O Esplendor

O Esplendor Alexey Dodsworth




Resenhas - O esplendor


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Marcelo.Castro 30/10/2023

Surpreendente
Narrativa surpreendente que explora conceitos de ciência, religião, filosofia e cultura para construir um romance de ficção científica com resultado inovador. Não obstante, a evolução da narrativa poderia melhorar um pouco. O dinamismo da história deixa a desejar, demandando persistência do leitor para chegar até o final. Ainda assim, um bom livro, de um autor nacional, recomendado para aqueles que curtem ficção científica e buscam uma proposta diferente.
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Michele Alberton 23/05/2023

Adorei esse livro! A forma como a história é contada e, claro, a história em si, me fizeram não querer parar de ler!
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Jefferson Nóbrega 11/05/2023

Genial
O Esplendor é uma ficção nacional de Alexey Dodswoth que conta a história de Aphriké, um planeta criado por uma divindade que queria corrigir a falha de outros mundos, já criados e falidos. Com Seis Sóis correndo pelo céu: Osum, Osala, Sango, Omulu, Oya e Yewa. Assim o planeta tem luz ininterrupta e seus habitantes foram moldados para viver de tal forma. Uma raça feita na medida para absorver e viver das luzes dos sóis. Mas, mesmo um deus pode notar que a busca pela perfeição é um encontro com o fracasso.

A sociedade da cidade de Iridescente é divida em Ilês, palavra que no candomblé, significa casa. Essas ?casas? determinam não apenas a profissão das pessoas, mas o que elas são. E a história começa sendo narrada por Tulla 56, Tulla é o Ilê das historiadoras e 56 é o número dela em relação às outras Tullas que existiram. Ela registra em uma contagem regressiva todos os acontecimentos que levam ao fim do mundo.

Na sociedade Iridescente tudo é compartilhado inclusive os pensamentos, orgasmos e sentimentos através da malha psíquica, tudo regido dentro uma ordem dogmática controlada pelo Ilê Monástico e guardada pela Polícia do Pensamento.

Os antagonistas, Os Cultistas de Kalgahs, que são ruínas de uma cidade desaparecida, são tidos como extremistas religiosos, por além de não aceitarem o estilo de vida dogmático e previsível de Iridescente, acreditarem em um menino-deus preso no sol e que precisa ser despertado,

Alexey construiu um mundo magnífico e complexo que dá prazer em explorar. Um detalhe importante que já deve ter sido notado é que o livro é repleto de influência da cultura e religiões afro-brasileiras. Portanto, os personagens são negros. Há algo interessante, isso leva um tempo para aparecer na obra talvez para testar se você ao ler uma obra imagina os personagens negros logo de cara ou está acostumado a imaginá-los como brancos?

O Esplendor é até o momento uma das melhores histórias de ficção científica brasileira que já li e entre as melhores independente de nacionalidade. É extremamente envolvente, brilhante e bem desenvolvido. A escrita é simples apesar de termos novos e o autor entrega tudo em detalhes que requer nossa atenção e que nos diverte ao descobrir.

Eis um livro que a partir de agora vou recomendar sempre. Vale muito a pena a leitura. Não aprofundarei em detalhes para não soltar spoilers, mas digo: leiam!
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Davenir - Diário de Anarres 29/11/2022

Construção de mundo espetacular!
"O Esplendor" (2016) é uma obra que podemos classificar como Hard Sci-Fi, pelo enfoque na especulação usando as ciências exatas e biológicas, como as grandes obras clássicas dos mestres da ficção científica, como Arthur C. Clarke ou Asimov, por exemplo. Uma qualidade que adoro nas obras deste autor é a capacidade de nos submergir em grandes passagens de tempo e contemplações de proporções gigantescas. Contudo, Alexey faz isso com uma identidade própria, sem perder de vista as raízes brasileiras mesmo que sua história se passe distante daqui no tempo e espaço. Ou seja, temos uma ficção científica hard sem o mofo das histórias clássicas de décadas atrás.

A historia se passa em Aphriké, um planeta banhado pela luz de seis estrelas que o impede de conhecer a escuridão da noite. Lá vivem seres melaninados em uma sociedade de telepatas que desconhecem a privacidade e o próprio conceito de dormir. Porém tudo está prestes a mudar com o nascimento de uma criança capaz de sonhar e dormir. Como trata-se de um livro longo, o autor usa bem o espaço para nos inserir nas estruturas sociais de Aphriké onde o trabalho é dividido Ilês - um tipo de guilda ou soviete, porém em uma estrutura muito mais rígida. Contudo este é um mundo dividido. De um lado a capital é Irridiscente onde o líder o Supreme 1920 lidera com suposta benevolência e do outro Kalgash, onde vivem um povo rebelde liderados por Lah-Ura 23.

A estrutura rígida de Irridiscente os isolaram a ponto de não acreditarem haver nada além do próprio planeta e negarem a existência do universo. Tal pensamento é considerada uma heresia do povo de Kalgash. O Esplendor é uma história complexa mas que entrega todos os elementos para que possamos compreendê-la, logo não é prolixo, muito menos é desnecessariamente complicado. Contudo, vai exigir do leitor atenção para que possamos viajar pelas estruturas sociais e entender o que de fato está em jogo para os personagens. O livro fecha muito bem com a obra anterior, Dezoito de Escorpião formando um dueto bem amarrado, mas nem por isso o torna um pré-requisito para a leitura de O Esplendor. A verdade é que Dezoito de Escorpião acaba funcionando tanto como continuação quando como prequela a Esplendor tanto que o primeiro livro já entrou para a lista de releituras. Este universo criado por Alexey é bastante rico e gostoso de acompanhar, felizmente está para sair uma HQ ambientada neste universo chamada Saros 136 e certamente veremos aqui no blogue!

site: http://wilburdcontos.blogspot.com/2022/11/resenha-262-o-esplendor-alexey-dodsworth.html
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Bianca1979 26/01/2022

Livro que me surpreendeu
Esse livro foi uma grande surpresa...
Um livro brasileiro de ficção científica!
Eu amo quando pego um nacional com um tema tão diferente, criativo, com personagens fantásticos e uma história que te prende.
O Esplendor é narrado por Tulla 56, uma historiadora do planeta Aphriké. Ela apresenta uma sociedade onde todos são telepatas e nada é segredo. Todos os sentimentos e pensamentos são públicos e afetam a malha psíquica da cidade onde vivem.
Cada tipo de trabalho é exercido por uma Casa: sacerdotes, historiadores como Tulla, cantores, engenheiros, inventores, médicos... Todos quando chegam a uma certa idade escolhem uma Casa que será sua função na sociedade por todos os seus 200 anos de vida.
Esse planeta é iluminado por seis sóis que tem velocidades diferentes. O tempo é marcado pelas voltas que cada um deles dá em torno de Aphriké.
Nunca é noite. Sempre há luz e em determinado momento, os seis brilham ao mesmo tempo no céu. Esse momento é chamado de A Hora do Esplendor.
É quando todos se sentem fortes, iluminados, felizes e saudáveis, pois dependem da luz para viver. As pessoas nesse planeta nunca dormem e se alimentam mais de luz do que qualquer outra coisa.
Tudo corre em uma ordem mantida pelos policiais do pensamento e sacerdotes. Cada pensamento é vigiado. A religião é considerada cultismo e é reprimida de forma rígida.
Até que uma criança diferente nasce: ele tem pálpebras, olhos azuis, dorme, tem cabelos e o mais surpreendente para todos é que ninguém consegue ouvir seus pensamentos.
Essa criança vem para mostrar que esse mundo perfeitamente organizado está longe de ser o ideal e traz reflexão para uma parte da sociedade que começa a se questionar se estão realmente sendo verdadeiros consigo mesmos ou seguindo o que é bom apenas para o coletivo.
Os primeiros capítulos são mais difíceis porque é tudo muito novo. O autor apresenta palavras e características muito diferentes do nosso mundo. Mais aos poucos vamos entendendo como as coisas funcionam nesse planeta que é construído de uma forma muito real.
Os personagens apresentam questões muito válidas para nossa vida aqui na Terra, como identidade de gênero, saúde mental, capacidades de escolha, limites... Até que ponto uma sociedade tem que ser tão homogênea?
O que eu achei muito interessante é que o autor cria todo um vocabulário próprio desse planeta inspirado no iorubá. Muitos aspectos nessa obra nos lembram a África. Começando pelo nome do planeta.
Eu gostaria de entender mais sobre essa língua para poder fazer uma associação melhor à história. Mas mesmo sem entender muito, foi uma narrativa muito rica para mim.
Vale muito a leitura!
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Rod 13/05/2021

Bom título
Achei interessante o livro. Tem algumas reviravoltas. Interessante como as coisas vão se desenrolando. Também, nestes tempos de "lacradores" que acreditam que são a pureza na forma natural e querem cuidar da vida dos outros, como é perigoso deixar privar liberdade na promessa de segurança.
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Ingrid.Pardinho 04/05/2021

É um livro envolvente
Achei ótima a ideia do autor de utilizar termos em iorubá e toda a simbologia por trás. É um história envolvente, com vários detalhes. Gostei da divisão de capítulos e do desenvolvimento dos personagens.
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Damata 01/05/2020

Uma prato cheio e diversificado pros fãs de Sci-fi
Faz uma bela mistura com diversos conceitos apresentados por Asimov, Arthur C Clarke, Frank Herbert, Philip K Dick e outros grandes nomes da ficção científica.
Se soma a isso uma boa dose de filosofia e teologia. Achei extremante original a forma que apresenta a alegoria da caverna, de Platão, de maneira invertida!

Porém, são tantos conceitos, que mesmo fazendo a história andar, acabam não sendo explorados de forma mais aprofundada.

Mereceu 5 estrelas pela unidade que O Esplendor consegue criar com livro anterior do Alexey, O Dezoito de Escorpião. Eles se entrelaçam formando uma unidade densa!
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Luísa @amochileiraliteraria 26/04/2020

"O que a luz esconde, a Escuridão revela."
Imagine uma sociedade de telepatas, onde tudo que passa pela cabeça de cada um é de domínio público e faz parte da malha psíquica comunitária. Essa sociedade vive num planeta com seis sois que o circundam em velocidades diferentes, por isso a luz nunca deixa de existir, e nenhum de seus habitantes tem a necessidade de dormir, todos são máquinas movidas a luz solar que necessitam de quase nenhuma comida para sobreviver.
Eis que nesse planeta, chamado Aphriké, um menino nasce. Um menino que dorme, e cujos pensamentos não podem ser ouvidos.

Essa é a premissa de "O Esplendor", escrito pelo filósofo brasileiro Alexey Dodsworth, a história de uma sociedade tão diferente e absurda, mas que nos faz refletir sobre a nossa própria sociedade.

Os primeiros capítulos do livro são um pouco difíceis de acompanhar, quando somos jogados nesse planeta tão diferente do nosso, mas o mundo é tão bem construído e a escrita tão funcional que em algumas páginas eu já sentia que esse planeta realmente existia. O desenvolvimento dos personagens, com suas dúvidas crescentes a respeito da funcionalidade daquela comunidade, e a criação do grande "vilão" é feito com maestria, e mesmo quando tu acredita que já desvendou todos os mistérios, o livro traz novas revelação.

Essa história me trouxe grandes reflexões sobre como somos moldados pelo nosso próprio sistema. Será que uma sociedade onde o coletivo está sempre em primeiro lugar é ideal? Será que o bem-estar proporcionado pela privacidade a um indivíduo é mais importante do que o bem-estar coletivo? Um dos principais aprendizados desse livro é como a quebra de nossas certezas pode ser dolorosa. Realmente, mudar de ideia e aceitar que não somos donos da verdade é muito difícil, e quanto mais rígido o senso comum e o moralismo de uma sociedade, mas dolorosa é a mudança.

Existem algumas situações na história que acredito que poderiam ter sido resolvidas com mais simplicidade, e até o final do livro não é perfeito na minha opinião, mas a experiência é muito gratificante.
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William 12/10/2019

Chato demais
Mas que raio de livro foi esse que eu acabei de ler? A sensação que eu tenho é que o autor se inspirou em todos os clichês possíveis e criou essa bomba... a impressão que tenho é que acabei de ler algo escrito por uma criança de 9 anos. A história é rasa, o personagem é raso, as coisas acontecem sem explicação, na verdade até tem explicação, mas em coisas sem pé nem cabeça. Jesus...
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Felipe.Andueza 01/07/2019

Quando Iroco e Exu brincam juntos.
“O Esplendor” é um livro delicioso de ler. O autor mistura astronomia e elementos da cultura iorubá com uma harmonia bastante criativa para narrar a derrocada da humanidade do planeta Aphriké. A história ocorre num sistema de seis sóis, o que significa, na prática, que lá é sempre dia, sempre há luz, às vezes muita, às vezes pouca, mas nunca se faz noite. A narrativa tem um ritmo envolvente e, em poucas páginas, a realidade daquele mundo parece uma velha conhecida. Pese às diferenças mais externas, os humanos de lá continuam demasiados como os de cá.
Com um tom que curiosamente lembra o de romances espíritas, alguns diálogos se desenrolam com excessivos sorrisos e explicações serenas para disfarçar, tal muito açúcar em café ruim, a indigesta arrogância daqueles que se creem absolutos no lado certo da história, que se têm como perfeitos. Conversas que captam ou projetam, dependendo do olhar, esse traço tão característico da cultura brasileira de sobrevalorizar a simpatia – e perdoar muito ao simpático.
Se uma humanidade em um planeta longínquo é um tema recorrente em ficção científica, a reconstrução dos limites entre masculino e feminino parece um exercício paralelo ao de Ursula K. Le Guin em “A Mão Esquerda da Escuridão”. Entre elementos clássicos do gênero, como inteligência artificial, transumanismoo e uma boa dose de fantasia (ou ciência que não se conhece), destaco a abordagem, através da alegoria da telepatia, de um dataísmo sutil e sufocante: a falta de privacidade, as mentes conectadas, a repressão ao pensamento livre e o compartilhamento de praticamente todos os aspectos modelam os principais frontes de conflitos humanos em Aphriké.
A utilização do imaginário africano como matriz da humanidade joga um papel muito interessante no desfecho do livro. Inteligente, sagaz, provocador, otimista… e bonito! “O Esplendor” deve ser um marco, se já não é, na ficção científica brasileira.
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Niájera 28/02/2019

Impactante
Demorei mais tempo do que imaginei porque a leitura é densa. Uma distopia sobre um mundo absurdo para os nossos padrões, mas que nos faz demais refletir sobre o nosso próprio mundo. Vale a pena.
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JCarlos 06/07/2017

Uma fabulosa e resplandecente ficção a dialogar com as melhores do gênero
A história de Aphriké, o mundo retratado em O Esplendor, me atingiu como um petardo mental. Uma daquelas obras em que se consegue ascender ao grau máximo de atenção do leitor, alcançando o sense of wonder, refletido na trama bem amarrada e magistralmente elaborada pelo autor.
Sim, de fato, o livro é denso, porque precisa ser. Isso porque há uma necessidade de apresentar todo um conceito social e científico, os costumes de uma civilização, religião, cultura, profecias e o uso bem empregado de vocabulário próprio, possivelmente extraído da língua yoruba, produzindo, assim, uma consistente e bem amarrada narrativa, mantida até a conclusão desse que já considero épico e uma das minhas melhores leituras do ano.

"Pois em cada estrela há um dragão, uma fera com acesso à urdidura da existência."
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