Voices from Chernobyl

Voices from Chernobyl Svetlana Aleksiévitch




Resenhas - Vozes de Chernobyl


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Iury40 26/05/2024

As vozes de muitos
A explosão de Chernobyl já era um acontecimento que me causava curiosidade. Há pouco tempo, assisti a série da HBO e muitos detalhes mostrados foram chocantes para mim, pela falta de conhecimento sobre eles. O livro de Svetlana Aleksiévicth traz um outro olhar sobre esse desastre. Um olhar inteiramente humano sobre como a explosão do reator perpetuou na vida das mais de duas milhões pessoas afetadas.

[...] "ele perguntou: 'Papai, o que aconteceu lá?' 'Uma guerra'. Não encontrei outra palavra"

Uma leitura triste e angustiante. Os relatos escritos ao mesmo tempo que são distintos, se misturam e revelam a dor e o sofrimento de um povo que viveu na pele a negligência das autoridades sobre o caos.

Recordar a história nos permite não repetí-la. "Vozes de Tchernóbil" é a recordação do que jamais poderá ser esquecido. Forte e comovente.
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Ana Seerig 19/05/2024

O vicioso ciclo de destruição do homem
Depois de duas semanas entre chuvas e suas consequências, percebi que precisava encontrar um livro que segurasse minha concentração em meio ao caos que se estabeleceu no Rio Grande do Sul. Olhei para a minha estante tentando descobrir quem seria capaz disso e só "Vozes do Tchernóbil" pareceu ser capaz disso, por mais absurdo que possa parecer. Concluí que era meu inconsciente querendo me lembrar de como o ser humano é egoísta e que essa não será a última vez em que muitas famílias ficarão desalojadas pelas consequências de ações humanas.

A leitura foi rápida e, de certa forma, me deu algum consolo - se bem que essa não é a palavra correta, mas me falta outra. Entre os depoentes de Tchernóbil há cientistas furiosos pela irresponsabilidade do governo, há quem questione o universo inteiro, há quem prefira viver em um lugar abandonado para se sentir em casa em vez de ser observado como um monstro radioativo na cidade grande. Tal como hoje acontece no RS, houve quem preferisse negar a realidade, quem preferisse divulgar boatos e quem escolhesse roubar casas abandonadas em meio a uma catástrofe.

Meu consolo está em acreditar que, no meio fesse ciclo vicioso de destruição e reconstrução, a capacidade de pensar e agir criticamente é o que faz diferença. Eu sei que essa constatação não faz brilhar os olhos, já que vivemos em uma sociedade dominada por notícias falsas, mas ao menos me dá esperança de que o pouquinho que fazemos por iniciativa própria já é significativo e, com sorte, pode influenciar positivamente alguém.

Ao longo da leitura marquei diferentes trechos de depoentes sobre o acidente nuclear de 1986 que talvez, no futuro, sejam ditos por quem presenciou as enchentes no RS. Como falta espaço para tudo, fui obrigada a escolher apenas uma:

"Por um lado, a nossa civilização é antibiológica, o homem é o maior inimigo da natureza, e por outro, é um criador. Transforma o mundo. Cria, por exemplo, a torre Eiffel e as naves espaciais. Só que o progresso exige vítimas, e quanto mais longe for, mais vítimas serão." (p. 198)
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JAlia 18/05/2024

Foi um livro bem interessante. Sempre tive curiosidade em saber mais sobre o acidente e os relatos dos sobreviventes. De todos, o que mais me marcou foi o primeiro, da esposa de um dos primeiros bombeiros a chegar no local do acidente. Foi o relato que me deixou mais sentida, apesar dos outros serem fortes também.
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Lessandra2 17/05/2024

Uma descoberta intrigante
Esse livro faz parte de uma série de compilados da escritora sobre a história oral da União Soviética, ele inclui a voz das vítimas de um dos maiores acontecimentos da história em uma narrativa única.
Vozes de tchernóbil foi uma leitura muito impressionante. Adorei como a autora organiza as histórias, adotando uma abordagem documental de maneira profunda e comovente para o desastre. A obra é organizada em monólogos e diálogos que abrangem toda a experiência do acidente: o antes, o durante e o depois. Ela de fato conseguiu abordar múltiplas vozes. O livro denúncia a negligência humana, a falta de transparência e a incompetência governamental, além de como tudo isso iria implicar no cenário mundial de uma União Soviética decadente, os últimos anos da Guerra Fria.
É uma narrativa enriquecedora que vale a pena a leitura.
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Dry 02/05/2024

"Por acaso há algo mais pavoroso que o homem?"
Não sei nem por onde começar essa resenha, pois tamanha leitura foi. Ouvimos falar por auto na escola sobre Chernobyl, sobre radiação e o quanto isso torna a sua volta tudo inabitável, mas nada conhecemos realmente da verdadeira história pela qual passaram os envolvidos: (Aldeias, animais, trabalhadores) e os impactos sofridos na vida de todos os seres, digo "seres", pois podemos dizer que dos seres humanos aos animais, ninguém saiu sem impactos nessa história.
Chernobyl foi e é história, para todo resto da humanidade, em tantos sentidos, desde a confiança cega dos moradores pelas autoridades, como pela inocência de se morar tão próximo de um reator e não ter a mínima noção do que o mesmo significa. Chernobyl foi um povo enganado, manipulado e deixado pra sofrer as consequências da própria falta de responsabilidade de quem podia fazer algo a respeito, foi um crime público!
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ariane. 29/04/2024

Triste
Relatos tristes e emocionantes de pessoas que sofreram demais. O livro é bom, tem uma proposta muito legal, porem acho que em certos momentos divaga demais, o que me fez quase abandonar, porem a historia da gravida mulher do bombeiro ja valeu por todo o livro. Recomendo!!
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Cimini 26/04/2024

Apesar de tudo, cansativo
O livro começa com um relato dolorido e impactante que me deixou de queixo caído. Porém, o decorrer das páginas se mostrou cansativo e com monólogos que, apesar de importantes, me pareceram monótonos e não me instigaram. Vez outra um depoimento me chamava mais a atenção, mas a leitura foi arrastada até o final ? que, então, foi interessante.
Apesar de eu ter achado uma leitura exaustiva, é preciso apontar a delicadeza com a qual a autora traz os depoimentos, e a importância de escutar as vítimas e testemunhas do desastre de Chernobyl. Dói pensar na negligência que essas pessoas sofreram, e esperamos por um futuro melhor
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Sally23 25/04/2024

Livro difícil

Concluir a leitura desse livro não foi fácil. Sim, é um livro cansativo e não estou falando da linguagem, pois é acessível. É um livro com relatos reais de pessoas que viveram esse desastre nuclear. São relatos pesados, comoventes, dolorosos...
Talvez a palavra que define melhor o sentimento que esse livro me causou seja angustiante.

O primeiro relato é desnorteante. Um soco na boca do estômago.
O relato sobre o destino dos animais também é desolador.
É o tipo de livro que não dá pra ler de uma vez. Eu não consegui. Precisei fazer pausas para me distrair.

Os relatos também não são iguais.
Alguns são grandes e outros são pequenos.
Alguns são íntimos e detalhados, como se as pessoas quisessem que o mundo soubesse o que passaram. Outros são superficiais e contidos, como se as pessoas não quisessem ou não se sentissem a vontade para falar.
Alguns possuem uma linha/continuidade de pensamento, outros são desconexos, como divagações...
A impressão que deu é que a autora deixou as pessoas livres para falarem o que quisessem, e portanto, nem todas as histórias contém descrição do estado da pele, roupas, alimentos, etc, pós contato com a radiação, o que por alguma razão pode deixar algumas pessoas desinteressadas (?)
(O que quis dizer é que sim, alguns relatos podem não prender tanto a atenção, mas algumas pessoas podem perder o interesse no livro por não ter detalhamento do estado das pessoas ou objetos).

É o tipo de livro que você lê apenas uma vez e essa única vez é o suficiente.
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tangerina4 24/04/2024

É um livro super denso; que não dá pra ler todo de uma vez, por causa de todo o significado que ele tem
Os relatos das pessoas que vivenciaram tudo o que aconteceu, passam a exata sensação que essas pessoas sentiram no momento: desespero
É um livro muito bom, falando da triste realidade que muitos passaram, mas é um livro bastante arrastado também
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Leitor Subversivo 24/04/2024

Realmente eu não sabia nada da autora antes de começar esse livro e não tinha ideia que ia gostar tanto, quero ler mais livros dela, se pudesse leria todos
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Pdrmcd 05/04/2024

Nós morremos e nós tornamos ciência
Há muito tempo queria ler esse livro. Durante a faculdade muito foi comentado sobre a forma com a qual Svetlana conta a história de Tchernóbil, mas não aquela que conhecemos dos livros de história e documentários de Hollywood. Essa é a verdadeira história de quem estava lá, de quem viveu lá e das pessoas que de lá não quiseram abandonar.

É extremamente difícil imaignar como deve ter sido para essas pessoas a tragédia. Realmente, é algo que não importam o quanto escrevam, ainda não seria capaz de conjecturar toda a imensidão do que foi aquele 26 de abril.

Não é à toa que o livro ganhou o Prêmio Nobel de Literatura. Para quem é apaixonado por acontecimentos históricos, esse livro é sensacional. Acredito que a leitura deva ser recomenda para além de saber sobre Tchernóbil, mas para compreender até onde a gância humana vai. O lado bom é que o livro traz histórias que mostram como combater isso: através do amor.
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Surrender_Nih 31/03/2024

É um livro difícil e profundo
Com certeza não é o tipo de livro para se manter uma leitura frequente. Será necessário soltar ele um pouco, respirar fundo e refletir isoladamente, principalmente por ser muita informação e ser revoltante em certas partes.

Mesmo após a leitura, não sei bem o que pensar sobre a administração do destrate. Nunca havia ocorrido algo daquela dimensão, havia o contexto da guerra fria e uma população praticamente agrária na Bielorrússia. É difícil você ajudar as pessoas quando elas não estão entendendo o que está acontecendo. Eles estavam preparados para uma guerra, mas aquilo era completamente diferente.

Esse livro também pôde mostrar o poder do partido comunista na vida dos indivíduos naquela época, como muitos morreriam pelo seu partido. O patriotismo é uma coisa tão estranha e magnífica de se ver, o poder que uma ideia e um padrão de vida tem sobre o ser humano.

São tantas coisas passíveis de fala sobre esse livro e eu não serei capaz de fazer jus a ele nessa simples resenha. É uma leitura que vale muito a pena, vai te impactar e emocionar, assim como gerar questionamentos e reflexões.

. Quotes:

"Nós somos fatalistas. Não tomamos nenhuma iniciativa, porque acreditamos que tudo será como tiver de ser. Cremos no destino. A nossa história é a seguinte: cada geração viveu a sua guerra. Houve muito sangue derramado. Como podemos ser de outro modo? Somos fatalistas."

"Somos metafísicos. Não vivemos na terra, mas nas nossas quimeras, nas nossas conversar. Nas palavras. Devemos somar algo à vida cotidiana para compreendê-la, mesmo quando estamos à beira da morte."

"A memória nos inspira. Nós sempre vivemos no terror, somos capazes de viver no terror; é o nosso habitat.
E nisso, o nosso povo não tem rivais..."
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Guigspinho 28/03/2024

Bom, mas cansativo
Poxa eu queria tanto ter gostado mais desse livro, o começo dele com a história da Lyudmila (esposa de um dos bombeiros que morreu por causa da radiação) é absurdo, tocante, doloroso, cru. E logo depois vem os relatos/monólogos das testemunhas, sobre as mais variadas coisas (claro, desde que tenham relação com o desastre), que variam entre textos longos e curtos, lineares e não lineares, e por ai vai, dando a sensação que as pessoas tinham total liberdade sobre o rumo que iriam seguir na entrevista. E nesse ponto o livro me perdeu um pouco, foram poucos os monólogos que realmente me instigaram.
Por mais nobre que seja a ideia de apenas ouvir o que o outro tem a falar sobre sua história, sem influenciar o rumo da conversa com perguntas ou comentários, não é fácil transpor esses relatos pra um livro de forma que ele consiga manter o interesse do leitor durante quase 400 páginas. Então, a disposição que os monólogos foram colocados não foi das mais favoráveis pra mim (algo mt de gosto), deixando alguns momentos bem confusos quanto a quem ta falando, se a história acabou ou vai continuar e afins, o que acabou sendo um motivo pra não me manter engajado.
Outro ponto que acho que seria legal é o uso de imagens, não me incomoda e nem é algo essencial, mas por se tratar de um livro quase que ""documental"", seria enriquecedor ter fotos no livro.

Dito isso, independente dos pontos que falei, é um livro com uma ideia muito linda e que merece a sua atenção, me deixando com curiosidade de conhecer outros trabalhos da autora. Por último, dos muitos trechos que me chamaram atenção, queria deixar um deles marcado aqui:
"Li há pouco uma reflexão do meu filósofo preferido, Konstantin Leóntiev, onde ele diz que as consequências da perversão físico-química algum dia exigirão que uma inteligência cósmica intervenha nos nossos assuntos terrestres"
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Jefe 26/03/2024

Se você espera uma história apenas sobre o acidente então não é este livro.
Este livro é formado a partir de relatos de pessoas que moraram lá, que trabalhavam no local, de militares de familiares de bombeiros, principalmente suas mulheres. São relatos fortes e pesados. E como em toda tragédia quando você começa a perceber que são pessoas ao invés de números de mortos, essa tragédia passa a aumentar de tamanho.
É muito triste o que aconteceu com estas pessoas. A política era e ainda é muito forte na Rússia e cada relato vai te abalando aos poucos.
Livro me surpreendeu bastante.
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