Vitoria.Milliole 01/02/2024
Comecei a ler O Mito da Caverna esperando um livro inteiro destrinchando a alegoria da caverna, que coloca homens acorrentados atrás da luz de uma fogueira, virados para a parede, onde tudo o que sabem da realidade é através de sombras. De fato, nas primeiras páginas é isso o que o diálogo entre Sócrates e Gláucon propõe. No entanto, comecei sem saber que a obra é um fragmento de A República, livro que está na minha lista de leituras futuras, mas que não pretendia ler tão cedo, antes de ter algum repertório para melhor aproveitá-lo.
Assim, a avaliação que dou ao livro não é, de forma alguma, uma nota ao livro em si, mas ao que pude absorver dele. Em outro momento, quem sabe eu não retorne aqui com uma compreensão bem maior.
Apesar da minha leitura leiga, pude absorver algumas coisas e até marquei algumas citações. Trata-se de uma jornada sobre o conhecimento, sobre a busca por sair da ignorância através da filosofia e, sobretudo, sobre a importância dessa sabedoria para a política, devendo o governante ter conhecimento de mundo suficiente para que não governe por poder, mas por libertação.
"Mas certamente são os que não são amantes do governar que devem governar, pois, caso não o façam, os amantes do governar, que são rivais, por ele lutarão."