Beatriz 18/12/2021muito superficialHibristofilia ou síndrome de Bonnie e Clyde é uma parafilia que consiste no portador sentir atração sexual por indivíduos que cometeram algum crime, seja assassinato, estupro, latrocínio, etc.
É um tema q me interessa msm, e decidi ler para entender melhor, só que é abordado de uma forma muito vaga. O que é uma pena, pois é notório que o autor se dedicou anos e fez muitas pesquisas onde passou até por momentos desagradáveis para criar esse livro. Focavam muito nos criminosos e esqueceram de aprofundar nas razões da maioria das mulheres ter tal comportamento.
Deveriam ter entrevistado aquelas que se interessam pelo o criminoso após cometer o crime, e não que já era um conhecido e continuaram se relacionando msm depois de ter cometido algo. Tem uma grande diferença.
A maioria das mulheres mencionadas aqui tinha hibristofilia passiva, queria saber mais sobre a hibristofilia ativa/agressiva (até pq sei q deve ser difícil encontrar alguém disposto a dar entrevista sendo vista como alguém anormal) mas com pesquisas em outras línguas, há vários relatos e com isso é possível entendê-las melhor; seria interessante repassar essa informação.
Minha visão sobre essa parafilia: as ativas se interessam pelo semelhante. Totalmente a ver com o sadismo no sentido sexual mesmo. Ja que quem tem, sempre sente excitação sexual ao assistir algum crime ser cometido (ficcional ou não). Mostrando também ser indiferente com as vítimas. Veem no homem (ou mulher) a violência que nunca teve coragem de por em prática e quando se juntam com alguém que tem disposição para fazer, aproveitam para extravasar suas vontades ao lado de seu parceiro.
Já as passivas vivem mais na ilusão e tentam ter um propósito de vida, que é tentar transformar uma pessoa com transtorno de personalidade em alguém normal. Provavelmente tem problema de autoestima, são bem carentes e tem mais a ver com o masoquismo.
É uma parafilia como qualquer outra como pedofilia, por exemplo. Suas causas não são conclusivas, mas a maioria dos portadores passaram por um abuso na infância (seja físico, psicológico, sexual, verbal) ou vivenciaram um relacionamento abusivo. Pode afetar tanto homem quanto mulher, sendo mais predominante em mulheres heterossexuais de qualquer classe social, e não parece ter cura mas é possível controlar os impulsos através de acompanhamento psicológico.
Mesmo sendo um tema muito interessante, não senti que foi abordado de forma didática. Se quer se aprofundar no tema, não recomendo. Pesquisas rápidas é mais informativas q esse livro.