A resistência

A resistência Julián Fuks




Resenhas - A Resistência


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Bookster Pedro Pacifico 01/03/2020

A resistência, Julián Fuks - Nota 9/10
O que parece ser um livro voltado para os problemas políticos da ditadura na Argentina, como a sinopse e o próprio marketing feito sobre a obra sugerem, é, na verdade, um livro de memórias, repleto de boas reflexões. Há sim passagens sobre a ditadura argentina, mas esse é apenas um assunto secundário. A obra é considerada uma auto-ficção, isto é, uma autobiografia ficcional, quando o autor reinventa sua própria existência. Tudo começa com um certo desabafo do narrador, Sebastián: “Meu irmão é adotado, mas não posso e não quero dizer que meu irmão é adotado”. E é a partir desse fato de seu passado que o narrador tenta reconstituir a origem do irmão adotado para compreender os motivos que o levaram a se recolher em suas próprias emoções. No entanto, a partir dessa visita às memórias, Sebastián acaba esbarrando na história de seus pais, casal de militantes argentinos que se vê obrigado a se exiliar de seu país e viajar para o Brasil, e, mais que isso, na sua própria história. Vencedor do prêmio Jabuti de 2016, principal prêmio da literatura nacional, A resistência é extremamente bem escrito e, na minha opinião, conseguiu aproximar muito o leitor de Sebastián e das reflexões sobre seu passado. A escrita de Fuks foi o ponto alto dessa obra, principalmente pela sua carga poética. Além disso, apesar de abordar temas mais densos, o livro é formado por capítulos curtos, o que dá uma maior fluidez ao texto. Julian Fuks é, com certeza, um dos destaques da literatura contemporânea nacional.

site: https://www.instagram.com/book.ster
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carlosmanoelt 14/05/2024

?Uma fuga em alguma medida.?
?Isto é história e, no entanto, quase tudo o que tenho ao meu dispor é a memória, noções fugazes de dias tão remotos, impressões anteriores à consciência e à linguagem, resquícios indigentes que eu insisto em malversar em palavras. Não se trata aqui de uma preocupação abstrata, embora de abstrações eu tanto me valha: procurei meu irmão no pouco que escrevi até o momento e não o encontrei em parte alguma.?

Em ?A Resistência?, o escritor Julián Fuks destrincha o significado da palavra que dá título ao livro a partir das memórias afetivas de um narrador que se vê dividido entre a necessidade de contar uma história e a dificuldade de recompor fatos inalcançáveis, seja pela distância do tempo, seja pela grandeza do trauma. A ficção consiste muito mais no arranjo da linguagem a fim de dar uma forma estética que possa entrar em comunicação com o leitor do que, propriamente, como fantasia, imaginação ou fabulação. Fuks observa que, mesmo diante da materialidade que evoca o passado, como a casa onde algo aconteceu, o local da catástrofe, não é possível ter acesso à verdade: ?Por isso, o tipo de literatura ou autoficção que mais me interessa hoje é a que desconfia de si mesma e desconfia da própria capacidade de reconstruir o passado.?

Filho de militantes de esquerda que buscam exílio no Brasil nos anos sangrentos da ditadura argentina, o narrador, Sebastián, começa seu relato apresentando o irmão mais velho e revelando que ele foi adotado. O tempo presente e as recordações se alternam e revelam uma família marcada pela luta e pelo silêncio ? ambos impostos tanto pela ditadura quanto pela culpa. A relação conflituosa com o irmão é o gatilho para a empreitada literária do narrador, que busca nas palavras o refúgio que não encontra em casa. As lembranças imprecisas sobre o nascimento da criança e os caminhos que a levaram ao lar adotivo trazem à tona uma inquietação que faz o pessoal transcender para a política.

A sutileza na descrição das memórias e dos problemas familiares não impede que as truculências da ditadura argentina tenham espaço no romance. A orfandade proporcionada por um Estado aniquilador de pais e de cidadãos, a imposição do silêncio e a violência do exílio ganham contornos impactantes no texto de Fuks. A linguagem é sóbria, mas não é pobre, pelo contrário. Em cada frase, nota-se a escolha calculada do vocabulário. Assim como o substantivo do título, ?resistência?, alcança uma escala inimaginável de significados, outras palavras, como exílio, adoção, silêncio, proliferam no texto e, a cada ocorrência, descortinam novas percepções.

Outro ponto de destaque do romance é a maneira franca com que a falibilidade da memória é encarada. Em diversos momentos, o narrador se corrige, declara sua incerteza sobre as recordações e abre as portas para ficção. A resistência está em toda parte: na militância dos pais na Argentina dos anos 70, na luta solitária do irmão para se sentir parte de um lar e na dificuldade do narrador para concretizar em palavras a efemeridade da própria memória. A resistência está em um relato que é tão íntimo, quanto público.
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Toni 03/03/2022

A resistência [2015]
Julián Fuks (SP, 1981-)
Cia. das Letras, 2015, 144 p.

Vencedor dos prêmios Jabuti (2016) e José Saramago (2017), A resistência é um daqueles livros em que edifício ficcional, elementos narrativos e escolhas lexicais sugerem, na fatura da obra, alta cumplicidade. A partir da conversão da matéria autobiográfica em assunto literário, Fuks constrói um relato que se assemelha a um labirinto de espelhos, consubstanciado por uma retórica engajada em tragar seus leitores para o centro de uma obsessão quase tautológica. Neste labirinto, o "real" é tantas vezes replicado e distorcido que amiúde se confunde com o discurso da memória que o ficcionaliza. Um cabo de guerra narrativo em cujas pontas competem esquecimento e invenção, de um lado, e do outro, história e memória.

O romance é narrado em 1ª pessoa e conta a história da família do autor/narrador e a relação deste com seu irmão mais velho, adotado durante a última ditadura argentina (1976-1983). Organizada em capítulos curtos, a narrativa segue uma trajetória episódica que perpassa a luta dos pais argentinos contra o regime opressor, a dificuldade de engravidar, a fuga para o Brasil, os filhos nascidos no exílio, a reclusão do irmão adotivo, a escrita de um romance sobre este irmão. Uma obra que transborda de “nãos”, construída com a sobreposição de negativas e interditos: camadas de silêncios como panos quentes sobre o fracasso da literatura em narrar o outro.

Através de personagens sem atributos ou quase abstratos, ponto de vista lacunar e linguagem sopesada, a narrativa de Fuks se abre para leituras sobre os sentidos de lembrar e esquecer, dizer e calar, fugir e ficar. Enquanto história possível do irmão e de sua família o romance é “duplo em cada linha”, e essa duplicidade se sustenta, principalmente, naquilo que suas linhas calam. É preciso estar atento, portanto, ao que o romance deixa de dizer, seus silêncios narrativos e tergiversações, para compreender que, sub-repticiamente, A resistência também fala do trauma das ditaduras e do silenciamento abusivo de nossa memória coletiva.

Amanhã tem conversa sobre este livro no projeto #herdeirosdesaramago — link para inscrição na Bio.
Janaina Sedova 03/03/2022minha estante
Esse livro é maravilhoso!




@ALeituradeHoje 29/02/2020

Projeto Dura Memória

Em tempos de relativismo, Cazuza já dizia: eu vejo o futuro repetir o passado. Em A Resistencia, livro ganhador do Prêmio Jabuti de 2016 temos uma historia narrado em primeira pessoa e que parece ser um coração que fala. Tá certo que eu sou sempre um tanto quanto exagerada quando tento pôr no papel algum sentimento, mas geralmente as coisas me atingem. De verdade. Eu choro facilmente de alegria e tristeza. E tenho chorado tanto nesses últimos tempos...
Na frase do próprio escritor, “o Brasil é incapaz de refletir sobre seu passado”, eu vou vai mais longe, O Brasil é incapaz de refletir sobre qualquer coisa e Julian Fuks parece querer justamente fazer isso: refletir.
Ele traz a história sobre a adoção de seu irmão em meio ditadura na Argentina, a tentativa de entender o que aconteceu num momento que ele não estava, o envolvimento dos pais na luta contra o regime (será que lá, eles tem a pachorra de dizer que foi uma revolução e que naquela época é que era bom??) e por consequência o exílio no Brasil para tentarem fugir dos horrores que aconteciam.
Fuks escreve como se conversasse diretamente com a gente e usasse aquele “jeito poético” para que tentássemos realmente sentir o que ele estava sentido ao contar e ao viver aquela história. Eu me peguei triste em vários momentos. O tema adoção traz à tona a questão do desaparecimento e da orfandade causada pelo próprio estado.
O escritor está diante de um quebra-cabeça e está tentando preencher lacunas. Sabe que a história não é tanto dele mas que precisa ser escrita também por ele. As memórias são incompletas e as vezes parecem despertar vergonha. O exilio é uma fuga ou uma salvação?
Minha visão é simplista e é até mesmo vazia. Ou simplesmente não sei colocar em palavras tudo que o livro me trouxe. Regime ditatorial de supressão de direitos, culmina em crianças arrancadas de seus pais, culmina em exilio, culmina em vazios que nunca poderão ser preenchidos. A adoção não é só a adoção, é o extermínio dos pais. O exilio não é só exilio, é o desespero pela sobrevivência.
Lygia Ambrosio 01/03/2020minha estante
É um livro muito bom!


@ALeituradeHoje 01/03/2020minha estante
Eu fiquei realmente impactada, Lygia.




@limakarla 14/05/2023

Corri pra ler esse romance porque ia começar um curso com o autor, que inclusive já começou, e só me surpreendi positivamente. Desde as primeiras linhas já consegui sentir a potência e intensidade que as palavras foram escolhidas para nos contar essa história.

Eu me interesso absurdamente pela autoficção, pela poder de transformar em livro a sua própria história, a história da nossa vida que é atravessada por tantas outras e de que formas nós vamos escolhendo as palavras que compõem essa narrativa. Muito mais que pensar se as coisas realmente aconteceram ou não dessa forma, o importante aqui é os motivos de escolha por narrar dessa forma.

Aqui o Julián escolheu falar do seu irmão adotivo e de toda a problematica que sua família passou quando ainda morava na Argentina, precisando sair fugidos para o Brasil no período em que seu país natal passava por uma ditadura sangrenta. É bonito e forte ver sua família, suas histórias e a mistura com parte da história desse país.
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Nat 08/12/2020

Livro singelo, onde o narrador quer contar a história do irmão que foi adotado. Partindo dessa adoção, aparentemente legal, o autor nos faz pensar sobre a ditadura argentina e as crianças que foram tiradas dos pais, gerando o movimento das mães da praça de março.

site: https://www.youtube.com/c/PilhadeLeituradaNat
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Bruno Oliveira 10/05/2024

UM ROMANCE-ENSAIO
A resistência, do paulistano Julián Fuks é um álbum de família fragmentado; um álbum de memórias, melhor dizendo, com muitas reflexões e muitas divagações “coladas” ao longo do texto. Nele acabamos meio que construindo, na nossa cabeça, essa inverossímil família possível do autor. Sim! Há uma aparente autobiografia por aqui, mas isso é só a superfície do todo: o jogo ficcional é perceptível, e isso é até explicitado no fim do livro. E esse é meio que uma autoterapia que o narrador faz para tentar entender o seu irmão adotivo e, de tabela, tentar entender a si mesmo e, ainda de tabela (!), tentar entender as ditaduras latino-americanas, entende??? Agora, onde entra essa tal resistência do título, hein? Talvez você me pergunte se perguntando. Veja bem: em praticamente tudo!! O autor costurou muito bem os pontos de tensão em capítulos curtos através do seu texto praticamente cirúrgico. Um romance-ensaio.
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Ocelo.Moreira 08/01/2020

Fascinante, Instigante e Brilhante.
OBS: Releitura desse magnífico livro concluída hoje(28/11/2022)

Eis um livro que faz jus ao prêmio jabuti (livro ganhador do prêmio jabuti 2016) merecidíssimo. Um livro muito bem escrito, conciso, preciso e direto. Com capítulos curtos, profundos e profuso em sua essência.

Adoro ler livros dessa magnitude, não sei se é porque sou fã de bons romances. E para mim não importa se um livro é fino ou um calhamaço, mas sim, se a história é boa e o livro é bem escrito.

E esse livro ‘a resistência’ é mais um desses livros maravilhosos e apaixonantes de se ler. É um tipo de livro que você quer devorá-lo ao mesmo tempo em que não quer que a leitura acabe tão cedo de tão boa que ela é!

A resistência é um livro de temas como adoção, família, ditadura, convivência e nostalgia. E o título do livro traz uma ambiguidade na questão da resistência à ditadura argentina com a resistência do tipo psicanalítica, onde ficção e realidade se misturam.
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Jhonis 31/03/2021

Um livro morno
Terminei de ler A Resistência resistindo à vontade constante de abandoná-lo. Gostei do trabalho com a linguagem, mas a estrutura e a forma como é desenvolvida a narrativa deixou o livro extremamente morno. O enredo também achei muito pretencioso ...se preocupa muito em expressar sensibilidade, mas não explora a história ...tornando-a muito superficial, arrastada e maçante. Julián Fuks tem uma escrita poética que me chama muito atenção e torna a obra mais sensível e emotiva, porém não explora a força e a profundidade da história que conta.

Não é um livro ruim. Tem no trabalho com a linguagem seu ponto alto, e no enredo seu ponto baixo. É um livro morno.
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profuilma 13/09/2021

Resistir para sobreviver
Ao reinventar sua própria história Fuks faz reflexões carregadas de metáforas que tornam fatos comuns em universais.

O enredo tem os problemas políticos da ditadura na Argentina como moldura para as memórias de Sebastián, filho de médicos militantes de esquerda que buscam exílio no Brasil.

Outro ponto de destaque é a relação conflituosa de Sebastián com seu irmão adotivo: ?Meu irmão é adotado, mas não posso e não quero dizer que meu irmão é adotado?.

Ademais, percebe-se a resistência por todo o enredo, seja na luta do irmão para reconhecer-se como parte da família ou de Sebastián para reescrever/reinventar sua história, bem como, na militância dos pais na Argentina dos anos 70 e no silêncio forçado para proteger vidas.

Assim, apesar de abordar temas densos, o livro tem toques poéticos e é formado por capítulos curtos que
conferem fluidez ao texto.
Ele percorre o passado, entrelaça-o com o presente e perpassa com a dúvida entre o que é ficção e memória.
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Melanie.Silva 10/06/2020

A Resistência, Fuks
Brilhante, intenso, honesto. Uma verdadeira experiência sentimental e intelectual, jogos com os significados e as possibilidades da História. Escolhas intrigantes, fluidas e naturais, e ao mesmo tempo amplamente refletidas e reflexivas. Dose certa de sensibilidade, entrega e profundidade teórica.
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Ladyce 26/02/2017

Meu grupo de leitura se dividiu a favor e contra o livro A resistência, de Julián Fuks. Somos vinte. Foi meio a meio. Para minha surpresa estou do lado dos que gostaram. Surpresa porque eu e o Prêmio Jabuti temos tido através dos anos visões opostas de valor. Minha discordância tem sido sistemática. Em geral, prefiro os segundo e terceiro colocados ou nenhum deles. Portanto, já começo a ver Julián Fuks como exceção. Ou será que meus parâmetros estão mudando? Fica a dúvida. Qualquer que seja a resposta, o fato persiste, li o livro, fui até o fim (acreditem-me não tenho pena de deixar livros de lado, se não gosto), e ao final gostei da experiência.

O que me pegou nessa pequena obra, foi o tom. Bom narrador, Julián Fuks navega com destreza do início ao fim, através das inúmeras reflexões do personagem principal. Tom e voz narrativa são valores difíceis de quantificar, mas, para mim, são a porta de entrada para leitura. Além disso, A resistência combina o gênero da memória com reflexão, combinação que ao longo dos anos tem-se tornado um dos meios narrativos que mais me satisfazem.

A história trata de uma obsessão: o narrador, Sebastián, quer entender o que levou o irmão mais velho a se afastar emocionalmente do resto da família na época em que se tornava um jovem rapaz. O narrador é um de três filhos de um casal de imigrantes argentinos que se estabeleceu em São Paulo. O filho mais velho foi adotado, ilicitamente, ainda na Argentina, no período em que o casal se esforçava, sem sucesso, para ter filhos. Adotaram afinal um menino, na mesma época de instabilidade política no país que eventualmente os levaria a imigrar para o Brasil.

Acredito que no afã do marketing, na vontade de seduzir o leitor com um assunto politizado, de vanguarda, tomou-se a infeliz decisão de enfatizar passagens da política argentina, como se fossem centrais à trama. Ainda que a palavra 'resistência' tenha tido um cunho político, principalmente durante governos ditatoriais, aqui a política não passa de evento circunstancial, cortina de fumo, distração ilusória que encobre a verdadeira trama, explicitamente colocada no primeiro parágrafo do livro. “...Meu irmão é adotado, mas não quero reforçar o estigma que a palavra evoca, o estigma que é a própria palavra convertida em caráter. Não quero aprofundar sua cicatriz e, se não quero, não posso dizer cicatriz.” Aí está toda linha dramática do texto. Quanto mais Sebastián pretende não aludir à adoção do irmão, mais ele é incapaz de esquecê-la; mais ele resiste. Como não pode se referir a ela, mesmo que essa adoção, seja conhecida por todos os familiares, inclusive o adotado, ela se torna o elefante branco familiar, invisível e não reconhecido problema, estatelado no dia a dia da família, imóvel e ocupando um grande espaço, aquilo que todos resistem a admitir.

A procura pela memória, pelo fatos, ações, circunstâncias do passado que justificariam o comportamento do irmão mais velho, fazem com que o narrador desenvolva uma linha narrativa primorosa, revendo mais de uma vez, por diferente ângulo não só os eventos do passado como suas próprias reações, questionando-se sempre. Evoca e medita sobre o passado em comum com Sebastián e com a família e explora as possibilidades daquilo que lhe é desconhecido. Esmiúça tudo, sem resultado plausível. A resolução vem do próprio irmão adotado, numa catártica explosão, muito bem desenvolvida. Este é um belo livro. Meditativo. Reflexivo. Um livro que extrapola a história contada. Recomendo.
Alexandre Kovacs / Mundo de K 28/02/2017minha estante
Concordo com a sua colocação de que a política não é o elemento central da trama (apesar de ser um dos elementos do romance). Na verdade, o título e o marketing editorial empurram a opinião do leitor nesta direção.


Ladyce 28/02/2017minha estante
Sim, é uma pena, porque semeia expectativas que não podem ser preenchidas. Ainda bem que não li com essa expectativa. Mas deve haver leitores que esperam outra coisa. Excelente narrativa. Ótimo livro.


Alê | @alexandrejjr 11/12/2020minha estante
Muito bem pontuadas as qualidades do texto do Fuks, parabéns! Tive a mesma sensação de fisgamento ao terminar o primeiro parágrafo.


Ladyce 12/12/2020minha estante
Obrigada, Alê!




@Marverosa 27/08/2021

Livro sobre relações
Concordo com a resenha anterior, o pano de fundo da ditadura e do exílio fica secundário. É uma obra sobre família, relações familiares e o contexto de adoção.
Muito bem escrito, leitura fluida e com muitas imagens e passagens poéticas.
Livro rápido, bem escritor e profundo.
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luizguilherme.puga 21/08/2021

Livro do ano em 2016 o autor tenta fazer as pazes com um passado ambientado no período ditatorial que permeou Brasil e Argentina. A adoção tema principal do livro (mas não o único) é abordada de forma crua, sem concessões, esquadrinhado pela sua lente, não do órfão e com capitulos pequenos em que por vezes o autor mostra arrependimento do que escreveu. Esses conflitos internos permeiam toda a obra e as reflexões sobre pertencimento são oportunas. Contudo, em certo momento a reflexão se esgota e passa a ser repetitiva, o que não tira a importância do debate, mas põe uma virgulazinha na avaliação final.
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Marília 28/05/2024

É interessante notar como todas as ditaduras deixam sequelas parecidas: violência, morte, dor, desaparecidos e famílias destroçadas de vários modos
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