spoiler visualizarMr.Sandman 03/07/2023
Eu não sei como lidar com isso...
A grande batalha da Festa Da Fundação chega ao fim nesse volume épico e extremamente marcante. A leitura flui de forma absurda e é extremamente recompensadora em todos os sentidos, oferecendo tanto lutas épicas e enaltecedoras quanto momentos intimistas e bastante desenvolvimento das personagens. Não esperava que iria chorar lendo Soul Eater, mas isso aconteceu, graças a esse volume.
Acho que o Atsushi Ohkubo foi muito feliz na divisão das lutas aqui. Na luta da Maka/Soul contra Crona/Ragnarok temos não só um embate feroz de estilos de luta muito distintos (o estilo de lutar da Crona, usando o sangue negro e se lançando de forma quase que teatral para cima da Maka foi muito legal de ver) como um embate de personalidades muito poderoso. A imersão no mundinho de Crona, que acontece por meio da ressonância da alma, é muito tocante. Ela criança, fechando seu espaço para o grande mundo, dentro daquela praia imensa, se isolando de tudo e de todos, foi o bastante pra fazer qualquer um ter empatia e abraçar o lado dessa personagem. Maka quebra essas barreiras e se estabelece como uma verdadeira protagonista de um shounen, uma pessoa que inspira, que grita no meio das sombras e salva não importa quem for. Por isso que para mim esse é um volume definitivo para esses personagens. Além disso, dentro desse núcleo, Maka e Soul se unem ainda mais a partir de toda a questão da maldição e do sangue negro e é muito recompensador ver a relação dos dois evoluindo.
Outra luta que é bastante emocionante é a luta entre Stein/Spirit contra a Medusa. Ela pareceu uma dança que levou ambos os lados ao seu limite emocional. Conseguimos ver o Stein surtando e mostrando seus poderes (bixim é sexy viu?) A medusa jogando todas as cartas da manga e brincando com a tensão entre os dois. E também um aprofundamento da relação de Stein com o Spirit. Simpesmente sensacional.
Existem mais 2 outros núcleos de conflitos aqui. O do Free e da Eruca tentando libertar o primeiro Kishin com o Kid e o Black Star na cola e o da Blair lutando com a bruxinha rato. A parte do kishin é bem legal e esteticamente vislumbrante, principalmente quando a insanidade começa a afetar as personagens. Já a parte da Blair, eu creio que quebra um pouco. É puro fanservice. Peitão, bundão e os tarado de plateia. Meu único problema com esse volume e com o mangá todo até agora talvez seja isso.
Enfim, o primeiro Kishin aparece e como se não fosse suficiente tudo o que eu citei até aqui, tem uma mega luta com Doutor Morte. Digna para ser o clímax final desse arco. Algumas pontas foram amarradas e outras surgiram para o futuro e se essa história continuar nesse nível...só tenho uma coisa a dizer: eu não sei como lidar com isso...