Radical

Radical Maajid Nawaz




Resenhas - Radical


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DaniM 02/03/2023

Nawaz hoje é um ativista liberal, antivacina, propagador compulsivo de fake news e passador de pano para Trump. Essa é sua versão DESPERTA.
Antes disso, era um radical islâmico do grupo Hizb ut-Tahri, que atuou por décadas como propagador dos ideais e também um recrutador extremamente eficaz para o grupo.
Eu não sabia nada sobre a vida atual de Nawaz, mas à medida que lia – o livro é de uma leitura muito envolvente – luzes vermelhas se acendiam em mim. Mas não pensem que a leitura é ruim, na verdade é muito boa, pois desvenda o modus operandi daqueles que se valem das garantias legais/constitucionais para executar planos de acabar com as mesmas.
É muito interessante, pois leva àquela velha reflexão de ‘até que ponto devemos tolerar os intolerantes?’.
A despeito do autor – é uma autobiografia – pra lá de polêmico, é uma leitura muito educativa e nos leva a reflexões muito importantes. Sem conclusões óbvias, e, muitas vezes, sem nem mesmo quaisquer conclusões, como as boas reflexões devem ser.

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Jenny Vokalnii 12/10/2021

Sem palavras
Essa história me tocou do começo ao fim. Não li muitas biografias na minha vida, mas depois dessa estou animada para ler mais. O que leva alguém a aderir a uma política extremista e como ela a encara, achando que aquilo é o certo, como situações de racismo e outros preconceitos podem nos afetar, como somos moldados com base no que vivemos, e a influência não é a única coisa que nos leva a ser quem somos, como afirmam alguns "tradicionais"...
E mais difícil de entrar é sair de algo que se tornou parte de você. Eu era bem pequena na época que ocorreu a Primavera Árabe, lembro de poucas notícias que passavam na televisão, mas através desse livro pude entender um pouco mais, e o papel de alguém que era um extremista para um dos principais porta-vozes contra as ditaduras no oriente médio. Realmente não tô conseguindo expressar o quanto aprendi lendo isso, mas se querem uma dica, leiam, não vão se arrepender.
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Joy - @criativoocio 27/04/2020

Um relato impressionante de como é feito o recrutamento de jovens para fazer parte de grupos radicais que se utilizam da religião para promover ódio. A história de Maajid é impressionante, com seu relato ele mostra onde uma vida de preconceitos pode levar alguém a se submeter a tais barbaridades que alguns grupos radicais promovem ao redor do mundo. Como a religião e a fé são usadas de forma distorcida, juntando questões sociais e políticas resultando em um cenário de fanatismo e guerra interminável. Além de explicar como funciona todo o processo, ele conta como isso mudou sua vida. Esse é o verdadeiro relato de uma pessoa que foi as profundezas para encontrar no caminha de volta um equilíbrio.
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thaisinha 19/03/2020

O livro é muito bom! Aborda como foi a jornada do autor desde quando se tornou um fundamentalista islâmico até o abandono da versão radical do Islã. Tem bastante acontecimento histórico e confesso que fiquei um pouco perdida em alguns momentos, mas no geral o livro é excelente e vale a pena a leitura.
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Nilson 16/11/2018

Impactante
A leitura deste livro levou luz a um mundo que desconhecia. Impactante a narrativa de torturas e impressionante como uma lavagem cerebral pode transformar um oprimido em um possível homem bomba. E como o tempo na prisão ajudou a entender o quanto estava errado. Inteligente e culto teve tempo suficiente para leituras e reflexão que posteriormente o tornaram conhecido no mundo por sua luta contra o extremismo. Mundo cruel que está longe de nossos olhos, mas do qual não estamos livres.
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Raffafust 15/03/2016

Sempre me interesso por livros com temas que envolvem o radicalismo de certas religiões e não é de hoje que temos resenhas no blog falando sobre o mundo muçulmano e suas várias interpretações, obviamente as mais radicais são as que a população teme, já que no entendimento deles por amor a Alá tudo é válido.
Em Radical - Uma Jornada para fora do Extremismo Islâmico, lançado recentemente pela Editora Leya, Maajid conta sua história, nascido na Inglaterra em uma família metade inglesa e metade paquistanesa ele informa que sempre sentiu na pele o preconceito por ter uma religião e ser de uma cor diferente da maioria de seus amigos da escola. Vendo seus relatos, iniciamos aí uma busca no porque que alguém fica com tanta raiva de quem não concorda com o que pensamos, a diferença entre criticar uma religião no refeitório da escola e mais tarde um adulto se defender matando quem discorda do que pensa, são uma linha tênue, explicadas pelo próprio autor,é como se cada um reagisse de forma distinta a seus traumas. Isso pode ser facilmente comparado com o menino da comunidade que estuda e consegue um lugar ao sol com muito esforço e leva sua vida honesta mesmo não tendo tido a mesma facilidade de seus amigos de faculdade do asfalto, ao seu vizinho na mesma condição que revoltado pela falta de dinheiro opta pelo caminho " fácil" de ir para o lado dos traficantes.
Maajid se junta quando adolescente ao grupo islâmico e faz disso um objetivo de vida, mentindo aos pais que nem sabiam de sua decisão, aliás, ele mesmo nunca foi obrigado a frequentar mesquistas, com um pai que vivia viajando, a cultura da mãe menos rígida era o que imperava no lar dele. Mas do preconceito sua mãe não conseguiu lhe defender, e da ignorância muito menos, quando por exemplo ele relata a nós que uma professora da ecsola riu que ele não poderia comer carne de porco e o obrigou na frente de dezenas de crianças.
Parece surreal nos dias de hoje, e o é, mas para a professora foi algo comum e frescura do menino, em nenhum momento ela tentou entender com os pais o porque da negação do garoto.
O autor viajou pelo mundo, e acabou sendo preso no Egito onde repensou sua vida e mesmo ainda sendo muçulmano se afastou dos radicais , esses aliás, assim como ele fazia, patinam no terreno fértil que é conseguir atrair novos membros mostrando que eles tem que se unir contra o povo que os faz sentir na pele o racismo, quantos não passam por péssimas experiências na escola por serem " diferentes" e com isso a raiva que os alimenta faz com que sejam facilmente convocados para o extremismo islâmico. O autor sofreu muitos episódios de racismo em sua Southend e cresceu no meio do multiculturalismo , onde assim que se descobriu forte em poder lutar ao lado de seus " irmãos" o fez juntando-se ao Hits-ut-Tahrir, esse grupo radical o mandou para Lahore para recrutar oficiais do exército no Paquistão para a causa extremista.
Ataques à símbolos muçulmanos como ocorreu na Índia também serviram de combustível para sua dor em vingar seus iguais. Seus superiores então resolveram enviar Maajid para o Egito onde enfim foi preso e torturado e ao invés de se rebelar ainda mais teve tempo de pensar no que estava defendendo, em um caminho bem diferente da maioria ods presos, escolheu focar em estudar a história da religião e também leu muitos livros da literatura inglesa. Foi assim que entendeu que caminhava para o lado negro da força, e optou por voltar atrás.
Foi com a ajuda da Anistia Internacional que ele ele saiu da prisão - ele já havia perdido amigos e sua esposa por causa de suas decisões - e filiou-se ao Quilliam Foundation em Londres que defende a liberdade religiosa. Obviamente foi ameaçado por seus ex colegas e muito criticado pela mídia, mas o ex Ministro Tony Blair viu nele uma esperança e uma história s ser seguida por muitos jovens que são usados pelos radicais, sua frase a respeito da história do ex radical está na capa do livro original.

É um livro que vale a pena ser lido , e não, não é distante do que vivemos no Brasil, onde jovens são recrutados para o crime, mas nem sempre pelos mesmo motivos.

site: http://www.meninaquecompravalivros.com.br/2016/03/resenha-editoraleya-radical-uma-jornada.html
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