Murphy'sLibrary 04/07/2011
Classificado como 3 estrelas e meia em Murphy's Library
Colt e Julia se conhecem um dia, na ponte perto da casa de Colt. Ela é a garota rica da escola, ele é só um adolescente comum que ela normalmente ignora na escola. Mas por alguma razão, ela vê algo diferente nele naquela noite. Os dois conversam—e se divertem juntos, e logo eles não conseguem parar de se ver. Mas Julia tem um namorado—um garoto rico, como ela, alguém que sua família conhece e gosta—, e Colt concorda que os dois devem curtir, ele está perfeitamente de acordo com aquilo. Ele sabe que não há espaço pra ele na família dela, e ele não consegue realmente ver Julia em sua família também, então eles vão levando o acordo numa boa. Ninguém sabe, nem mesmo seus melhores amigos, e assim é por um ano inteiro.
E então Julia morre num acidente de carro, ela está com sua melhor amiga, indo pra casa depois de uma festa. Colt escuta a notícia e fica chocado. Ela não vai mais encontrá-lo na ponte todas as sextas-feiras. Eles não vão mais falar sobre nada e sobre tudo. Ela não vai mais fingir que o ignora na escola. Tudo o que ele tem é esse buraco vazio em seu peito... E ele não pode conversar com ninguém a respeito disso.
Até que um dia, na escola, o irmão de Julia, Michael, vem falar com ele. A princípio, ele não tem muita certeza do que Michael quer, mas logo o garoto começa a falar: ele encontrou um diário nas coisas de Julia, um diário com cartas que ela escreveu para Colt. Ele começa a reviver o relacionamento com Julia através das cartas—e descobre o que ela pensava a respeito dos dois, e do que eles estavam passando. Será que Colt conseguiria algum dia superá-la?
Eu li The Secret Year em umas duas horas, e terminei com um sorriso nos lábios. No começo eu achei que não ia gostar, porque esse é o tipo de história que sempre tem uma moral no final—aquele clichê de nós vamos ficar bem, vamos superar e seguir em frente, Colt provavelmente conheceria outra garota e se apaixonaria por ela e seria feliz. Eu meio que evito ler esse tipo de história, porque eu amei alguém que morreu de uma forma estúpida como essa, ele estava começando sua vida e tudo lhe foi tomado. Já faz quase 6 anos, e ainda dói—e, pra ser sincera, eu acho que vai doer pra sempre. Alguns dias dói mais, outros menos, e é assim que é: a vida continua.
Eu não acho que Colt jamais superaria Julia. O que eles tiveram era só deles, o relacionamento era algo que eles mantiveram só pra eles, e eles estavam bem com isso—ao menos na maior parte do tempo. Mas eles não tiveram a chance de seguir adiante, e ela sempre seria especial pra ele, de certa forma. É claro, eu acho que ele se apaixonaria por outra garota, e tentaria ser feliz, mas ninguém pode substituir Julia em seu coração, por causa dos "e se".