etoiletitia 06/12/2021
Roman era considerado uma pessoa cruel mas uma amante gentil
Mais uma história da Alessandra Hazard que começa de um jeito e termina de uma maneira completamente diferente. Não sei se foi pela passagem de tempo ou porque eu dei uma pausa entre a parte I e a parte II do livro, mas eu realmente achei que as duas partes não passam a mesma vibe.
No começo o Luke era só um masoquista que gostava de ser maltratado (ou se permitiu ser um masoquista perto do Roman) que tinha lábios grandes e parecia inocentemente lindo, mas depois que ele saiu do cativeiro ele voltou pros eixos dele de pessoa amorosa, que não queria ser maltratada e sua aparência infantil parece ter evaporado. Sem falar que no começo a vibe é muito mais pro lado erótico destacando as "características vantajosas" da beleza dos personagens enquanto a segunda parte foca nos sentimentos.
Eu jurava que seria mais cruel (nada de bom vem de um sequestro), mas o livro trata bem as questões graves, o Luke vai na terapeuta, eles resolvem na conversa e não na base do achismo, etc, etc.
Também gosto de lembrar que foi o primeiro livro da série que o "hétero" não surta por se descobrir um não-hetéro. A autora criou um cenário trabalhado sobre a vida dos personagens e decidiu não focar na sexualidade deles, e tenho certeza que ela queria se estender mais nesse livro do jeito que as coisas corriam. Afinal, não pareciam que acabariam tão cedo, mas de algum jeito, acabou.
Eu me senti atacada por me identificar com o Luke, (não direi em quais pontos) mas aconteceu, ele é um personagem que me lembra várias coisas em mim. Sobre Roman, não sei se gosto. A Alessandra quis passar um grande pano pra ele escrevendo que as coisas que ele fez não foram erradas e criando várias desculpas através do Luke para dizer que ele não era o vilão. Isso me deixou confusa, desamparada, sem saber se eu passo pano junto ou se desgosto. Em todo caso, só fico no meu canto achando ele um put4 g0st0s0.