Desigualdades de Gênero, Raça e Etnia

Desigualdades de Gênero, Raça e Etnia Ana Paula Comin de Carvalho...




Resenhas - DESIGUALDADES DE GENERO, RAÇA E ETNIA


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luarapadilha 13/02/2024

É um livro bem introdutório, acho que traz algumas boas referências mas outras nem tanto, penso que deixa a desejar nesse ponto.
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Bianckah 20/07/2023

O livro trás com uma leitura fluida e de fácil entendimento discussões a respeito das desigualdades sociais relacionadas a raça e etnia. Se debruça principalmente sobre a questão do racismo na sociedade ao longo dos séculos. Achei a leitura boa principalmente para quem está buscando se aprofundar nessas temáticas.
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Pedro Sucupira 25/01/2023

2023 LIVRO 5 - Desigualdades de gênero, raça e etnia, por Ana Paula Comin de Carvalho, Nilson Weisheimer, Nádia Elisa Meinerz, Débora Allebrandt e Cristian Jobi Salaini.
Um livro conceitual atemporal que apresenta os principais conceitos relacionados ao estudo científico das desigualdades sociais. Desigualdades de gênero, raça e etnia é uma obra que aprofunda na discussão sobre os diferentes tipos de desigualdades, um tema complexo e atual.

A partir da leitura deste livro, aprendemos o básico, uma introdução ao tema, necessário para a compreensão e estudo mais profundo sobre essa temática. Aqui o leitor encontra reflexões sobre crenças preconceituosas, ações discriminatórias, rotulações pejorativas e condutas excludentes.

Nos 10 capítulos, os quais a obra é dividida, aprendemos através das discussões travadas por estudos científicos sobre desigualdades que os sentidos atribuídos às diferenças sexuais, físicas e culturais são socialmente construídos e geralmente contribuem para a justificação e a manutenção das desigualdades existentes.

Nos capítulos 1 e 2 são apresentados e discutidos conceitos básicos como desigualdade e diferenciação social, pré-requisitos para a compreensão da temática. Os capítulos 3, 4 e 5 são dedicados ao debate sobre desigualdades de gênero, abordando sobre sexualidades, gênero e feminismo através da perspectiva de estudos científicos sobre as desigualdades presentes nas relações sociais entre os diferentes tipos de masculinidades e feminilidades expressas na sociedade contemporânea. Nos três capítulos seguintes, 6, 7 e 8, são abordados de forma bastante profunda, utilizando-se de estudos sociológicos e antropológicos, os temas da raça e da etnicidade e as desigualdades referentes a essas. O foco do capítulo 9 é a abordagem conceitual das diferenças entre preconceito, discriminação, estereótipo e estigma que perpassam as relações de gênero, raça e etnia. E, por fim, no capítulo 10, são abordadas as formas de combate às desigualdades sociais, com ênfase no estudo históricos das políticas afirmativas voltadas para mulheres e grupos étnicos.

A participação de vários estudiosos na construção desta obra é um dos seus grandes diferenciais. As diferentes perspectivas com que o tema é abordado enriquece grandemente o aprendizado do leitor que vai se deparar com antropólogos, cientistas sociais e sociólogos cuja linha de pesquisa é aquela sobre o qual escrevem trazendo profundidade sobre o tema mesmo em poucas páginas.

Desigualdades é um tema constantemente em voga e que se atualiza dia após dia. Estudos, livros, dissertações e teses que se propõem a abordar essa temática precisam ser revisadas de tempos e tempos e adaptadas para melhor representarem o tema em questão. No caso desta obra, Desigualdades de gênero, raça e etnia, essa revisão e atualização deve ser aplicada. O termo “hermafrodita” usado no capítulo 5 página 92 precisa ser substituído por um mais adequado uma vez que “hermafrodita” costuma ser utilizado com uma conotação pejorativa para se referir às pessoas intersexuais (um dos conceitos utilizados dentro do amplo espectro que representa gênero). O termo mais adequado a ser utilizado é o intersexo, que se refere às pessoas que nascem com características físicas, genéticas ou hormonais que não se enquadram nas definições biológicas típicas de masculino (cromossomo XY) ou feminino (cromossomo XX).

Outro equívoco cometido no mesmo capítulo é usar o artigo masculino para se referir à travestis femininas – página 93. Nesse caso, para uma mulher transexual deve ser usado o artigo feminino respeitando o gênero à que ela se identifica. Nesse mesmo ponto do livro, vale ressaltar outro equívoco cometido pela autora. Ela se refere como travesti aquelas mulheres transexuais no qual não houve o desejo de realizar uma cirurgia de redesignação de sexo, conservando suas genitálias “masculinas” por motivos de trabalho, prazer físico e erótico. Aqui identifico duas problemáticas. Primeiramente, nessa frase fica implícito como trabalho a prostituição como se essa profissão fosse inerente às pessoas transexuais (travestis). Nós como classe acadêmica e cientistas precisamos contribuir para desconstruir essa narrativa de que mulheres trans estão fadadas a exercer somente o cargo de profissionais do sexo na sociedade. Apesar de mais de 90% da população trans feminina estar na prostituição, é preciso ressaltar que na maioria das vezes não de forma deliberada, mas sim imposta por uma sociedade transfóbica que nega a esse grupo acesso à educação, trabalho e saúde. Estamos falando de um mercado de trabalho extremamente conservador que não abre espaço para que pessoas trans possam se desenvolver profissionalmente para além de trabalhos relacionados ao sexo. Adiciona-se a isso o fato de que 91% das travestis e transexuais não concluíram o ensino médio. Esse impedimento de acesso à educação e ao desenvolvimento profissional contribuem para a manutenção de um sistema de marginalização das pessoas trans.

Um segundo ponto é o fato de a autora referir à travestis como mulheres trans que fizeram a opção de manter o órgão genital pênis, criando uma hierarquização dentro desse grupo como se travestis fossem menos que pessoas transgênero/transsexuais. Para esclarecer, os termos travesti, transgênero e transexual, todos podem ser utilizados para se referirem de forma igual às mulheres trans. A única diferença é que o termo travesti é um termo menos higienizado perante a sociedade quando comparado aos termos transgênero e transexual (termos criados pelas ciências sociais e medicina para se referirem às pessoas trans), mas em nada difere um do outro o fato de a pessoa trans ter se submetido ou não à uma cirurgia de redesignação de sexo. Não é a cirurgia que define se uma pessoa é trans ou não, mas sim o sentimento subjetivo dessa pessoa em não se identificar com o sexo biológico de nascimento. Sustentar esse tipo de discurso é contribuir para a manutenção do preconceito e discriminação estruturantes contra à população trans, fortalecendo uma hierarquização em que mulheres trans com maior grau de passabilidade – a passabilidade refere-se à percepção ou reconhecimento de uma pessoa que transicionou ou em transição como pertencente à identidade de gênero para a qual está transicionando, e não ao sexo ou gênero qual foram designados ao nascer – sejam socialmente mais aceitas. Sabendo que o grau de passabilidade está diretamente relacionado ao nível de acesso à recursos financeiros, apoio e suporte familiar que a pessoa teve ao longo do processo de transição. Ou seja, é injusto usar como medida de aceitabilidade parâmetros que a grande maioria desse grupo não teve e não tem acesso ao longo da vida.

Ao final do livro percebemos o quão complexo e extenso é o tema das desigualdades, mas isso não impede que o livro cumpra com o seu papel de introdutório com maestria apresentando os principais pontos que guiarão os leitores mais curiosos para uma discussão mais profunda e robusta. Outro grande trunfo dessa obra é a escrita. Sem sombra de dúvida, o livro foi elaborado para alcançar o maior número de pessoas possível com uma linguagem fácil, acessível, frases e parágrafos curtos e a cadência de ideias apresentada de forma coerente, coesa e fluída.

Assim, apesar dos equívocos aqui apontados e que merecem revisão, Desigualdades de gênero, raça e etnia é um livro de leitura obrigatória para todos, e certamente é uma das obras que faz parte do escopo dos movimentos que lutam por inclusão social, empoderamento e reparação histórica por contribuir para a desconstrução de toda uma história de marginalização e descredibilização das mulheres, dos negros, dos indígenas e da comunidade LGBTQIAP+.
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Nona Nascimento 29/07/2022

Perfeito
Uma leitura tranquila, sem muitas complicações, leve kkk essa é a palavra.
Claro, é didático, mas não foi cansativo, tiver o maior prazer em ler esse livro.
Super indico, não é uma leitura densa.kkk
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Anne Laufeyhive 01/06/2022

Uma perca de tempo
Em vários momentos usam termos errados e que acabam sendo preconceituosos, pessoas não binarias são completamente esquecidas nesse livro (sendo citadas apenas duas vezes), a definição de transgênero em um dos capítulos é totalmente errada (até li mais de uma vez porque não estava acreditando no que estava lendo). Esse livro não agrega em nada caso seu objetivo seja aprender sobre a desigualdade que nos cerca
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paulo.magalhaes 09/01/2021

Cumpre sua função: ser didático!
O livro é bem didático, apresentando os conceitos e ideias de maneira clara e concisa.

O que achei mais positivo foi trabalhar conceitos importantíssimos na sociologia logo no início do livro, tais como desigualdade, diferenciação e estratificação social.

Achei apenas que houve pouco espaço para falar da questão racial e étnica, pois o livro cedeu muito espaço para a questão de gênero e deixou poucos capítulos para os outros assuntos.
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Luciene 19/09/2020

A obra aprofunda a discussão sobre as desigualdades de gênero, raça e etnia. O tema é complexo e atual, e neste livro o leitor encontra reflexões sobre crenças preconceituosas, ações discriminatórias, rotulações pejorativas e condutas excludentes. Por fim, são abordadas as formas de combate às desigualdades sociais.
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Gizele 24/04/2019

Livro muito bom, rico em conceitos válidos de serem adquiridos . Porém acredito que ficou muito massante e de difícil compreensão.
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Lista de Livros 02/05/2018

Lista de Livros: Desigualdade de Gênero, Raça e Etnia – Ana Paula Comin de Carvalho (et al.)
“Desigualdade social é um fenômeno social, cultural e histórico exterior ao indivíduo, não sendo, portanto, determinado por condições naturais, biológicas ou por herança genética. Desse modo, é necessário ter presente que ninguém nasce desigual, mas, com grande frequência, as pessoas nascem em condições desiguais.
Segundo o sociólogo Guilherme A. Calham (1981), quando falamos de desigualdade social, estamos nos referindo ao fato de existirem hierarquias entre pessoas e grupos sociais, nas quais os indivíduos que ocupam posições superiores possuem vantagem em relação aos que ocupam posições inferiores. Essas vantagens ou privilégios dizem respeito às formas de acesso e distribuição de bens socialmente valorizada – a propriedade, o capital, o poder e a informação, por exemplo. Essa distribuição é sempre ordenada por norma, o que a torna um componente da estrutura de grupos e sociedades.
Tal como aqui propomos, a desigualdade social refere-se à existência de privilégios na distribuição de bens sociais, possuindo certas características básicas que passaremos a descrever:
1. A desigualdade é um fenômeno social – As desigualdades de gênero, raça e etnia não são fatores biológicos ou naturais, mas sim artificiais, no sentido de serem uma criação humana.
2. A desigualdade é um fenômeno onipresente – Pode ser verificado em todas as sociedades humanas.
3. A desigualdade adquire diferentes configurações – As desigualdades mudam de forma e de conteúdo em cada época histórica e tipo de sociedade.
4. A desigualdade influencia as condições de vida das pessoas e dos grupos sociais – Isso implica reconhecer que as desigualdades potencializam conflitos e contradições entre pessoas e coletividades distintas.”
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