso não me incomodou como costuma acontecer.
Já a personalidade das outras crianças não foi muito explorada mas também não foi algo que senti necessidade, essa é a história da Emmaline e ela não é uma criança muito sociável.
Os cavalos alados foi a parte mais bem pensada pois eles podem ser interpretados de tantas formas diferentes, eles existem mesmo? Ou são apenas criações da mente da Emmaline para ela não se sentir tão sozinha? Se existem porque ninguém mais os vê? O Thomas realmente os viu?
Todas essas perguntas podem ou não obter resposta dependendo do modo como você interpreta as situações.
A autora escreve algumas cenas de modo tão delicado e tão brutal que eu me via encantada e também multilada porque as coisas fazem tanto sentido quando elas são colocadas no papel e mesmo assim você prefere acreditar no que a Emmaline te narrou durante o livro.
Essa leitura vai depender de apenas duas coisas, você e a sua disposição de acreditar.