Núbia Esther 23/04/2011*Atenção, esta resenha pode conter spoilers referentes as primeiro livro da série (Fazendo Meu Filme 1), leia por sua própria conta e risco.
“[...]Desde a noite anterior, no avião, eu não tinha mais chorado, mas foi só ouvir o “alô” da minha mãe que tudo foi (literalmente) por água abaixo. Eu nem conseguia responder. No lugar, só saíram lágrimas e mais lágrimas.”
Em Fazendo Meu Filme 1 nos despedimos de Fani no aeroporto com direito à revelações, muita choradeira e beijo de cinema. Fani agora será a única responsável por escrever a sua história do outro lado do Atlântico, na terra da rainha, longe de casa, dos amigos, do seu primeiro amor por um ano… Se há algo que odeio mais do que despedida é saudade, vontade de estar perto de quem se gosta e estar separada delas por vários quilômetros. Quando fui morar sozinha em outra cidade teve choradeira e depois que eu já estava em Brasília teve muita saudade e choros no telefone, então comecei a ler FMF2 já entendendo perfeitamente qual o sentimento que a Fani estava sentindo e com um aperto na garganta por ela. Ainda mais porque a garota tem um agravante, quando finalmente descobre o amor o destino coloca meio mundo entre eles. Como lidar com a saudade? Como vencer a tristeza dos primeiros dias na Inglaterra e aproveitar a oportunidade única que ela está tendo? Fani só vê uma solução, seguir a risca o “longe dos olhos, longe do coração”, a garota evita o Leo, não lê seus e-mails, impede-se de pensar nele e com isso vai levando a tristeza, mas e o Leo no Brasil? O garoto está se sentindo rejeitado e com razão, nem uma resposta? Assim Dona Estefânia não há amor que aguente!
Só tenho uma coisa a declarar sobre FMF2, o livro é uma montanha-russa de emoções. E o e-mail da mãe da Fani para ela deixa isso bastante claro:
“A cada vez que conversamos você está de um jeito. Ora muito feliz, ora muito empolgada, ora muito chateada, ora muito triste… “morno” é uma palavra que não podemos aplicar a esse seu ano no exterior. Todos os seus momentos transbordam intensidade.”
Começamos acompanhando a adaptação de Fani, sua tristeza em deixar sua vida para trás e a coragem para encarar de frente uma nova etapa. Seus primeiros momentos com sua família inglesa, que, diga-se de passagem, é um amor, principalmente o Tom. A saudade tão forte e um amor tão recente que fazem a garota pensar em desistir do intercâmbio e voltar para o Brasil. Nessa parte o sentimento que nos acompanha é a tristeza, ficamos tristes pela Fani e na torcida para que essa fase passe logo. Mas a garota decide ficar e conforme passa o tempo, viver na Inglaterra não significa mais só tristeza, mas sim uma nova escola e uma nova amiga, a também brasileira Ana Elisa, e até mesmo um novo amor (será), o também brasileiro Christian. O garoto gosta da sétima arte tanto quanto Fani, faz faculdade de cinema e tem um jeitinho todo especial, é difícil não se pegar torcendo em alguns momentos para que os dois fiquem juntos, ainda mais com tantos problemas que ela enfrenta com o Leo. Fani começa a escrever seu roteiro inglês, mas não deixa de lado o seu roteiro verde e amarelo e essa são as partes em que me diverti muito, os e-mails e conversas no MSN com a Gabi, a Nat e a Priscila em alguns momentos são hilárias e nos mantêm informados, assim como a protagonista, dos últimos acontecimentos em solo brasileiro. O fato de Fani estar longe não foi esculpa para a Paula abandonar os personagens apresentados no primeiro livro, eles continuam aprontando das suas, com seus conselhos e com os papos esclarecedores (né Priscila?). Além é claro, de deixar claro o quanto o contato com os amigos é essencial e nos faz sentir que ainda fazemos parte de suas vidas ainda que estejamos longe. Não falo mais dos roteiros de Fani, nem do inglês e nem do brasileiro, para deixar o clima de mistério no ar, caso queira saber você terá que ler o livro.
Fazendo Meu Filme 2 sem dúvida nenhuma marca o amadurecimento de Fani, da garota tímida à que não se deixa intimidar por uma platéia, de dependente da mãe à independência de responder por seus próprios atos, saber escolher o que quer e correr atrás…
“aprendi a entender melhor os meus sentimentos e agora eu sei que o medo nunca deve nos impedir de tentar o que quer que seja.”
FMF1 termina com uma despedida, FMF2 também, agora é a hora de Fani continuar a escrever seu roteiro brasileiro e não vejo a hora de poder lê-lo. Ah, e antes que a Jéssica me faça essa pergunta, sou Time Leo, ainda que eu tenha sido Time Christian em alguns momentos, no fim o mineirinho me conquistou.
[Blablabla Aleatório]-http://feanari.wordpress.com/2010/12/03/fazendo-meu-filme-2-fani-na-terra-da-rainha-paula-pimenta-e-tarde-de-autografos/#more-1403
[Meia Palavra]-http://blog.meiapalavra.com.br/2011/01/18/fazendo-meu-filme-2-fani-na-terra-da-rainha-paula-pimenta/