Carla.Parreira 26/10/2023
Os dragões - O diamante no lodo não deixa de ser diamante
O livro relata a história de Matias, uma alma atormentada que serviu durante séculos à comunidade dos dragões. Após o arrependimento Matias reencarna como médium. A cronologia do romance revela fatos ocorridos no espiritismo o entre os anos de 1936 a 1964, período em que ocorreu o clímax de uma ação organizada pelos benfeitores no mundo espiritual para reencarnar milhões de seres que foram libertados de um dos mais tristes locais de maldade na erraticidade: o Vale do Poder. Embora a maldade já existisse nas almas transmigradas para o planeta em tempos imemoriais, a presença do mal na Terra como organização social surgiu através da rebelião de Lúcifer. Embora ele tivesse um coração extremamente vinculado a Jesus, estabeleceu o litígio inicial representando milhões de almas insatisfeitas com as consequências do exílio em outro orbe. Dominado pela soberba que os expulsou das oportunidades de crescimento em mundos distantes, tomou como bandeira a prepotência de empunhar armas contra Jesus, a fim de disputar, em sua arrogância sem limites, pelo domínio e controle da Terra. Segundo o livro a grande maioria dos humanos, independente de qual religião professe, guarda algum tipo de laço com os dragões, a mais antiga comunidade da maldade, surgida na época do grande exílio de Capela para a Terra, que se organizou socialmente nas regiões chamadas de submundo astral. Segundo o livro esse submundo astral existe há dez milênios. Essa comunidade, administrada por inteligências do mal, criou a Cidade do Poder, e sua hierarquia é composta pelos dragões que se dividem em legionários, justiceiros e conselheiros. São espíritos revoltados, liderados por Lúcifer, que fazem o mal intencionalmente, sendo que muitos desses espíritos não conseguirão mais reencarnar na Terra devido à sua condição mental desequilibrada. Não haveria como manter uma gestação em tal nível de vibração. Serão deportados para outros mundos onde reiniciarão o seu progresso. Contudo, muitos deles, quando tomados pelo arrependimento, reencarnam aqui no planeta e se melhoram.
Os dragões utilizam um processo psicológico há séculos para dominar e explorar, o qual passa pelas seguintes etapas: baixa autoestima, idealização, melindre, perfeccionismo e intolerância. Os dragões sabem que a doença psicológica básica em um planeta como a Terra é a escassez de estima pessoal, como um resultado de milênios no egoísmo. Quem tem baixa autoestima, idealiza a vida, as relações e as metas. Vive uma vida muito imaginária e distante do que é real. E quem idealiza em excesso torna-se muito melindroso, perfeccionista e intolerante. Sob o enfoque espiritual, a baixa autoestima não é apenas o resultado de traumas e limitações sofridas na infância, pois também envolve os compromissos assumidos pela consciência de cada individuo. Os dragões sabem que não gostamos de lidar com nosso mundo interior e, consequentemente, projetamos nossas sombras nos outros dificultando os relacionamentos. É daí que surgem os conflitos como maledicência, culpa, mágoa, rigidez, preconceito, irritação, julgamento, entre outros.