Bial Ribeiro 05/12/2022
Clube de leitura - 4 bimestre
Quando encontrei esse livro no fundo de uma caixa aleatória da minha casa, achei a capa deveras estranha e pensei ser sobre alguma expectativa que as pessoas tinham sobre o futuro, só isso, mas ao ler, me surpreendi com a história. Claro que, como um livro mais destinado ao público infanto-juvenil, a linguagem e história são mais leves, mas acredito que foi isso que me permitiu continuar lendo até terminá-lo - não tenho o costume de ler e perco o foco MUITO rápido, me sinto exausto lendo livros por muito tempo. Às vezes a história pode começar a ficar um pouco confusa, mas há um humor e rítmo não exagerados, mas sim ideais, assim a história realmente se desenvolve enquanto você acompanha tudo.
Bom, a história se passa, inicialmente, no ano 3000, contando as aventuras de um grupo de quatro amigos (Acho incrível como sempre são quatro amigos que se reúnem para fazer as coisas, vejo isso até no próprio IF), são eles Delon, Thera, B-Hor e Plick, todos moram em Júpter (Uma escolha deveras interessante de planeta, acredito que os humanos nunca vão habitá-lo mesmo, não...), onde tudo é extremamente tecnológico, a típica visão de futuro que toda geração tem, com invenções e inovações surpreendentes e coisas estranhas. Lá também, muitos alunos da GLS (Grande laboratório de Sapiência, um nome estranho mas que faz sentido!) tem poderes específicos, sim, é descrito muito bem como é todo o enredo, todos os poderes são bem detalhados, para aflorar a imaginação do leitor, acredito eu.
Um dos amigos, o Delon, acaba entrando numa máquina do tempo e é enviado para o século 20, em 1987 na praia de Copacabana para ser mais exato e, levando em conta que a edição que tenho é de 1993, para as pessoas da época isso realmente era como se os personagens fossem de um futuro muito distante para os tempos deles! E mesmo com a diferença entre esse "antigamente" e o atual 2022, ainda deu para aproveitar a ideia de "voltarem para o tempo do leitor" um pouco. Já os outros, esses foram um pouco mais longe, século 18, ano 1720 se não me engano, no Rio de Janeiro
Por fim, gostei muito da leitura e queria dizer como o livro também traz consigo uma crítica sobre os tempos "atuais" quando fala sobre o futuro (ano 3000), gostei de como ele retratava as pessoas desse ano como chatas, antissociais, duras, cheias de regras e tudo mais, me faz pensar se realmente estamos seguindo esse caminho...