As águas-vivas não sabem de si

As águas-vivas não sabem de si Aline Valek




Resenhas - As águas-vivas não sabem de si


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Katia Rodrigues 19/02/2022

"A solidão também levava as criaturas aos entendimentos mais profundos da existência"
"Sabia que as baleias viajam em túneis acústicos para poder chamar pelas outras? É impressionante, eu já vi.? Ela pensou nos buracos que as pessoas carregavam dentro de si e imaginou que não fossem defeitos ou problemas, mas canais pelos quais era possível navegar para alcançar o outro, porque ninguém podia funcionar sozinho."
Thiago Araujo 19/02/2022minha estante
Sou doido pra ler esse livro? divide opiniões?


Katia Rodrigues 19/02/2022minha estante
Thiago, infelizmente, não funcinou pra mim, mas não acho q seja um livro ruim ou mal escrito, a nota q eu dei reflete apenas a minha experiencia, não tô julgando a qualidade da obra em si, portanto, vai fundo na leitura kkkkkk e depois me conta o q achou


Thiago Araujo 19/02/2022minha estante
Quando faço resenhas também é assim, minha experiência, não gosto de julgar livro, falo mais o que senti com ele. Mas vou ler sim, gosto dessa divisão de opiniões, sinal de que o livro foge da receita e não dá pra saber o esperar.




Vanderleia 21/02/2018

Pra mim não deu...
Esperava mais do livro. Pensei que fosse mais voltado ao lado cientifico. A ideia era boa, tinha tudo para ser uma trama mais bem explorada. Mas basicamente conta a rotina dos cientistas, cada um tem algo a esconder, mas não é nada extraordinário. Achei meio enrolada a história, estilo "enche linguiça" e repetitiva. Faltou história. Gostei da inserção do ponto de vista dos seres aquáticos, isso gostei muito. Gostei um pouco depois do sétimo capítulo, melhorou um pouco a escrita, fluiu a leitura, aconteceram coisas interessantes, gostei das partes do Livro do Dr Martin. Gostei de algumas reflexões. Nos últimos capítulos já voltei a não gostar do livro. Quase abandonei, mas já que estava acabando, vamos até o fim.
Dani do Book Galaxy 21/02/2018minha estante
Poxa, que pena que não curtiu! Estou muito curiosa para ler este livro, até já li os dois primeiros capítulos na livraria e gostei bastante.


Vanderleia 23/02/2018minha estante
É como eu disse Dani, pra mim não deu sabe. Talvez pela expectativa que criei, pensei que fosse mais voltado à ficção científica. Se você gostou dos primeiros capítulos é possível que goste do restante. Acho que pode ser uma leitura válida.


Gustavo Mahler 14/07/2020minha estante
Eu também senti isso que vc sentiu, mas no início. Depois, não sei pq, fluiu de boa. Mas de fato não é nada lá muito transcendente, se vê claramente a pegada experimental da autora ? que oscila entre erros e acertos.




Karol 13/05/2023

Solidão
As águas-vivas se movem como uma massa indistinta, sem se dar conta dos inúmeros indivíduos que a formam. Quando uma delas se percebe única, consciente, indivisível, o que sobra? Solidão. E impossibilidade. A história de Corina, Arraia, Suzana, Maurício e Martin também é sobre impossibilidade e solidão, mas é ainda sobre descobertas, anseios, desejos, dores. Vida.
Elinara 13/06/2023minha estante
Vou ler esse agora em junho. É bom?


Karol 16/06/2023minha estante
Eu amei. É introspectivo, o cenário casa muito com os personagens, com as histórias... Tem a profundidade e a falsa calma do mar.




rafaella 01/02/2021

premissa interessante, livro bem escrito, mas a história em si não me cativou.
13/10/2021minha estante
Eu comecei esse livro hoje, e não sei se é pq eu criei expectativa, mas até agora ele ainda não consegui me cativar e eu achei a narração dele bem lenta :(


rafaella 14/10/2021minha estante
pois eh, eu tb fui com bastante expectativa e acabei um pouco frustrada :/ terminei mais pq era curtinho mesmo




Aline 25/03/2017

O título deste livro chamou minha atenção desde que o vi pela primeira vez. Do que trataria uma obra com um nome tão diferente? Ao ler a sinopse o interesse apenas aumentou, pois os segredos profundos de um ambiente ainda tão inexplorado quanto o oceano não poderiam ser algo menos que envolventes.

Em As Águas-Vivas Não Sabem de Si acompanhamos uma equipe de pesquisadores que objetiva testar trajes especiais de mergulho, confinada a 300 metros de profundidade, na Estação Auris. Entretanto, ao longo da trama, Corina, Arraia, Susana, Maurício e Martin revelam suas mais íntimas motivações para participar da missão, segredos que até então permaneciam tão obscuros quanto as profundezas submersas.

Esse clima de suspense perpassa todo o livro, porém a estória desenrola-se tão lentamente que o que era para ser uma leitura rápida não se mostrou assim tão empolgante. A autora apresenta inicialmente um mundo de possibilidades que criam muitas expectativas e acabam não se desenvolvendo. Talvez a intenção tenha sido não dar foco no desenrolar da estória principal, e sim convidar o leitor para um profundo mergulho dentro de si. Se esse foi o objetivo pode-se dizer que foi alcançado com êxito, porém o estilo não me agrada. Estava esperando um suspense intrigante, com revelações nocauteantes, e não foi isto que o livro apresentou. A minha expectativa era para uma trama mais densa com um desenvolvimento aprofundado dos personagens e um desdobramento mais voltado para o fim da estória principal. Em vez disso, a autora focou-se em traçar um paralelo entre duas frentes narrativas que se alternam ao longo do livro: de um lado, os acontecimentos relacionados à Estação Auris e, de outro, milhões de anos de evolução narrada do ponto de vista das mais variadas criaturas marinhas. As duas linhas entrelaçam-se numa teia muito bem amarrada, porém mais reflexiva do que narrativa.

Ainda que minha aspiração fosse ter lido uma estória mais focada, é impossível deixar de reconhecer o que deve ter sido uma extenuante pesquisa para ambientação do enredo. As referências trazidas, sejam de locais, criaturas ou eras, instigam a curiosidade pela pesquisa científica e pela evolução de toda a diversidade existente em nosso planeta. Não obstante, o estilo descritivo da autora proporciona ricas informações sensoriais, tornando fácil a imersão nesse universo tão próximo e ao mesmo tempo tão desconhecido. Desde o início da leitura imaginei que deparar-se com milhões de águas-vivas dando seu show num balé subaquático possa proporcionar encantamento equivalente àquele trazido pelas palavras de Aline Valek, que parecem flutuar ao longo de todo o livro, numa dança apaixonante. O lirismo nas frases permanece por toda a obra e, mesmo se a estória principal não lhe agradar, vale a leitura apenas para desfrutar algo tão bem escrito.
Viviana 26/03/2017minha estante
O livro me decepcionou também. Eu esperava muito mais dele. Mas tudo bem, valeu a originalidade da história.


Aline 26/03/2017minha estante
Sim, li sua resenha e vi que nossas opiniões foram parecidas, embora eu tenha que reconhecer a escrita fascinante. Pena não ter sido bem aproveitada.




Adônis 23/06/2016

Sobre as profundezas do oceano e da nossa própria consciência
Conseguir publicar seu primeiro romance pela Rocco não é para qualquer um. Com um trabalho gráfico desses (como diz o selo, Fantástico!) e um título tão metafísico – e por isso instigante, pode-se dizer que a autora tinha uma grande responsabilidade nas mãos de cumprir as expectativas de leitores que “compraram o livro pela capa”. Quanto aos que a acompanham há algum tempo – Aline Valek mantém um site, uma newsletter, é colunista, escritora de contos, dentre outros trabalhos –, a dificuldade era provar para seu público fiel, que já sabia de seu talento para a literatura, que ela seria capaz de escrever tão bem sobre o mar quanto ela escreve sobre, por exemplo, feminismo. Na minha opinião, ambos os objetivos foram completamente alcançados, e vou explicar por quê.

‘As Águas-Vivas…’ é, sim, um livro tão poético quanto seu título. Não se engane, porém: a história principal não trata de águas-vivas propriamente; ao menos, não apenas. O enredo, na verdade, acompanha duas linhas paralelas. A primeira nos conta sobre Auris, uma pequena estação subaquática que desceu às profundezas para colocar à prova trajes de mergulho modernos capazes de aguentar a pressão absurda do fundo dos oceanos; dentro dela, convivem cinco pesquisadores. Pode-se dizer que, de certo modo, os cinco têm protagonismo, apesar de o foco geralmente se voltar à mergulhadora Corina. Cada um deles tem seus problemas, sua razão (e segredos) para estar ali e uma personalidade forte, o que faz de sua coexistência naquele espaço reduzido uma experiência não tão agradável e torna as coisas mais interessantes.

A segunda linha, minha preferida (apesar de achar necessária a intercalação), nos traz a visão do fundo do mar, muitas vezes em épocas remotas. Não vou entrar em detalhes para não estragar as surpresas, mas é lindíssimo o modo como a autora descreve os seres que lá habitam – e como eles veem o mundo –, o ambiente, as luzes, os sons (até mesmo os sons você parece capaz de escutar!)... É, de verdade, poesia em forma de prosa, tamanho o lirismo das passagens. Exemplos não faltam.

“Ao contrário do cachalote, que tinha seus olhos pequenos imersos na água, olhando para os pequenos peixes que passavam por ele, as pessoas preferiam olhar para o céu. Diziam que era a experiência de contemplar um passado distante, porque as luzes que chegavam a planeta vinham com um atraso de milhões de anos, revelando um retrato de corpos celestes e lugares que podiam nem mais existir. As ondas também eram um retrato antigo, se criaturas muito primitivas ouviram aquele mesmo som, tão carregadas de informação, de histórias e de vida. As ondas ali tão próximas, e as pessoas preferiam primeiro explorar os céus e suas luzes distantes.”

Nem um pouco óbvio, o livro te dá poucas pistas do que vai acontecer – o final é um verdadeiro espetáculo –, até porque é um típico caso em que o percurso é tão interessante quanto o destino. Ou seja, ainda que você soubesse como termina o livro, eu ainda assim o recomendaria, por todos momentos em que você se sente, de fato, na profunda escuridão das águas. Para quem leu os relatos da Aline sobre a concepção do primeiro esboço da história durante o NaNoWriMo, é difícil crer que o rascunho inicial foi escrito em menos de um mês, já que claramente há muita (MUITA) pesquisa envolvida e o enredo em si é muito bem acabado – resultado, com certeza, de revisões e mais revisões, que lapidaram a obra até seu estágio final.

Longe desta resenha ser um enaltecimento irrestrito à autora, é salutar encontrar esse tipo de pérola (com o perdão do trocadilho) entre autoras/es brasileiros, tantas vezes subvalorizados – e já aviso que qualquer clichê da literatura nacional foi deixado de lado. A leitura flui bem, portanto é rápida, mas acredito que várias releituras sejam necessárias para absorver todas as matizes dessa sensível ficção científica subaquática. Minha ressalva, aliás, é quanto essa classificação, pois, apesar de conter elementos de ficção científica, a ciência em si desempenha um papel secundário, a meu ver, frente à verdadeira essência do livro, a qual é melhor deixar que cada um descubra por si.

“As ondas, no entanto, continuariam lá. Enquanto os continentes mudavam de formato, enquanto seus habitantes desapareciam e se transformavam, as ondas permaneceram lá, fazendo o mesmo barulho. O cachalote agora ouvia o mesmo som que também foi ouvido cinquenta milhões de anos antes e que qualquer criança humana, em qualquer época que existisse, ouviria ao se sentar nas areias de qualquer praia. Pelo menos isso, o cachalote sabia, eles tinham em comum.”

site: http://admiraveismundosnovos.tumblr.com/post/146372204985/a-rela%C3%A7%C3%A3o-que-os-az%C3%BAlis-estabeleceram-com-as
Juliana.Nascimento 27/08/2016minha estante
Eu olhei pra esse livro na estante da livraria e instantaneamente tive a necessidade de possuí-lo, e por sorte fiz essa leitura num momento muito bem colocado da minha vida, o que só aumenta a paixão que tenho por essa obra prima. Essa resenha exprime perfeitamente bem a riqueza dessa leitura.




Bianca S. 21/07/2016

Leitura difícil de realizar e de engolir...
Corina é uma mergulhadora experiente que aceita participar de uma missão no fundo do mar. Nesse ambiente que ela irá ficar, denominado Auris, terão companheiros estranhos e silenciosos, todos guardando segredos que não gostariam que ninguém soubesse. Parece que todos possuem dificuldade de conversar e se expressar, especialmente em um local tão pequeno para cinco pessoas... E ainda por cima a tantos metros abaixo da superfície. Palavras parecem que gastam o pouco oxigênio que seria provido a eles caso não existisse tecnologia; portanto, por que conversar? O objetivo dessa missão é um pouco difuso, mas ao longo da narrativa descobrimos que um segredo fala muito mais alto que o silêncio.

Primeiramente, quero dizer que tive muita dificuldade em ler esse livro. Eu sou uma pessoa que lê bem rápido, mesmo quando me envolvo muito com a história. Então, ao me deparar com o título, com uma temática que amo (mar), achei que a leitura ia fluir fácil. Não foi bem isso que aconteceu. Fiquei quase um mês presa nessa leitura de forma terrível. Ver a capa do livro me incomodava muito porque eu não conseguia prosseguir a leitura.

E por que isso? O livro é difícil. A narrativa é bem lenta e passa por vários personagens contando várias histórias. Por isso, é complicado se prender muito. Você fica na expectativa de algo que acontece mas demora bastante para acontecer.

Mas vale a pena? Eu acho que vale. Eu terminei o livro com vontade de mais e com uma sensação de que não entendi muito do que me foi passado e de que uma leitura com menos pressa teria me dado uma experiência melhor.

Mesmo assim, deixo para você tomar essa decisão. Não foi fácil para mim, me causou confusão e muita reflexão após a leitura, enquanto durante a mesma eu ficava atordoada e agoniada. Esse livro me trouxe sentimentos antagônicos.
Victor 18/12/2016minha estante
Eu costumo seguir essa sua linha de leitura rápida, não sou muito bom de ler sem consumir avidamente, e quando não faço isso em geral é acabo "desgostando" da leitura. Mas, nesse livro em específico percebi isso que vc também parece ter notado, uma leitura mais lenta acaba proporcionando uma experiência melhor, quando me foquei em dar um pouco mais de atenção a cada parte e reduzir minha velocidade comecei a gostar bem mais do livro, talvez por também conhecer outras obras da autora já me conectei com mais facilidade logo após o começo. Fiquei com vontade de saber mais sobre os personagens (um epílogo talvez), e as reflexões, ao acabar, foram realmente muitas.




Diedra 29/07/2016

Um mergulho abissal dentro de quem lê
Fazia muito tempo que um livro não me prendia nem me tocava tanto. Não só por ser muito bem escrito, mas pela profundidade do que é elaborado, pensado, sentido e discutido em seu conteúdo.
Não é um livro fácil de ler, que maravilha! Pois a dificuldade não se dá por falha da autora, muito pelo contrário, isso se dá graças à imersão e reflexão a que ela nos leva com maestria a cada capítulo.
É realmente um mergulho abissal nas profundezas de quem lê e no vácuo, na pressão, na solidão, na dificuldade de ser, ouvir, compreender e existir dentro da ausência de sentido em que a forma humana atualmente está inserida.
Absolutamente phodástico! Super recomendo!
Priscila.Vaisman 28/11/2016minha estante
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jardel 26/03/2021

Tem uma pegada reflexiva, a história é simples e deixa a ficção científica mais em segundo plano, como base para levantar questões como os limites e a curiosidade humana.
Os capítulos dos animais foram os mais legais, já a missão eu achei meio fraca e previsível.
O fim é bom, e a relação que fica entre humanos e outras especies é muito bem feita.
Amoriim 26/03/2021minha estante
me interessei




Patricia 27/02/2021

Atemporal
Eu não sabia o que esperar dessa leitura. Não conhecia a autora e simplesmente aceitei a indicação de alguém. Não sabia o que esperar. E foi maravilhoso. Senti como se tivesse lido um grande clássico, um livro atemporal, único e belo. Eu tenho um misto de fascinação e medo pelo oceano, e essa obra despertou várias sentimentos sobre isso. Li todo o livro ouvindo ruído branco, o que tornou a experiência mais sensorial pra mim. Senti medo, claustrofobia, solidão, mas principalmente encantamento. Achei pertinente demais fazer essa leitura em meio a pandemia.
Henrique Cavalcante 10/03/2021minha estante
Eu fiz exatamente a mesma coisa no que diz respeito à metodologia de leitura hahaha.
Obra maravilhosa, tive acesso graças ao clube de livro que participo da minha cidade.




spoiler visualizar
Garuda 07/07/2020minha estante
Achei o livro insuportavelmente forçado, estilo artificial e exagerado, nenhum cuidado com a fruição estética. E ainda metido a filosófico, mas pouco profundo.




Larissa2902 01/10/2023

Sobre AS ÁGUAS VIVAS NÃO SABEM DE SI
(Uma história de ficção científica escrita por Aline Valek. O livro conta a história de 5 profissionais selecionados para ficarem em uma estação submersa no fundo do oceano, testando novos trajes de mergulho. Com o tempo, a protagonista, Corine, vai descobrindo que entre eles existem alguns segredos, que de maneira interessante, vai mudar o rumo da história.)

Eu adoraria dizer que é um livro cativante, mas ele tem um ponto que para mim é muito negativo, que é o fato dele ser totalmente desinteressante até a metade do livro, eu tive que ir me arrastando até chegar em um lugar que prendesse minha atenção.

DO MEIO EM DIANTE AS COISAS FICAM INTERESSANTES, A HISTÓRIA TOMA UM RUMO DE REVELAÇÕES E POÉTICO. EU SEMPRE GOSTEI MUITO DE ESTAR EM BAIXO D'ÁGUA, ENTÃO ESTE LIVRO TRÁS UM POUCO DESSA SENSAÇÃO MÁGICA, ALGO QUE NÃO DEVE SER CATIVANTE PARA ALGUNS. lendo isso mesmo??

Mas me pequei muito confusa nesse livro, com a sensação de "por que estou lendo isso mesmo??"

Os personagens também não são bem desenvolvidos, não fiquei muito apegada com eles, por mim se todos morressem na trama, eu não me importaria.
veiraque 13/10/2023minha estante
Mdssss sim, tô terminando o livro é sua descrição bate muitooo c o q tô sentindo ao ler obra, feliz de não ser eu apenas, tô até assustada pq bate demais c o q escrevi a algumas horas sobre a obra




Julia Gusmao 01/10/2021

Eu estou apaixonada, emocionada e impactada demais por esse livro. Mds ele é perfeito. Traz uma historia ficcional central interessante e intensa (dá pra visualizar como um filme/série) entrecortada por momentos um pouco mais factuais/científicos mas cheios de poesia, reflexão e afetos. A gente se perde do ritmo intenso e corrido de leitura pra realmente apreciar e se deixar afetar por questões muito maiores do que um personagem, a gente se vê nos personagens e se conecta com o mundo inteiro. Nossa, incrível demais, to toda arrepiada. Chorei horrores lendo.
bi²blioteca 05/11/2021minha estante
?




Tiago sem H - @brigadaparalela 08/08/2017

Falar sobre nossas impressões de leitura é um "troço" muito complicado. E esse "troço" se torna ainda mais complicado quando o livro em questão é um livro nacional. Pior, um livro nacional e contemporâneo, tendo em vista que ainda há uma enorme lacuna na leitura de nacionais (quando eles não são obrigados pelos vestibulares), seja por preconceito, ou até mesmo pela pouca divulgação.

As Águas-Vivas Não Sabem de Si é o livro mais recente da autora mineira Aline Valek e seu primeiro romance. De cara, dois fatores fizeram com que eu me interessasse em ler a obra: a capa e o título. Então, fiz aquilo que mais adoro fazer, começar a ler um livro sem ter noção do que ele se tratava.

A obra irá narrar a história de cinco pesquisadores que estão nas profundezas do oceano realizando testes de uma nova roupa de mergulho. A personagem principal, Corina é uma mergulhadora profissional e junto com Arraia, são em grande parte o centro da narrativa. O que ambos e o resto da tripulação não sabem, é que indiretamente eles estão ali à procura de vida inteligente nas fossas abissais.

Os capítulos vão alternando entre os acontecimentos dentro da estação ao qual nossos personagens estão e capítulos narrados pelos seres aquáticos contando sua origem de vida e desenvolvimento. Mesmo que a ideia de criar seres mais inteligentes do que os seres humanos e isso ser bem palpável com nossa realidade (vai saber se realmente existem tais seres nas profundezas onde ninguém consegue chegar) tenha sido fantástica, foi exatamente por ela que a leitura começou a me perder aos poucos.

Por mais que eu entenda a razão da autora ter seguido esse caminho, é uma quebra da narrativa que me incomodou demais. A começar de que o livro é muito curto e os personagens não são bem aproveitados. Não consegui me apegar a nenhum deles, a nenhum dos seus dramas. Somado a isso, ainda vinham esses capítulos que poderiam dar lugar a um desenvolvimento melhor dos tripulantes. Esses capítulos narrados pelos animais marinhos, são muito líricos e mesmo que alguns relatem a história desses animais, outros o leitor precisa fazer um paralelo com o que está acontecendo dentro da estação para perceber a correlação que a autora quis passar.

O livro assume um ar de suspense e mistério que vai aumentando à medida que a história avança e esse tom se mistura com o desenvolvimento (mesmo que pouco) dos personagens.

Mesmo que a história se perca perante essas partes mais poéticas, a escrita da autora é muito fluída e os capítulos curtos também auxiliam a uma leitura muito rápida. Tiro o chapéu também para a pesquisa de campo que Valek se propôs a fazer para escrever sua história. Essa pesquisa de campo, somada a sua escrita, fazem com que seja uma leitura muito visual. O leitor consegue visualizar exatamente como funciona uma estação submarina, os trajes, etc.

Se a narrativa já estava me perdendo nesses capítulos narrados pelos animais, ele me perdeu mais ainda pela tomada de atitude de Corina. Como pesquisador, me senti super incomodado. Sei como financiamento para pesquisas é muito complicado no Brasil, ai vem ela, que é financiada e quase coloca em risco todo o investimento do projeto, que tem prazos para ser executado etc, e pior e mais importante, coloca a segurança dela e dos outros tripulantes em cheque por conta de um sonho. Sei que pode ter sido uma característica da personagem para dar rumo à história, mas foi o estopim para meu desapontamento.

Por fim, As Águas-Vivas Não Sabem de Si, não foi um livro que me identifiquei como gostaria, mas pode ter sido por conta da minha fase de leitura, da minha bagagem histórica, etc., mas admiro e muito todo o trabalho que a autora teve para a ambientação da história e sobretudo a originalidade da obra.

site: http://brigadaparalela.blogspot.com.br/
Aline 05/12/2017minha estante
Haha, tive praticamente as mesmas opiniões.




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