Tay 11/02/2020
RESENHA VIDA E MORTE por Teorema dos Livros
Nesse remake do conhecido sucesso literário e cinematográfico, Stephenie Meyer busca trazer um olhar diferente para sua saga "Crepúsculo". Procurando uma forma de comemorar os 10 anos de lançamento da obra, a autora decidiu fazer um pequeno agrado (infelizmente não foi o lançamento de Midnight Sun — esse que parece ter sido esquecido no churrasco) aos fãs.
Invertendo o universo de Forks, temos Bella se tornando Beau, e Edward, Edythe. Não há muitas surpresas, o livro segue o roteiro de Crepúsculo, exceto por fazer alguns ajustes: personagens femininos se tornaram masculinos e vice-versa. Foi engraçado ver essa troca, (somente os pais de Bella continuaram do mesmo jeito), como ver Jacob se tornar Jules, além dos irmãos de Edward e seus pais. Como dito, as mudanças não foram chocantes. Os pensamentos de Beau são menos melancólicos que os de Bella, mas ele possui a mesma sensibilidade e digamos até a mesma obsessão pela parceira. Edythe é uma personagem interessante, mas assim como Edward não foi aprofundada, o que frustra muito.
Algo que sempre me incomoda na escrita da Stephenie é sua forma arrastada de desenrolar a história. Temos alguns diálogos dispensáveis e situações que mereciam mais atenção. Como o final, que foi praticamente jogado em cima do leitor, quase como se ela quisesse terminar logo o livro. Eu achei isso um pouco chato, quer dizer, a história termina e ganhamos uma explicação bem pastelão para esse final.
A primeira vez que li Crepúsculo foi aos oito anos, e e achei o máximo. Dá pra entender o porquê, há magia e amor, porém, isso não é mais tão agradável 12 anos depois. De qualquer forma, apesar das falhas, Crepúsculo e suas sequências são importantes para a literatura jovem contemporânea, ele faz o papel de iniciar o adolescente no mundo da leitura muito bem!