spoiler visualizarSofia 29/03/2023
Coitada da Anne
Por eu ler com as minhas amigas, ficou muito mais divertido. Mas eu teria largado esse aqui se tivesse lendo sozinha. As coisas eram tão expositivas, até os próprios pensamentos e emoções, que eu senti zero conexão com todos. E o livro foi conduzido de uma forma que eu não fiquei presa em nenhum momento, nem ansiosa pra ler, embora a leitura fosse rápida e nem um pouco arrastada.
Pareceu, de verdade, que eu tava lendo um livro sobre alienígenas que fingiam ser gente. Nenhuma dessas personagens parece um ser humano - ou talvez eu só conheça pessoas boas na minha vida, porque nenhuma das motivações fazia o mínimo sentido do jeito que foram narradas. Beleza, o Marco poderia ter entregado a criança pra um desconhecido por dinheiro, sei que tem gente desesperada no mundo. Daí você me narra que ele AMA a esposa e a filha? Pelo amor de Deus. O plot foi ridículo, justamente por parecer surreal e inacreditável - no pior sentido, porque nem chocante foi. E tudo bem não ser, mas acho que a intenção era que fosse. Única linha que fazia sentido era a do sociopata doido do Richard, justamente porque ele era um sociopata doido.
Uma coisa apenas me deixou mais chocada: o envolvimento do Richard e da Cynthia. Até eu refletir que pareceu uma solução pra tampar um buraco e completar o desenvolvimento dessa bixa, que, aparentemente, era pra ter importância. Mas que, no fundo, não fazia diferença nenhuma pra história, aí tiveram que enfiar um negócio sem sentido pra ver se ela ganhava relevância.
A pobre da Anne é uma desgraçada e não merecia esse final. Todo mundo ao redor dela é um LIXO e, como se não fosse suficiente, ela mata alguém de modo irracional, enquanto o homem que permitiu que alguém SEQUESTRASSE a filha é, praticamente, perdoado. Minha Nossa. Anne, venha passar uns dias aqui em casa, que eu cuido de você melhor que essa escritora que te ODEIA.