Sheila Fonseca 07/12/2017minha estanteRespeitosamente discordo das aspas no "real", Popaye. Acho meio desnecessário na resenha, que, até então, estava super curtindo. De boa, achei que sobrou.
Desnecessário também afirmar categoricamente e tentar instruir o leitor para "encarar como ficção" grifando "como deve ser". O mundo não é um espelho. Cada leitor vai encarar como se sentir mais confortável. Uns vão acolher como real, outros não. Vai de cada um. E, mais uma vez respeitosamente, me causa uma certa estranheza ler um livro dado como real pelo autor, escrito por alguém com muito esmero, gostar dos relatos, da narrativa e ao mesmo tempo rotulá-lo como "factóide". Acho complicado. Ou é real (e, portanto, bom, verdadeiro) ou não é.
Mas, enfim, respeito seu ponto de vista... Afinal, gosto e avaliação é algo muito particular.
No mais, concordo com você: é um ótimo livro. Eu amei. Diferente de você, eu creio no que ali está.
Independente da visão, de fato, muito Católica dele (o que também não vejo grandes problemas), acho que os relatos, as ocorrências que ele registra, são permeadas pela visão que ele tem do mundo, pelo sistema de crenças dele (no caso cristão), mas são um registro real do intangível e incompreensível para nós encarnados, mundo espiritual. Por isso fascinante.