O Medo de Montalbano

O Medo de Montalbano Andrea Camilleri




Resenhas - O Medo de Montalbano


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SuperCaruso 18/08/2023

Veio bem indicado por amigos
Uma amiga de longa data me indicou, depois de ter lido uma resenha da Cora Ronai.
É um romance policial dividido entre casos longos e casos curtos, todos, porém, muito interessantes, embora alguns dêem mais trabalho de acompanhar do que outros.
O protagonista é falho e carismático e a narrativa permeada de descrições coloridas e personagens peculiares com contornos extremamente teatrais. Eu gostava de ficar reencenando algumas cenas na minha cabeça como se fosse uma peça.
Gostei bastante!
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Aguinaldo 03/02/2011

o medo de montalbano
Nestas férias curtas calhou-me ler livros algo ligeiros (vamos dizer assim). Livros de memórias, guias de viagem, cartuns ou coletâneas de contos são para se desfrutar sem pressa e rigor, podemos esquecê-los em uma mesinha e logo retomá-los, sem muita perda do enredo ou do sentido. Num final de semana destes fui visitar os Missell (Frank e Val, Isabella, Thomas e Daniel, que beleza de passeio) e levei para ler na viagem um livro mais sério (umas crônicas do Javier Marías) e um de contos policiais (do Andrea Camilleri). Claro que só li o de contos, pois contos policiais são o exemplo acabado deste tipo de literatura ligeira. Bueno. No ano passado descobri Camilleri e seu curioso personagem Montalbano, o comissário observador, incorruptível e eficientíssimo. Neste "O medo de Montalbano" somos apresentados a três contos bem curtos e três histórias mais longas. De fato Montalbano é um bom personagem, tem sua profundidade psicológica, suas fraquezas, seus rompantes (em algum lugar Manolo Vazquez está feliz com isto). Os personagens secundários também têm suas idiossincrasias, seu estofo. Camilleri explora o uso corrente de vários dialetos usados na Itália. Um dos personagens é uma pessoa bastante simples, tosca, que fala de um jeito que gera muita confusão em seu local de trabalho. Eu sabia que existiam dialetos na Itália, mas curioso sobre o assunto estudei um tanto e descobri que eles são mais de trinta (a maioria incompreensíveis entre si), e que atualmente 50% da população italiana alterna entre o italiano formal (de origem toscana, intermediário entre os dialetos do sul e do norte ) e algum dialeto. O livro explora bem isto, usando nas tramas vária vezes as dificuldades de comunicação entre as pessoas. Em alguns destes contos Montalbano é ajudado por seus próprios sonhos, noutros é seu puro instinto que elucida a trama. O papel destas componentes inexplicáveis nas investigações incomoda Montalbano, pois em geral ele usa somente sua razão para antecipar os crimes. Enfim, "O medo de Montalbano" é o livro certo para se desfrutar sem medo nos dias em que calmamente nos refrescamos "by this sun", sob este sol de verão. [início 05/01/2010 - fim 18/01/2010]
"O medo de Montalbano", Andrea Camilleri, tradução de Joana Angélica d´Avilla Melo, editora Record, 1a. edição (2009), brochura 13,5x21 cm, 300 págs. ISBN: 978-85- 01-08400-2
Ricardo Tavares 22/03/2016minha estante
"Os seis contos de O medo de Montalbano são mais um testemunho do talento de Andrea Camilleri para construir e narrar enredos. Sobretudo, comprovam a simpatia extraordinária de seu herói, o comissário Montalbano: um policial incorruptível, sem dúvida, mas antes de tudo um ser humano - instintivo, nem sempre razoável, capaz de ficar de "humor retinto" por um dia inteiro se o tempo estiver feio, ou de derreter-se numa "concentração de brâimane hindu" ante um prato de salmonetes fritos. Um homem que encara os fatos da vida, e que também sabe ter medo. Em suma, um homem comum. E, justamente por isso, tão amado." (Texto retirado da contra-capa do livro da Coleção Negra, O medo de Montalbano, Andrea Camilleri. Tradução de Joana Angélica D'Ávila Melo. Rio de Janeiro, Record, 2009, 304p. )




Fimbrethil Call 18/09/2010

Sensacional, como sempre.
Montalbano é um policial ímpar, muito competente, e muito esperto, mas que olhando pra ele voc~e não dá nada. Deve ser muito gordo, muito deselegante e é muito mau-humorado! mas engraçadíssimo e a gente acaba até surpreso de ver que ele consegue resolver os casos.

Esse livro tem 6 contos que mostram a essência de Montalbano: seu mau-humor, sua gula, sua vida nada saudável, sua neurastenis.

Um diálogo ótimo de Montalbano com Catarella, um dos melhores personagens da delegacia:

"Catarella - O qe fazemos agora?
Montalbano - Fazemos comos os antigos.
C. - E o que faziam os antigos?
M - Coçavam as barrigas e futucavam os umbigos."

hahahahahahahahahahahahahahahahaha Montalbano é o máximo!
Ricardo Tavares 22/03/2016minha estante
Lido de 20/03/2016 a 22/03/2016. O livro tem 300 páginas e apresenta 3 histórias curtas e três longas, intercaladas. Tanto as curtas, quanto as longas, são admiráveis narrativas que comprovam a lisura de Montalbano e o quanto ele é um ser humano ímpar, que busca sempre a verdade dos fatos de modo incansável. Podemos incluí-lo, certamente, entre os grandes personagens da literatura policial mundial, podemos compará-lo a dois grandes detetives (investigadores e policiais ao mesmo tempo): Jules Maigret, de Georges Simenon e Kurt Wallander , de Henning Mankell.




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