Ana 01/02/2012
Memória do gueto de Varsóvia.
Memórias do gueto de Varsóvia.
O livro “memórias do gueto de Varsóvia” escrito por Mery Berg retrata o sofrimento vivenciado pelos judeus que ficaram em guetos cercados por muros a onde os nazistas tiveram o objetivo de humilhar e torturar os mesmos.
No início da ocupação alemã os Judeus não tinham ideia do que estaria por vir.
Os Judeus que tinham reservas de dinheiro e objetos de valor conseguiram sobreviver mais tempo que os menos afortunados.
Quando Mery Berg foi presa ela recém havia completado 15 anos. Como era filha de uma norte-americana, pertencia a um grupo privilegiado.
Uma bandeira norte-americana na porta de seu apartamento protegia contra o inimigo.
Ela estava entre os que menos sofreram, mas mesmo assim dia após dia ficasse abalada pelas tragédias de seus colegas de escola, vizinhos e parentes.
Após a passagem do tempo a solidariedade cresceu entre todas as classes judaicas, mais e menos afortunadas ajudavam uns aos outros.
Em meados de 1943, os nazistas e seus ajudantes retiram-se do gueto.
Cinco dias depois voltaram com os ataques. Cada casa que oferecia resistência era incendiada, e as pessoas que tentaram fugir eram lançadas de volta as chamas e morriam. Quase mil pessoas morreram dessa forma.
Dia 21de novembro de 1943 aconteceu á primeira troca de prisioneiros entre ingleses e alemães. Cerca de cem pessoas saíram de Vittel sobre tudo os doentes e aqueles com mais de 60 anos, houve despedidas emocionantes, todos os invejaram os felizardos, os mesmos sorriram como se vissem as portas do paraíso após longa tortura e sofrimento.
Depois de muitas chamadas para a troca de prisioneiros ingleses por alemães chegou á vez de Mary B. e sua família, e desta vez ela não teria mais que separar-se de seu pai, pois ele também iria.
No dia 1º de março de 1944 por volta das sete horas da manhã a mãe de Mary B. foi á administração do campo, em alguns minutos depois voltou correndo, gritando: “todos nós vamos”.
Após uma longa viagem de trem que durou dois dias chegaram a Lisboa, em seguida embarcaram em um navio pintado de azuis e amarelas cores da bandeira sueca, o navio viajava com as luzes acesas para ser identificado como um navio diplomático que se chamava Gripsholm, que significa liberdade.
Nos últimos anos, muitos não conheciam a sensação de liberdade os mesmos acharam difícil desfrutar de imediato, toda a liberdade, após quatro anos de arame farpado, muros do gueto, execuções e acima de tudo, terror-terror dia e terror á noite.