O Bem Viver

O Bem Viver Alberto Acosta




Resenhas - O bem viver


32 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3


Rafaela2190 06/03/2024

Toda minha pesquisa científica e embasamento profissional tem raízes nesse livro e nos ensinamentos desse autor. Que a vida seja vivida por todos, em suas liberdades e protegidos pelos seus direitos, uma coexistência.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Gabriel.Diniz 10/01/2024

Manifesto político de Abya Yala.
Esse livro foi, para mim, o impacto sísmico e cósmico que abalou minhas compreensões políticas. havia anos que buscava achar palavras e conceitos que propusessem uma produção de ciência política e econômica INTEGRALMENTE decolonial para o século XXI (vale mencionar aqui Mariátegui que me trazia conforto desde 2019 nesse quesito).

Trabalhando com a filosofia quechua do Sumak Kawsay Bem Viver), Acosta que foi presidente da Assembleia Constituinte do Equador, destrincha seu tratado anti-desenvolvimentista. trabalha com categorias que fogem do binarismo político da luta de classes (ainda essencial de ser pensado, diga-se de passagem), lidando com princípios políticos endêmicos, originados antes da criação de capitalismo e sua antítese, antes do colonialismo, e ao mesmo tempo lidando com sobriedade com a realidade tecnológica e ultra-globalizada irreversível.

Direitos da natureza, plenitude de vida em vez de bem-ESTAR, comunitariedade, a declaração de um estado pluri-nacional dando completa autonomia aos povos indígenas, endemicidade de conceitos e muito mais fazem essa obra um tratado lindo.

Abya Yala merece ser novamente.
comentários(0)comente



Vitoria 23/12/2023

Em tempos nos quais tem se falado em objetivos de desenvolvimento sustentável, o Bem Viver se apresenta como uma alternativa ao próprio conceito de desenvolvimento, tal qual concebido pelo sistema capitalista.

A proposta é que se supere a ideia de desenvolvimento na qual o consumo desenfreado de uns se sustenta sobre a destruição da Natureza.

O caminho seria, portanto, buscar novas formas de organização social que não se pautem pelo extrativismo, pela mineração e pelo agronegócio, partindo do entendimento de que a noção de desenvolvimento, ainda que acompanhada de adjetivos, é construída sobre a exploração e a destruição dos recursos naturais.

A Natureza, que é finita, é quem deveria ditar as possibilidades sociais, e não o contrário.
comentários(0)comente



SuAlen.Pawelkiewic 17/07/2023

Repensando nossas maneiras de viver
O livro de Alberto Costa, apresenta de forma dinâmica o conceito de Bem Viver, pautado em resgatar as tradições dos povos originários, no desenvolvimento de um modelo econômico sustentável, aliando-se às novas tecnologias.

Ressaltando a importância de se viver em comunidade, repensando as nossas necessidades humanas, rompendo com a ideologia de acumulação e poder do capitalismo.

Trazendo uma rica bibliografia Latina-americana, o autor discorda do capitalismo e socialismo, propondo um modelo de desenvolvimento econômico de reconstrução, unindo o ser humano e a natureza.

O Bem Viver é uma filosofia, baseada nos conhecimentos dos povos originários, valorizando a diversidade cultural, a interculturalidade, a plurinacionalidade e o pluralismo político, respeitando o ecossistema, valorizando a nossa qualidade de vida, sem destruir a natureza.

Livro necessário, tema que deve ser abordado e discutido, antes que seja tarde demais. A pergunta que me faço é, o ser humano está pronto para voltar a se conectar com a natureza de forma respeitosa, deixando a ambição e poder de lado, em busca de um modelo de vida melhor?

@suhh_entre_livrosefelinos ??
comentários(0)comente



Guimarães 16/03/2023

Como pensar em um futuro sustentável, leia o bem viver!
O Bem viver é uma filosofia em construção  que busca viver em aprendizado e convivência com a natureza. Para Alberto Acosta, humanidade e natureza não devem ser separados, mas sim, coexistir. O bem viver é pautado num  resgate das comunidades tradicionais aliadas às tecnologias que possuímos atualmente. O bem viver vem trazer várias mudanças de paradigmas, trazendo reflexões de trabalho, mercantilização da vida, desenvolvimento econômico, consumo. O ponto central do bem viver é levar uma sociedade que contemple as necessidades humanas e não humanas, humanas e dos seres vivos. É por esse motivo que a obra entra em diálogo com vários movimentos sociais
comentários(0)comente



Flavio.Vinicius 15/02/2023

O bem Viver: uma Oportunidade Para Imaginar Outros Mundos
Este é um daqueles livros que você lê uma vez e sabe que vai reler por toda a vida. Alberto Acosta reúne nesta obra a utopia do Bem Viver, albergando pensamentos de vários autores e das comunidades indígenas, sobretudo andinas e amazônicas.

É uma proposta que se contrapõe à visão dominante e hegemônica de desenvolvimento, sugerindo a possibilidade de imaginarmos outros mundos além do capitalista.

O Bem Viver é apresentado como uma filosofia de vida a envolver aspectos sociais, econômicos e culturais, numa tentativa de engendrar a Grande Transformação. Inclui distintas formas de ser e viver, valorizando a diversidade cultural, o pluralismo, a dignidade humana, o combate às desigualdades e a vida harmônica dos seres humanos com a Natureza.

É uma filosofia que se opõe sobretudo ao capitalismo, mas também ao socialismo, conforme ocorrido nos países soviéticos do século XX, por exemplo. Na seara econômica, contrapõe-se à ideia de desenvolvimento, a qual opera segundo ditames capitalistas e socialistas, de modo predatório, explorador e desigual, com raízes na Europa e no Ocidente, privilegiando ideias de competição e disputa em busca de viver melhor ou de um imaginado bem-estar.

Contrariamente ao desenvolvimento, o Bem Viver, como filosofia e modo de vida contra-hegemônicos, vislumbra raízes comunitárias, em busca de uma sociedade pós-capitalista e de uma efetiva mudança civilizatória.

A partir de conceitos fundamentados em comunidades andinas e amazônicas, o Bem Viver propugna por valores como cooperação, solidariedade, harmonia e sustentabilidade. É uma visão de uma outra proposta de vida.

Em relação à literatura, a proposta reunida e apresentada por Alberto Acosta me lembrou o movimento literário contemporâneo solarpunk e hopepunk, em que se imaginam novas formas de vida, nas quais já ocorreu a superação do capitalismo e das imensas desigualdades sociais.

Este é um dos livros essenciais para imaginar a superação do estado atual de miserabilidade, desigualdade e destruição.
comentários(0)comente



malubsballarotti 18/01/2023

um livro fantástico
esse livro me fez sentir muitas coisas, mas fico feliz que as principais e últimas delas foram esperança de que o mundo pode funcionar de um jeito diferente - mais humano, justo, sensível - e inspiração pra pensar a partir de outras lógicas. com certeza uma leitura fundamental pra construção de "utopias" com uma perspectiva realista!
comentários(0)comente



Natalia.Cantini 14/12/2022

Projeto emancipador e democrático
Alberto Acosta propõe uma alternativa ao atual modo de vida e consumo na sociedade capitalista, baseado na ideia do ?bem-viver?, essa que propõe uma filosofia que se baseia primordialmente em sociedades sustentáveis e conscientes de uma visão decolonial. Sustenta-se essa ideia através de valores e sabedorias ancestrais dos povos indígenas (andinos e amazônicos).
É um livro que faz questionar ?é possível escapar do fantasma do desenvolvimento?? Pois além de ser possível construir novas utopias, é essencial que possamos imaginar novos mundos possíveis.
Portanto, a ideia do bem-viver se faz por um caminho de (re)construção de uma contra ideia desenvolvimentista, mecanicista e do crescimento econômico que tampouco se importa com a coletividade e as diferentes formas de vida. Assim, torna-se um projeto emancipador e democrático.
comentários(0)comente



Silvio 20/09/2022

Livro muito coerente com a proposta que apresenta
O livro apresenta de modo claro e coerente um panorama do Bem Viver e das possíveis contribuições desse modo de vida às sociedades contemporâneas. Destaco a crítica ao desenvolvimentismo e as experiências concretas de alternativas descritas no livro. Recomendo a leitura.
comentários(0)comente



xLeoSaraiva 09/07/2022

"[...] devemos entender de uma vez por todas que a economia não é mais importante que as amplas demandas sociais - ou menos ainda - que as capacidades da Natureza".
O livro "O Bem Viver: uma oportunidade para imaginar outros mundos", proporciona aos seus leitores uma abordagem crítica acerca dos problemas ambientais, sociais e políticos que se deram a partir da implantação, da expansão e, sobretudo, da intensificação do sistema capitalista.
Escrito pelo economista equatoriano Alberto Acosta, "O Bem Viver" aborda uma série de questões sociais a partir de um estilo de vida próprio das comunidades tradicionais andina e amazônica chamado, em linguagem kíchwa, de sumak kawsay, o qual foi traduzido para o português como "Bem Viver".
Dentre as principais temáticas problematizadas pelo autor, está a espoliação e mercantilização da Natureza, a homogeneização cultural promovida pela globalização e pelo projeto de Estado-Nação, o fetichismo e endeusamento do mercado, a autossabotagem do neoliberalismo e muitos outros assuntos.
Em consonância com as esquerdas, Acosta também coloca o Bem Viver, ou sumak kawsay, como parte integrante das lutas sociais, sejam elas contra o capitalismo, contra o racismo, contra o patriarcado, enfim, contra toda e qualquer forma de opressão.
Em suma, trata-se de uma leitura sensível e crítica. Apreciem!

SARAIVA, L.

"Livros que li na USP" #004 - O Bem Viver
comentários(0)comente



Mary Manzolli 03/06/2022

Uma altermativa ao desenvolvimento
Primeiramente, para poder falar sobre essa leitura, necessário se faz conceituar o "Bem viver", um termo novo para um modo de vida e organização antigos, das sociedades tradicionais andinas, antes da colonização latino americana, e que abrange as relações interpessoais, o convívio em harmonia com a natureza e, sobretudo, um modelo econômico que passava longe dos atuais modelos das sociedades capitalistas. Bem Viver é sumak kawsay em quéchua, é Suma Qamaña em aymara , é o teko porã em guarani ou o nhanderekó, do guarani mbya.

O político e economista equatoriano, Alberto Acosta, baseado na ideia do Bem Viver, desenvolve uma proposta alternativa às atuais formas de vida e consumo das sociedades capitalistas, construindo uma filosofia pautada na sustentabilidade e de ruptura radical com as atuais ideias de desenvolvimento através da superexploração dos recursos naturais, o consumo indiscriminado e o acúmulo de capital. O objetivo é a construção de um novo modelo econômico alicerçado nos valores das bases comunitárias dos ameríndios e africanos, tais como o cooperativismo, a ancestralidade, a memória, corporeidade e oralidade.

O autor apresenta críticas contumazes aos governos progressistas latino-americanos do último século que, apesar dos avanços sociais, agiram em continuidade à forma capitalista que nos leva ao suicídio coletivo, em razão do alta exploração dos recursos naturais, aumento considerável na exploração de matérias primas, na maioria das vezes causando impactos significativos na vida e nos direitos dos povos originários. Como exemplo cita Equador e Bolívia, que incluíram o conceito do Bem Viver em suas constituições, contudo não implementam, realmente, uma vez que para isso existe a necessidade de se romper com a lógica desenvolvimentista. Acosta ressalta que o Bem Viver não é desenvolvimento alternativo e sim uma alternativa ao desenvolvimento.

Um livro de entendimento fácil e democrático, em que pode agregar tanto para leitores mais aprofundados na filosofia do Bem Viver, quanto para aqueles que ainda engatinham no pensar e viver de forma sustentável, no entanto percebe-se que a ideia central do autor é despertar o olhar daqueles que ainda não se convenceram de que a natureza é finita e, assim, desconstruir as ideologias dominantes.

Partindo do pressuposto de que o pilar principal do Bem Viver é a vida em comunidade, pautada no consumo conscientes, através de produção renovável, sustentabilidade e autossuficiência, além da inexistência de privilégios e classes sociais a custa de exploração da mão de obra, Acosta ressalta a importância de se repensar as necessidades humanas e da reavaliação coletiva dos padrões culturais, como por exemplo da acumulação de bens (principal causador de desigualdade e devastação).

O fato é que há décadas estamos sendo alertados sobre os impactos ambientais decorrentes das más escolhas em prol de um progresso que tem trazido mais consequências, sejam elas climáticas, discriminatórias ou exploratórias, do que benefícios para a maior parte da humanidade e é inegável a necessidade de discutirmos novas alternativas. O Bem Viver nada mais é do que um caminho aberto ao debate, exercício da criatividade e do pensar as alternativas de se viver sem destruir a nossa Mãe Terra e permitir a sobrevivência das gerações futuras, todavia não há abertura para tais discussões sem a consciência da busca por igualdade, que só poderá ser viabilizada fora da esfera capitalista.

"O Bem Viver aceita e apoia maneiras distintas de viver, valorizando a diversidade cultural, a interculturalidade, a plurinacionalidade e o pluralismo político. Diversidade que não justifica nem tolera a destruição na Natureza, tampouco a exploração dos seres humanos, nem a existência de grupos privilegiados às custas do trabalho e sacrifícios de outros. O Bem Viver será para todos e todas. Ou não será".

Difícil fazer caber numa resenha toda a magnitude deste pensamento, por enquanto ainda utópico, sobre um modo de vida de sociedades que pensávamos atrasadas e hoje, à beira de uma colapso ecológico, percebemos serem elas as detentoras do conhecimento necessário para que a espécie humana permaneça por aqui nos próximos séculos.
comentários(0)comente



Cristiana 20/02/2022

Alternativa ao pensamento desenvolvimentista e variações
O Bem viver é uma filosofia em construção  que busca viver em aprendizado e convivência com a natureza. Recupera uma sabedoria presente em muitas culturas ancestrais que rompem com a ideia de acumulação ancorada no capitalismo e a ideia política do ?desenvolvimento?. Possui concordâncias com o nhandereko presente na cultura Guarani. Assim, o objetivo é de valorizar a dignidade humana e a melhora da qualidade da vida das pessoas, famílias e comunidades sem sacrificar a natureza.

Há muitas questões a serem pensadas para que possamos cuidar desse risco iminente da sobrevivência do ser humano na terra.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



vagnerrg_ 01/01/2022

O bem viver, de Alberto Acosta, editoras Elefante e Autonomia Literária, 2016. Esse livro me ajudou a pensar um mundo que não tenha a perspectiva desenvolvimentista como direção. É difícil pensar um modelo econômico que não seja pautado pelo desenvolvimentismo, daí a importância da leitura desse livro pra mim, porque me ajudou a instrumentalizar esse pensamento. Algumas conclusões com base na leitura: o capital não é capaz de constituir uma forma de solução para os problemas que temos desenvolvido em escala planetária, em especial a emergência climática, que é a soma de todos os problemas ambientais que temos constituído; há uma crença de que tudo ficará bem e que os mais ricos já estão pensando em formas de solucionar os problemas ambientais e isso é um enorme engano, pois os mais ricos estão acabando com o planeta cada dia em maior intensidade; não podemos confiar na “capacidade” do capital resolver o problema da emergência climática, pois ele não está direcionado a isso, ou seja, ele não é capaz de resolver esse problema; o bem viver - sumak kawsay - é o saber tradicional dos povos andinos e amazônicos, que traz consigo séculos de experiência no cuidar do solo e viver de forma integral com a terra; Acosta nos ajuda a compreender que não precisamos inventar a roda para pensar novas formas de viver, podemos aprender com os povos tradicionais que podemos tirar do planeta apenas aquilo que precisamos; o bem viver também é a soma de práticas de resistência ao colonialismo que nunca deixou de existir; é proposta holística que busca compreender a diversidade humana; é uma proposta que lida com nossas potencialidades, que nasce na periferia do mundo, não na metrópole, portanto vem ao encontro dos mais pobres e não das elites econômicas. Mais um livro que li para ampliar minha visão decolonial, que mostra a importância de compreendermos o mundo a partir de elementos próprios em oposição às formas de pensar da metrópole, que servem às suas próprias perspectivas. Sim, indico a leitura.
comentários(0)comente



32 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR