Dom Pedro II e a Princesa Isabel

Dom Pedro II e a Princesa Isabel Paulo Roberto Viola




Resenhas - Dom Pedro II e a Princesa Isabel


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Volnei 18/09/2016

Dom Pedro II e a Princesa Isabel
Este é ima obra que com certeza nos trará grandes esclarecimentos com relação a família real brasileira, mostrando o outro lado da vida não só de Dom Pedro II mas também de todos os envolvidos com a libertação dos escravos e com a proclamação da Republica
Nesta primeira parte da obra o autor conta um pouco sobre a missão que caberá ao nosso monarca e que esta se dará nos últimos anos de seu reinado e que lhe trarão muitos inimigos O autor nos fala um pouco sobre Dom João VI e seus conflitos, alem de mostrar também os problemas enfrentado por Dom Pedro I com relação a sua saúde, bem como sua índole para com as mulheres.
Em uma segunda fase desta obra são abordados alguns acontecimentos históricos bem conhecidos da biografia de nosso personagem, como foi o caso daquele que ficou conhecido como o golpe da maioridade. A personalidade de Dom Pedro II é muito focada no sentido de mostrar sua grandeza do ponto de vista ético e moral. O autor mostra também a submissão do monarca ao se decepcionar, em um primeiro momento, com a aparência daquela que seria por longas décadas sua companheira, dona Tereza Cristina. A guerra do Paraguai foi para nosso monarca a mais dura decisão de seu reinado , para não dizer de sua vida. Em muito momentos Dom Pedro II se recolhia em seus pensamento e com a mente voltada ao alto pedia socorro ao altíssimo para que o inspirasse em suas decisões. Apesar de ter recebido uma educação rigorosamente católica, seus atos deixam bem claro que ele não se ligava muito com os clérigos da igreja, mas em momento algum deixou de lado a fé. Sempre voltado aos estudos aprendeu as mais variadas linguás, inclusive o hebraico, chegando até mesmo a traduzir um salmo a partir do hebraico. Esta sua postura lhe garantiu o respeito por parte da comunidade judaica. Apesar de sua vida ser repleta de boatos, estes nunca foram formalmente confirmados, nem mesmo o que se refere ao seu romance com a Condessa de Barral. O que parece é que havia entre ambos uma grande amizade e nada além disso.
"Durante todo período regencial surgiram muitos boatos tentando denegrir a imagem do imperador que em nenhum momento se incomodou com isso. Os boatos nunca foram confirmados. Com tudo a popularidade do imperador sempre esteve em alta, principalmente entre as camadas mais humildes da população,sempre bem assistida não só pelo monarca como também pelos demais membros da família imperial . Durante 70 anos de sua existência Dom Pedro II recusou o titulo de “soberano” por entender que soberano é o povo. Ele não deixava que seu titulo o iludisse. Costumava dizer que era Imperador somente enquanto estava no Brasil, estando fora era somente Pedro de Alcântara. A família tinha o habito de fazer consideráveis doações a pessoas carentes com uma verba que ficou conhecida como “ bolsinho do imperador” . Esta era um verba já destinada a caridade.A princesa Isabel, assim como seu pai sofreu muitas criticas por conta de ser extremamente religiosa mas os mesmos que a criticavam não tinham se quer ideia de sua missão perante a nação. Nesta mesma época o espiritismo surgia na França com a publicação de “ O livro dos Espíritos”. Ao chegar no Brasil a obra bem como seus principio encantaram muito tanto o imperador como sua filha mas estes não poderiam ter outra fé que não fosse a católica por uma questão constitucional. A doutrina espírita ganhou força no Brasil por meio da homeopatia que também forneceu as bases para os passes magnéticos, hoje aplicados na maioria dos centros espíritas do território nacional
Segundo Dr. Bezerra de Meneses a escravidão foi uma Lepra Social que por muitos séculos assolou o Brasil, impedindo a pratica humanitária que já era pregada em 1789 pela revolução Francesa . Este foi um mal que acompanhou a humanidade por alguns milênios sem que se possa conhecer com precisão seu inicio. As mas distantes em toda história já dispunham de uma legislação própria . Entre nós seu inicio se deu em meados do século XVI com a implementação do cultivo da cana de açúcar. O escravo que vinha para os canaviais era tratado como um verdadeiro animal , tanto que sua alimentação era a base de farinha e angu, atirados ao chão de qualquer jeito. Aqui seus direitos se baseavam em estar vivo pois nem mesmo sua crença era respeitada. Ele era obrigado a abraçar a fé católica sendo batizado ainda nos portos africanos ou nos navios que os traziam. Recebiam nomes cristãos e eram obrigados a esquecer os seus verdadeiros nomes. Mesmo obrigados a praticar o catolicismo, em seu intimo mantinham suas crenças e faziam assim suas adaptações de forma que pudessem assim manter mesmo que somente em parte sua fé. Muitos que pra cá eram trazidos não aguentavam a saudade e morriam de um mal que ficou conhecido como Banzo. Os navios que os traziam eram tão lotados que chegava a ser desumano. Alem da superlotação este eram extremamente fétidos. O mau cheiro era tamanho que eram facilmente identificados nos portos. A denominação que se dava a estas embarcações era justamente de Tumbeiros por serem verdadeiras tumbas, já que muitos não suportavam a viagem e morriam pelo caminho sendo seus corpos atirados ao mar. A legislação brasileira dizia que não se devia maltratar os escravos mas nada era feito efetivamente para se evitar os maus tratos, fazendo assim um verdadeiro holocausto com o negro que para cá era trazido
No decorrer de seu reinado nosso monarca buscou muitas maneiras para acabar com a escravidão no Brasil, já que eramos o único país onde isso ainda era tolerado em pleno século XIX. Para auxilia-lo neste árduo trabalho Dom Pedro II contaria com a ajuda de sua filha, princesa Isabel, bem como outras figuras de nossa história como Joaquim Nabuco. Até mesmo o Papa Leão XIII havia se manifestado a respeito da abolição da escravidão no Brasil e enviou uma carta a Dom Pedro II , por intermédio de Joaquim Nabuco, para que se acabasse com tal atrocidade no Brasil. Por questões de saúde o imperador estava sempre viajando para tratamento, deixando a princesa Isabel como Regente. Foi em uma dessas viagens do imperador que a princesa assinou em 13 de maio de 1888 a Lei Áurea , dando liberdade aos escravos . Esta obra traz muito mais detalhes que valem a pena ser lidos, principalmente na questão espiritual. Não tenho a intenção de contar o livro todo por isso não vou colocar aqui as atrocidades dos primeiros republicanos


site: http://toninhofotografopedagogo.blogspot.com.br/
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Denise Coelho 17/02/2010

Obra muito interessante que aborda fatos que desconhecemos e que não aprendemos na escola.
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