O olho mais azul

O olho mais azul Toni Morrison




Resenhas - O olho mais azul


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Paulo2196 21/05/2024

Amor não se paga com maldade

Cholly e Polly Brredlove têm dois filhos,Samny e Pecola.. Seria uma típica família americana não fossem os Brredlove muito pobres e negros. A situação de marginalidade é ainda mais grave para a menina Pecola, que encontra rejeição em todos os ambientes que frequenta. Na escola, é ridicularizada até pelas outras crianças negras, pois tem a pele mais escura. Em casa, o pai a oprime e a mãe prefere dedicar seu amor à família branca para a qual trabalha. Num delirante e inconsciente desejo de redenção e ascensão social, a pequena Pecola reza todos as noites para ter olhos azuis.
Pecola queria olhos azuis, mas na verdade era um sonho de criança, o que ela queria mesmo era ser vista, alguém para conservar e ouvir seus problemas de criança, queria ser amada, o pai a amou a ponto de toca-la, mas este esqueceu que o amor nunca é melhor que o amante, assim como o estupido ama com estupidez em outras palavras, a mau ama com malvadeza e o violento ama com violência.
Este livro, fora proibido nos Estados Unidos. Acredito que entre jovens. Realmente tem cenas "pesadas", para uma certa faixa etária que ainda não possui discernimento para entender certas passagens da vida, assim como muitos adultos também não o entendem.
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Walter58 18/05/2024

Tentando digerir essa leitura, extremamente realista, dura e triste, mas escrita com sutileza ímpar...
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Nágila 17/05/2024minha estante
Esse livro é muito impactante!!!




Joaquim 16/05/2024

Essa obra me fez pensar sobre o que é bonito e como a ideia de beleza é construída no subjetivo humano.
Quem decidiu que algo é bonito ou feio?
Por que algo é aclamado e não repudiado?
Toni Morrison apresenta as mazelas daqueles que não são representados em lugar nenhum e mostra como as condicionalidades postas pelos padrões sociais tem impacto direto na vida daqueles que não estão inclusos nele.
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Let Carvalho 16/05/2024

Livro lindo, sensível e extremamente emocionante e profundo. Foi uma leitura fluida e prazerosa????.
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Letschmitz 13/05/2024

Impactante
"Lançada dessa maneira na convicção de que só um milagre poderia socorrê-la, ela jamais conheceria a própria beleza. Veria apenas o que havia para ver: os olhos das outras pessoas."

Me dei conta da existência desse livro, e da própria Toni Morrison, por causa do clube da leitura da faculdade, não sabia que era tão aclamado.
Foi uma leitura bastante dificil pra mim, não consegui gostar. Acho que a autora condensou demais a história com essa pegada crescente de infelicidade sem fim. Gostei que ela esmiuçou as personagens e mostrou que cada qual de nós, que erra, afeta e destrói, é feito e motivado por algo lá do nosso passado, das nossas dores. Mas não foi só isso. É estupro, é pobreza, é fome, violência domêstica, é classe, racismo, segregação racial, padronização da beleza racial, pedofilia, incesto, negligência parental, doenças mentais, o impacto da mídia na nossa forma de pensar. É um compilado enorme de crítica a coisas densas, que sob minha perspectiva tinha espaço pra 4 livros, além de que cada cena é escrita pra ser sempre o mais impactante possivel ((gente, tinha necessidade do Cholly defecar no bar? ou do cachorro que a pecola fez carinho morresse? é sempre assim, uma tragédia).
Sou branca, nunca passei fome e cresci em uma familia amorosa, então minha critica em si é automaticamente invalidada. Só resta dizer que minha experiência como leitora foi ruim mas que reconheço a grandeza do livro e de Toni Morrison. Recomemdo mas não pretendo repetir a dose.
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Joyce 12/05/2024

Uma história forte e com temas importantes!
Aqui vamos acompanhar algumas personagens e suas vivências familiares e suas relações na escola e entre amigos. Algumas personagens sofrem com a violência doméstica e preconceitos.
A escrita da autora é bem interessante porém o desenvolvimento da história ocorre um pouco devagar, o que pode deixar a leitura maçante para alguns.

O final é muito impactante!
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luizagross 11/05/2024

Não é a toa que Toni Morrison é ganhadora do prêmio Nobel de literatura. Livro muito profundo e forte, escrita impecável, narrativa e personagens extremamente bem construídos. A história conta a tragedia vivida pela criança Pecola, pela visão de também de uma criança, Claudia. Aprofunda no tema do racismo estrutural de uma forma muito impactante. Como uma amiga citou ?um soco no estômago teria sido mais fácil?.
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Matheus 07/05/2024

A infertilidade do belo
?Espelho, espelho meu, existe alguém mais belo do que eu?? A famosa fala dos clássicos faz alusão a busca incessante do conceito de belo e perfeito. A parametrização da beleza em um nível a ser alcançado pelos demais. Quem sabe, até a exclusão da imagem da parte do indivíduo que não se sente vinculado a padronização de um todo. De um conceito. De uma definição única e singular: o belo é.

O Olho mais azul de Toni Morrison aborda os impactos da delimitação do conceito de beleza assim como seus reflexos na construção social de indivíduos a beira da marginalização social na década de 40, enquadrados, principalmente, a minorias de classe, gênero e cor.

Pecola, a personagem central da história, é descrita inúmeras vezes como preta e feia. Muito feia. O desejo ardente de sua alma é de se encaixar no parâmetro de beleza do regime atual a época: possuir os olhos azuis. Para a Pecola não há foco, não há holofotes, o que se absorve por sua história são os fatos descritos em outras narrativas de pessoas presentes em sua vida: amigas, mãe, pai e até desconhecidos.

A ideia de Toni é de criar nenhum vínculo afetivo com a personagem e sim causar repulsa e indignação aos fatos apresentados que levam ao clímax do enredo final. Por tanto, focada em trazer um lado obscuro e real dos acontecimentos narrados, a autora acaba pesando a linguagem em certos pontos, transformando a leitura em nenhum pouco convidativa e até intragável em certos momentos. Podendo ser tida até como confusa pela falta de linearidade com os diversos narradores presentes.

Contudo, o desfecho final, apesar de extremamente penoso e triste, é impactante e reflexivo. O sonho de uma criança de ser bela, de ser aceita, de ser acolhida é podado pela brutalidade da sociedade. A somatória de todos os acontecimentos narrados, culminaram para o não florescimento da vida da personagem. A culpa aqui não é destinada a semente, ao indivíduo, mas sim ao meio, a terra na qual ela estava inserida.

A fertilidade dos sonhos e os motivos destinados a continuidade de sua existência plena são extinguidos. Sendo a tragédia perpetuada na inocência e na pureza que blindam a personagem de toda infelicidade a ela acometida. E no fim só lhe resta um único questionamento que nutre sua reafirmação de belo e genuíno, de anseio arrematado: ?Amigo, amigo meu, existe um olho mais azul do que o meu??.
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Vitor16Hq 05/05/2024

Primeiro livro da Toni Morrison que leio, autora que ganhou o prêmio Nobel de literatura e foi um livro que me deixou impactado.

O livro narra muitas situações do dia a dia de Pecola Breedlove, uma menina negra que sonha com uma beleza diferente da sua. Ao longo do livro várias reflexões sobre raça, classe social e gênero vão aparecendo.

A narrativa é muito bem construída, as partes da Pecola na escola trabalham bem a mentalidade dessa personagem, tem algumas cenas de bullying e como ela lida com isso me pegou de surpresa.

Em casa, tem uma cena com a mãe, que foi uma das emocionantes do livro, e foi praticamente no início do livro, a autora teve muita sensibilidade ao escrever personagens que conseguem transmitir suas emoções para o leitor.

Pesquisando mais um pouco, descobri que fizeram a idiotice de proibir o livro em escolas, tem algumas partes que são mais fortes, mas são coisas da realidade que não podem ser ignoradas, mesmo que seja um pouco duro de ler, esse não é um livro que vai te tirar da realidade.

É uma leitura que eu recomendo muito. Ele vai impactar e concientizar. Esse livro conseguiu me deixar pensando nele até quando não estava lendo.
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Natielli 02/05/2024

Não é um livro ruim, mas não me prendeu tanto. A narrativa é muito interessante, mas foi uma leitura bem arrastada..
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Fernnanda.Stumbo 02/05/2024

Uma das obras mais difíceis que resenhei.
Meu primeiro contato com Toni Morrison, a tão falada, e infelizmente frustei-me!
Talvez eu tenha colocado muita expectativa na obra, após tantos textos lidos e vídeos assistidos sobre o assunto que me falta saber por onde iniciar a resenha, há muito o que ser dito, ao mesmo tempo que as palavras se escondem!

Eu realmente esperava mais, senti um baque com algumas falhas na narração como por exemplo quem é o narrador "curandeiro" que na minha opinião, apresentou um dos melhores capítulos do livro, mas não faço ideia de quem seja! A comparação com Dick e Jane e a casa bonita, que eu não compreendi durante a leitura e depois que soube que é uma referência da época a família perfeita, como nosso famoso comercial de margarina.

Mesmo com minha frustração não deixei de considerar uma leitura válida e gostei muito da escrita da autora, de fácil compreensão, simples e leve, mesmo trazendo temas pesadíssimos! Apresenta personagens bem elaborados, que ao meio de suas vidas pesadas conseguem nos manter num misto de risos e choro, me despertando vontade de ler seus demais trabalhos...
Nos faz lembrar outras obras como Tomates Verdes Fritos, A Cor Púrpura e A Vida Secreta das Abelhas... Percebemos o conceito de que o negro não faz parte do padrão da beleza pela visão dos brancos, mas por que os próprios negros acreditam nisso também?
A falta de demonstração de afeto entre os familiares talvez justifique um pouco esse ponto, uma criança que vê sua mãe tratar com tanto carinho outra criança que ela cuida por trabalho contrabalanceado com toda a ignorância e desleixo que é tratada realmente não tem como desenvolver uma boa autoestima.

A relação tóxica de Pauline e Cholly que faz seus filhos terem outra visão do amor é algo marcante e justificável a reação de Pecola ao abuso cometido, um ser humano criado em um ambiente onde visualiza seus pais brigando, xingando ao mesmo tempo que possuem relações sexuais é considerável para sua inversão de bem/mal.

Outro assunto muito marcante no enredo é o relacionamento das famílias e suas reações sobre abuso sexual. Fica bem notável a presença de ignorância e falta de afeto em ambas como já citei anteriormente mas há uma diferença que muda todo o contexto da formação familiar de cada uma: o amor.
A mãe de Claudia pode ser nervosa, de poucas palavras amigáveis, exagerada na hora de bater nas filhas no intuito de educá-las. O pai "ausente" no dia a dia. Mas quando houve o incidente de abuso (bem menor comparado ao de Pecola) vimos o amor presente ali, na reação direcionada ao abusador, na proteção a filha, o amor ali vive, mesmo que pouquíssimo falado.
Já na família de Pecola, ao acompanharmos a história de seu pai abandonado pelos próprios genitores, sua busca infinita pelo pai, sua vergonha ao ser exposto em sua primeira tentativa de demonstrar um sentimento acaba nos esclarecendo o que o faz levar a cometer o abuso à sua filha, o que claro, não o defendo! Isso me gerou uma contradição tão imersa que me sinto incapaz de transcrever... Não posso dizer que conhecendo sua vida miserável somos capazes de perdoá-lo pelo ato, mas ao mesmo tempo compreendemos sua visão, a vida que lhe foi apresentada e a maneira que a interpretou. Somos capazes de justificar seu ato, mesmo sendo tão errado, doloroso e mal!

Houve uma passagem que considerei uma das mais bonitas que nos faz entender um pouco da contradição do amor de Cholly ao mesmo tempo que entendemos o amor no mundo real:
"O amor nunca é melhor do que o amante. Quem é mau, ama com maldade, o violento ama com violência, o fraco ama com fraqueza, gente estúpida ama com estupidez, e o amor de um homem livre nunca é seguro. Não há dádiva para o ser amado. Só o amante possui a dádiva do amor. O ser amado é espoliado, neutralizado, congelado no fulgor do olho interior do amante."
Esse trecho é capaz de nos ensinar duas coisas, primeiro: as pessoas só dão o amor que possuem dentro de só, reflexo do que são; e segundo: só o ser amante possui amor, enquanto o amado não é nada, além da interpretação do amador.

O livro acaba por culpar uma falha da sociedade em relação a incentivo, apoio, reconhecimento e amor aos outros.
Faz com que pensemos no que fazemos pelo outro, em nossa empatia, na facilidade que o ser humano possui de apontar no outro, seus próprios erros e defeitos. Em suas últimas páginas, Morrison traz trechos lindos, relatando características pessoais da sociedade com a verdadeira realidade miserável em que está inserida.
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inasantos 27/04/2024

Foi uma leitura dolorida, violenta, reflexiva. Toni Morrison escreve de forma simples a dor e ao mesmo tempo a inocência. Perfeito demais!

"Este solo é ruim para certo tipo de flores. Não nutre sementes, não dá frutos, e, quando a terra mata voluntariamente, aquiescemos e dizemos que a vítima não tinha o direito de viver. Estamos errados."
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Julesleao 18/04/2024

Emocionante
Li esta obra pela primeira vez pra uma disciplina da faculdade, discutimos sobre alguns dos temas que o livro aborda e tudo mais, mas confesso que reler o livro foi uma experiencia 1000 vezes melhor do que ler pela primeira vez. A carga ao mesmo tempo emocionante e cruel que a obra carrega é impressionante e avassaladora. Toni Morrinson, você sempre será lembrada
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Mari 18/04/2024

Pecola Breedlove é uma menina negra que vive em uma época onde o padrão de beleza é a branquitude, seu maior sonho então é ter essa tal beleza que tanto fascina as pessoas.

Maltratada e negligenciada não só pela sua família mas também por outras crianças, ela vive num mundo cheio de preconceitos e injustiças. Um racismo estrutural brutal, onde não se difere somente em raça e sim em colorização.

A Toni Morrison foi genial e impecável com a escrita desse livro e seus personagens que são vários. Em tão poucas páginas, ela consegue disseminar os percalços de uma geração atemporal, sem vilões ou vitimismo, mas sim com um realismo analógico impressionante.

É um livro doloroso, triste e tem alguns gatilhos.
Pesadíssimo (infelizmente).
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