Kennia Santos | @LendoDePijamas 29/01/2016“As pessoas entram e saem da nossa vida. Durante uma época, são seu mundo; são tudo. E, um dia, não são mais.”Sinceramente, não sei o que algumas autoras pensam ao escrever continuações para livros que de primeira já foram sucesso. Em dar mais detalhes para os leitores? Fazer os mesmos entenderem e conhecerem mais os personagens? Porque se é pra decair a história, uma dica: NÃO FAÇA.
A única coisa que esse livro se assemelha a “Para todos os garotos que já amei” é na escrita, ela é identificável de cara, pois é cheia de fofurices, característica da Jenny Han.
Mas o restante? Nada. Lara Jean que no outro era divertida, corajosa e destemida, nesse livro se torna um P-O-R-R-E. Cheia, LOTADA de mimimi. “Ah, Gen era mais bonita do que eu” “Gen tinha mais peitos do que eu” “Gen era mais ousada do que eu” e por aí vai. Se deixa ser posta em segundo lugar, ignora ações graves justificando ‘ah, mas ele tá comigo e não com ela’.
O namoro entre LJ e Peter que eu amei no primeiro livro, em P.S Ainda amo você, se torna escasso, monótono e sem graça. Sem aquelas confusões, mal-entendidos e altos e baixos, palavras não ditas, draminhas adolescentes, beijos roubados. Não tem isso. A reconciliação foi fácil, as cenas deles dois apenas? Com humor, romance e confusão? São basicamente inexistentes.
Como dito na sinopse, vai aparecer um outro garoto na área, e querem saber minha opinião? Eu amei o Peter do primeiro livro, esse do segundo é muito sem graça e despretensioso.. então sim, torci para LJ ficar com o ‘outro’ porque eles já tinham uma história juntos e esse tal ‘outro’ demonstrou muito mais companheirismo e afeição pela LJ do que o Peter.
O fator “X” escândalo? Tem sim, mas foi inferido de forma repentina e não desenvolvido de forma madura, pois num capítulo o escândalo estava no auge, depois sumia, depois brotava, e sumia de novo..
Personagens também foram repentinamente postos na história, como a vizinha da LJ, sra. Rothschild que é bem sumida no primeiro e aparece nesse com mais ênfase; Josh, que foi basicamente a raiz da história do primeiro livro, simplesmente SOME, EVAPORA de tudo. Margot tem poucas cenas, mas é justificável pois está estudando na Escócia.
O enredo foi mal desenvolvido, a corrente de fatores que deveriam dar um UP na história não foi bem colocada, alguns personagens metaforicamente falando ‘morrem’ outros ‘ressucitam’, não tem muito romance como no outro. Tanto que parte da sinopse não faz jus a história, porque toda a questão da LJ ficar dividida, demora a aparecer.
O que me fez dar três estrelas, foi a MÍTICA Kitty, porque ela é a criança mais absurda de todas. Foi personagem recorrente e continua da mesma forma, ousada, sem papas na língua e completamente sincera, com seus comentários cheios de verdade e inocência, e com mais cultura que as outras duas irmãs Song (afinal uma garota de 9 anos que se interessa e gosta de Família Soprano merece respeito), aparece impondo mais opinião, até mesmo filosofando de forma sutil.
Desculpe quem discorda, afinal opinião é opinião, mas esse livro foi muito zzzzzzzzzzzzzzzzzzzz pro meu gosto.