Resenhas - Crepúsculo

Natasmi Cortez 10/11/2015

Uma Breve Opinião: Vida e Morte
A coisa mais difícil ao ler esse livro foi forçar meu cérebro a transformar os gêneros já conhecidos da minha memória em outros.
As 100 primeiras páginas foram difíceis. Eu queria associar os antigos personagens as situações descritas no novo livro e confesso que demorou para eu me acostumar.
As histórias das duas versões são praticamente iguais, como todos já sabíamos, o que torna a leitura cansativa às vezes, ainda mais se você não é muito fã das releituras.
As mudanças referentes aos genêros são sutis, e como a autora mesma disse, ela quis provar que o sexo do personagem não influenciava suas atitudes e pensamentos.
Mas sob meu ponto de vista não deu muito certo. Não pareceu, quando eu estava lendo, que o narrador era um homem. Exceto nas vezes em que ele conjugava o verbo no sexo masculino.
Então Beau, é praticamente Bella, só que com baixa auto-estima em estado mais grave.
Sua auto depreciação, algo que ele mesmo alega fazer, causa irritação durante a leitura, ainda mais se compararmos isso com a quantidade de vezes que ele exalta a perfeição de Edythe.
A relação do protagonista com os demais personagens, exceto Edythe, é sempre apática.
Agora ao invés de Edward temos Edythe. Ela é debochada e está sempre rindo de alguma coisa que Beau falou ou fez. Essas atitudes acabaram deixando a personagem com um ar superior.
Ela passa o tempo todo irritada com alguma coisa e Beau pede desculpas ao menos 1 vez por página quando está com ela e isso até o final.
Então temos o romance propriamente dito.
Aqui vemos Edythe cortejando Beau. Ela é o cavalheiro da relação. Abre portas, pega casaco, carrega no colo (ainda não consegui visualizar a cena já que na descrição dos personagens Beau é bem mais alto que Edythe) e as falas que ficavam tão bem na voz de Edward, imaginada na minha cabeça, não casaram bem em Edythe. Não senti a emoção que sentia nos gêneros originais. Nessa versão tudo pareceu muito forçado, até o amor de ambos.
Mas certamente o ponto alto desse livro é o final que me pegou de SURPRESA...
Aqui a autora tomou a liberdade de fazer mudanças bem drásticas e eu gostei desse novo rumo, embora tenha quase chorando um pouco. NÃO VOU DIZER O MOTIVO!!
Com esse novo final, a Stephenie não deixou brechas para uma sequência. Vida e Morte é um livro único.
Para finalizar, gostaria de dizer aos fãs da Saga, que ainda tenho um carinho muito grande por Crepúsculo. Foi o primeiro romance juvenil e sobrenatural que eu li. Mas não leria novamente.
Há coisas que só são boas na primeira vez. Peço desculpa se alguém se chateou com minha opinião, eu tentei ser sincera e respeitosa.
Se você é fã de Crepúsculo, leia esse livro e mate a saudade de Forks e do amor intenso entre uma vampira e um humano.
**Gostaria de alertá-los caso comprem a primeira edição desse livro. Ele está cheio de erros que presumo serem de tradução ou de revisão, justamente relacionado ao gênero.
Beau se refere a Edythe como ele, e vice-e-versa.

site: http://bibliotecadocoracao.blogspot.com.br/

Luå 03/05/2024

E se for pra ser sincera:

Para comemorar o aniversário de dez anos da série, Stephenie Meyer presenteia os fãs com o livro "Vida e Morte", em uma edição muito linda e criativa, no estilo "vira-vira", pois temos Crepúsculo, a história original, e virando o livro de cabeça para baixo, conhecemos Vida e Morte, uma versão nova e peculiar. Este livro é uma releitura na qual os gêneros dos personagens originais foram trocados, algumas cenas e falas também foram editadas. Não achei essa versão idêntica ao original, muito pelo contrário, há muitos detalhes diferentes e, para mim, os detalhes fazem toda a diferença.

Crepúsculo:

"De três coisas eu estava convicta. Primeiro, Edward era um vampiro. Segundo, havia uma parte dele - e eu não sabia que poder essa parte teria - que tinha sede do meu sangue. E terceira, eu estava incondicional e irrevogavelmente apaixonada por ele."

Vida e Morte:

"Eu tinha certeza de algumas coisas. Primeiro, Edythe era uma vampira de verdade. Segundo, havia uma parte dela que me via como alimento. Mas, no final, nada disso importava. A única coisa que importava era que eu a amava, mais do que imaginei que fosse possível amar alguma coisa. Ela era tudo que eu queria, a única coisa que eu quereria na vida."

O começo é a parte mais difícil, é muito estranho ler uma releitura com os mesmos personagens, mas com os gêneros invertidos. A sensação que tenho é que minha cabeça deu um nó, parece que meu cérebro não conseguiu entender que os gêneros foram trocados e, em vários momentos, eu imaginava a Bella em vez do Beaufort e o Edward em vez da Edythe. Infelizmente, não me apeguei aos personagens, essa reimaginação estranha e bizarra não funcionou para mim, os únicos momentos que gostei foram os que achei engraçado. Sim, dei muita risada, foi gostoso, adoro quando o livro me faz rir. No entanto, o livro é um romance ou uma comédia? 

Desejei abandonar a leitura muitas vezes, assim como fiz quando mais nova, quando tinha 14 anos. Esse livro foi lançado no Brasil em 1º de novembro de 2015, lembro que minha mãe comprou assim que chegou na Leitura. Ansiosa, recordo-me de reler Crepúsculo primeiro e depois começar a ler Vida e Morte, mas abandonei a leitura na página 95. Bom, eu sei que abandonei o livro nessa parte porque havia um marcador entre as páginas, um marcador antigo que não faz parte da minha coleção atual. Agora tenho 20 anos, porém parece que nada mudou. Achei que iria gostar na segunda tentativa, mas me enganei. Acredito que essa história não me conquistou porque, definitivamente, não é Crepúsculo. Vida e Morte carrega o mesmo conteúdo, é claro, mas não têm a mesma magia. O Beau não é a Bella, a Edythe não é o meu vampiro favorito, o Archie não é a minha Alice e a Jules não é o Jake. 

O que mais gostei foi, sem dúvidas, do prefácio e do posfácio da Stephenie. Ela me pareceu preocupada com o que os fãs iam achar do livro e explicou o porquê de ter a ideia de escrevê-lo, pediu desculpas e tudo, ela é um amorzinho. Contudo, na minha opinião, essa releitura foi uma péssima ideia. A escritora afirmou que não havia tempo para escrever um livro novo, mas pensei em duas opções que trariam resultados melhores, como um livro bônus do Jake com a Renesmee (eu ia amar) ou um spin-off da Alice, por exemplo. Alice é minha personagem favorita e sempre desejei um livro dela, seria ótimo para conhecer melhor o Jasper também, sinto que ele é a ovelhinha negra da família, o excluído dos Cullen. Acho que nem o bônus, nem o livro da Lice precisaria de muito tempo para ser escrito, poderia ser curtinho, ou então um livro de contos sobre vampiros. Enfim, pensei em várias opções que adoraria ler, mas parece que Vida e Morte foi importante para a autora, a oportunidade perfeita para corrigir algumas coisas que a incomodavam. Não foi um presente apenas para os fãs, mas um presente para a Stephenie também.

"- E então, o leão se apaixonou pelo cordeiro - murmurou ela. A palavra foi como outro choque elétrico no meu corpo.
Tentei disfarçar minha reação.
- Que cordeiro imbecil.
Ela suspirou.
- Que leão masoquista e doentio."

Não sinto um pingo de vergonha em admitir que amo Crepúsculo, muitos leitores amam criticar esse universo, principalmente a Bella. Mas não a acho sem graça, acredita? Aos meus olhos, a Bells é uma garota normal, é como se fosse minha amiga, então estou aqui para defendê-la. O irônico é que achei o Beau muito sem sal, ele não é um rapaz apaixonante, sabe? Não te faz suspirar, seu coração acelerar, seu peito apertar. Nada. O cara não me despertou absolutamente nada, apenas indiferença.

Queria aproveitar essa resenha e deixar registrado aqui o meu carinho pela saga que marcou a minha pré-adolescência, que faz parte da minha história. Amo todos os livros e quase todo ano releio, não consigo enjoar e nem nada. O meu amor por esse clássico da fantasia só cresce, os personagens têm todo o meu coração. Por esse motivo, por ser tão apegada à história original, não consegui desapegar e acabou que não gostei tanto deste livro. 

Entretanto, confesso que o final me deixou emocionada, passou um filme pela minha cabeça, a autora finalizou de um jeito perfeito. Se você é fã da saga como eu, recomendo a leitura. É uma versão bem confusa, mas muito interessante, me peguei refletindo sobre o que estava lendo em vários momentos. Além disso, pode ser que você goste de Vida e Morte até mais do que Crepúsculo. Toda experiência literária é única, não decida se vai ou não ler um livro devido a uma resenha, leia por sua própria conta e risco. Caso você não goste da Saga, nem perca seu tempo lendo.

"Venho olhando a cara da eternidade há um século, e esta noite é a primeira vez em que me pareceu bonita. Por sua causa."

A ordem dos meus favoritos:

Sol da Meia-Noite (meu solzinho)
Eclipse
Crepúsculo
Lua Nova
Amanhecer
Vida e Morte

Rê Lima 25/08/2020

Só tenho uma palavra pra definir esse livro: desnecessário.

Cris 05/08/2016

Crepúsculo Reimaginado
“O rosto dela era tão insuportavelmente perfeito que doía de um jeito estranho olhar para ela. Ao mesmo tempo, eu nunca quis afastar o olhar.” Pág. 154

Devo confessar que este ivro foi um pouco decepcionante. Eu não sei o que eu esperava, mas não consegui me conectar à história.

Como tinha acabado de reler Crepúsculo, e mesmo antes disso, eu tinha as falas do livro praticamente decoradas, e foi difícil conseguir imaginar elas sendo ditas por outros personagens.
Achei que a mudança de gêneros não funcionou bem em vários momentos.
Eu também não consegui visualizar aquela química que eu senti entre Edward e Bela com A Edith e o Beau.
Os outros personagens também, com as mudanças de gênero invertido, não conseguiram me conquistar. Não gostei de Archie como eu gostava de Alice e nem da Carine como eu gostava do Carlisle, achei tudo muito confuso. Só Charlie que continua o bom e velho Charlie, que eu adoro.
Isso sem contar na edição da Editora Intrínseca que ficou bem ruim. Vários problemas de edição deixaram tudo mais confuso ainda, ficou difícil de ler esta primeira edição, mas como vi muuuitas reclamações sobre isso, espero que tenham corrigido nas outras edições.
Para os fãs da série, ficou aquele gostinho de quero mais, que eu teria ficado muitíssimo mais feliz se a Stephenie concluísse o bendito
Midnight Sun. Mas eu tenho fé que ela ainda vai publicar isso rsrs.

“Parece que minha vida nunca teve sentido até eu encontrar você. Você é a vida que eu estava esperando.” Pág. 378

site: http://instagram.com/li_numlivro

Kinggustavo 23/08/2019

"Ainda está tonto por causa da corrida ou foi minha perícia no beijo? — Ela pareceu muito humana enquanto ria agora, relaxada e tranquila. Era uma nova Edythe, diferente daquela que conheci, e fiquei ainda mais inebriado por ela."
Estava muito curioso para ler Vida e Morte quando soube qual era a proposta do livro. Seria incrível reler a história de Crepúsculo a partir do ponto de vista de um garoto, e ainda com todos os outros personagens com o gênero invertido (exceto Charlie e Renée). E não me decepcionei, na verdade, adorei essa edição comemorativa. Acompanhamos a trama pelos olhos de Beau Swan, um adolescente de 17 anos que, apesar de possuir algumas semelhanças com a Bella, acredito que os dois sejam bem diferentes um do outro. Houve momentos hilários assim como passagens empolgantes, porém Beau me fez passar vergonha diversas vezes enquanto lia. Fazendo uma comparação, eu diria que gosto bem mais da Bella.

Em contraposição, Edythe Cullen é a vampira mais extraordinária de toda a história, e com certeza eu leria novamente os demais livros se ela estivesse presente. Todos os Cullen são visualmente fáceis de serem imaginados assim como os personagens da reserva e do colégio, que, graças à caprichada escrita de Stepheine Meyer, nenhum deles perdeu a sua essência original. A descrição dos vampiros é outro destaque nesse livro, uma vez que a história não tem continuação, e, por consequência, não possui espaço para se aprofundar na apresentação dos lobos. Sendo assim, os vampiros receberam o foco maior com bastante riqueza de detalhes, principalmente sobre a transformação e a pós-“vida”.

O final alternativo foi uma das partes mais envolventes da narrativa, e apesar de não ter gostado de alguns eventos, não consigo pensar em outras maneiras em que os fatos teriam se sucedido de forma coerente com a história. Mas acho que isso se deve ao fato de a obra ser a representação e a solução da grande pergunta que sempre fizeram: “e se Crepúsculo tivesse acabado no primeiro livro?”. Foi ótimo saber como teria sido esse final, embora eu prefira e acredite que o final da Bella ainda seja o melhor.

Perto de toda a saga, a história de Vida e Morte é bem curta, sendo a evolução e a complexidade dos personagens pouco exploradas, e é justamente por conta disso que ficamos com o desejo de ler mais, imaginando como as coisas se desenrolariam futuramente nessa nova versão. A única coisa realmente difícil de entender nesse livro é a profusão de erros ortográficos e de sérios problemas de concordância nominal. Apesar de o livro contar com duas tradutoras e uma série de revisores (por incrível que pareça), a Intrínseca deixou a desejar nessa edição, o que me fez ficar com vontade de ler a história no idioma original.

Vou sentir muitas saudades de ouvir a trilha sonora dos filmes enquanto lia os livros. E, além do mais, quem sabe mais à frente não tenhamos um remake da saga, ou até então um filme de Vida e Morte? Creio que retornar a esse universo ainda seria provavelmente um enorme sucesso, e, sem dúvidas, extremamente nostálgico.

Sabrina 09/03/2017

Amei :
Esse livro me fez chorar , rir ...adorei o final surpreendente de beau e edith. ...mais chorei por ele não se despedir nem dos pais dele ...quando estava lendo pensei que ia ser exatamente igual mais no final do livro chorei ......

Ana Carolina 09/02/2016

Podia ter escrito o Midnight Sun...
O que achei dessa estória?? Mais ou menos, vou explicar...
É exatamente a mesma estória de Crepúsculo, a mesmíssima!!! Somente os gêneros foram trocados, aqui conhecemos o humano Beau (Belo em francês) e a vampira Edythe, foi mtu estranho no começo, tinha partes que não conseguia imaginar assim sempre vinha a Bella e o Edward...mas ok, embora Beau seja menos chato que a Bella, confesso que algumas cenas ficaram mtu "absurdas", pense no mocinho alto e desajeitado montado nas costas da pequena e aparentemente "frágil" vampira... e esse é só um exemplo! rsrs
Sou fã de Crepúsculo, esse livro foi o responsável pela minha paixão por livros, mas na minha humilde opinião, por mais que na nota no inicio do livro a Stephenie tenha explicado que não daria tempo de escrever algo, poderia ter escrito um conto sobre Renesmee e Jacob, ou sobre alguns do vampiro que conhecemos em Amanhecer ou qualquer coisa relacionado ao universo de Twilight!!!
Ainda que a autora para criar Vida e Morte tenha dado control+c e control+v, até esquecido que os gêneros haviam sido trocados (ou pode ter sido na hora de traduzir, isso eu não sei), o final ficou interessante, por isso não dei 3 estrelas...kkk
Então se vc ficou curioso e não quer perder tempo pule direto para último capítulo: "Mudança"....kkkk

bybibsss 02/09/2022

Mais que perfeito!
Stephenie entregou tudo quando decidiu inverter o gênero dos personagens, o romance de Beau e Edythe é delicioso de acompanhar e por mim a saga inteira de Crepúsculo poderia ser assim, com uma vampira mulher, me cativou em todos os sentidos e a forma como a história se desenvolveu por Bella agora ser um garoto me deixou muito satisfeita! Fiquei impressionada em como essa mulher me fez ler a mesma história em 3 perspectivas diferente, que meta! Nota mil.

Dionisio.Resende 19/04/2020

Interessante a Proposta, mas...
A proposta foi bem interessante, mas, na minha opinião, não ficou tão legal. Talvez seja por que eu esteja acostumado com a historia original, por isso tenha achado um pouco forçado e fora de contexto, as vezes.

Manu 28/08/2016

Maravilhoso
Eu, particularmente, achei Vida e Morte muito melhor que a história original. Apaixonada pelo Beau e pela Edith

Carol 17/02/2016

Uma onda nostálgica...
Assim como muitas pessoas, o que me levou a ler Vida e Morte foi mais a curiosidade do que qualquer coisa. Li Crepúsculo há muitos anos atrás, quando ainda era uma adolescente bobinha que também queria um Edward em sua vida, e minha visão critica – assim como meu gosto literário – mudaram drasticamente.

Há cerca de um ano havia relido Crepúsculo, curiosa para saber como seria reviver a história, e foi então que percebi como tudo aquilo que já havia me feito suspirar conseguia me frustrar depois de tantos anos. Não que haja algo de errado na história... mas esse amor adolescente não mexia mais comigo como antigamente.

Tendo consciência disso, eu li Vida e Morte, e devo dizer que muita coisa me agradou e desagradou nessa versão. Que tal começarmos pelo lado positivo?

Beau não é tão chato quanto Bella. É mais espontâneo do que ela, e se parece mais com um adolescente. Toda aquela formalidade da senhorita Swan sempre me incomodou, como se ela, assim como Edward, também tivesse vivido na década de 20, e creio que Meyer consertou um pouco disso na historia. Também gostei de ver a mocinha salvando o mocinho, quebrando esse estereótipo de mocinhas em perigo. O livro todo acabou saindo do estereótipo com essa nova versão, já que há inversão de gênero com quase todos os personagens.

Outra coisa que gostei foi do final, não que eu vá dar spoiler aqui sobre ele, mas ele responde um grande “se” que eu tinha na minha cabeça desde que li Crepúsculo pela primeira vez. Mas ainda assim, apesar de não curtir a historia como antes, prefiro a versão original.

Acontece que as coisas boas se encerram por aí.

Primeiramente devo dizer que me senti ofendida com a quantidade de erros ortográficos que existem no livro. Até mesmo eu, que normalmente passo por cima sem notar, ou que não dou muita importância, notei a quantidade. Não houve um capitulo sem haver erros ou confusão quando citado gêneros, e por mais de um momento, personagens femininos foram chamados por “eles” e vice e versa. Falta de comprometimento com o publico? Falta de tempo para revisão? Não faço ideia, mas eu gastei meu rico dinheirinho nesse exemplar, e esperava o mínimo de ordem no texto, já que para uma edição de aniversario, essa foi extremamente pobre.

A segunda coisa que me incomodou foi exatamente a troca de gênero. Porque toda a vez que surgia um personagem, eu tentava encaixa-lo na versão original, tentando adivinhar quem era quem. Foi frustrante! Eu sofri, literalmente, na primeira metade da historia, até conseguir me acostumar com ela. Fora que, tirando a inversão de gêneros, a trama é praticamente igual, o que me fazia ter vontade de pular paginas inteiras só para ir logo para o finalmente.

Enfim... Não posso dar um veredito final. Crepúsculo foi minha porta de entrada na literatura contemporânea e desdenhar da historia agora não seria digno, mas não consigo me imaginar relendo-a novamente. Talvez porque, quando adolescente, tenha lido dezenas de vezes e saiba a historia de trás para frente, mas só de pensar nessa possibilidade, sofro por antecipação. Mas para você que também está curioso... vá em frente. Uma leitura sempre será uma leitura, e assim como eu, você vai conseguir tirar algum proveito da história.

steph (@devaneiosdepapel) 22/03/2016

Vida e Morte - Stephenie Meyer
[Resenha originalmente postada no blog Devaneios de Papel]

Desde já quero deixar avisado que eu não odeio Crepúsculo e que tudo o que expressarei neste texto é apenas a minha opinião, não uma verdade absoluta. Esta saga me marcou muito e eu simplesmente não consigo nutrir um sentimento de ódio nem pela autora e nem pelos livros. Eu não tenho nada contra quem curte e se você estiver a fim de uma discussão saudável sobre algo que discordar de mim, fique à vontade para se expressar, ok? Vamos discutir de maneira respeitosa e saudável.

Tenho muitos pontos para ressaltar sobre a obra, mas essa resenha não terá grandes spoilers (pode conter alguma informação pouco importante sobre a obra original). Sem mais delongas, vamos ao que interessa?

Em comemoração aos dez anos (!!!) do lançamento de Crepúsculo, Stephenie Meyer decidiu reescrever a história original com os gêneros da maioria dos personagens trocados, e isso originou o livro Vida e Morte. Em seu prólogo, ela alega que tomou essa decisão em resposta aos que criticaram Crepúsculo dizendo que é uma história sexista e que representa a mulher como frágil, inocente e incapaz de se salvar sozinha. Stephenie quis provar que o enredo do primeiro livro também funcionaria se Edward fosse mulher e Bella, homem. Olha, eu até entendo esse argumento, mas acho que a autora, mesmo após todo esse tempo, ainda não entendeu que apenas mudar os gêneros não torna a história melhor.

Vamos começar do começo: Beaufort (anteriormente, Bella). Assim como na obra original, o personagem principal não tem muito carisma e pouca motivação. Ele não se diminui como a Bella, e eu me questiono o porquê disso. Mudando características básicas de Bella em Beau, a autora apenas reforçou a imagem de que homens são mais seguros de si do que mulheres. Eu conheço homens que na idade de Beau eram inseguros e com baixa autoestima, isso não é tão incomum assim. Então por que amenizar estas características no personagem?

Agora, para o outro lado da história: Edythe. Taí uma personagem bacana. Engraçada, cativante e um pouco sombria, essa vampira com certeza é um upgrade em Edward, que com todo seu sofrimento exagerado por muitas vezes soava cansativo. Edythe aceita um pouco melhor sua condição, apesar de sofrer um pouco com ela, e não inveja a mortalidade como seu antecessor. Foi bem gratificante ver uma mulher destemida, forte e independente como ela tendo um papel principal na história.

Não vou comentar sobre cada personagem para não ficar cansativo, mas no geral, meu problema com a troca de gêneros foi a falta de necessidade de alterar personagens que já funcionavam bem com seus gêneros originais. Ressalto aqui Archie (Alice) e Earnest (Esme). Esses dois personagens não combinaram nem um pouco como homens, Earnest ficou bobão ao invés de carinhoso como Esme, e Archie... apenas soou como uma mulher. Em poucos momentos consegui imaginá-lo como homem, tamanha a semelhança com Alice, até no jeito de falar. Stephenie errou feio com esses dois.

O enredo não difere muito de Crepúsculo, com exceção do final. A cena em que Beau é resgatado por Edythe em seu passeio a Port Angeles ficou bem esquisita, a original com certeza era mais crível. Outras pequenas mudanças na narrativa também ficaram estranhas, como por exemplo, o ódio que um dos "amigos" de Beau tem por ele. Stephenie fez adaptações nas amizades que simplesmente não funcionaram.

Pra resumir, o que eu achei foi o seguinte: Beau é um personagem tão mal construído quanto Bella, porém ainda mais forçado (corar a cada cinco minutos? Faça-me o favor!). Tenho certeza que ele funcionaria muito melhor se tivesse sido escrito por um autor como John Green, que já tem experiência em criar personagens masculinos "fora do comum". A autora deixou muito claro que mesmo dez anos após escrever a primeira versão, não amadureceu seus conceitos sobre os papeis de gênero na sociedade (ela tenta forçar o contrário na cena do restaurante, e mais uma vez, fracassa). Sua escrita também evoluiu muito pouco, quase nada, na verdade. Me pergunto o que ela ficou fazendo nesse tempo todo; acredito que apenas usufruindo dos milhões que entram em sua conta...

Teria sido melhor escrever um conto sobre a relação de Jacob e Renésmee, ou até mesmo o aguardado Midnight Sun. A própria autora reconhece que era muito mais fácil escrever praticamente uma fanfic de seu livro do que produzir conteúdo novo. Desculpa a sinceridade, mas pra mim dizer isso só prova o quão preguiçosa e desinteressada pelos seus leitores ela é, já que optou pelo caminho mais simples.

Recomendo a leitura para os fãs de Crepúsculo ou pessoas que, como eu, tiveram a vida impactada por essa saga de alguma forma. Se você detestou a história original, simplesmente não perca o seu tempo.

site: http://www.devaneiosdepapel.com.br/2016/03/resenha-vida-e-morte-crepusculo.html

Fabrina 15/02/2016

Esperava mais....
Bom, para ser sincera, teria preferido para o aniversário de 10 anos da saga, relatos dos dias atuais dos personagens depois de Amanhecer. Tive dificuldades em adaptar a leitura com os personagens invertidos, foi diferente, ainda mais em alguns trechos que o gênero estava invertido.
Lembrando que trata-se de uma adaptação do que poderia ter sido Crepúsculo, e ainda bem que não foi.
Desculpem, mas li por ser apaixonada pela saga, mas não consegui me surpreender em nada, senti como se minha história favorita estivesse sido deturpada.
Mas essa é a minha opinião, talvez eu não estivesse preparada ainda para uma leitura desse gênero. ;)

Queria Estar Lendo 10/09/2020

Resenha: Vida e Morte
Vida e Morte é uma versão de Crepúsculo reimaginando a história com os gêneros de quase todos os personagens invertidos. Uma releitura interessante que a Stephenie Meyer criou para o seu universo de vampiros - e que me conquistou muito mais que o original.

Aqui, acompanhamos Beau Swan em sua mudança para a cidade fria e chuvosa de Forks. Ele vai morar com o pai, Charlie, por um tempo, e não espera muito dessa mudança além do tédio ocasional. Quando encontra os Cullen em seu primeiro dia de aula, no entanto, em especial a enigmática e fascinante Edythe, Beau percebe que essa mudança talvez não seja tão simples, no fim das contas.

Durante a febre de Crepúsculo, eu me dividia entre odiar muita coisa da história principal e amar tudo a respeito dos coadjuvantes, principalmente os lobos (Team Jacob até o fim da vida!). Depois que a adolescência passou, eu criei um carinho especial por essa história - por mais problemática que seja, ela é formadora de uma geração de leitoras apaixonadas, encaminhou muita gente pro mundo da literatura. Fez o que Harry Potter fez comigo e por isso eu dou muito crédito.

A gente sabe que o relacionamento Bella e Edward é bem problemático e tudo mais, mas essa resenha não tá aqui pra falar sobre eles. Tá aqui pra comentar o quanto a Edythe e o Beau deram de dez a zero no casal original, e realmente me conquistaram com sua pamonhice.

A inversão dos gêneros é uma coisa bem comum em Universos Alternativos nas fanfics, então Vida e Morte seguiu bastante da vibe que eu já conhecia. Foi interessante notar as conversões que a Meyer precisou fazer para dar vida ao Beau. Achei legal que não ficou tão escrachado em esteriótipos do gênero. Por exemplo, o Beau é delicado. Ele é atrapalhado. Ele tropeça nos próprios pés e se machuca sozinho. Ele é delicado com as pessoas que ama.

Eu li alguns comentários de que "é difícil perceber que o Beau é um homem pelo jeito como ele narra a história" e, bom, é basicamente essa a parte interessante de quebrar arquétipo de gênero. Ele é um garoto delicado, bagunçado e cheio de baixa-estima. Ele é a Bella em todos os seus trejeitos; por que é um problema ter um garoto com a personalidade dela, mas é normal ter uma garota com essa mesma personalidade?

A Edythe, a meu ver, foi muito mais editada (ba tum tss). O Edward é muito possessivo e controlador e é quase sufocante ler o modo como ele trata a Bella no primeiro volume - motivo pelo qual eu sempre detestei esse casal. A submissão da Bella para tudo em relação ao Edward, até mesmo sua vida, está presente no Beau. E dá pra acreditar que ele é um garoto completamente apaixonado e entregue a esse amor doentio - é doentio, sim, mas é crível. O modo como a Edythe reage a isso, suas declarações sobre os acidentes e as perseguições e o "eu vejo você dormindo todas as noites" é bem mais sutil e menos controlador.

Eu seguiria a Edythe para a morte sem pensar duas vezes. Ô vampira apaixonante!

Sim, ainda é um relacionamento muito bizarro e dependente, o Beau se curva a umas coisas que você fica ??????? meu filho ??????? mas não fiquei incomodada como fiquei ao ler Crepúsculo. A inversão de papéis deu tons mais controlados e sutis a Edythe e tornou todas as andanças da história mais suportáveis.

Porque sim, ainda é um porre ler sobre esses dois, mas ao mesmo tempo é divertido.

Pra mim, Crepúsculo é aquela história que de tão ruim, é boa.

Os coadjuvantes continuam maravilhosos e tudo para mim. Os Cullen, principalmente, foram a parte mais divertida. Archie (Alice) continua saltitante e cheio de energia, Jessamine (Jasper) é aquela figura contida e sombria com um coração grandioso; Royal (Rosalie) ainda bate o pé sobre segredos e indiscrição e eu continuo vivendo pela sua personalidade e desenvolvimento. Eleanor (Emmet) é... Bem, Emmet. Divertida e forte e um pouco destemida demais. Carine e Earnest (Carlisle e Esme), por fim, continuam como as peças centrais da pose e da família unida.

As mudanças mais notáveis em relação a plots estão nas sutilezas, como comentei. Nos comportamentos da Edythe, ainda que as cenas em que ela se comporta como o Edward sejam iguais; nos pensamentos do Beau, ainda que ele aja como a Bella o tempo todo. É um livro idêntico, mas ao mesmo tempo bastante original por isso.

E o final! Fiquei bem surpresa com o andamento e com a mudança drástica que a Meyer deu pra história. Seguiu pra um mundo paralelo do que seria Crepúsculo se uma coisinha tivesse sido decidida de maneira diferente, e deu um tom mais soturno e deprimente, mas curiosamente maduro pra história.

A verdade é que eu gostei. Muito. Ainda é Crepúsculo, com suas enrolações gigantescas, mas tem uma narrativa gostosa que flui fácil, tem coadjuvantes que tornam toda a baboseira do casal principal uma aventura interessante de acompanhar. E tem um fim alternativo fascinante de seguir.

Fã da saga ou não, eu acho uma leitura super válida pra matar a saudade desse universo de vampiros brilhantes e lobos fofos. Já tô pronta pra Sol da Meia-Noite e para embarcar em Crepúsculo, mais uma vez, sob outra ótica (e talvez sofra muito por isso, porque é o Edward. Vem aí!).

site: http://www.queriaestarlendo.com.br/2020/08/resenha-vida-e-morte.html

Ana 29/04/2020

O enredo de Crepúsculo todo mundo conhece de cabo a rabo: a adolescente aparentemente sem graça que se muda para a casa do pai em uma cidade que odeia, Forks, e conhece o cara perfeito, dono de uma aparência incrível e dons sobrenaturais que fazem com que ele guarde um segredo terrível. O que acontece no decorrer das páginas todo mundo também sabe. Mas então, o que há de novo em Vida e Morte, afinal, já que Stephenie Meyer usou o mesmo enredo nessa obra? A autora simplesmente inverte o sexo de — quase — todos os personagens.

Então, apesar de termos a mestra trama do livro original, em Vida e Morte acompanhamos o amor entre Beau, o garoto que odeia frio e vai morar com o pai na cidade mais fria e chuvosa que existe no Universo, e Edythe, a vampira mais bonita de todas as vampiras existentes. Assim como os protagonistas, todos os personagens menos Charlie e Renée — há uma explicação no início para isso — se tornam novos personagens: Alice se torna Archie, Carlisle se torna Carine, Rosalie se torna Royal, Jacob se torna Jules e assim sucessivamente até com aquelas pessoas que eu nem me lembrava que existiam.

Eu gostei muito dessa nova versão, apesar de ter tido um problema muito grande com ela: não consegui de forma alguma associar os novos personagens com exceção de Beau e Edythe. Consegui criar uma nova imagem para esses dois, mas para os outros, por mais que eu tentasse, continuava imaginando Alice, Carlisle, Rosalie, Jacob, o que foi bem estranho e engraçado. Não sei se vocês entenderam muito bem, então para exemplificar: por mais que eu estivesse lendo o nome Archie ou Royal, mesmo sabendo que eram dois homens, eu insistia em enxergar Alice e Rosalie, duas mulheres.

Ah, vale lembrar que algumas passagens acabaram sofrendo modificações para se adequarem aos novos personagens, mas ainda acho que muita coisa poderia ter sido diferente. Por exemplo, achei hilário Edythe carregando Beau nas costas na cena da campina, mesmo sabendo que ela era uma vampira super mais forte que qualquer ser humano. No final, a própria autora deixou claro que essa ideia de mudar o sexo dos personagens surgiu para mostrar que a Bella não era uma moça indefesa, e sim um humano indefeso. Ainda assim, no fim das contas, apesar de Beau ter herdado a sensibilidade e a falta de coordenação da Bella, senti que ele não foi descrito tão quebradiço quanto nossa protagonista feminina foi...

O mais engraçado de tudo isso foi realmente ter tido uma experiência totalmente diferente, o que se deu, muito provavelmente, por algumas escolhas diferentes que Stephenie Meyer fez em relação ao destino do nosso narrador e protagonista — e sim, vocês só vão descobrir o que é se derem uma chance. Reafirmando, me surpreendi bastante com Vida e Morte, mas não trocaria a boa e velha versão original com Bella e Edward por nada nesse mundo.

site: http://www.roendolivros.com.br