Resenhas - A Invenção do Direito

acdlara 15/04/2024

Livro extremamente útil e necessário, ainda mais para quem gosta da temática jurídica e ao mesmo tempo, a literatura. Ambas se encontram em diversas obras literárias, tendo em vista que a literatura é uma riquíssima fonte de cultura, e a mesma pode ser utilizada para o exercício da interpretação, ferramenta pela qual é extremamente necessária para todo e qualquer operador do Direito. O autor retrata o berço do Direito, sobretudo, se concebeu por meio da religião, mas passou a ser lapidada pelos filósofos e dramaturgos gregos, em Atenas. Em contribuição, os temas tratados por Ésquilo, Sófocles, Eurípedes e Aristófanes progrediram o campo jurídico, colocando em pauta valores relacionados à democracia, análise da culpa, julgamento, ampla defesa, igualdade e a busca pela justiça. Após abundante leitura, valerá a pena se aprofundar nas tragédias gregas e compreendendo que, como cita o autor a frase de Gustav Radbruch: ?Tanto o direito pode utilizar a arte como a arte pode utilizar o direito?.

Wagner254 04/11/2023

Segue o mesmo padrão de excelência de Medida por Medida, trás linguagem simples e conteúdo rico. Não é uma leitura obrigatória somente para amantes do Direito, mas para amantes da Democracia, da história, da Dramaturgia, da mitologia, da cultura. Nele, por meio de peças dos maiores Dramaturgos Gregos, vemos a necessidade da ampla defesa, do julgamento justo, a luta pela democracia, os perigos de uma Tirania, o Estado de Direito, a necessidade da autocrítica e da reflexão, a maneira como a soberba antecede a queda e como a ira nos cega, o conflito entre Direito natural e positivo, e até mesmo o conceito de Dolo aparece presente em uma das peças. Vale cada centavo!!!

Milena 21/05/2023

Os homens são os senhores de seus destinos e, como tal, são responsáveis pelos seus atos e não títeres nas mãos de forças superiores.

relamounier 06/09/2016

A invenção do direito
Em obra multidisciplinar, José Roberto de Castro Neves retrata a origem de nossos pilares jurídicos através das tragédias e comédias gregas clássicas.
Direito e arte se misturam, tornando simples - mesmo para àqueles que não estão no meio jurídico - entender os fundamentos originais da democracia, da ponderação de princípios, da dignidade da pessoa humana, da (necessária) limitação do exercício de poder e do repúdio à tirania.