Aline Maia 14/01/2024
Como uma série de vampiro dos anos 2000
'A Cruz de Morrigan' foi a segunda leitura que fiz da Nora Roberts e mais uma vez tive uma experiência positiva. Não sabia que ela também escrevia fantasia então quando vi disponível no kindle unlimited aproveitei para ver como seria.
O livro começa com um idoso contando uma história antiga para algumas crianças em um dia chuvoso. Dá a entender que esse senhor é algum dos personagens centrais (ou talvez um descendente), mas não fica ainda claro quem ele é.
Resumidamente o que ele conta é que Hoyt, um feiticeiro, é convocado pela deusa Morrigan a juntar cinco pessoas para lutar contra a vampira Lilith: Cian, seu irmão e um vampiro; Glenna, uma bruxa; Moira, a futura rainha de um país antigo chamado Gaell; Larkan, primo de Moira e um metamorfo e Blair, uma caçadora. Mas o curioso é que Hoyt não imaginava que essas pessoas são de mundos e tempos diferentes.
Basicamente acompanhamos o encontro dessas pessoas e o desenvolvimento de uma relação entre si. Achei essa parte falha em alguns momentos, pois parece corrido e até vazio. Demorei para me importar com os personagens, então isso pode ter influenciado a minha visão, mas uma vez que isso foi resolvido, passei a achar legal acompanhar o grupo. Mesmo o livro sendo grande e a história ter uma urgência, me pareceu que a Nora Roberts não me convenceu muito com os sentimentos de sofrimento que cada um ali está enfrentando.
Quando comecei a ler e temos a cena de luta entre Hoyt, Cian e Lilith, me empolguei achando que seria uma fantasia medieval, porém, quando Hoyt aparece no futuro, odiei muito. A questão de começar a se adaptar ao tempo presente e depois um foco extremo no desenvolvimento de um romance nível almas gêmeas acabou me cansando. Queria luta de vampiro, e quando isso apareceu foi até ok. Como estamos lendo a história de um grupo destinado a salvar os mundos, não consegui ver algo épico e muito menos uma super vilã, mas não sei explicar o que me fez gostar tanto dessa história e até querer reler. Tem um quê nostalgico e lembra aquela vibe de séries da CW dos anos 2000.
No final do último capítulo, quando voltamos ao idoso com as crianças, eu tinha esquecido completamente que a história estava sendo contada por ele hahaha. Isso me fez ver que comecei o livro sem estar muito na vibe, então é bem capaz de que fui conquistada aos poucos por demorar a ler com mais foco.
Já sinto saudade dos personagens e preciso correr para a segunda parte.