Negação

Negação Deborah E. Lipstadt




Resenhas - Negação


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Ca Agulhari @literario_universo 12/08/2018

Como pode alguém ainda negar o Holocausto?
Eu já tinha certo fascínio e curiosidade pela Segunda Guerra Mundial e por todo o enredo triste e devastador do Nazismo. Após ler o drama "O rouxinol", a vontade de me aprofundar por mais que apenas romances históricos ambientados nessa época veio com toda força, então decidi ler "Negação", mesmo já tendo assistido ao filme. E preciso dizer que sempre é possível se chocar mais com tudo que Hitler provocou no mundo.

Antes de começar a ler "Negação", eu não conhecia David Irving. Confesso que fiquei envergonhada, me senti realmente a pessoa mais alienada do planeta. E conforme fui seguindo na leitura do livro que é cheio de dados técnicos e históricos relacionados ao Holocausto, mais fui sentindo que há muito ainda pra eu conhecer sobre essa época tão sangrenta da história da humanidade. Sentir que existem pessoas que negam todo o horror perpetrado pelos seguidores do Führer é nauseante. Houve trechos do livro que me deixaram muito chocada, triste pela humanidade. Sentir que ainda hoje há discursos de direita tão inflamados (sim, Hitler era de direita) que promovem a pureza das raças, ódio contra as minorias e extermínio do que não é ''puro'' me fez sentir nojo de David Irving. Ele é uma pessoa que eu não soube definir se é "incapaz de enxergar a verdade ou capaz de enxergar mas não sentir nenhum repúdio por ela e muito pior que isso, enaltecê-la como o caminho a ser seguido por quem quiser manter a supremacia ariana."

Em vários momentos ele se mostra racista, repudia imigrantes, repudia pessoas públicas e não públicas que não são brancas e repudia mais que tudo os judeus e tudo que lhes aconteceu. Para Irving, é culpa dos próprios judeus tudo que lhes aconteceu, todas as mortes e atrocidades que lhes aconteceram, segundo suas ''fontes'', não foram ordenadas por Hitler, e ainda hoje, segundo Irving, judeus lucram financeiramente com a ''ilusão que é o Holocausto''. Logo em seguida, Irving nega que seja negacionista, nega que seja antissemita, nega que seja racista! Não consegui não repudiar esse homem! Tiro meu chapéu para toda a equipe da Dra Lipstadt que com fatos, refutou todas os absurdos proferidos por Irving em seus livros e discursos. Se você se interessa por história, se você é um leitor que quer entender mais sobre o Nazismo, sobre negacionismo e sobre o Holocausto e gosta de livros que não sejam ficção nem romanceados sobre o assunto, recomendo bastante. A leitura é densa, são muitos dados, muitas transcrições do julgamento e de documentos históricos mas o livro vale cada página.

site: instagram.com/ca_agulhari
Lorena 12/08/2018minha estante
Li este livro e gostei muito também!
Já que gostou deste, li um também incrível: O Papa e Mussolini. Acredito que você vai gostar muito. Gostei da resenha.
Beijos!


Ca Agulhari @literario_universo 13/08/2018minha estante
Obrigada pela indicação, amei!


Rosy 23/08/2018minha estante
Nossaaa! Agora vou ler com toda certeza! Ótima resenha


Monica.Sousa 20/01/2019minha estante
Estou amando a leitura deste livro, é uma aula de história, de historiografia, de pesquisa, de direito internacional e sobretudo de pos-verdade!


Ca Agulhari @literario_universo 23/01/2019minha estante
Ele realmente é incrível mesmo Mônica




Lina DC 09/07/2017

O Holocausto foi a perseguição e o extermínio de cerca de seis milhões de judeus pelo Partido Nazista de Hitler durante o Terceiro Reich. Porém, existem pessoas que negam a existência do Holocausto. Essas pessoas afirmam que a quantidade de judeus que morreram é bem inferior à que ficou na História, ou ainda que Hitler e o Partido Nazista nunca tiveram a intenção deliberada de matar judeus. David Irving é uma dessas pessoas.

"Em 1988, quando o governo canadense condenou Ernst Zundel, um imigrante alemão, por promoção do negacionismo do Holocausto, Irving testemunhou a favor de Zundel. Disse no tribunal que não havia uma "política do Reich para o extermínio de judeus", "nenhum documento sequer demonstrando que o Holocausto acontecera" e que as câmaras de gás para extermínio em massa eram uma impossibilidade. Desde então, Irving negou sistematicamente o Holocausto." (p. 16/17)

"Negação" é um livro baseado em fatos reais que trata de uma das maiores vergonhas da história mundial. Por conta do processo contra Deborah E. Lipstadt , a autora precisou realizar uma análise histórica para provar sua inocência, pois na Inglaterra, não existe presunção de inocência. quando Irving acusou Lipstadt de difamação, ela teve que provar que ela era inocente. Ela teve que provar que Irving era, de fato, um negacionista e para isso, teve que provar a existência do Holocausto.

"No fim das contas, eu estava redondamente enganada. Irving levaria tudo muito a sério, assim como também o fariam os tribunais britânicos. O fato de minhas fontes estarem todas documentadas não me protegeu no Reino Unido como me protegeria nos Estados Unidos. Aliás, eu já saía em desvantagem. O sistema jurídico britânico colocava o ônus da prova em minhas mãos, como ré. Era um imagem espelhada da lei americana: nos Estados Unidos, Irving teria de provar que eu menti; no Reino Unido, cabia a mim provar que estava dizendo a verdade." (p. 18)

O livro é dividido em cinco partes: O Prólogo, que mostra o momento em que Deborah recebe uma carta de sua editora explicando sobre o processo que Irving estaria abrindo contra ela por difamação, O Prelúdio, que discute os aspectos anteriores ao julgamento, como a estratégia da defesa, O Julgamento, que vai analisar cada teoria de Irving, incluindo os documentos apresentados por ele, O Resultado e O Posfácio.
No Prelúdio, temos uma visão mais pessoal da vida da autora, onde ela explica o interesse em estudar o Holocausto, como foi sua criação e como foi crescer em uma casa ortodoxo-moderna em Manhattan, em uma época que milhares de "refugiados" chegavam ao país.
Sem dúvida, a parte do Julgamento em si, em que observamos as teorias de Irving e a forma como ele tenta banalizar esse terrível marco da nossa história é a parte que mais impressiona durante a leitura. Nós saímos do presente (o momento do julgamento) e voltamos no tempo, indo parar em um lugar sombrio, doloroso e repleto de perdas.

Durante a leitura, observamos que Irving realmente acredita nas suas teorias, de forma tão fervorosa, que em alguns momentos, as pessoas param para prestar a atenção e até mesmo questionar determinadas situações, como no caso das 500 mil pessoas que haviam morrido envenenadas pelo gás no crema 2.

"Apesar de seu histórico de distorções e mentiras, Irving havia nos seduzido a ponto de levarmos suas teorias - ainda que apenas por um momento - a sério." (p. 199)

"Negação" é um livro extraordinário que não apenas fala da história da humanidade, mas que apresenta uma mulher que lutou com unhas e dentes para manter a integridade e falar por aqueles que não estavam mais presentes.

"Irving está mirando em você, mas está acertando toda a comunidade judaica e a verdade histórica." (p. 66)

A Universo dos livros realizou um ótimo trabalho de revisão, diagramação e layout. O livro ainda conta com respostas a perguntas frequentes que a autora recebeu, uma nota falando sobre a autora e notas de fim, onde consta toda a literatura citada durante todo o livro, como manuscritos, publicações, entre outros.
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Carla.Luciana 02/09/2017

Negação
Negação, narra a vida da professora e historiadora Deborah E. Lipestadt. Deborah é especializada em história da guerra e do holocausto e dá aula em uma universidade renomada em Atlanta. Em um dia qualquer, Deborah recebe uma carta da Penguin Editora ? responsável pela publicação do seu livro "Devying the holocaust", na qual a editora informava que um outro historiador chamado David Irving estava processando Deborah e consequentemente sua editora. Parecia surreal para Deborah algo do tipo, e até mesmo cômico. Em alguns momentos chegou a cogitar a hipótese de que talvez Irving pudesse voltar atrás, porém, suas ideias de prosseguir com o processo estavam intactas.
Ler esse livro foi um experiência fantástica.
Deborah que antes debochou de uma carta que anunciava o possível processo, viu-se em diversos momentos desesperada, afinal, todos os contrapontos era maiores do que os prós. Se perdesse o julgamento Deborah teria que pedir desculpas á Irving e ele ainda poderia tomar sua casa comprada em Atlanta, fora que teria que arcar com todos os prejuízos do processo seu e de sua editora, visto que algumas clausulas colocavam insentas a participação da editora em foros judiciais.
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Helena 11/02/2018

Texto excelente!
Eu, como judia, li este livro com muito interesse e amor pela história do meu povo. Muito esclarecedor, com relatos reais de fatos históricos e muitas vezes negados e reescritos. Após a leitura, assisti o filme... e recomendo a todos a leitura, qualquer que seja o interesse nela.
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Ely Varella - terapias que iluminam 18/10/2018

Eu sempre me interessei por esse tema. Saber da corrente negacionista sempre foi um espanto pra mim. Como duvidar do holocausto? A avó do meu primeiro marido sofreu as duas grandes guerras. Ela contava em detalhes a noite dos cristais. Por ser rica, filha de um industrial, ela comprou a fuga dela e dos 2 filhos pequenos para o Brasil. O irmão dela comprou a fuga para os Estafos Unidos e o pai se recusou a deixar seu país, morreu em no campo de concentração. Ler esse livro deixou claro até onde chega a imbecilidade de alguns pertencentes a raça humana. Gostei, vale a leitura se vc se interessa pelo tema.
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Nat 19/10/2018

Deborah E. Lipestadt é uma conceituada historiada e professora em uma universidade renomada em Atlanta. Ao receber uma carta da Peguin Editora, responsável pela publicação de seu livro Denying the holocaust, Deborah não sabe exatamente como reagir a notícia de que está sendo processada por David Irving, um renomado estudioso de Hitler também famoso por ser um negacionista do holocausto. Em seu livro, Deborah o cita de maneira negativa e David resolve processá-la por difamação, mas diferente de como acontece nos EUA (onde o acusador teria que provar que Deborah mentira), na Inglaterra é a parte acusada que deve provar que está dizendo a verdade. E assim começa um processo que levará anos até que ambos se ponham na frente do juiz. O julgamento começa e à medida que estudiosos e especialistas começam suas explicações, as verdades, mentiras e distorções sobre um dos períodos mais negros da história humana são expostas.

A primeira vez que entrei em contato com a história do julgamento de Deborah Lipstad foi através do filme de mesmo nome lançado em 2017. Não só porque o elenco é excelente, mas porque a temática, apesar de polêmica, também é um assunto que vale qualquer debate. Então quando peguei o livro, já sabia o que ia encontrar e esperava que o livro fosse mais profundo e abrangente. O que, obviamente ele é. Recheado de detalhes sobre ao extermínio de judeus, o livro também traz logo no início um breve resumo da vida de Deborah e o caminho que ela trilhou até se transformar na professora conceituada que é hoje.
Ao mesmo tempo, dá uma vontade imensa de esganar David Irving. Primeiro, ele não nega que os judeus foram vítimas da guerra, ele só “não admite” que o comando de exterminá-los partiu de Hitler, que as mortes não foram casualidades da guerra, que os campos não tinham como objetivo o extermínio, e finalmente, que tudo não passa de lenda para os judeus adquirirem vantagem financeira.

"“Um extermínio é um extermínio”, respondeu em voz baixa. Irving continuou insistindo que aquelas pessoas morreram em virtude de “condições ruins” e não de um sistema de extermínio planejado e o rosto de Peter foi ficando cada vez mais vermelho. Virando-se de modo a não olhar para Irving, falou duramente: “O propósito do campo de concentração não era manter os prisioneiros vivos. […] o propósito do campo de concentração aqui era claramente fazer as pessoas morrerem. […] Não se pode compará-lo a uma prisão nem nada do tipo em um país civilizado"."

A medida que o julgamento acontece, cada uma das alegações de Irving é demolida, mesmo com ele negando e negando e negando. A cada vez que a defesa ganhava em um ponto, eu celebrava. O final é excelente, claro depois de ver o filme, fiquei aliviada porque sabia qual seria a sentença. Um dos melhores livros que eu já li, na verdade essa livro é uma senhora aula de história. Completamente recomendado, assim como o filme.

site: http://ofantasticomundodaleitura.blogspot.com/2018/10/negacao-deborah-e-lipstadt-d12ml-2018.html
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Orochi Fábio 24/07/2019

Negação
A absurda negação do Holocausto, equivalente a um racista negar ter havido Escravidão, como menciona a autora, nos faz refletir sobre o tema com um arrepio na espinha: como pode haver gente que NEGA as evidências, TÃO numerosas e documentadas daquelas atrocidades, propagarem esses negações e AINDA por cima, ter seguidores?! Aqui, o "historiador" racista e antissemita David Irving, move uma ação contra a professora Deborah Lipstadt (judia) por conta de um livro que, segundo ele, o difama: quando apenas mostra a verdade. A questão é MUITO pertinente nos dias atuais, com os adicionais bastante conhecidos, se pararmos para pensar, desde as demandas da imigração, como o fato de pessoas adultas divulgarem teorias a respeito da Terra ser plana...levando ISTO a sério! Centrado na implicação judicial, o livro porém nos convida a refletir sobre TODAS essas situações, por si mesmas... recomendo.
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Mari 24/02/2020

Muito bom para conhecer um pouco mais sobre o holocausto, porém, por se tratar da experiência de um julgamento, foi alguns momentos bem moroso.
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Barbara Hellen 26/04/2020

@cactosliterarios
Peguei Negação na livraria sem grandes pretenções. De longe, foi uma grata surpresa. A história real da autora, Deborah Lipstadt, é para torcer! Mas, como agir diferente quando uma judia precisa provar judicialmente que o Holocausto foi real? E que o negacionismo, vertente que minimiza e até nega o Holocausto, é um perigo e não apenas uma opinião?
ㅤㅤㅤ
Além de falar sobre antissemitismo, o relato dela mostra o lado de quem viveu os terrores da Segunda Guerra Mundial - que é, inclusive, um tema de leitura que adoro

site: www.instagram.com/cactosliterarios
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Brenda.Gomes 01/06/2020

A Negação
Quando li as resenhas das outras pessoas sobre o livro, eu imaginei que seria um livro muito diferente do que ele se apresentou.
Achei que a escrita não foi tão fluida, tem muitos termos em alemão não traduzidos.
Acabei enrolando bastante para ler mas finalizei pq não gosto de deixar livros pela metade.
A história em si é boa, remete a várias reflexões. Vale a leitura, para quem gosta da temática.
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Renatinha 24/06/2020

Deborah Lipstadt conta sobre seus dias antes, durante e depois do tribunal onde precisou provar que o Holocausto existiu. Longe de seu país, mas com a colaboração de muitas pessoas, lutou contra um negacionista e seus adeptos cegos em relação a história.
Merece a leitura e a reflexão.
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Kezices 02/08/2020

"Negação" é um livro excelente e sem dúvida com relevância atual em uma época na qual algumas figuras tentam apagar a História.
A autora é a historiadora Deborah Lipstadt.
Recomendo a leitura! A capa do livro é o pôster do filme baseado no mesmo (de 2016).
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Alexandra.Tavares 27/10/2020

Um bom livro
Se torna enfadonho as vezes, mas no geral é uma leitura agradável
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