Enclausurado

Enclausurado Ian McEwan




Resenhas - Enclausurado


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Bruno 13/01/2021

Mais atual, impossível
Apesar de ter dado nota 3, gostei do livro e do tema.
Mais atual impossível.
"Será que ela não deveria me amar?
Existe uma pressão de alguém para que eu não saia daqui?
Porque eles querem me matar? Daqui poucos meses, sairei desse lugar enclausurado, quente, aconchegante, onde deveria estar recebendo amor e carinho."
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Nic 31/12/2022

Vale pelo feto narrador
O último de 2022!! Enclausurado traz uma referência a Hamlet, uma história que sinceramente não me prendeu muito, mas o que a torna espetacular é o fato de ser narrada por um feto que está dentro da barriga da mãe. Lá, o bebê devaneia, filósofa, e fica acompanhando nervoso o fato de sua mãe e seu amante (irmão de seu pai) estarem planejando o assassinato de seu pai para poder ficar com sua herança.
Um livro curto de 200 páginas que vale a pena principalmente para poder acompanhar a perspectiva de narrativa pouco comum.
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@magalifbr 18/09/2021

Livro surpreendente. O mundo visto de um ângulo bem peculiar
O texto é simples e envolvente...
Você não consegue parar de ler.
Adorei e recomendo muito.
Fala de ódio, amor, tramas
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Fernanda 18/09/2021

Muito bom!!
Nossa, que livro incrível! O jeito que a história é narrada é uma coisa que nunca tinha apreciado em qualquer outro livro. Leitura super rápida e fluída, recomendo demais!!!
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Ana 31/01/2023

Uma leitura impactante do início ao fim
Apesar de estar há anos rondando a minha estante, "Enclausurado" precisava ser lido pela Ana Clara de hoje. Fui arrebatada pelo fluxo de pensamento do narrador inusitado da obra e não consegui não me identificar com seu estado de espírito deprimido e inconformado. É impressionante como a trama se desenvolve e os acontecimentos vão se desenrolando de maneira cada vez mais catastrófica. Apesar de talvez até um pouco óbvio, eu não esperava pelo final escolhido por Ian, uma escolha que não por isso deixou de muito me agradar. Entrou para a lista de leituras mais marcantes da vida, com certeza.
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Diego Rodrigues 20/07/2020

"Não vejo nenhuma opção, nenhuma escapatória plausível para a possibilidade de ser feliz. Queria não nascer nunca."
"Então aqui estou, de cabeça pra baixo, dentro de uma mulher. Braços cruzados pacientemente, esperando, esperando e me perguntando dentro de quem estou, o que me aguarda. (...) Agora, em posição invertida, sem um centímetro de espaço pra mim, joelhos apertados contra a barriga, meus pensamentos e minha cabeça estão de todo ocupados. Não tenho escolha, meu ouvido está pressionado dia e noite contra as paredes onde o sangue circula. Escuto, tomo notas mentais, estou inquieto. Ouço conversas na cama sobre intenções letais e me sinto aterrorizado com o que me aguarda, pela encrenca em que posso me meter."
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E assim se apresenta o narrador dessa história, um bebê ainda dentro da barriga da mãe. Privado de fazer contato visual com o mundo do exterior, mas não auditivo, o bebê começa a formar sua concepção de mundo baseando-se em fragmentos de conversas próximas que consegue captar e nos programas de rádio, podcasts e audiolivros que a mãe escuta. É dessa forma que ele descobre que seus pais, Trudy e John, estão se separando. E mais que isso, que sua mãe e o amante planejam matar seu pai. O amante de Trudy não é ninguém menos que Claude, irmão de John e, portanto, tio da criança. Sim, estamos diante de uma trama shakespeariana.
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Enquanto um thriller se desenrola do lado de fora, dentro do útero vamos acompanhar as reflexões, os devaneios e as aflições desse narrador bebê. Suas preocupações, que antes eram a guerra, a fome, a injustiça e a pobreza no mundo, coisas que a mãe ouvia nos noticiários, agora são com coisas bem mais pessoais. O bebê passa a desenvolver um grande ódio pelo tio Claude, que além de tramar contra seu pai, o próprio irmão, ainda coloca o narrador em uma situação desesperadora toda vez que faz sexo com Trudy. A mãe também não está isenta de sua raiva, amor e ódio estão sempre em conflito nessa relação entre mãe e filho. Mesmo grávida, Trudy manda tanta bebida pra dentro que o bebê aprende a diferenciar os vários tipos de vinhos e começa a desenvolver o seu próprio gosto. Enquanto direciona a sua raiva para o tio, para a mãe ou até mesmo para o pai, em uma roleta russa de ódio, o bebê também não poupa a si mesmo. O medo de perder o pai, medo da mãe ser presa pelo assassinato e ele nascer numa cadeia, medo da rejeição e do abandono, tudo isso começa a afetá-lo e pensamentos depressivos, de suicídio, de culpa e de vingança surgem em sua mente até então inocente.
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"Enclausurado" foi minha primeira experiência com o renomado escritor britânico contemporâneo Ian McEwan. Sei que essa está longe de ser considerada uma de suas obras máximas, mas posso dizer que foi uma boa porta de entrada. A escrita do autor, repleta de críticas atuais e de humor ácido, me cativou bastante. Gostei da experiência, do elemento do narrador ainda não nascido e das várias facetas que o livro tem. "Enclausurado" pode ser lido como um thriller, um drama, um exercício psicológico ou filosófico, não importa, independente da forma que for encarado ele agrada. Agora que li o meu primeiro McEwan estou ansioso para mergulhar em outras de suas obras, sinto que pode estar surgindo um novo autor favorito pra mim.

site: https://discolivro.blogspot.com/
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Tati 24/11/2016

Tem pouco menos de uma semana que terminei e foi um livro que, a princípio, achei morno. Talvez seja inevitável - provavelmente um pouco injusto - não esperar sempre algo como "Reparação" quando leio o nome McEwan na capa. Mas, colocando de lado essa expectativa, Enclausurado cresce bastante e torna-se um livro divertido e cheio daqueles momentos em que você vê escrito no papel algo que já circulava em sua mente há um tempo. É contemporâneo, eu diria. Fala bastante sobre como o humano está cada vez mais fechado em si mesmo em um mundo que, aparentemente, abre cada vez mais as portas. Contraditório como tudo que é humano. A jogada com o Hamlet de Shakespeare é muito maravilhosa porque, a meu ver, o que o clássico mais coloca em questão é como somos incapazes de chegar no cerne do nosso desejo e como isso nos faz manter a sanidade e seguir com a vida. Alcançar a verdade do desejo é muito perigoso, nós estamos constantemente a rodeá-lo e talvez viver seja encontrar a melhor forma de fazer isso. Um feto ainda não sabe do seu desejo, ele ainda não foi marcado pelo olhar do Outro, ainda não tem muito bem esse discernimento. Talvez por isso ele consiga ser tão engraçado e nem um pouco trágico e brinque bastante com a nossa insignificância.

"Estar circunscrito a uma casca de noz, ver o mundo em cinco centímetros de marfim, num grão de areia. Por que não, quando toda a literatura, toda a arte e a iniciativa humana não passam de uma partícula no universo das coisas possíveis? E mesmo esse universo pode ser uma partícula numa infinidade de universos reais ou possíveis?"

"Uma voz no rádio me disse certa vez que, quando compreendermos perfeitamente o que é a matéria, vamos nos sentir melhor. Duvido. Nunca terei o que quero"
Luana 24/11/2016minha estante
Resenha massa, Tati!


Tati 26/11/2016minha estante
obrigada, Lu


Alê | @alexandrejjr 02/12/2020minha estante
Baita resenha mesmo, Tati.




dieipi 17/06/2022

SENSACIONAL!
Estamos sãos e salvos no térreo em meio ao agitado zumbido matinal das moscas que circulam pelo lixo do vestíbulo. Para elas, as sacolas de plástico abertas se erguem como reluzentes torres residenciais com jardins na cobertura. As moscas vão lá para pastar e vomitar a seu bel-prazer. A indolência geral que elas exibem depois de empanturradas sugere uma sociedade dedicada à recreação amena, a propósitos comunitários e tolerância mútua. Esses seres sonolentos e invertebrados parecem estar de bem com o mundo, adorando a riqueza da vida em toda sua putrefação. Enquanto nós somos uma forma inferior, medrosa e em permanente discórdia. Estamos muito nervosos, indo rápido demais.

estou realmente feliz por ter encontrado o mcewan. domínio narrativo impressionante, discussões geniais, escrita leve, poética e agressiva na medida certa e com extrema originalidade. essa obra me deixou com MUITA vontade de ler mais do autor: reparação, aí vou eu. depois serena. depois a gente vê.
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Karol 26/10/2022

Como amo as várias vertentes da literatura, um livro poético, com um narrador presente e bem peculiar: um bebê no ventre.
Termino a leitura com o refletir imensurável que essa obra me proporcionou.
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ajbelei 21/12/2022

descobri esse livro lendo uma fanfic hehe, me interessei justamente por ser narrado pelo feto na barriga da mãe.
eu me identifiquei com algumas frases daquele bebê (e não gostei de ter me identificado). enfim, eu achava que conseguiria ler em uma sentada mas o livro é um pouco denso até, PORÉM é bem fluído
Laurinha 21/12/2022minha estante
Esse livro é mto bom, queria que o final trouxesse mais informações, mas gostei mesmo assim. E sim, achei denso tb, levei um tempo pra terminar




Samara98 22/11/2022

Feto bêbado, mãe infiel e pai poeta
Eu não estava esperando muito, achava o narrador sarcástico e meio amargo pra um feto, com o passar do tempo vi os motivos que ele tinha pra ser assim, não é o tipo de livro que eu leio normalmente mas me surpreendeu, as vezes não precisa de uma coisa colossal pra ter um bom plot e esse livro me lembrou disso.
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akio 14/08/2020

Enclausurado
O título do livro bem que poderia ser uma alusão ao nosso isolamento nessa época de pandemia, mas, na verdade, trata-se de uma história cujo narrador está dentro da barriga da mãe.

Não é aula de biologia, mas sim um divertido exercício para nossa imaginação, pois o feto nos conduz por uma trama na qual sua mãe planeja matar seu pai.

Se isso ainda for pouco para despertar seu interesse, essa leitura traz reflexões muito espirituosas na perspectiva de quem está dentro do útero, ouvindo tudo o que se fala ao seu redor. Tudo isso com o estilo inconfundível do grande escritor britânico Ian McEwan, autor de obras famosas como Reparação (que inspirou o filme Desejo e Reparação, de 2007). Quem já o conhece poderá encontrar nesse pequeno livro algumas surpresas em comparação com suas histórias mais antigas. E, para os demais, pode servir como porta de entrada para visitar sua obra.

Instagram: @akio.com.livros
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escritora.A.Santos 02/01/2023

Leitura de tirar o fôlego
O autor consegue manter o suspense até o fim, além de explorar os relacionamentos dos personagens lindamente.
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Aione 30/11/2016

Ian McEwan é considerado um dos maiores escritores da atualidade e Enclausurado, seu mais recente trabalho, é uma evidência dessa afirmação. Publicado em outubro pela Companhia das Letras, certamente foi uma das obras mais singulares que pude ler este ano.

Enclausurado traz a história de Trudy e Claude, um casal que planeja assassinar o ex-marido de Trudy, irmão de Claude, para herdar sua propriedade. Entretanto, a singularidade da trama não está nessa simples premissa, mas sim no fato de Trudy estar grávida e todo o enredo ser narrado pelo bebê que ela carrega. Além de contar a história, o feto critica e reflete sobre os acontecimentos e personagens, além de buscar uma forma de evitar o assassinato de seu pai.

É certamente a narrativa em primeira pessoa o destaque e fator de envolvimento de Enclausurado. Só por considerarmos o narrador, já temos todas as expectativas e limites da ficção, que fazem fronteira com o real, rompidos e extrapolados. Ian McEwan parte do impossível, fazendo com que tudo, a partir de então, seja possível naquele universo. E ainda que o útero que abriga o narrador permita esse mundo infinito de possibilidades, o que ocorre fora dele permanece verossímil e coerente com a realidade que vivemos e conhecemos.

O tom da narrativa de Enclausurado é notadamente irônica, o que intensifica ainda mais os efeitos provocados pelo narrador. Esse, já no estágio final de desenvolvimento intra-uterino, adquire uma sabedoria como a de alguém em idade avançada. Assim, o narrador é articulado, extremamente culto, politizado e informado (a partir do que ouve de dentro da barriga de sua mãe), e fala sobre os acontecimentos do início de seu desenvolvimento, há apenas poucos meses, como um adulto que, ao olhar para seu passado, discursa sobre seu crescimento e aprendizagens em vida.

Não bastasse sermos completamente cativados para a leitura desde os primeiros parágrafos de Enclausurado justamente por conta de sua força narrativa, somos atraídos também pela história desenvolvida entre as personagens, desejosos por saber se serão ou não bem sucedidas no homicídio planejado. Dessa maneira, é muito fácil e gratificante prosseguir na leitura.

Se com A Balada de Adam Henry e Reparação conheci um lado mais sensível da escrita de Ian McEwan, Enclausurado me apresentou a sua faceta mais irônica. De qualquer maneira, a força narrativa do autor é constante, fazendo dele uma leitura praticamente indispensável.

site: http://minhavidaliteraria.com.br/2016/11/30/resenha-enclausurado-ian-mcewan/
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