Lina DC 28/06/2016O livro é narrado em primeira pessoa por Rob Forkan, o irmão mais velho que estava presente durante o tsunami. Logo no prólogo temos sua visão do "Turbilhão" que foi essa devastação da natureza. Acompanhar Rob, com seus 17 anos, procurando por Paul, seu irmão de 15 anos de idade e em seguida, seus irmãos mais novos e pais é simplesmente arrebatador.
Mas Rob não conta apenas sobre o tsunami e suas consequências para a sua família, mas também sobre sua infância, sua criação e o relacionamento com seus irmãos e pais.
Os primeiros capítulos contam a história de como seu pai, Kevin Forkan, um hippie que ama viajar conheceu Sandra, sua mãe. E como desse casamento surgiram seis filhos: Marie, Jo, Rob, Paul, Mattie e Rosie. Lemos sobre a sua infância alegre, em uma casa grande e com um quintal enorme, onde eles construíram inúmeros mundos e lembranças.
Em seguida temos capítulos onde Rob nos conta sobre seus quatro anos na Índia e a adaptação da família com a nova cultura. A forma como seus pais sempre ensinaram a todos a valorizarem e respeitarem ao próximo, a estender a mão e a praticar o desapego e boas ações.
Todo esse caminho apresentado para chegarmos ao dia 26 de dezembro de 2004, dia em que a vida da família Forkan mudou para sempre. Rob explica ao leitor todos os acontecimentos que se seguiram: a procura pelos irmãos e pelos pais; a devastação encontrada e a dificuldade para voltar para casa.
Lemos também sobre a repercussão que a história gerou na mídia e o assédio sofrido pela mesma. Mas também temos noção da generosidade humana e de pessoas incríveis que auxiliaram esses irmãos a seguir em frente.
E por fim, mas não menos importante, conhecemos a ideia dos chinelos Gandy e seu impacto no orfanato da Índia.
A história é emocionante, principalmente por se tratar de algo real. É impossível imaginar o impacto de um tsunami e muito mais ainda, imaginar alguém sobreviver a ele.
O livro tem uma seção de fotos coloridas que permitem ao leitor sentir-se ainda mais próximo dessa família maravilhosa.